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Material AVA Uninove Processo Penal - 2016

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Conceito. Requisitos.
O OBJETIVO DESSE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SERÁ A
APRESENTAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Prisão preventiva
CONCEITO DA PRISÃO PREVENTIVA
 
A prisão preventiva é uma dentre as modalidades de prisões processuais ou prisões provisórias,
também denominadas prisões cautelares, previstas na legislação processual penal brasileira. Tal modalidade
de prisão decorre de questões processuais. Portanto, não é uma pena privativa de liberdade, seu objetivo é
acautelar o bom andamento da persecução penal.
A prisão preventiva não viola o princípio constitucional do ESTADO DE INOCÊNCIA (vide Art.
5º, inciso LVII da Constituição Federal), haja vista que a Constituição pode exepcionar a si mesma, pois
prevê a possibilidade de decretação da prisão preventiva, pelo juiz competente (nesse sentido vide Art. 5º,
iniciso LXI da Constituição Federal).
A prisão preventiva é a mais ampla mas medidas cautelares pessoais, tendo cabimento durante todas
as fases da persecução penal (inquérito policial e ação penal). Ademais, admite-se a prisão preventiva até
mesmo sem a instauração de inquérito policial, nos casos de necessidade e conforme observância de seus
pressupostos.
Atualmente, com a reforma operada pela Lei 12.403 de 4 de maio de 2011, a prisão preventiva é a
última medida cautelar pessoal a ser adotada pelo juiz, ou seja, é a ULTIMA RATIO (nesse sentido vide
Art. 282 §§ 4º e 6º do Código de Processo Penal brasileiro).
Contudo, a prisão preventiva só poderá ser decretada se atendidos os REQUISITOS LEGAIS. Esses
requisitos legais, pressupostos fundamentais e hipóteses de cabimento estão regulados nos Arts. 311 a 316
do Código de Processo Penal brasileiro. 
 
PRESSUPOSTOS FUNDAMENTAIS 
 
Para que o juiz possa decretar a prisão preventiva é necessária a presença de alguns pressupostos
fundamentais. 
Os pressupostos fundamentais da prisão preventiva estão, expressamente previstos, no Art. 312 do
Código de Processo Penal, quais sejam: "fumus commissi delicti" e "periculum libertatis". Assim sendo,
para decretação da prisão preventiva é imprescindível a presença dos dois.
Portanto, para a compreensão da prisão preventiva e de suas hipóteses de cabimento é importante a
análise desses pressupostos fundamenais.
 
Fumus commissi delicti
 
O brocardo latino "fumus commissi delicti" significa literalmente a FUMAÇA DA PRÁTICA DO
DELITO. 
Essa "fumaça da prática do delito" é necessária para a decretação da prisão preventiva e existe quando
houver PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME, bem como INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA,
conforme expressa previsão do Art. 312, in fine, do Código de Processo Penal.
Para que a prisão preventiva seja efetivamente decretada é necesssário que exista prova da existência
concreta de um delito, ou seja, a prova da materialidade delitiva deve estar devidamente demonstrada para
que o cerceamento cautelar possa ocorrer. 
Ademais, é importante, para a decretação da prisão preventiva que exista minimamente indícios
suficientes de autoria ou participação na empreitada delituosa. Assim, basta que existam indícios, não
havendo necessidade de prova cabal da autoria ou participação, pois tal prova será realizada durante a
instrução probatória, no âmbito do processo penal em trâmite.
 
