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Direito Constitucional II

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CONSTITUCIONAL
Repartições das Competências Tributárias dos Entes Federativos
O direito tributário é um conceito novo – teve origem do direito financeiro; o direito tributário atual surge quando nasce um tributo e se extingue nos cofres públicos.
CONCEITO DE TRIBUTO
Segundo o artigo 3º do CTN, tributo é:
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória1, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir2, que não constitua sanção de ato ilícito3, instituída em lei4 e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada5”. 
O conceito de tributo é constitucional, portanto nenhuma lei pode alarga-lo, reduzi-lo ou modifica-lo, é, portanto, um conceito chave para demarcação de competências.
A prestação pecuniária compulsória consiste na obrigação de dar, obrigação essa que não exige vontade das partes, atribui-se de forma obrigatória; compulsória, diferente, portanto da obrigação de dar do Direito Civil.
Admite o pagamento em bens suscetíveis de avaliação (imposto vencido pode oferecer um bem e se o órgão aceitar a dívida fica quitado);
É o traço distintivo entre tributos e multa. Para o tributário não importa de onde vem o dinheiro do contribuinte, importa apenas o pagamento do tributo; os resultados da atividade ilícita podem ser tributados. 
Principio da estrita legalidade tributária – Artigo 150, I:
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – Exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada à lei, a cobrança deve ater-se, rigorosamente ao que determina o texto legal. Cada contorno do direito tributário deve ser dado pela administração pública, ou seja, quando se aplicar, com quem fica o tributo, qual a base do calculo do tributo e etc.
Tributos na Constituição
ART. 145 “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:”
Impostos - I
Taxas
I – de polícia - II 
II – de serviço - II
Contribuição de Melhoria: III
Contribuições especiais: 
I – Sociais: Art. 149 C.C o art. 195, I,II e III
II – de intervenção econômica – Art. 149
III – de interesse das categorias profissionais – Art. 149
IV – para custeio dos serviços de iluminação pública – Art. 149 A
Empréstimos Compulsórios:
I – para atender despesas extraordinárias - Art. 148, I
II – para investimentos públicos – Art. 148 II
	A denominação e as demais características para os tributos é o que menos importa, o que importa é que o imposto tenha as características de tal. Para o caso dos impostos, taxas e contribuição de melhoria, a destinação legal do produto da arrecadação.
Fato Gerador
A natureza especifica dos tributos é gerada pelo fato gerador.
Momento Anterior: 
Hipótese de incidência: descrito em lei; a letra da lei e quem a determina.
EX: Só paga IPVA quem tem veiculo automotor
Momento Posterior:
Fato Imponível: passa a ser aplicado o que era apenas hipótese
EX: Se comprou o veículo automotor, nasce concretamente a obrigação de pagar o imposto.
Tributos Vinculados x Tributos Não Vinculados
- Tributos não vinculados: a hipótese de incidência consiste em um fato qualquer que não a atuação estatal – são esses impostos. Exemplos:
	- Alguém vende; alguém exporta; alguém é proprietário.
- Tributos vinculados: a hipótese de incidência consiste em uma atuação estatal – são esses taxas e contribuições de melhorias. 
	- o Estado fornece água e certidões; o Estado expedi documentos; o Estado concede licença. 
Taxa x Contribuição
Na taxa a hipótese de incidência é a atuação estatal diretamente, imediatamente referida ao contribuinte. Aplicando o conceito, temos:
A taxa de policia: p.ex. quando pagamos uma taxa de vistoria de um imóvel, acionamos o Estado para autorizar a construção, paga-se a taxa para vistoriar, mesmo que o Estado não aprove.
A taxa de serviço: mesmo conceito da taxa de polícia, aciona-se o Estado para vistoriar algo, paga-se a taxa, mesmo que o Estado não aprove.
Nas contribuições, a configuração da inter-relação entre atuação estatal e contribuinte é diversa; entre ambas se põe uma circunstancia diversa. Por exemplo: uma obra pública (atuação estatal) que valoriza o imóvel (situação intermediária – compulsória; precisa dessa valorização obrigatoriamente) beneficia o contribuinte. É um conceito um tanto quanto controvertido, visto que esse tipo de contribuição atinge apenas um grupo de pessoas que teve vantagem sobre o dinheiro de muitos. Na teoria, o grupo de pessoas que teve vantagem sobre o montante que paga os impostos, teria que devolver a quantia paga pela melhoria, o que na prática tem pouca aplicabilidade. Entretanto, quando o particular toma a iniciativa de fazer uma melhoria publica não paga imposto sobre tal obra.
