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Avaliação Funcional – Membro inferior Anamnese Identificação: A identificação é o início do relacionamento com o paciente, que lhe informa: nome, idade, sexo, etnia, estado civil, profissão atual, profissão anterior, local de trabalho, naturalidade, nacionalidade, residência. Queixa Principal (QP) Em poucas palavras, o profissional registra a queixa principal, o motivo que levou o paciente a procurar ajuda. É importante que se mantenha o paciente concentrado e se desincentive informações que não sejam relevantes. História da Doença Atual (HDA) No histórico da doença atual, é registrado tudo que se relaciona com ela: sintomatologia, época de início, história da evolução da doença, entre outros. A clássica tríade: Quando, como e onde, ou seja: quando começou? Onde começou? Como começou? Em caso de dor, devemos caracterizá-la por completo. História Pregressa ou história patológica pregressa (HP ou HPP) Adquirem-se informações sobre toda a história da saúde do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a doença atual, como visitas a médicos para prevenção de câncer, nas mulheres, a visita ao ginecologista; nos homens, a visita ao proctologista. Isso direciona a escolha de procedimentos a serem utilizados. Histórico familiar (HF) Neste histórico, indaga-se o paciente sobre sua família e suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação com hereditariedade de doenças. História Pessoal (fisiológica) e história social Procura-se informar sobre a ocupação do paciente, como e onde trabalha, onde reside; se é tabagista, alcoolista ou faz uso de outras drogas. Se viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais), suas atividades recreativas e se faz uso de algum tipo de medicamento (inclusive os da medicina alternativa). Essas informações são valiosas para a prescrição do tratamento. Esse paciente pode procurar a fisioterapia em decorrência de uma dor cervical, mas na sua história clinica pode relatar que tem alguns problemas na próstata (ainda em pesquisa de diagnóstico) e essas informações são de fundamental importância para a prescrição de um aparelho de eletroterapia que tenha como contraindicação o câncer. Informações sobre doenças na família também possibilitam contraindicar alguns procedimentos, quando se evidenciam diversos membros da família com câncer ou doenças cardiovasculares. Fiquem atentos às informações colhidas com o paciente. O examinador também deve prestar atenção a quaisquer sinais e sintomas “bandeiras vermelhas” potenciais, que indiquem a necessidade de um outro profissional de saúde. Câncer: • Dor persistente à noite; • Dor constante em alguma parte do corpo; • Perda inexplicável de peso; • Nódulos ou tumorações incomuns; • Fadiga injustificada. Cardiovasculares • Falta de ar; • Tontura; • Dor – uma sensação de peso no tórax; • Dor pulsátil em qualquer parte do corpo; • Dor constante e intensa na panturrilha ou braço; • Pés com alteração de cor ou dolorosos; • Edema (sem histórico de trauma). Gastrointestinais/Geniturinários • Dor abdominal frequente ou intensa; • Azia ou indigestões frequentes; • Náuseas ou vômitos frequentes; • Irregularidades menstruais incomuns. Neurológicos • Alterações na audição e Alterações da visão (visão turva ou perda da visão); • Cefaleias frequentes ou graves; • Problemas de deglutição ou alterações na fala; • Problemas de equilíbrio, coordenação ou queda; Fraqueza súbita. • Desmaios; Exame Físico ✓ Inspeção o Vista: anterior, lateral, posterior, decúbito ✓ Palpação o Óssea, tecidos moles, goniométrica ✓ Testes especiais Inspeção – Tornozelo e Pé No momento da inspeção o terapeuta deve observar se o paciente apresenta alterações na postura e principalmente na marcha. Neste momento o terapeuta deve observar como apresenta a marcha, pois provavelmente este paciente vai apresentar uma marcha álgica, observaremos também que o mesmo apresenta uma marcha com velocidade reduzida e diminuição no tamanho do passo e da passada. Inspecionar: ✓ Edemas ✓ Hematoma ✓ Equimoses ✓ Rubor ✓ Úlceras ✓ Todos os dedos ✓ Anomalias ✓ Amputação de dedos Verificar tipo de pé: ✓ Pé plano flexível (pé chato) - É quando o arco longitudinal se encontra abaixo do normal ou este arco não é presente. Paciente com o pé plano flexível tem o arco plantar visível quando estão sentados. ✓ Pé plano rígido - É revelado pelo achatamento persistente do arco longitudinal em posições sem carga e restrição do movimento subtalar. (Inversão e eversão) ✓ Pé cavo - É quando os músculos lumbricais fletem os artelhos em linha reta. Essas alterações podem apresentar bilateralmente ou unilateralmente. Verificar o ângulo do pé ✓ Verificar se os pés são valgos ou varos Palpação Para palpar o pé e o tornozelo do o terapeuta deve solicitar ao paciente que se sente na borda da mesa de exame com as pernas pendentes e o terapeuta deve se manter na altura do tornozelo em seguida segure de forma firme o tornozelo do paciente. Após isso o terapeuta deve palpar as estruturas anatômicas. Verificar mecanismo de Lesão ✓ Traumático ou ✓ Postural/Uso Excessivo Patologias mais comuns: ✓ Osteoartrite/Osteoartrose ✓ Fasceíte Plantar ✓ Ruptura de Tendão Calcâneo ✓ Neuroma de Morton Inspeção – Joelho RACIOCÍONIO DE AVALIAÇÃO 1. Qual foi o mecanismo de lesão? a. Traumática b. Degenerativa c. Inflamatória 2. Quais os sinais e sintomas típicos? 3. Testes Especiais Inspecionar: ✓ Mecanismo de lesão ✓ Primeira lesão ou recidivante ✓ Função normal de joelho ✓ “Estalido” ou “Estouro” ✓ Velocidade da lesão ✓ Dor imediata ou insidiosa ✓ “Falseio” ou “Colapso” ✓ Bloqueio ✓ “Rangido” ou “Estalido” ✓ Edema ✓ Marcha ✓ Calçado Patologias comuns do joelho ✓ Lesões Ligamentares ✓ Osgood-Schlater ✓ Bursites e Tendinites ✓ Cisto de Backer ✓ Lesões meniscais ✓ Plica Sinovial ✓ Joelho Valgo e Varo ✓ Condromalácea Patelar ✓ Diferenças de altura de patela ✓ Síndrome Patelofemoral Estruturas lesionadas que dão nome a uma patologia chamada tríade infeliz do joelho: LCA + LCM + menisco medial Mecanismo de Lesão LCA: ✓ Trauma direto o Póstero-Anterior o Lateral o Desaceleração + Valgo + Rotações + Semi-flexão e/ou; o Hiperextensão Forças Rotacionais: Pivot Mecanismo de Lesão LCP: ✓ Hiperflexão com ou sem força anterior na tíbia ✓ Hiperflexão com força de anteriorização na coxa ✓ Hiperflexão associada à força de varo ou valgo Tipos de lesão nos meniscos: ✓ Radial ✓ Longitudinal ✓ Em flap ✓ Em alça de balde Sinais e sintomas de lesão nos meniscos: ✓ Dor localizada na interlinha articular. ✓ Bloqueios nas lesões agudas ✓ Extensão = Corno anterior ✓ Flexão = Corno posterior ✓ Hipotrofia de quadríceps Avaliação Funcional de Joelho: ✓ Andar ✓ Subir/descer escadas (andando → correndo) ✓ Agachamento ✓ Agachamento seguido por salto ✓ Correr em linha reta para a frente/Correr em linha reta pra frente e parar sob comando Inspeção – Quadril Mecanismos de Lesão: ✓ Inflamatório ✓ Traumático ✓ Degenerativo✓ Desequilíbrios Musculares ✓ Congênito Inspecionar: ✓ Idade do paciente. ✓ Mecanismo de lesão ✓ Dor ✓ Síndrome do quadril estalador. (Tendão do psoas sobre o Trocânter maior - trato iliotibial contraído - tendão do glúteo máximo) ✓ Atividade que reduz a dor ou faz piorar. ✓ Perda de força muscular. ✓ Atividades do paciente. ✓ Postura ✓ Sustentação de peso ✓ Equilíbrio (teste da posição da cegonha) ✓ Simetria de membros ✓ Encurtamentos evidentes ✓ Cor e textura da pele ✓ Cicatriz ✓ Disposição em se mover. Patologias Comuns: ✓ Osteoartrose ✓ Pubeíte (pubalgia) ✓ Bursite trocanteriana ✓ Síndrome do Piriforme ✓ Luxação congênita do quadril Goniometria Articulação do Quadril Flexão do Quadril: ocorre no plano sagital entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do ilíaco. Amplitude articular com o joelho fletido: 0°-125°. Amplitude articular com o joelho estendido: 0 - 90°. (Marques 2003). Posição ideal: A vítima deve estar deitada em decúbito dorsal, podendo também ficar em decúbito lateral utilizando-se o membro do hemicorpo superior para efetuar a medição. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado na linha média axilar do tronco. