Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Enzimas Parte 1: Estrutura, Organização, Definição e Modelos Introdução Introdução Introdução Introdução Definição “Toda enzima é uma proteína” Summer, 1926 Definição • São proteínas que apresentam alto peso molecular • Possuem função biológica específica: catálise • Catalisam reações, ou seja, aumentam a velocidade com que uma reação pode ocorrer Enzima No levedo grego Exceção: RNAse não são proteínas Definição • Possuem alta seletividade com relação ao substrato que desejam atuar • Apresentam estereoespecificidade, ou seja, podem escolher um tipo isômero (R ou S, D ou L) para catalisar • Substrato é o reagente/molécula/processo que a enzima atua Definição Processo: degradar folhas Tipo de enzima: Celulases Substrato: Celulose Definição R-ibuprofeno Processo: Resolução enantiomérica de fármacos Tipo de enzima: Lipase B from Candida antarctica Substrato: fármaco IBUPROFENO RACÊMICO S-ibuprofeno Classificação CLASSE TIPO DE REAÇÃO CATALISADA Oxirredutases¹ Transferência de elétrons (íons hidrido ou átomos de H) Transferases Reação de transferência de grupos funcionais Hidrolases Trações de hidrólise (transferência de grupos funcionais para a água) Liases Quebra de ligações CC CO CN Ou outras ligações simples, duplas ou triplas Isomerases Transferência de grupos dentro de uma molécula produzindo formas isoméricas (r ou s, cis ou trans, D ou L) Ligases Formação de ligações CC CS CO CN através de reações de condensação ¹ Também chamadas de redutases, oxidases, desidrogenases, peroxidases Classificação Oxirredutases Transferases Classificação Hidrolases Liases Classificação Isomerases Ligases Nomenclatura Geral • De acordo com a reação que catalisam • Em geral, recebem seu nome de acordo com o substrato que catalisam + sufixo –ase • Exemplo: Substrato CELULOSE Substrato LIPÍDEOS Substrato PROTEÍNA CELULASES LIPASES PROTEASES Nomenclatura Geral • Em outros casos, pelo local onde foi obtida ou onde predomina pepsis (Encontrada predominantemente na digestão) lúsis (capaz de romper a membrana bacteriana) tryen (Desgastar; Esfregaço do tecido pancreático com glicerina) PEPSINA LISOZIMA TRIPSINA ptyalon (saliva)PTIALINA Nomenclatura Específica • Fornecida pela Enzyme Commission • Numeração E.C Lactato desidrogenase 1.1.1.27 1 – Classe (Oxirredutase) 1 – Subclasse (Age em álcoois primários e secundários 1 – Sub-subclasse (NAD+ Aceptor de elétrons) 27 – Especificidade Mecanismos de Atuação • Toda enzima apresenta um SÍTIO ATIVO Mecanismos de Atuação Mecanismos de Atuação As reações podem ter várias etapas, formando espécies transitórias denominadas de INTERMEDIÁRIOS Mecanismos de Atuação • Modificações estrutu- rais no complexo ES • Dinimuir a energia necessária para ativar a transformação do substrato • Consumo de energia Mecanismos de Atuação DG Reação lenta DG Reação rápida Ep< Es Ordem de Aumento de Velocidade da Reação Modelo Chave-Fechadura • Emil Fischer • Alto grau de similaridade entre a forma do substrato e a geometria do sítio de ligação. Modelo Encaixe Induzido • Koshland-Némethy-Filmer • A ligação do substrato a enzima induz uma mudança conformacional na enzima, o que resulta em um encaixe complementar ao subtrato CINÉTICA ENZIMÁTICA Cinética Enzimática • É o estudo da velocidade das reações químicas catalisadas por enzimas • Velocidade com que o substrato é convertido em produtos em um determinado tempo • Comportamentos: – Alostérico – Não alostérico Proteínas com estrutura globular terciária. Possuem um sítio ativo que é onde se introduz o substrato