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Direito Penal II - 2º Bimestre

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Direito Penal II – 2º Bimestre
Dos crimes contra a honra.
Art. 138 a 140.
Bem jurídico tutelado: integridade moral, consideração social, autoestima e dignidade = honra que é protegido pela Constituição Federal (art. 5º, inciso XX) e pelo Código Penal; é um bem inviolável, mas disponível.
Crimes contra a honra: calúnia, difamação e injúria. 
Calúnia – artigo 138
A calúnia consiste em acusar alguém falsamente de crime que não foi cometido, ou ainda, não foi cometido pelo caluniado. Basta imputar de um crime, independe de mera burocracia. Portanto, a calúnia, consiste em atribuir a alguém, falsamente, fato definido como crime. Atinge a honra objetiva da pessoa, atribuindo-lhe o agente fato desairoso. Pratica, igualmente, calúnia aquele que espelha ou divulga a falsa imputação que teve conhecimento. 	
O sujeito passivo pode ser qualquer pessoa, inclusive, a pessoa jurídica, que não é munida de honra, mas tem uma imagem a zelar.
A autocalúnia não é apenada; a autocalúnia, pode se confundir com a autoacusação que acontece quando o indivíduo pratica o ato para proteger terceiro (art. 341, Código Penal).
A calúnia reflexiva consiste em acusação que ofende não só o caluniado, como um terceiro; são crimes que exigem o concurso de pessoas	, como a formação de quadrilha.
A exceção de verdade trata-se de um incidente processual, que é uma questão secundária refletida sobre o processo principal, merecendo solução antes da decisão da causa proferida. É uma forma de defesa indireta, através da qual o acusado de ter praticado calúnia pretende provar a veracidade do que alegou, demonstrando ser a pretensa vítima, realmente autora de fato definido como crime. Afinal, se falou a verdade, não está preenchido no tipo penal. 
Vedações à exceção da verdade: não pode o querelado ou réu ingressar com a exceção da verdade, pretendendo demonstrar a veracidade do que falou, quando o fato imputado à vitima constitua crime de ação privada e não houve condenação definitiva sobre o assunto; não se admite a exceção da verdade quando a calúnia envolver o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro; não haverá exceção da verdade quando o assunto já foi debatido e julgado, em definitivo, pelo Poder Judiciário, tendo havido absolvição do ofendido.
Os crimes de calúnia ocorridos em campanha eleitoral serão de competência da Justiça Eleitoral.
Exige conduta dolosa.
Difamação – art. 139.
Difamar significa desacreditar publicamente uma pessoa, maculando-lhe a reputação. Trata de fato ofensivo à sua reputação; com isso exclui os fatos definidos como crime. Assim, difamar uma pessoa implica em divulgar fatos infamantes à sua honra objetiva, sejam eles verdadeiros ou falsos. A consumação ocorre no momento em que a imputação chega ao conhecimento de terceiro, independente de resultado naturalístico.
A exceção de verdade trata-se de um incidente processual, que é uma questão secundária refletida sobre o processo principal, merecendo uma solução antes da decisão da causa ser proferida. No entanto, há uma particularidade: ao tratar do funcionário público, dizendo á respeito às suas funções, é interesse do Estado apurar a veracidade do que está sendo alegado. Trata-se de finalidade maior da Administração punir funcionários de má conduta. Assim, caso alguém diga que determinado funcionário retardou o seu serviço, em certa partição, porque foi cuidar de interesses particulares, admite-se prova de verdade, embora não seja crime. É um fato de interesse do Estado apurar, e se for o caso, punir.
Injúria – art. 140
Injuriar significa ofender ou insultar alguém. É preciso que a ofensa atinja a dignidade (respeitabilidade ou amor-proprio) ou o decoro (correção moral ou compostura). Portanto, é um insulto que macula a honra subjetiva, arranhando o conceito que a vítima faz de si mesmo.