Contribuições Especiais:
Se a taxa/imposto tiver uma destinação especifica ela se torna uma contribuição especial; o que caracteriza a destinação especifica não é o efetivo emprego do tributo, mas sim a previsão orçamentária, ou seja, a destinação especifica daquele dinheiro, segundo o STF.
Sociais: intervenções no domínio econômico de interesse profissional
Sindicais
Exemplo: INSS
Quanto mais empregados eu tiver maior será minha contribuição social. Para o empregador essa contribuição é o imposto – ele paga ao Estado mesmo não tendo atuação estatal na relação empregador/empregado; paga esse imposto esperando a contrapartida do Estado.
Empréstimo Compulsório (Art.148)
Tem características equivalentes as contribuições especiais (precisam de destinação específica), entretanto o empréstimo compulsório deve haver a restituição total do valor ao contribuinte. Portanto é composta por:
Empréstimo Compulsório + Destinação Específica + Devolução do valor ao Contribuinte 
MODALIDADES DE COMPETENCIAS EM MATÉRIAS TRIBUTÁRIAS
Impositivas: assegurar o poder de direito público o direito de instituir e arrecadar tributos, fiscalizar os contribuintes e utilizar os respectivos resultados. P.ex.: São Paulo (Estado) pode diminuir ou aumentar o tributo, pois ele tem essa competência. Mas um município não pode reclamar este aumento ou diminuição no imposto, pois o município apenas participa.
A restituição do imposto é feita pela união pois é uma competência impositiva
IMPOSITIVAS PRIVATIVAS
A União tem Competência Impositiva Privativa sobre:
Art. 153 – competências da União para impostos (A constituição outorga competências, mas é o ente federativo quem decide). Os impostos da União são:
Importação e exportação - o qual a função é o controle (aumentando e diminuindo o imposto conforme a necessidade) da economia, não só a sua simples arrecadação;
Impostos de renda e proventos de qualquer natureza – que assegura as seguintes características: 
Generalidade: todos os tipos de receitas estão dispostos ao pagamento de impostos
Universalidade: todos estão sujeitos ao pagamento de impostos. 
-> O Imposto de Renda é um princípio tributário
3) Produtos Industrializados - produto industrializado é toda transformação que dê utilidade diferente a original. O imposto indireto é o imposto que está atribuído no preço do produto final.
Art. 149 §2º ao § 4º; Art. 177 §4º e Art. 195 I e IV – Contribuição especial. 
Art.148 – Empréstimo Compulsório
Art.154 I – Imposto Residual
Art.154 II – Imposto Extraordinário; quase empréstimo compulsório, mas não tem posterior devolução.
Os Estados e o Distrito Federal tem Competência Impositiva Privativa sobre:
Impostos – art. 155
Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus servidores – Art. 149 §1º.
Os Municípios tem Competência Impositiva Privativa sobre:
Impostos – Art. 156
Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus servidores – Art. 149 §1º.
Contribuições para custeio dos serviços de iluminação pública – Art. 149-A
IMPOSITIVAS CONCORRENTES
Taxas
De serviço – Art. 145, II
De Polícia – Art. 145, II
Contribuição de melhoria – Art. 145, III. As contribuições de melhoriatem uma razão ligada as características das espécies tributárias. Não há necessidade de especificar quem vai cobrar, pois o cobrador será quem intervir estatalmente. P.ex. a União expede o passaporte, logo ela quem cobra a taxa de serviço.
PRINCIPIO DA SELETIVIDADE
O Estado traça uma linha de essencialidade – quanto mais essencial o produto para a sociedade menor o IPI; quanto menos essencial o produto para a sociedade maior o IPI. Este principio pode trazer alguns desvios, afinal é difícil garantir quais são os produtos essenciais para a sociedade.
Impostos Discriminados na Constituição:
Federais – Art. 153 – extra-fiscalidade: imposto para controlar o consumo
Importação de produtos estrangeiros;
Exportação para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados;
Renda e proventos de qualquer natureza;
Produtos industrializados
Operação de Crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
Propriedade territorial rural; grande evasão tributária por ser difícil a fiscalização
Grandes fortunas nos termos da lei complementar.
Estaduais e distritais (Art. 155)
Cada Estado ou DF legisla sobre o imposto como quer.
Transmissão de causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos – este imposto só é pago se receber alguma herança. A lei paulista diz que o espólio está sujeito a impostos – 4% até 60 dias pós-morte. Apesar de todos os bens estarem sujeitos a tributação, os que realmente sofrem são os bens maiores como casa e veículos.