catalisando a reação. As enzimas são específicas para os substratos. Este se une a um sítio ativo REVERSIVELMENTE através de interações do tipo intermoleculares. Sítio ativo destas enzimas NÃO sofrem regulação de sua atividade: Reg. Positiva = AUMENTO da atividade catalítica Reg. Negativa = DIMINUIÇÃO da atividade catalítica Obs: mas podem ser INIBIDAS! Enzima Não-alostérica Enzima Não-alostérica • Modelo de Michaelis-Menten Etapa 1: ligação de um substrato (S) a uma enzima (E), formando um complexo intermediário (ES). Etapa 2: Formação do produto (P) a partir do complexo enzima-substrato (ES), com recuperação da forma livre da enzima (E). Equação de Michaelis-Menten Km é uma constante de velocidade da enzima para ela chegar a metade da Vmáx. Constante Catalítica Kcat • Estuda a eficiência da catálise enzimática. Usada para determinar a velocidade de uma enzima na saturação • Equivale ao número máximo de moléculas de substrato que um centro ativo converte em produto, por segundo Quanto maior for o Kcat maior a V0 inicial de uma enzima. Kcat = número de renovação (turnover number) Constante Catalítica Kcat Inibição da Atividade Enzimática Inibidores Substâncias que diminuem a atividade de enzimas Constituintes normais das células e/ou substâncias estranhas Agentes moleculares que interferem com a catálise diminuindo ou interrompendo as reações enzimáticas Inibição da Atividade Enzimática Inibição Irreversível Reversível Competitiva Incompetitiva Inibição Reversível Competitiva • Quando o inibidor pode se ligar ao sítio ativo e bloquear acesso do substrato, competindo com o substrato pelo sítio ativo Inibição Reversível Incompetitiva • o substrato liga-se a enzima, porém, a enzima não pode mais catalisar a reação de maneira tão eficiente Inibição Irreversível • Inibidor se combina com um sítio ativo da enzima • Forma-se uma ligação COVALENTE entre o inibidor e a enzima • Inibidor se liga à enzima formando um complexo ESTÁVEL, produzindo uma enzima inativa DIPF = di-isopropilfosfofluoridato Enzima Alostérica: Estrutura • Algumas enzimas necessitam de componentes químicos adicionais Cofator Íons inorgânicos (geralmente metálicos) Coenzima Porção metalorgânica ou molécula orgânica Grupos Prostéticos Enzima Alostérica: Cofatores Enzima Alostérica: Coenzima Enzima Alostérica HOLOENZIMA Apoenzima (Apoproteína) Grupo Prostético Porção protéica da enzima Cofator ou Coenzima Enzima completa Enzima Alostérica • Enzimas reguladas por moduladores ligados a sítio(s) adicional(is) e que sofrem mudanças conformacionais não-covalentes Moduladores ou efetores Positivos Negativos Aumentam da velocidade de reação Reduzem da velocidade de reação Atuam como inibidores ou ativadores de reação enzimática Enzima Alostérica • Dois modelos explicam o comportamento de enzimas alostéricas com curvas sigmoidais (velocidade da reação versus concentração do substrato) que refletem as interações cooperativas entre as subunidades oligoméricas: – Modelo Sequencial – Modelo Concertado Enzima Alostérica Modelo Sequencial • Um ligante pode induzir alteração na estrutura terciária de cada subunidade o qual ele se liga • Uma alteração na conformação de uma subunidade induz diagonalmente a alteração em outra • As subunidades mudam uma por uma em cada reação de ligação do substrato Enzima Alostérica Modelo Conectado • Ambas as unidades podem estar na conformação TENSO ou RELAXADA • Há um sítio de ligação em cada subunidade • Todas as subunidades convertem-se do estado T para o estado R ao mesmo tempo conforme a simetria OBRIGADO!!!
Compartilhar