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa física; no tocante dos inimputáveis é preciso distinguir a possibilidade de serem sujeitos passivos apenas no caso concreto. Uma criança em tenra idade não tem a menor noção de que venha a ser dignidade ou decoro, de modo que não pode ser sujeito passivo do crime, embora um adolescente já tenha tal sentimento pode ser, sem duvida, vitima de injuria. O doente mental também é um caso a parte; conforme o grau e o estagio de sua doença, pode ou não ter noção de dignidade ou decoro; se possuir é sujeito passivo do crime.
Quando a ofensa é contra funcionário público, trata-se de desacato.
A consumação ocorre quando a imputação chega ao conhecimento do ofendido, independente de resultado naturalístico e da ciência de terceiros;
Perdão Judicial: quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injuria, ou seja, feita sobre violenta emoção; quando houver retorsão imediata, que consista em outra injuria. 
Formas qualificadoras:
Injúria Real: usa-se de violência ou vias de fato. A violência implica na ofensa a integridade corporal de outrem, enquanto a via de fato representa uma forma de violência que não chega a lesionar a integridade física ou saúde de uma pessoa. P.ex.: trotes universitários.
Injúria Racial: aquele que dirige-se a uma pessoa de determinada raça, insultando-a com argumentos ou palavras de conteúdo pejorativo, responderá por injuria racial, não podendo negar que houve uma injuria simples, nem tampouco uma mera expressão de pensamento, uma vez que há limite para tal liberdade.
Injúria contra idoso ou deficiente.
Disposições Gerais – Artigos 141 a 145
Qualificadora = ofender alguém por causa de uma condição.
Racismo: negar um direito a alguém em razão de sua raça.
Os artigos 141 a 145 englobam todos os crimes contra a honra – calúnia, difamação e injúria.
Qualificadoras:
Crime cometido contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro: entendeu o legislador ser especialmente grave o ataque à honra, objetiva ou subjetiva, do representante maior de uma nação. A mácula à representante maior dessas pessoas, em razão do alto cargo por elas ocupado, pode ter repercussão muito maior do que se tratar de qualquer outro indivíduo, mesmo porque tende a ofender a própria coletividade representada (agravante quanto à estabilidade do cargo e o poder internacional que fere o interesse mundial). A exceção da verdade no crime de calúnia não é permitida.
Crime cometido contra funcionário público, em razão de suas funções. Trata-se de uma causa de aumento que leva em consideração o interesse maior da Administração.
Crime cometido na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, difamação ou injúria. Por analogia, entende-se o termo ‘várias pessoas’ por um conjunto igual ou maior de três pessoas, visto que o legislador deixa claro quando o conjunto se baste apenas com duas (vide art. 155 §4º; IV);
Crime cometido contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência (exceto no crime de injuria, que já possui qualificadora em seu artigo).
O art. 141 prevê a hipótese de o agente atuar fundamentado em motivo torpe, consistente ou promessa de recompensa.
Excludentes:
Diz respeito à imunidade auferida por quem litiga em juízo, terminando por se descontrolar, proferindo ofensas contra a parte contrária. Exige-se, no entanto, que haja uma relação processual instaurada, além do que o autor da ofensa precisa situar-se em local próprio para debate processual. 
A opinião desfavorável da critica literária, artística ou cientifica, salvo quando inequívoca a intenção de difamar ou injuriar – diz respeito a liberdade de expressão, permitindo que haja critica acerca de livros ou obras de arte ou produção cientifica de toda ordem, ainda que sejam pareceres ou conceitos negativos.
Documento emitido pelo funcionário público, que p.ex. imputa uma conduta a alguém devido a algum litígio. Só fica fora da proteção estatal aquele que dá publicidade aos atos.
O art. 53 da CF em seu caput, da imunidade absoluta para os deputados em relação ao objeto discutido em plenário;
O art. 143 do CP define que o querelado quese retrata antes da sentença fica isento de pena, mesmo que a outra parte não aceite seu pedido de desculpas. Se o processo estiver em andamento deve protocolizar o pedido de desculpas e o seu efeito inverso deve atingir nas mesmas proporções da calunia, difamação ou injuria.