ICMS – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações, ainda que as operações se iniciem no exterior. A partir de 88 o ICMS vira estadual, é um imposto direto, sua alíquota cai direto sobre o valor da mercadoria (seletividade). A escrituração fiscal que determina o valor fiscal. O ICMS quem causa a guerra fiscal, porque os Estados abaixam esses impostos e geram receitas para os outros, por isso, está com os dias contados.
IPVA – a simples propriedade do veículo gera o IPVA. O licenciamento é imposto estatal e o IPVA é tributo do Estado.
Municipais
IPTU – propriedade urbana. O direito administrativo define área urbana aquela que tem no mínimo três benfeitorias estatais (água, luz, hospital, escola e etc.) – em caso de duvida, o juiz é quem decide. 
Transmissões “inter vivos” a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição - quando alguém compra um imóvel, e faz o registro no cartório de imóveis se paga o ISS, e esse imposto é um imposto municipal.
Participativa: assegurar o poder de direito público o direito de participar do produto de arrecadação de tributos instituídos e cobrados. P.ex. São Bernardo do Campo tem o direito de receber uma parcela do IPVA.
Art. 153 III – empregadora tem que repassar o valor do tributo para o governo
	2. Nacionalidade	
	A nacionalidade é atributo da soberania.
Critérios genéricos de outorga de nacionalidade
Jus Sanguinis – geralmente adotado por Estados de características emigratórias (países como a Itália, que dá nacionalidade para filhos de italianos natos)
Jus Soli – geralmente adotado por Estados de características imigratórias (adotado pelo Brasil que concede a nacionalidade a estrangeiros que moram no Brasil)
A Constituição de 1988, por tradição histórica, adota o critério de jus solis, porém com atenuações. Reconhece três espécies de brasileiros:
 - Brasileiros natos: art. 12, I (aqueles que nasceram no território brasileiro)
- Brasileiros naturalizados: art. 12 II (país que escolheu viver)
- Brasileiros por reciprocidade: art. 12 §1º (portugueses)
A constituição, com grande generosidade, ampliou os direitos dos naturalizados, reservando aos brasileiros natos apenas os seguintes exercícios:
Presidente da República (Art. 12, §3º, I e III);
Funções públicas e carreiras especiais:
Ministros do STF (Art. 12 §3º, IV) – a todos os ministros tem cargo vitalício (70 anos) e todos tem a oportunidade de ser presidente em exercício de função. 
Diplomatas (Art.12, §3º, V)
Oficiais das Forças Armadas (Art.12, §3º, VI)
Membros do Conselho da República (Art.89, VII)
Perda da nacionalidade – hipótese
Por decisão judicial – crimes hediondos (art.12 §4º, I);
Por aquisição voluntária de outra nacionalidade
O artigo 12, §4º, II, com redação dada pela Emenda de Revisão nº3/94, assegurou aos brasileiros o direito de manutenção de sua nacionalidade, mesmos nos casos de aquisição de outra, desde que:
Haja o reconhecimento da nacionalidade originária pela lei estrangeira;
Ocorra a imposição da naturalização como condição de permanência em território estrangeiro ou de exercício, neste, de direitos civis.
- O único que deve ser brasileiro nato é o ministro da defesa
- Requisitos para ser ministro – art. 87
- Quando a CF diz brasileiros, fala sobre os natos e os naturalizados;
- Só a CF pode criar restrições
- A CF determina que é proibido o banimento do brasileiro nato
- Brasileiro no exterior irá se considerar o “jus sanguinis”
3. Poder Político
O poder emana do povo, e é ele quem decide através de representantes que exercerá seus direitos.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Art. 45 §1º 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 
Conceitos: povo -> eleitor -> cidadão
Quem assume caso presidente e vice-presidente morram, ou estejam ausentes?