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado paralelo e sobre a superfície lateral da coxa, em direção ao côndilo lateral do fêmur. Eixo: Aproximadamente no nível do trocânter maior. Precauções: Manter o membro oposto plano sobre a mesa para controlar a inclinação pélvica posterior. Evitar a movimentação lombossacral. Colocação do goniômetro para medir a flexão do quadril. Extensão do Quadril: Ocorre no plano sagital. Amplitude Articular: 0°-10° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve preferencialmente estar em decúbito ventral, podendo ficar em decúbito lateral. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado na linha axilar média do tronco. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado ao longo da superfície lateral da coxa em direção ao côndilo lateral do fêmur. Eixo: Aproximadamente no nível do trocânter maior. Precauções: O indivíduo deverá manter as espinhas ilíacas antero superiores planas sobre a mesa para se ter certeza de que o movimento irá ocorrer nas articulações do quadril e não nas vértebras lombares. Evitar a inclinação pélvica anterior. Colocação do goniômetro para medir a extensão do quadril. Abdução do Quadril: Na posição anatômica, o movimento ocorre no plano frontal. Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve ser colocada em decúbito dorsal, observando o alinhamento corporal. A medida é feita na região anterior da coxa, sobre a articulação da coxa. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas ântero-superiores ou nivelado com as espinhas ilíacas ântero-superiores. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado sobre a região anterior da coxa, ao longo da diáfise do fêmur. Eixo: Sobre o eixo ântero-posterior da articulação do quadril, aproximadamente no nível do trocanter maior. Precauções: Evitar a rotação medial ou lateral na articulação do quadril. Evitar a inclinação lateral da coluna. Colocação do goniômetro para medir a abdução do quadril. Adução do Quadril: Na posição teste, o movimento de adução ocorre no plano frontal. Amplitude Articular: 0°-15° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve estar em decúbito dorsal. A medida é feita na região anterior da coxa sobre a articulação do quadril. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado sobre a linha traçada entre as espinhas ilíacas ântero-superiores, ou nivelado com as espinhas ilíacas ântero-superiores. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado sobre a região anterior da coxa, ao longo da diáfise do fêmur. Eixo: Sobre o eixo ântero-posterior da articulação do quadril, aproximadamente no nível do trocanter maior. Precauções: Evitar a rotação medial do quadril. Evitar a inclinação lateral da coluna. Colocação do goniômetro para medir a adução do quadril. Rotação interna (medial) do Quadril: Na posição teste, o movimento de rotação medial ocorre no plano transversal. Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve ser estar sentada com o joelho e quadril fletidos a 90º e em posição neutra. A posição alternativa é a deitada em decúbito dorsal e com o joelho e quadril também fletido a 90º. Braço fixo do goniômetro: Paralelo e sobre a linha média anterior da tíbia, com o eixo axial próximo ao centro do joelho. O braço fixo não se move quando ocorre o movimento e deve permanecer perpendicular ao chão. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado ao longo da tuberosidade da tíbia, em um ponto equidistante entre os maléolos na superfície anterior. Eixo: Sobre a face anterior da patela. Precauções: Evitar a rotação e a inclinação lateral da pelve para o mesmo lado. Evitar que a pelve se afaste da mesa. Na posição sentada evitar a flexão contralateral do tronco. Evitar a adução na articulação do quadril. Colocação do goniômetro para medir a rotação interna do quadril. Rotação externa (lateral) do Quadril: Na posição anatômica, o movimento de rotação medial ocorre no plano transversal. Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve ser estar sentada com o joelho e quadril fletidos a 90º e em posição neutra. A posição alternativa é a deitada em decúbito dorsal e com o joelho e quadril também fletido a 90º. Braço fixo do goniômetro: Paralelo e sobre a margem anterior da tíbia, com o eixo axial próximo ao centro do joelho. O braço fixo não se move quando ocorre o movimento e deve permanecer perpendicular ao chão. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado sobre a margem anterior da tíbia. Eixo: Sobre a face anterior da patela. Precauções: Evitar a rotação da pelve para o lado oposto. Evitar a adução do quadril. Evitar a inclinação contralateral da pelve. Evitar a flexão ou rotação lateral do tronco. Colocação do goniômetro para medir a rotação externa do quadril. ARTICULAÇÃO DO JOELHO Flexão e Extensão do Joelho: Ocorre no plano sagital entre os côndilos do fêmur e da tíbia. A extensão corresponde ao retorno a partir de sua flexão e ocorre no plano sagital. Amplitude articular: 0°-140° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve permanecer em decúbito dorsal com quadril e o joelho fletidos, ou ainda sentado em uma mesa com a coxa apoiada e o joelho fletido. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado paralelo a superfície lateral do fêmur dirigido para o trocanter maior. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado paralelo à face lateral da fíbula dirigido para o maléolo lateral. Eixo: Sobre a linha articular da articulação do joelho. Precauções: Evitar a rotação do quadril, assim como a extensão e qualquer flexão adicional. Anotar o grau de flexão do quadril, se não for de 90 graus. Manter a articulação do quadril fletida para evitar o estiramento do músculo reto femoral. Colocação do goniômetro para medir a flexão do joelho. ARTICULAÇÃO DO TORNOZELOFlexão dorsal do Tornozelo: Ocorre no plano sagital entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula e a superfície articular do tálus. A posição anatômica do pé é a medida que se adota na posição ereta. Amplitude articular: 0°-20° (Marques, 2003). Posição ideal: O paciente deve estar sentado ou deitado em decúbito dorsal com os joelhos fletidos em torno de 25º ou 30º para diminuir a ação dos músculos da região posterior da coxa. O pé deve estar em posição anatômica. Para a realização das medidas utilizar-se-á a superfície lateral da articulação. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado paralelo à face lateral da fíbula. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado paralelo à superfície lateral do quinto metatarso. Eixo: Na articulação do tornozelo, junto ao maléolo lateral. Precaução: Evitar a movimentação das articulações do quadril e do joelho. Evitar a inversão e a eversão do tornozelo. Manter o joelho semifletido para diminuir a ação do compartimento posterior da coxa. Colocação do goniômetro para medir a dorso flexão do tornozelo. Flexão plantar do Tornozelo: Ocorre no plano sagital entre a tíbia e fíbula e a superfície superior do tálus. Amplitude articular: 0°-45° (Marques, 2003). Posição ideal: Sentado ou deitado em decúbito ventral ou dorsal, com os joelhos fletidos em torno de 25º ou 30º para diminuir a ação dos músculos da região posterior da coxa. O pé deve estar em posição anatômica. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado paralelo à face lateral da fíbula. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado paralelo à superfície lateral do quinto metatarso. Eixo: Sobre a articulação do tornozelo, junto ao maléolo lateral. Precauções: Evitar a movimentação das articulações do quadril e do joelho. Evitar a flexão do ante pé. Evitar a inversão e a eversão do tornozelo. Colocação do goniômetro para medir a flexão plantar do tornozelo. Inversão (adução) do Tornozelo: O movimento ocorre nos planos transversal, sagital e frontal. Amplitude articular: 0°-40° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve estar em decúbito ventral com os pés para fora da maca. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado paralelo a face posterior da tíbia. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado paralelo a linha posterior do calcâneo. Eixo: Aproximadamente no nível da articulação tíbio-társica. Precauções: Evitar a rotação medial do quadril e a extensão do joelho. Evitar a rotação lateral e a abdução do quadril. Colocação do goniômetro para medir a inversão do tornozelo. Eversão (abdução) do Tornozelo: O movimento ocorre nos planos transversal, sagital e frontal. Amplitude articular: 0°-20° (Marques, 2003). Posição ideal: A vítima deve estar em decúbito ventral com os pés para fora da maca. Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado paralelo a face posterior da tíbia. Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado paralelo a linha posterior do calcâneo. Eixo: Aproximadamente no nível da articulação tíbio-társica. Precauções: Evitar a rotação medial e abdução do quadril. Colocação do goniômetro para medir a Eversão do tornozelo. Testes especiais – Tornozelo e Pé Teste para pé plano rígido ou flexível (retirar o pé do contato e analisar o arco) Objetivo: verificar o arco plantar do paciente. Teste de gaveta (anterior/posterior) ou deslocamento do pé Objetivo: avaliar a integridade dos ligamentos (Talofibular anterior e Talofibular posterior). ✓ Sinal positivo é a anteriorização do Tálus (gaveta anterior) • Posição do paciente: sentado ou deitado com os pés para fora da maca. Teste para o sinal de Muldler ou de Morton Objetivo: verificar se existe o neuroma de Morton Deve-se mover o metatarso para a frente e para trás enquanto os comprime. O teste é considerado positivo se os sintomas do paciente são reproduzidos. Teste de estabilidade lateral -inversão Objetivo: verificar o excesso de mobilidade ou estalos. Avalia os ligamentos da região lateral do pé. Teste de estabilidade medial - Eversão Objetivo: verificar o excesso de mobilidade ou estalos. Avalia os ligamentos da região medial do pé. Teste do torniquete Objetivo: verificar se existe compressão do nervo tibial (Sd. do túnel do tarso). – Com o paciente sentado, o fisioterapeuta faz dorsiflexão máxima do tornozelo, Eversão do pé, e estende os dedos do pé. Mantém esta posição por 5-10 segundos enquanto bate sobre o túnel do tarso (posterior ao maléolo medial). O teste é considerado positivo quando existem queixas de sensibilidade no nervo. Teste do sinal de tinel Objetivo: Observar irritação do nervo tibial por parte dos retináculos. Para teste positivo o paciente sentirá parestesia na região plantar. Teste de Thompson Objetivo: verificar sinal de ruptura do tendão de calcâneo. - O teste é considerado positivo quando o pé não se move ou a flexão plantar é significativamente menor do que no lado oposto. Teste de sinal de Homan Objetivo: verificar se o paciente apresenta trombose venosa profunda. O examinador faz um movimento de dorsiflexão do pé para avaliação realizada no membro inferior. Em geral, quando a dor é positiva, o paciente refere dor na panturrilha ou no espaço poplíteo. Testes especiais – Joelho Estresse em Valgo Finalidade = testar a integridade de LCM Execução = Paciente em DD, o examinador aplica um estresse em valgo (empurra o joelho na direção lateral) enquanto o tornozelo é estabilizado em discreta rotação externa com a mão ou o membro inferior posicionado entre o membro superior e o tronco do examinador. Primeiramente o joelho é testado em extensão completa e, a seguir, é testado ligeiramente flexionado (20º a 30º) de modo a ficar “desbloqueado”. Interpretação = a tíbia move-se e afasta-se excessivamente do fêmur para lateral. Estresse em Varo Finalidade= testar a integridade de LCL Execução= paciente em DD, o examinador aplica um estresse em varo (empurra o joelho na direção medial) enquanto o tornozelo é estabilizado. Primeiramente o joelho é testado em extensão completa e, a seguir, é testado ligeiramente flexionado (20º a 30º). Quando a tíbia é rodada externamente antes do teste, os ligamentos cruzados são desenrolados e o estresse máximo é aplicado sobre os ligamentos colaterais (MAGEE). Interpretação = a tíbia move-se e afasta-se excessivamente