Pedido de explicação (art. 144 CP): quando alguém profere uma frase dúbia, pela qual, por dedução, consegue-se chegar à conclusão de que se trata de uma ofensa tem-se o mecanismo da inferência (que significa um processo lógico de raciocínio consistente de uma dedução); é, portanto, uma ofensa indireta. Para sanar a dúvida, faz-se o pedido de explicações. Havendo recusa a dar as explicações ou deixando de fornecê-las satisfatoriamente, fica o agente sujeito a ser processado pela prática de crime contra a honra. Esclarecendo, no entanto, o mal entendido, livra-se de um processo criminal.
A expressa menção de que somente se procede ‘mediante queixa’ demonstra que a iniciativa da ação penal cabe a vítima, por isso é privada, nos delitos contra a honra. Como exceção à regra, no caso de haver lesões corporais a ação será pública incondicionada (ainda sim, o crime de injúria real não se enquadra na exceção). Quando o crime contra a honra for cometido contra o Presidente da República, Chefe de Estado ou ainda funcionário público, em razão de suas funções, a ação é pública condicionada, dependente de requisição do Ministro da Justiça no primeiro caso e de representação da vitima no segundo caso (funcionário público). Se o crime contra a honra for proferido contra funcionário público que já deixou o cargo ou não tiver a ofensa qualquer relação com as suas funções, o crime é de ação privada.
Constrangimento Ilegal – art. 146 CP
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite ou fazer o que ela não manda. 
Elemento subjetivo do tipo específico: quando o agente deste delito pratica a conduta, não tem (e não precisa ter) a visão especial de estar descumprindo a lei, mas a única e tão somente necessita tolher a liberdade alheia em desacordo com o determinado pelo ordenamento jurídico. Assim, basta o dolo.
O momento consumativo ocorre com a efetiva inibição da vítima a fazer ou deixar de fazer alguma coisa. 
Causas de aumento de pena: aplica-se, em dobro, quando, para execução do delito, reúnem-se mais de três pessoas, ou há emprego de armas (sejam elas de fogo, ou armas impróprias, como martelos, chaves de fenda e etc.).
Particularidade: trata-se de tipo subsidiário. Se for possível enquadrar o fato em outro, mais grave, deve-se fazê-lo; p.ex.: estupro, que é um constrangimento ilegal com finalidade específica de obtenção da conjunção carnal. Por outro lado, por ser um tipo secundário, havendo violência que implique em lesão, o agente responderá também pelo que causar.
Excludentes de tipicidade: o §3º estabelece duas situações que excluem a tipicidade diante da especial redação. São as seguintes
Intervenção médico-cirúrgico, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por perigo de vida. A vida é um bem indisponível, a lei fornece autorização para que o médico promova a operação ainda que a contragosto. Não se trata de constrangimento ilegal, tendo em vista a ausência de tipicidade.
Coação exercida para impedir suicídio.
Ameaça – art. 147
Ameaçar significa intimidar alguém, anunciando-lhe a ocorrência de um mal futuro, ainda que próximo. Entretanto, não é qualquer tipo de ameaça, deve ser uma ameaça que lida com um mal injusto (ilícito ou até mesmo imoral) e grave (sério, verossímil e com capacidade de gerar temor). Autoriza ainda, a legítima defesa, sem que se permita a tipificação em delito de ameaça.
Cuida-se de ação penal pública condicionada a representação da vítima
O momento consumativo ocorre com a realização do ato ameaçador, independente de qualquer resultado naturalístico. 
Sequestro e cárcere privado – Art. 148
Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro (retirar a liberdade de alguém) ou cárcere privado (prisão promovida por particular). A privação da liberdade de alguém, mediante sequestro ou cárcere privado, exige permanência, isso é, deve perdurar no tempo por lapso razoável. Tanto assim que o crime permanente, aquele cuja a consumação se prolonga no tempo. Uma conduta instantânea de impedir que alguém faça alguma coisa que a lei lhe autoriza concretizar, segurando-a por alguns minutos, configura crime de constrangimento ilegal.
