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Procedimento. O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA DECRETAÇÃO A PRISÃO TEMPORÁRIA poderá ser decretada, somente, pelo JUIZ. A necessidade de decisão judicial decorre do que está previsto no Art. 5º, inciso LXI da Constituição Federal. Ademais, o Art. 2º da Lei 7.960 de 1989, prevê, expressamente que a PRISÃO TEMPORÁRIA SOMENTE PODE SER DECRETADA PELA AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE. Ademais, a prisão temporária não poderá ser decretada ex officio pelo juiz. Sendo assim, será decretada pela autoridade judiciária, mediante REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL, bem como mediante REQUERIMENTO DO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Portanto, a decretação da prisão temporária dependerá de provocação da autoridade policial ou do Ministério Público. É importante salientar que a PRISÃO TEMPORÁRIA SÓ PODERÁ SER DECRETADA DURANTE A FASE DA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR, ou seja, durante o Inquérito Policial ou até mesmo durante a tramitação de Comissão Parlamentar de Inquérito. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA A prisão temporária é a única prisão cautelar que tem prazo certo e determinado, previsto expressamente na legislação ordinária (LOPES Jr., 2012, p. 878). O Art. 2º, caput, da Lei nº 7.960 de 21 de dezembro de 1989, trata da prisão temporária e do seu prazo de duração, que será, em regra de 5 (cinco) dias prorrogável por igual período em caso de comprovada necessidade. Todavia, no caso dos crimes hediondos ou equiparados, o prazo será de 30 (trinta) dias prorrogável por igual período no caso de necessidade, conforme o disposto no Art. 2º § 4º da Lei nº 8.072 de 25 de julho de 1990. Assim, o prazo da prisão temporária será de: - REGRA GERAL - 05 (CINCO) DIAS, PRORROGÁVEL POR MAIS 05 (CINCO) DIAS. - CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS - 30 (TRINTA) DIAS, PRORROGÁVEL POR MAIS 30 (TRINTA) DIAS. Para PAULO RANGEL é possível que o juiz determine a fixação de prisão temporária por prazo menor, por exemplo, por 3 (três) dias, ou no caso de crimes hediondos ou equiparados, por 15 (quinze) dias. Portanto, o prazo fixado na lei é o MÁXIMO, podendo o juiz, desde que com a concordância do Ministério Público decretar a prisão temporária com prazo menor (RANGEL, 2014, p. 851). É importante salientar que a PRORROGAÇÃO NÃO PODE SER DECRETADA DE OFÍCIO, dependendo de provocação e de comprovada necessidade. PROCEDIMENTO PARA DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA O procedimento da prisão temporária segue a seguinte ordem concatenada, previsto na Lei 7.960 de 1989. Tal procedimento é bastante célere e simples. Senão vejamos: 01 - REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL ou REQUERIMENTO DO MP; 02 - O JUIZ TEM 24 (VINTE E QUATRO) HORAS PARA DECIDIR SOBRE A PRISÃO, ouvindo para isto o MP, nos casos de representação da autoridade policial; 03 - EXPEDIÇÃO DE MANDADO DE PRISÃO TEMPORÁRIA; 04 - EFETUADA A PRISÃO, O PRESO SERÁ INFORMADO DE SEUS DIREITOS; 05 - DURANTE O PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA, O JUIZ PODERÁ, DE OFÍCIO, A REQUERIMENTO DO MP OU DO DEFENSOR, DETERMINAR QUE O PRESO LHE SEJA APRESENTADO, SOLICITAR INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS DO DELEGADO E SUBMETÊ-LO A EXAME DE CORPO DE DELITO; 06 - DECORRIDO O PRAZO O PRESO DEVER SER, IMEDIATAMENTE POSTO EM LIBERDADE. É importante salientar que a LIBERDADE É IMEDIATA constituindo CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE (vide Art. 4º, alínea "i" da Lei 4.898/65), do juiz ou da autoridade policial que não liberar o preso. Sendo assim, não há necessidade de expedição de álvara de soltura. Ademais, é importante salientar que o preso temporário deverá ser mantido em local separado dos demais presos provisórios e condenados, haja vista o disposto no Art. 3º da Lei 7.960/89, bem como do disposto no Art. 300 do Código de Processo Penal. Nesse sentido, também é disposto no Art. 84 da Lei 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal - LEP). Prisão temporária Quiz 1 A prisão temporária para o crime de tráfico ilícito de drogas terá duração dê: 5 (cinco) dias prorrogável por igual período quando comprovada a necessidade. 30 (trinta) dias prorrogável por igual período quando comprovada a necessidade. 15 (quinze) dias prorrogável por igual período quando comprovada a necessidade. 30 (trinta) dias prorrogável por igual período de ofício pelo juiz. 2 Assinale a opção CORRETA no que concerne à prisão temporária: Está, prevista, no procedimento da prisão temporária, a possibilidade de o juiz determinar que o preso lhe seja apresentado e que seja submetido a exame de corpo de delito. Caberá prisão temporária quando houver fundadas razões, com base em qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos crimes de homicídio doloso ou culposo, entre outros previstos. A prisão temporária, para a qual está previsto o prazo improrrogável de cinco dias, será decretada pelo juiz em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do MP. Os presos sujeitos a esse tipo de prisão cautelar não são obrigados a permanecer separados dos demais detentos. 3 Com relação ao procedimento da prisão temporária, assinale a assertiva INCORRETA: Decorrido o prazo da prisão temporária o preso será colocado imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. A prisão temporária deverá ser decretada pelo juiz, mediante representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público. A prisão temporária, no caso dos crimes equiparados à hediondos terá o prazo de 05 (dias) prorrogável por igual período, desde que, haja comprovada necessidade. O juiz, após a representação da autoridade policial terá o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para decidir pela decretação ou não da prisão temporária. Referências ALENCAR, Rosmar Rodrigues; TÁVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. 8.ed. Salvador, BA: JusPODIVM, 2013. ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2009. BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012. LIMA, Renato Brasileiro, Legislação criminal especial comentada. 2.ed. Salvador, BA, Editora JusPODIVM, 2014. LOPES, Aury. Direito Processual Penal. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2012. NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 5d. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado. 14.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013. RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 22.ed. São Paulo: Atlas, 2014. REIS, Alexandre Cebrian Araújo. Direito Processual Penal esquematizado. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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