- mais 2 anos – eleições diretas
- menos de 2 anos – eleições indiretas
Formas de exercício do Poder Político
Art.1º - Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Indiretamente (por meio de representantes) - sufrágio universal e voto direito e secreto. Sufrágio tem o significado de direito de escolha, sendo o meio para o exercício deste direito.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;	 
Diretamente (nos termos da lei) -
I – Plebiscito: Art. 14, I e 18 §§ 3º e 4º; São consultas formuladas pelo povo para que delibere sobre matéria de relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido (Art.2º §2º)
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
II – Referendo: Art. 14, II – Cabe ao CongressoNacional autorizar o referendo e convocar plebiscito. São consultas formuladas pelo povo para que delibere sobre matéria de relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. O referendo é convocada com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva aprovação ou rejeição (Art.2º, §2º)
	III – Iniciativa Popular: Art. 14, II; 27, §4º; 29, XIII e 61,§2º - Consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído, pelo menos, por cinco Estados, com, no mínimo, três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. O projeto deve circunscrever-se a um só assunto e não poderá ser rejeitado em razão de eventuais defeitos de forma que venha a experimentar, cabendo à Câmara corrigir as impropriedades que apresente em termos de técnica legislativa e de redação; por obvio, não de conteúdo (art. 13 e §§1º e 2º).
IV – Ação Popular – art.5º LXXIII
Requisito para exercício dos direitos políticos
Alistamento eleitoral 
I – Obrigatório: maiores de 18 anos;
II – Facultativo: analfabetos maiores de 70 anos; maiores e 16 anos e menores de 18 anos;
III – Vedado: estrangeiros e conscritos.
Condições de elegibilidade – art. 14 §3º
I – Nacionalidade Brasileira
II – Exercício dos Direitos Políticos;
III – Alistamento eleitoral;
IV – Domicílio eleitoral na circunscrição
V – Filiação Partidária
VI – Idade Mínima em funções dos diferentes cargos 	
Inelegibilidades (art. 14, §4º a 9º)
I – Total: Inalistáveis/analfabetos (§4º)
II – Parcial: 
Para o mesmo cargo: Presidente, Governadores e Prefeitos, admitida uma única reeleição (E.C 16/97; §5º);
Para outros cargos: Presidente, Governadores e Prefeitos a não ser que renunciem até 6 meses antes do pleito;
Em razão de parentesco, no mesmo território de jurisdição do titular de cargo no Executivo (§7º)
Em razão de ofício (§8º)
Em razão da improbidade ou imoralidade (§9º)
Impugnação
I – Competência: Justiça Eleitoral
II – Prazo para propositura: 15 dias de diplomação (decadência);
III – Fundamento: abuso de poder econômico, corrupção e fraude;
IV – Tramitação: em segredo de justiça para prevenir a má-fé ou temeridade.
Estrutura da Justiça Eleitoral: não tem juiz próprio, ele é trocado a cada quatro anos;
Desembargadores
Advogados		 Funcionários provisórios e não são exclusivos.
Ministério Público
O movimento desses funcionários não é continuo, abrem-se inscrições para esses cargos. Não tem necessidade de ter juízes eleitorais fixos, pois esses juízes, apenas cuidam dos processos no período pré-eleitoral, durante o mandato, as ações vão para Justiça Federal. Essas ações que o juiz fiscaliza e condena, são: 
Voto Cabresco
Corrupção de Fiscais
Voto sem o direito de voto
A ação de impugnação pode ser denunciada por qualquer pessoa que tenha conhecimento de tal ação até 15 dias depois da diplomação.
Mandato Cassado – Art. 15
Na época da Ditadura Militar, o mandato era cassado sem ser necessário uma explicação, a Constituição de 88 determinou que ninguém poderá ter o mandato cassado sem reivindicar todas as acusações.
Hipóteses para cassação de um mandato:
I – Cancelamento judicial e definitivo de naturalização (Art. 12 §4º)
II – Incapacidade Civil Absoluta;
III – Condenação Criminal, enquanto durarem seus efeitos;
IV – Recusa de cumprimento de obrigação geral ou da prestação alternativa
V – Improbidade Administrativa
Partido Político
Antes da constituição de Getulio Vargas, o poder político era a política do café-com-leite. Após o golpe de GV, surgiu uma constituição muito parecida com a atual, difere na proibição dos partidos comunistas. Com o golpe militar, acabou-se a abertura política, que só retornou com a Constituição Federal de 88.
Nascimento do Partido Político.
Nasce independente do Estado; nasce da vontade das partes;
Nasce no Cartório de Pessoas Jurídicas;
Precisa de um registro para o TSE – precisa desse registro para que ele tenha reconhecimento perante a Justiça Eleitoral (Art. 7º, §2º).
Maturidade partidária para eleger um deputado (representação no Congresso Nacional) – Art. 150 VI
Caráter Nacional: o partido político tem que atingir a soberania nacional (Art. 17). 
Os partidos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito a rádio e televisão.
Doações, empresas, fundo partidário é quem financia os Partidos Políticos.
Fidelidade Partidária (Art7º).