Forma qualificadora: a pena passa a ser de reclusão, de dois a cinco anos, se:
A vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 anos;
O crime é praticado mediante internação da vítima em casa saúde ou hospital;
A privação da liberdade dura mais de quinze dias;
Se o crime é cometido contra menor de 18 anos;
Se o delito é praticado com fins libidinosos.
Quando há mais de uma qualificadora configurada para o mesmo delito, a segunda passa a valer como circunstância legal (agravante)m se houver, ou como circunstancia judicial (art. 59 CP)
Crime qualificado pelo resultado: havendo resultado qualificador, consistente em padecer a vítima de grave sofrimento físico ou moral, a pena será de reclusão, de dois a oito anos.
Redução à condição análoga à de escravo – art. 149
Somente pode ser o empregado, em qualquer tipo de relação de trabalho. Trata-se de um tipo fechado, indicando-se como se materializa essa situação:
Submeter alguém a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva;
Sujeitá-lo a condições degradantes de trabalho;
Restringir, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregado ou preposto;
Cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no lugar de trabalho;
Manutenção de vigilância ostensiva no local de trabalho, com o fim de retê-lo no lugar de trabalho;
Apossamento de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 
Causas de aumento de pena:
Contra criança ou adolescente;
Por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. Esta ultima situação não deixa de ser uma situação de racismo, por isso é imprescritível e inafiançável, conforme prevê a CF. Dessa maneira, quem cometer o delito de redução à condição análoga à de escravo motivado por razões de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem será mais severamente apenado, além de não se submeter à pretensão punitiva estatal à prescrição.
Dos crimes contra a inviolabilidade do domicílio.
Violação de domicílio – art. 150 
Entrar (ação de ir de fora pra dentro) ou permanecer (deixar de sair, fixando-se no lugar, deixa de sair quando o dono (seja proprietário ou mero detentor) o pede.), clandestina (às ocultas, sem deixar notar) ou astuciosamente (agir fraudulentamente, criando subterfúgio para ingressar no lar alheio de má-fé), ou contra a vontade de quem é de direito em casa alheia ou em suas dependências.
Bem jurídico tutelado: paz doméstica
O conceito de casa é encontrado no §§ 4º e 5º, envolvendo qualquer lugar onde alguém habite. O conceito abrange:
Independe do tipo de casa, seja luxuosa ou não;
A pensão e uma cidade universitária é considerada casa;
O espaço de trabalho fechado;
Dependência particular em um espaço comum, p.ex. o hall de um condomínio;
Quarto de motel – tem caráter de habitação, mesmo que seja por tempo determinado;
O art. 240 do CP, antes de ser revogado, permitia o marido/esposa entrar no quarto de motel, suspeitando de adultério;
O representante pode invadir o quarto de motel de seu tutelado
No caso de perturbação interna, onde, por exemplo, os pais desejam fazer uma festa e o filho não a deseja em razão de provas para estudar, o local de estudo do filho não deve ser violado. Entretanto, se o conflito pairar sobre relação conjugal, prevalece o direito daquele que não deseja ser perturbado.
O ex-cônjuge também não pode, entrar ou permanecer domiciliodo ex-marido ou ex-esposa sem a permissão da mesma, mesmo que o domicilio já tenha sido habitado pelo casal.
Forma qualificadora: a pena passa a ser de detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente a violência, se o crime é cometido durante a noite (é o período que vai do anoitecer ao alvorecer, pouco importando o horário, bastando que o sol se ponha e depois se levante do horizonte), ou em lugar ermo (é o local afastado dos centros habitados) ou com o emprego de violência ou arma, bem como por duas ou mais pessoas. A violência deve ser física e exercida contra a pessoa, não contra a coisa
A pena deve ser aumentada se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais.
