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Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 1 O Ciclo Celular ASPECTOS ULTRA-ESTRUTURAIS e MOLECULARES GENÉTICA BÁSICA Roteiro IV Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 2 Geralmente a forma do núcleo acompanha a forma da célula. O tamanho do núcleo pode variar tanto de acordo com o metabolismo como com o conteúdo em DNA da célula. Células com metabolismo intenso apresentam núcleos volumosos. Através de métodos bioquímicos, foi possível detectar, nesses núcleos, maior quantidade de proteínas relacionadas com a transcrição do DNA. Eletromicrografia de medula óssea onde se observam células apresentando núcleos com formas irregulares. Em 1, núcleo em forma de (S). Em 2, em forma de (U). Em 3, dois núcleos arredondados. Em 4, núcleo alongado. Em 5, núcleos com cromatina descondensada e, em 6, núcleos com cromatina condensada. 4 000 X. O Núcleo Interfásico é o nome dado ao núcleo da célula quando esta está em uma fase específica do seu desenvolvimento, ou do Ciclo Celular. Assim, o ciclo celular é o próprio ciclo de vida da célula e pode ser dividido em duas fases principais: 1) Mitose – ocorre a divisão da célula. 2) Intérfase – período entre duas divisões. De acordo com a fase distinguem-se o Núcleo Interfásico e o Núcleo Mitótico. Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 4 Intérfase • Precede a divisão celular. • A célula está ativa metabolicamente: - Produção de proteínas - Duplicação do DNA Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 5 Núcleo interfásico = Envoltório nuclear, lâmina nuclear, cromatina, nucleoplasma e nucléolo. NÚCLEO INTERFÁSICO O envoltório nuclear é constituído por duas membranas que delimitam a cisterna perinuclear. Em algumas regiões, as duas membranas se fundem formando os poros. O envoltório nuclear tem continuidade com o RE, e a membrana nuclear externa apresenta ribossomos ligados à sua face citoplasmática. A membrana interna apresenta, na sua face nucleoplasmática, um espessamento chamado de lâmina nuclear. Grumos de cromatina condensada (Cc) estão associados ao envoltório nuclear, enquanto porções de cromatina descondensada (Cd) estão dispersas no núcleo. No nucléolo vê-se a cromatina associada e porções fibrilares (F) e granulares (G). CICLO CELULAR (1) A capacidade de crescer e se reproduzir é atributo fundamental de todas as células. Compreende os processos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua divisão em duas células-filhas, todas iguais entre si. Padrão cíclico das células eucariontes: • crescimento celular – aumento quantitativo e coordenado dos milhares de tipos diferentes de moléculas que a célula possui, inclusive de seu material genético. • Divisão celular - partição do seu núcleo e citoplasma em duas células filhas. As células originadas repetem o ciclo e aumentam exponencialmente. O corpo humano inicia sua existência a partir de uma única célula, o zigoto, chegando a cem trilhões (104) de células chamadas células somáticas, que constituem o indivíduo humano adulto. Crescimento = multiplicação Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 7 CICLO CELULAR (2) Consiste em duas grandes etapas: 1. Intérfase – compreendida entre duas divisões sucessivas. Período em que a célula cresce e se prepara para nova divisão, ocorrendo a duplicação dos componentes da célula mãe e a duplicação do DNA. 2. Mitose ou cariocinese – etapas em que a célula da origem a duas células- filhas e que se caracteriza pela divisão do núcleo. FASES DO CICLO CELULAR: O ciclo está dividido em quatro fases distintas chamadas G1, S, G2 e M, onde a intérfase está representada pelos períodos G1, S e G2 (figura). G1 = (gap), intervalo de tempo que transcorre desde o fim da mitose (M) até o início da síntese (S) de DNA (período pós-mitótico ou pré-sintético. S = síntese de DNA. G2 = intervalo de tempo entre o término da síntese de DNA e a próxima mitose (período pós-sintético ou pré-mitótico. M = mitose: dividida em quatro fases (prófase, metáfase, anáfase e telófase). Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 8 • Fases: - G1 – síntese de proteínas - S – duplicação do DNA - G2 – síntese de proteínas e DNA duplicado Intérfase Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 9 O núcleo interfásico • Presença de carioteca • Presença de nucléolo • Cromatina – DNA descondensado, frouxo. - Eucromatina: parte do DNA que fica descondensado durante a intérfase – alta densidade gênica. - Heterocromatina: DNA que permanece condensado durante a interfase – baixa densidade gênica. Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 10 Divisão Celular Mitose • Dois tipos fundamentais: - Mitose - Meiose • Antes de qualquer divisão celular há duplicação do DNA durante a intérfase. Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 11 Mitose • Importância: Produz células 2 filhas idênticas a célula mãe. Duplicação do DNA Divisão Celular Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 12 Fases da Mitose Prófase (pro = antes). Inicia-se com a duplicação do centro celular (centríolo). Estes iniciam um movimento de migração cada um, para um dos pólos da célula (é a migração polar). À medida que se verifica a migração dos centros celulares, começa, por entre eles, a formação de finas fibrilas citoplasmáticas protéicas (estas fibrilas são constituídas por moléculas de proteínas ligadas por pontes de enxofre) que, em conjunto formarão o fuso acromático, que se estende de um pólo a outro da célula, há o surgimento do áster, este é um feixe de microtúbulos que surge em cada pólo da célula. A essa altura, os cromossomos tornam-se visíveis como delgados filamentos espiralados, de diâmetros irregulares e desdobrados longitudinalmente em duas cromátides, unidas pelo centrômero; o nucléolo está visível, tendendo a diminuir de tamanho e desaparecer até o final da fase. No início da divisão, quando os filamentos de cromatina aparecem enovelados, na forma de cromossomo, eles já estão duplicados (foram duplicados na interfase). Contudo, a região conhecida como centrômero demora um pouco mais para se duplicar. Dessa forma, os cromossomos resultantes da duplicação permanecem algum tempo presos pelo centrômero. Enquanto permanecem assim, cada cromossomo recebe o nome de cromátide, e o conjunto das duas cromátides presas pelo centrômero são cópias exatamente iguais do filamento inicial de cromatina. Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 13 Prometáfase: Curto período de transição da prófase para metáfase. Desintegração da membrana nuclear (ela incorpora-se ao retículo) e a conseqüente "queda" dos cromossomos no citoplasma. Estes então se dirigem à região equatorial da célula, aonde vão se prender as fibras do fuso por meio de seus centrômeros. Metáfase (meta = depois). Cada cromossomo sofre uma contração nuclear; diminui o número de espirais, o diâmetro aumenta e torna-se regular, uma conseqüência do acúmulo de DNA. Algumas fibrilas do fuso acromático, denominam-se fibras cromossômicas, prendem-se ao centrômero dos cromossomos por uma estrutura denominada cinetócoro; outras fibrilas estendem-se de um centro celular a outro (são as fibras contínuas), sem contactarem com os cromossomos. Os centríolos já estão ocupando pólos opostos na célula. Os cromossomos duplicados estão presos pelo centrômero às fibras do fuso acromático, ocupando a região mediana da célula. Os cromossomos alinhados nessa região formam a chamada placa equatorial, com as cromátides-irmãs (as que se prendem no mesmo centrômero) voltadas uma para cada pólo da célula. Essa é a fase de maior visualização dos cromossomos, por isso é chamada fase do cariótipo, para facilitar o estudo cromossômico, a divisão celular pode ser interrompida na metáfase, por substâncias como a colchinina e vimblastina, que impedem a polimerização das proteínasdo fuso mitótico. Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 14 Anáfase (Ana = para cima). Os centrômeros finalmente se dividem, permitindo a separação das cromátides, que são arrastadas para pólos opostos da célula (metacinese), pelo encurtamento dos filamentos do fuso. As cromátides, agora cromossomos-filhos, afastam-se em direção aos centros celulares opostos, com as extremidades dos braços voltadas para o plano mediano da célula. No deslocamento dos cromossomos-filhos agem simultaneamente duas forças: tração, por parte das fibras cromossômicas, devido ao encurtamento das fibrilas por perda das moléculas protéicas; impulsão por parte das fibras contínuas. Enquanto estes fatos ocorrem, inicia-se o estrangulamento citoplasmático de fora para dentro. A igualdade das cromátides-irmãs e a posição que ocupavam na metáfase garantem uma distribuição idêntica de material genético para os dois pólos e, conseqüentemente, para as duas células que vão se formar, assim no final dessa fase, em cada pólo há número de cromossomos igual ao que havia na célula que iniciou a divisão, embora agora com apenas um filamento cada um. Tem início a desespiralização dos cromossomos. Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 15 Telófase (telo = final). A chegada dos cromossomos filhos aos pólos da célula marca o início da telófase. Uma vez nos pólos, inicia-se a desespiralização dos cromossomos, que se transformam em massas de cromatina. Estas são circundadas por cisternas do retículo endoplasmático, que depois se soldam umas às outras dando origem a novas membranas nucleares. Os cromossomos desespiralizados estão dispostos em 2 conjuntos, um em cada pólo. O núcleo também ressurge. Os nucléolos reaparecem sendo formados a partir da zona SAT de certos cromossomos. As fibras de áster e do fuso desaparecem. Finalmente, verifica-se, em células animais, que na região equatorial da célula a membrana nuclear se invagina formando um sulco de divisão, e, à medida que se aprofunda, aumenta o estrangulamento nessa região, ocorre a separação das 2 células-filhas. É a citodierése (plasmodierése ou citocinese) . Esse estrangulamento ocorre de fora para dentro, razão pelo qual, a citocinese animal é dita centrípeta. Durante Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 16 Resumo Prófase No citoplasma, o início da prófase é marcado pela duplicação dos centríolos, que se envolvem radialmente pelas fibras do áster. Cada um dos centríolos resultantes vai migrando para os pólos opostos da célula. Durante a migração dos centríolos, o hialoplasma vai formando entre eles um conjunto de fibras, constituindo o fuso mitótico. A carioteca se fragmenta e o fuso passa a ocupar a zona axial da célula (Fig. 1A, 1B e Roteiro Prof. WS Romanha (PHD) 17 Metáfase Os cromossomos atingem seu grau máximo de condensação e se colocam no equador do fuso. Pelo centrômero os cromossomos estão ligados às fibras do fuso. Há dois tipos de fibras no fuso: as contínuas, que vão de centríolo a centríolo, e as cromossômicas, que vão de centríolo a centrômero Anáfase A anáfase começa pela duplicação dos centrômeros, libertando as cromátides, que agora passam a ser denominadas cromossomos-filhos. Em seguida, as fibras cromossômicas encurtam, puxando os cromossomos para os pólos do fuso (Fig. 3). Telófase Agora, os cromossomos chegam aos pólos e sofrem o processo de descondensação. A membrana nuclear reconstitui-se a partir do retículo endoplasmático. Os nucléolos tomam a se formar na altura da constrição secundária de certos cromossomos, os chamados cromossomos organizadores nucleolares. Assim termina a divisão nuclear ou cariocinese, produzindo dois novos núcleos com o mesmo número cromossômico da célula-mãe. A seguir, acontece a divisão do citoplasma ou citocinese. Na região equatorial, a membrana plasmática se invagina, formando um sulco anular cada vez mais profundo, terminando por dividir totalmente a célula (Figs. 4A e 4B).
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