- Os mandatos não pertencem aos candidatos e sim aos partidos políticos, isso é necessário, porque se os mandatos pertencessem aos candidatos, não haveria representatividade. 
- Os fundos públicos são distribuídos pela representação de cada partido na bancada. A ideia é representatividade.
Poderes da União
Significados de poder:
Art.1º §U – poder soberano do Estado (revelação de soberania)
Art.2º - órgão encarregados do poder soberano (órgão do Estado)
Art.44º, 76º e 92º - papel que a CF designou a cada poder – legislativo, executivo e judiciário. (função exercida pelos órgãos do Estado)
“A separação dos poderes consiste em distinguir três funções estatais (não soberanas) – legislação, administrativo e jurisdição – e atribuí-las a três órgãos ou grupo de órgãos, reciprocamente autônomos que as exerceram com exclusividades ou ao menos, preponderantemente”.
Foi concebida como forma de limitação do poder, mesmo quando legitimamente adquirido. A teoria da separação contou com importantes contribuições (Aristóteles, Locke) até chegar às formulações clássicas por Montesquieu (O Espírito das Leis). 
Ideias de Aristóteles & Locke
- o legislador, podia apenas ter a competência de legislar;
- o executivo, podia apenas ter a competência de executar;
- e judiciário, podia apenas ter a competência de julgar;
Os autores, não percebiam que um poder tinha dependência com o outro.
Ideias de Montesquieu
Montesquieu, aproveitando as ideias de Aristóteles & Locke, percebeu que havia uma interdependência dos poderes, e criou então uma separação interligada entre os poderes, que até hoje vigora.
Exemplo: STF (Judiciário) é nomeado pelo Executivo, e só pode assumir o cargo se for sabatinado pelo Senado (Legislativo). O judiciário não participa da escolha do novo ministro.
A separação de poderes não tem rigor cientifico, devido justamente a interdependência dos poderes; cada um tem a sua própria administração.
Disciplina Constitucional dos Poderes:
- Poder Legislativo: arts. 44 a 75
- Poder Executivo: arts. 76 a 83
- Poder Judiciário: art. 92 a 126
Os poderes são independentes e harmônicos entre si; o principio da separação dos poderes é ‘clausula pétrea’. Eles vivem da mesma peça orçamentária:
- O executivo fecha o orçamento; o legislativo e distribui entre os poderes, cada um tem sua própria verba anual, não podendo exceder a quantia dada, só poderá exceder, caso outro poder emprestar a ele – é uma autonomia bilateral.
Poder Legislativo na Constituição
O Poder Legislativo é bicameral (Câmara dos Deputados + Senado) e o CNJ*.
A CF é quem determina o número de vereadores e a remuneração de cada um deles. 
O tribunal de contas é um órgão auxiliar do poder legislativo, fiscaliza as contas da união. Cada Estado tem apenas um Tribunal de Contas, com exceção da das cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, que tem Tribunais de Contas Municipais devido ao movimento.
Funções Típicas e Atípicas
Típica: legislar (Art.48)
Atípicas: 
Fiscalizar – art.49 X
Julgar – art. 49 IX
Administrar – arts. 51, IV e 52 XIII
O cargo de fiscalizar as finanças públicas é historicamente anterior ao exercício da função legislativa
		Congresso Nacional – órgãos que o integram
	Câmara dos Deputados
	Senado
	Integrada por representantes do povo
	Integrada por representantes do Estado
	Eleitos por uma legislatura (4 anos) – total; não há limitações para o número de reeleições durante o mandato
	Eleitos por duas legislaturas
	Número mínimo de 8 e máximo de 70 por Estado
	Três por Estado
		Casa Iniciadora
	Funciona comoCâmara Revisora
	Idade Mínima – 21 Anos
	Idade Mínima - > de 35 anos
	Sistema Proporcional
	Sistema Majoritário Simples
	Suplência por lista – o próximo mais votado do partido assume. E quem tiver mais votos do que precisa para se eleger, distribui seus votos para os próximos da lista.
	Suplência por chapa – na época de eleição, o senador já indica quem serão seus dois suplentes.
	1º Substituto do Presidente
	2º Substituto do Presidente
Não há superioridade jurídica entre os dois cargos!
	
	Presidente
	1º Vice
	2º Vice
	1º Secretário
	2º Secretário
	Câmara
	Situação
	Oposição
	3º Bloco
	4º Bloco
	5º Bloco
	Senado
	Situação
	Oposição
	3º Bloco
	4º Bloco
	5º Bloco
	CN
	Senado
	Câmara
	Senado
	Câmara
	Senado
 O Presidente da República indica presidentes para cada casa, quem escolhe é a casa. Os demais cargos surgem a partir da bancada.