Causas de exclusão de ilicitude (§3º):
Durante o dia, observadas as formalidades legais, com o objetivo de efetuar prisão ou outra diligencia; 
A qualquer dia ou hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo cometido ou na iminência de o ser – somente quando houver flagrante delito, o que não abrangeria a hipóteses de iminência de cometimento de crime. As situações de flagrante são claras: estar cometendo a infração penal; ter acabado de cometê-la; ser perseguido, logo após o cometimento do crime, pela autoridade ou outra pessoa, em situação de presunção de autoria; ser encontrado logo após o cometimento do delito com instrumentos, armas, objetos ou papeis que fazer presumir sua autoria. Logo, não se pode invadir o domicilio de alguém, à noite, para impedir um crime que está prestes a acontecer. Entretanto, se houver vitima individualizada, necessitando ela de socorro, pode valer-se o agente do dispositivo, quando invadir o domicilio a fim de prestar socorro.
Exclusão do conceito casa: 
Hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo no tocante ao aposento ocupado;
Taverna, casa de jogos ou outras do mesmo gênero.
Dos crimes contra a inviolabilidade de correspondência:
Violação de correspondência – art. 151
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa, embora se um deles (remetente ou destinatário) autorizar o conhecimento do conteúdo da correspondência, não há mais crime.
Objeto jurídico: a inviolabilidade da correspondência;
Elementos objetivos do tipo: a conduta proibida pelo tipo penal é descortinar, sem autorização legal, o conteúdo de uma correspondência, que é declarada inviolável por norma constitucional. Outras formas previstas são:
Divulgar, transmitir a outrem ou utilizar abusivamente, de modo indevido, comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas;
Impedir a comunicação ou a conversação das partes mencionadas no item anterior
Apossar-se, indevidamente, de correspondência alheia, embora fechada, sonegando-se ou destruindo-a, no todo ou em parte;
Instalar ou utilizar estação ou aparelho radioelétrico, sem observar as disposições legais.
Forma qualificadora: a pena passa a ser de detenção de um a três anos, se o agente tenha atuado com abuso de função em serviço postal, tegráfico, radioelétrico ou telefônico;
A pena deve ser aumentada de metade se houver dano a outrem.
Violação de correspondência comercial – art. 152
Cuida-se de correspondência comercial, que é a troca de cartas de natureza mercantil, ou seja, relativa a atividade de comercio. Difere do crime de violação de correspondência, tendo em vista a qualidade do sujeito ativo (é preciso ser sócio ou empregado da empresa), mas não há propriamente alteração do objeto jurídico protegido, que continua sendo a inviolabilidade da correspondencia, seja esta a espécie que for. Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para no todo ou em parte, desviar (afastar a correspondência do seu destino original), sonegar (ocultar ou esconder, impedindo que a correspondência seja devidamente enviada a quem é de direito), subtrair (furtar ou fazer desaparecer a correspondência) ou suprimir (destruir ou eliminar, para que não chegue a seu destino ou desapareça da empresa, para onde foi enviada) correspondência, ou revelar (dar conhecimento ou descortinar o conteúdo da correspondência do estabelecimento comercial ou industrial a quem seja estranho aos seus quadros ou não mereça ter acesso ao seu conteúdo) a estranho seu conteúdo.
Divulgação de segredos – art. 153
Divulgar, sem justa causa, conteúdo de do documento particular ou correspondência confidencial de que é destinatário ou detentor, e cuja a divulgação possa produzir danos a terceiros. É indispensável que o segredo esteja concretizado na forma escrita, e não oral.
Trata-se de uma ação pública condicionada a representação da vitima. Entretanto, quando houver prejuízo da Administração Pública, a pena é de detenção, de um a quatro anos, e multa. 
Violação de segredo profissional – art. 154
Sujeito Ativo: é a pessoa que exerce uma função de ministério, oficio ou profissão, sendo detentor de um segredo;
Sujeito Passivo: é qualquer pessoa sujeita a sofrer um dano em razão da divulgação do segredo;
Revelar, sem justa causa, segredo de que tenha ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão e cuja a revelação possa produzir dano a outrem.
Ação publica condicionada a representação da vítima.
	Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo | Direito Penal II – Junho/13
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