do fêmur para medial. Teste de Lachmann Finalidade= testar a integridade do LCA Execução= paciente em DD, com o membro inferior afetado ao lado do examinador. O examinador mantém o joelho do paciente posicionado entre a extensão completa e 30º de flexão. Com uma das mãos o examinador estabiliza o fêmur do paciente,enquanto que, com a outra mão ele move a face proximal da tíbia para frente. Interpretação= evidenciar o movimento excessivo da tíbia (translação anterior), resultante da lesão do LCA→ teste positivo. Sinal da Gaveta Anterior Finalidade= testar a integridade do LCA Execução= paciente em DD, o joelho do paciente é flexionado a 90º e o quadril flexionado a 45º. O pé do paciente é mantido sobre a mesa pelo corpo do examinador, o qual se senta sobre o pé e o antepé do paciente que se encontra em rotação neutra. O examinador coloca suas mãos em torno da tíbia para certificar-se que os músculos posteriores da coxa estão relaxados. Em seguida a tíbia é tracionada para frente sobre o fêmur. Interpretação= evidenciar o movimento excessivo da tíbia (translação anterior), resultante da lesão do LCA→ teste positivo. Sinal da Gaveta Posterior Finalidade= testar a integridade do LCP. Execução= paciente em DD, o joelho do paciente é flexionado a 90º e o quadril flexionado a 45º. O pé do paciente é mantido sobre a mesa pelo corpo do examinador, o qual se senta sobre o pé e o antepé do paciente que se encontra em rotação neutra. O examinador coloca suas mãos em torno da tíbia para certificar-se que os músculos posteriores da coxa estão relaxados. Em seguida a tíbia é empurrada para trás sobre o fêmur. Interpretação = translação posterior excessiva da tíbia→ teste positivo. Teste de Godfrey (Sinal do Degrau) Finalidade= teste para instabilidade posterior. Execução= o paciente posiciona-se em DD e o examinador segura ambas as pernas e flexiona os quadris e os joelhos do paciente a 90º. Interpretação= observa-se um abaulamento posterior da tíbia → teste positivo. Teste de MacMurray Finalidade= testar a integridade dos meniscos. Execução= paciente em DD com o joelho totalmente flexionado (calcanhar na nádega). Em seguida o examinador roda a tíbia internamente (para testar o menisco lateral). Com a mudança repetida na magnitude de flexão e com a aplicação da rotação interna da tíbia seguida por extensão, o examinador pode testar toda a área do menisco, do corno posterior até o segmento médio. Para testar o menisco medial, o examinador realiza o mesmo procedimento com a tíbia rodada externamente. Interpretação= quando existe um fragmento livre do menisco, esta ação produz um estalido que é frequentemente acompanhado de dor. Teste de Apley de Compressão Finalidade= testar a integridade dos meniscos lateral e medial. Execução= paciente em DV com o joelho flexionado a 90º. Em seguida, a coxa do paciente é fixada à mesa pelo joelho do examinador. O examinador executa uma rotação interna e externa da tíbia, combinada com a compressão. Interpretação= quando a rotação com compressão é mais dolorosa ou revela diminuição de rotação em comparação com o lado normal, a lesão é provavelmente uma lesão meniscal. Teste para a Plica Médio-Patelar Finalidade= testar se há a presença de plica médio-patelar. Execução= paciente em DD e o examinador flexiona o joelho afetado a 30º. A seguir, o examinador move a patela do paciente medialmente. Interpretação= se o paciente sentir dor, indica um teste positivo. Sinal de Zohler ou Teste da Compressão Patelar Finalidade= testar se há a presença de condromalácea patelar. Execução= paciente em DD com os joelhos estendidos. O examinador traciona a patela distalmente e a mantém neta posição. Ele solicita ao paciente que contraia o quadríceps. Interpretação= o teste é considerado positivo pra condromalácea patelar quando o paciente refere dor. Testes especiais – Quadril Testes especiais - Quadril Teste de Gillet Finalidade: Avaliar a mobilidade da articulação Sacroilíaca Execução: Paciente em pé - Avaliador palpa as EIPSs (ou palpa uma EIPS e a crista sacral) – Pedir para