Periculum libertatis
 
Ademais, não é suficiente, para decretação da prisão preventiva, apenas a fumaça da prática do delito,
mas, também, o "periculum libertatis" ou seja, o perigo de manter o individuo em liberdade. Portanto, o
perigo da liberdade.
Esse perigo da liberdade está previsto no Art. 312, primeira parte, do Código de Processo Penal e
existe quando houver: risco para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, bem como para garantir a aplicação da lei penal. Senão vejamos:
GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA: Não existe, efetivamente, um conceito legal, tampouco
doutrinário e satifatório para o termo extremamente abrangente de "garantia da ordem pública". Sendo
assim, a doutrina brasileira tem tecido muitas criticas à este instituto, inclusive, afirmando que
consubstancia-se em autentica pena antecipada com o objetivo de atender a uma das finalidades da pena, ou
seja, prevenção especial negativa, para impedir que o individuo pratique novos crimes (LOPES, 2012, p.
841). 
No entanto, em que pese a flagrante inconstitucionalidade da possibilidade de decretação da prisão
preventiva com fulcro na garantia da ordem pública, ela vem sendo utilizada sem maiores problemas pelos
integrantes do Poder Judiciário. 
Para o professor GUILHERME DE SOUZA NUCCI a garantia da ordem pública deve ser observada
pelo trinônimo gravidade da infração penal + repercussão social + periculosidade do agente. Sendo
assim, o doutrinador entende que para reconhecer o perigo para a garantia da ordem pública deverá,
concomitantemente existir as três circunstâncias supracitadas (NUCCI, 2013, p. 622).
GARANTIA DA ORDEM ECONÔMICA: o fundamento da garantia da ordem econômica foi
incluido pela Lei 8.884/1994 (Lei Antitruste), tendo em perspectiva coibir os abusos à ordem econômica e
financeira brasileira. Nesse sentido pesquise o disposto no Art. 30 da Lei 7.492/86, que trata dos crimes
contra os sistema financeiro.
GARANTIA DE APLICAÇÃO DA LEI PENAL: Este fundamento, também previsto no Art. 312
do Código de Processo Penal pode ser utilizado para impedir a fuga do acusado.
CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL: Aqui o perigo da liberdade repousa na
possibilidade do acusado tumultuar a instrução processual. Nesta situação pretende-se tutelar a produção da
prova, quando o acusado, por exemplo, está coagindo testemunhas e vítimas, ou seja, impedindo ou
dificultando de qualquer modo a produção da prova e a busca pela verdade material.
DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA CAUTELAR PESSOAL DIVERSA DA PRISÃO
ANTERIORMENTE IMPOSTA: Tal hipóese foi acrescentada pela Lei 12.403/2011, que incluiu um
parágrafo único no Art. 312 do Código de Processo Penal. Portanto, conforme expressa previsão do Art. 282
§ 4º, em último caso, o juiz poderá decretar a prisão preventiva se o individuo descumprir as medidas
cautelares anteriormente impostas.
 
INFRAÇÕES PENAIS QUE COMPORTAM PRISÃO
PREVENTIVA
 
As infrações penais que comportam a decretação de prisão preventiva estão expressamente previstas
no Art. 313 do Código de Processo Penal, quais sejam:
 
- CRIMES DOLOSOS E COM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE MÁXIMA SUPERIOR A
4 (QUATRO) ANOS;
 
- AGENTE REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO, RESPEITADO O DISPOSTO NO ART.
64, INCISO I DO CÓDIGO PENAL;
 
- CRIME ENVOLVENDO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER,
CRIANÇA, ADOLESCENTE, IDOSO, ENFERMO OU PESSOA COM DEFICIÊNCAI, PARA
ASSEGURAR A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA;
 
- DÚVIDA CONCRETA SOBRE A IDENTIFICAÇÃO CIVIL DA PESSOA OU QUE ESTA
NÃO FORNEÇA ELEMENTOS PARA SEU ESCLARECIMENTO (vide Lei 12.037/2009).
 
NÃO SE ESQUEÇA: A prisão preventiva só poderá ser decretada com a presença do "fumus
commissi delicti" e do "periculum libertatis" nas hipóteses supracitadas. 
 
Quiz 
 1
Aponte a assertiva correta referente à prisão preventiva:
A prisão preventiva poderá ser decretada para garantir a ordem pública, a ordem tributária, a
ordem social e a ordem econômica. 
A prisão preventiva poderá ser decretada para garantir a ordem pública em casos exclusivos
de comoção social e a pedido fundamentado da imprensa, motivada por clamor público. 
A prisão preventiva poderá decretada para garantir a ordem pública, a ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal e para fins de aplicação da lei penal quando houver
indícios de autoria e prova da materialidade delitiva.
A prisão preventiva poderá ser decretada para garantir a ordem público, a ordem econômica,
por conveniência da instrução criminal e para fins de aplicação da lei penal sem necessidade
de quehaja indícios de autoria e prova da materialidade delitiva.
 2
A prisão preventiva terá cabimento nos crimes:
culposos, desde que praticados na direção de veículos automotores. 
contravenções penais.
dolosos com pena privativa de liberdade superior a 8 (oito) anos.
dolosos com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos.
 3
A respeito da prisão preventiva, aponte a assertiva correta:
A prisão preventiva não viola o princípio do Estado de inocência, pois a própria Constituição
Federal, autoriza a decretação de prisão pela autoridade judiciária competente.
A prisão preventiva viola o princípio do Estado de inocência, pois ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
Não cabe prisão preventiva nos casos de crimes dolosos punidos com penas privativas de
liberdade inferiores a 6 anos e superiores a 4 anos. 
Nenhuma das alternativas anteriores. 
Referências
ALENCAR, Rosmar Rodrigues; TÁVORA, Nestor. Curso de Direito Processual Penal. 8.ed. Salvador,
BA: JusPODIVM, 2013.
BONFIM, Edilson Mougenot. Curso de processo penal. 7.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão: Teoria do garantismo penal. 4.ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2014.
LOPES, Aury. Direito Processual Penal. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas. 5d. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2010.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal comentado. 14.ed. Rio de Janeiro: Forense,
2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2013.
RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 22.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

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