Os blocos são união de partidos que formam blocos partidários; a mesa só dura dois anos e pode ficar por no máximo quatro anos. 
O Congresso Nacional não precisa de mesa própria, pois ele é uma mescla das duas mesas
Congresso Nacional
O Congresso e suas casas gozam de garantia de auto-organização dentro dos seguintes parâmetros:
	- as deliberações só são possíveis se presente a maioria dos membros da casa – 50% + 1 dos presentes. EXCEÇÃO: voto de liderança – projetos que não foram para o plenário e são discutidas paralelamente, são decisões que exigem maioria simples.
	- as deliberações serão possíveis por maioria absoluta, (art.69 – onde 50% + 1 precisam ser favoráveis para aprovar uma lei.) maioria qualificada (Art.60 §2º - 3/5 tem que ser favorável à aprovação de uma lei, é votado duas vezes em cada casa) e a maioria especializada (Art.86 - 2/3 dos membros).
Órgãos auxiliares do poder Legislativo
Servem para possibilitar o desempenho de suas funções (típicas e atípicas) tanto o Congresso Nacional, como as Casas que o integram (Câmara dos Deputados e Senado) – Art. 58.
Comissões permanentes¹, temporárias² e representativas³ 
Comissões Permanentes (Fase de discussão) – Art.58, §2º; são especializadas ou temáticas e suas atribuições são indicadas nos incisos I a VI, do §2º, do Art.58 – ‘discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa’ – além disso, essas comissões realizam audiências públicas, convocam Ministros para esclarecimentos, recebem petições e reclamações de qualquer pessoa, podem solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão e apreciam programas de obras e planos governamentais de desenvolvimento, emitindo sobre eles, parecer. É uma comissão independente.
Comissões temáticas: parte da população, existem para ver a viabilidade de uma determinada lei – a comissão não tem capacidade de arquivar projeto, tem capacidade, apenas, de dar um parecer sobre ele.
Comissões Temporárias – Art. 58, §3º - são as Comissões Parlamentares de Inquérito , dotadas de poderes investigatório próprios das autoridades judiciais, destinando-se a investigar fato determinado por prazo determinado. Essas comissões podem quebrar sigilo telefônico e bancário, determinar buscas e diligências e providências correlatas e devem, por sua vez, encaminhar suas conclusões ao Ministério Público, para que este promova a responsabilidade civil e criminal dos infratores. A CPI pode ser prorrogada por prazo determinado mais de uma vez.
Tribunal de Contas
Funções: 
Auxilia o Congresso Nacional a quem cabe exercer os controles externos das contas públicas da União e órgão da Administração indireta – Art. 70. 
Exercer atribuições relacionadas com a fiscalização e controle de recursos públicos (incisos III a XI)
Julga contas dos administradores e responsáveis por bens e valores públicos (inciso II)
Fornece parecer para o Presidente da República (inciso I)
Tribunal de Contas
Composição e requisitos para exercício do cargo – art.73, ‘caput’ e §1º.
Cabe ao Presidente da Republica, com aprovação do Senado, escolher 1/3 dos seus membros; os outros 2/3 são escolhidos pelo Congresso Nacional – art. 73 §2º;
Fiscaliza as contas públicas – fornece esse parecer para o presidente da República, o Presidente por sua vez, manda para o Legislativo que é quem aprova ou não as Contas (fiscalização financeira e orçamentária da união)
Julgamento das contas dos administradores e responsáveis por bens e valores públicos
Emissão de parecer prévio sobre as contas prestadas
Fiscalização e controle
Quanto a estas pessoas de direito público interno, a par dos sistemas locais de controlem estarão também sujeitas ao da União nos limites aqui delineados.
Julgamento de contas
‘salvo nulidade decorrente de irregularidade formal grave de manifesta ilegalidade, é do Tribunal de Contas a competência exclusiva para Julgamento de Contas dos responsáveis por haveres públicos’.
‘as funções de julgamento atribuída ao Tribunal de Contas exigem o acatamento a procedimentos que assegure aos interessados o contraditório e ampla defesa, com os meios e os recursos a elas inerentes’
Se o responsável pelo dinheiro publico gastar o dinheiro de forma errada, ele deve pagar do seu próprio bolso, para reparar o dano.
A denuncia de irregularidades pode ser feita por qualquer pessoa.

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