paciente flexionar o quadril – observar movimentação das EIPS. Interpretação: Se EIPS do lado fletido não se mover ou subir – teste positivo. O normal é ocorrer rotação póstero inferior. Teste de Thomas Finalidade: Avaliar contratura dos flexores do quadril Execução: Paciente em D.D. – Observar a lordose lombar (aumentada quando há encurt. Dos flexores do quadril) – Flexionar um dos quadris ao máximo. (para testar reto femoral – joelho fora da maca) Interpretação: Teste positivo se a coxa elevar-se da maca. Se houver abdução (sinal do “j”), há retesamento do trato íliotibial. Teste de Ober Finalidade: Diagnosticar o encurtamento do trato íliotibial. Execução: Paciente em DL com MI a ser avaliado para cima. Realizar passivamente abdução e extensão de quadril (máximas). Pode ser com o joelho fletido ou estendido. Interpretação: Se o quadril permanecer abduzido, teste positivo. Se houver dor no trocânter, investigar bursite. Teste de Patrick Finalidade: Diagnosticar disfunção Sacroilíaca ou espasmo do M. Psoas. Execução: Cruzar uma perna sobre a outra e ir aumentando a abdução lentamente. Interpretação: Teste positivo se a abdução for pequena permanecendo acima da outra perna, ou dor Sacroilíaca. Teste de Trendelenburg Finalidade: Avaliar estabilidade do quadril e a capacidade dos abdutores para estabilizarem a pelve. Execução: Pedir para paciente assumir apoio unipodal. Fazer primeiro do lado saudável. Interpretação: Se a pelve inclinar para baixo, o teste será positivo para glúteo médio fraco ou quadril instável (luxação). Ineficiência de abdutores do quadril. Teste para Síndrome do Piriforme Finalidade: Diagnosticar síndrome do piriforme Execução: Paciente em DL; flexão do quadril de 60º. com o joelho completamente fletido. Uma mão estabiliza o quadril e a outra empurra o joelho para baixo. Interpretação: Dor glútea e irradiada para região póstero lateral da coxa e perna = teste positivo. Sinal de Ortolani Finalidade: Diagnosticar luxação congênita do quadril. Execução: Lactente em DD. Flexionar o quadril segurando as pernas com os polegares na face medial dos joelhos e os outros dedos externamente às coxas e nádegas. Realizar tração delicada mais abdução mais pressão sobre os trocânteres. Interpretação: Estalido audível ou palpável = teste positivo. Sinal de Galeazzi Finalidade: Luxação congênita unilateral do quadril. Execução: Criança em DD, joelhos fletidos, quadril fletido a 90º. com os pés apoiados na maca. Interpretação: Um joelho mais alto que o outro indica teste positivo.Mensuração real ou aparente Finalidade: Avaliar se a diferença no comprimento dos MMII é real (óssea) ou somente aparente. Execução: 1º. Comprimento Real: com fita métrica, mensurar a distância entre a EIAS até o maléolo medial do mesmo lado. 2º. Comprimento Aparente: medir a partir da cicatriz umbilical ou xifoide até maléolo medial. Interpretação: Diferenças entre 1 e 1,5 cm é normal em ambas as mensurações, contudo podem causar sintomas. Diferenças maiores do que esta referência na mensuração real, sugerem diferença no comprimento dos membros. Se os valores das mensurações forem maiores apenas na aparente, a causa pode ser posição assimétrica do umbigo ou xifoide, atrofias, obesidade, escoliose, entre outras. Sinal de Telescopagem Finalidade: Luxação congênita do quadril. Execução: Criança em DD, quadril e joelho em 90º.; empurrar o fêmur para posterior e em seguida tracioná-lo. Interpretação: Mobilidade excessiva = teste positivo. Manobra de Grava Finalidade: Diagnosticar Pubeíte (pubalgia) Execução: Paciente em D.D. Apoiar a planta do pé de um dos lados na face medial do joelho oposto que estará estendido sobre o divã e posicionar as mãos atrás da cabeça. Avaliador estabiliza a pelve do lado estendido com uma das mãos sobre a EIAS e a outra na face interna do joelho ou coxa contralaterais. Solicita ao paciente que realize força para adução do quadril e simultaneamente realize uma contração concêntrica de reto abdominal contra ação da gravidade. Interpretação: Dor na região pubiana = teste positivo