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 Universidade Federal do Rio de Janeiro
 Faculdade de Farmácia
 Farmacognosia I – Prática 1
 Professor (a): Yvana Correa Ramos Leal
 Aluno (a): Thamires Neiva Magalhães
 
Processos extrativos – Extração de constituintes fixos
 Introdução:
 Extração é o nome dado a diferentes técnicas que buscam extrair, de plantas, alguma substancia desejada. Cada uma dessas técnicas tem sua especificidade que permite extrair melhor cada substancia de acordo com as características destas. Existem fatores que interferem numa extração, tais como as características do material vegetal, o seu grau de divisão, o meio extrator e a metodologia utilizada. 
 A primeira característica que tem que ser levada em consideração é a parte da planta e a forma em que esta se encontra para ser utilizada. Para a utilização de caules e folhas é necessário a rasura, recorte ou pulverização (imagem 1) destas para que a extração seja mais eficaz, pois quanto mais rasurada maior será a facilidade para o solvente penetrar.
 
 Imagem 1: Ilustração de folhas e caules rasurados.
 Outra característica importante é a escolha do solvente que será utilizado. O solvente escolhido deve ser o mais seletivo possível, a fim de extrair apenas a substancia desejada. Essa seletividade é conferida pela polaridade de cada solvente, desse modo é necessário o conhecimento da estrutura do seu solvente e das ligações realizadas por este para que possamos prever que tipo de interações fará com a substancia desejada.
 Em análises fitoquímicas, quando não se conhece previamente o conteúdo do material a ser analisado, costuma-se submeter o material vegetal a sucessivas extrações, com solventes de polaridade crescente, conseguindo-se assim, uma extração fracionada, em que as diferentes frações contêm compostos de polaridade também crescente (tabela 1).
	Solvente
	Tipo de substancia extraída
	Éter de petróleo, hexano
	Lipídeos, ceras, pigmentos e furanocumarinas.
	Tolueno, diclorometano e clorofórmio
	Bases livres de alcalóides, antraquinonas livres, óleos voláteis e glicosídeos cardiotônicos.
	Acetato de etila, n-butanol
	Flavonóides e cumarinas.
	Etanol, Metanol
	Heterosídeos em geral.
	Misturas hidroalcoolicas, água
	Saponinas e Taninos.
	Água acidificada
	Alcalóides.
	Água alcalinizada
	Saponinas.
Tabela 1: Exemplos de solventes e suas afinidades com substancias especificas, presentes em plantas.
 Na escolha de um solvente, além dos fatores relacionados à eficiência do processo extrativo fatores como toxicidade e os riscos em seu manuseio, estabilidade das substâncias extraídas, a disponibilidade e o custo do solvente devem ser levados em consideração.
 Os fatores relacionados a métodos de extração correspondem à agitação, temperatura e tempo necessário para executá-las. Todas essas características estão relacionadas com a solubilidade da amostra no solvente de alguma forma.
 A agitação possibilita um maior contato, permite que o solvente passe diversas vezes pela amostra extraindo desta uma maior quantidade do produto em comparação a uma extração estática. Alem do que, a agitação permite que o produto seja extraído de forma mais rápida.
 A temperatura influencia na solubilidade, pois a maioria das substancia, quando expostas a uma alta temperatura torna-se mais solúvel. Esse aumento da solubilidade pelo aquecimento permite que o solvente interaja de maneira mais forte com a substancia, extraindo esta com maior eficiência. No entanto a extração a quente nem sempre é a melhor opção uma vez que algumas substancias são sensíveis ao aquecimento e podem não resistir ao processo. Essas substancias são chamadas termolábeis.
 O tempo de extração varia em função da rigidez dos tecidos do material vegetal, do seu estado de divisão, da natureza das substâncias a extrair, do solvente e do emprego ou não de temperatura e/ou agitação.
 Como a composição química das plantas é extremamente complexa, ocorre à extração concomitante de vários tipos de substâncias, farmacologicamente ativas ou não, por isso, deve-se primeiramente definir, com a maior precisão possível, o que se deseja obter.
Técnicas de extração
 Infusão – É uma técnica de extração a quente e sistema aberto. Nesta técnica a água é aquecida até o ponto de fervura. Então esta água quente é vertida sobre o material vegetal e a mistura fica em repouso por alguns minutos, de preferência tampada. Essa técnica é geralmente aplicada para preparações de chás de folhas e flores e preserva os óleos essenciais (Imagem 2).
 Imagem 2: Técnica de infusão 
 Decocção – Como a infusão também é uma técnica de extração a quente em sistema aberto. Contudo, na decocção o material vegetal é levado à fervura juntamente com a água por alguns minutos. Essa técnica é utilizada geralmente para o preparo de chás de cascas, raízes e pedaços de caule, que por serem mais rígidos precisam de um método mais rigoroso para a extração (Imagem 3).
 
 Imagem 3: Técnica de decocção.
 Maceração estática - Operação na qual a extração da matéria-prima vegetal é realizada em recipiente fechado, em temperatura ambiente, durante um período prolongado, sem renovação do líquido extrator. A solução extrativa final é chamada de macerado (Imagem 4). 
 Imagem 4: Técnica de maceração estática
 Maceração dinâmica – Essa técnica é muito parecida a maceração estática, contudo, tem que ser mantida sobre constante agitação. Para isso, é utilizado muitas vezes um agitador magnético (Imagem 5).
 Imagem 5: Técnica de maceração dinâmica.
 Ambas as macerações são normalmente feitas, moendo previamente o corpo ou substância a macerar, seguindo-se a utilização de um solvente para extração dos princípios ativos. Também não são capazes de levar ao esgotamento do princípio ativo devido à saturação do líquido extrator.
 Extração sob refluxo – Consiste em submeter o material vegetal à extração com um solvente em ebulição em aparelho acoplado a um condensador, de forma que o solvente evaporado durante o processo seja recuperado e retorne ao conjunto. Extração altamente eficiente empregando quantidade reduzida de solvente (Imagem 6).
 Imagem 6: Aparelhagem da técnica de extração sob refluxo
Espécies utilizadas na prática:
Coffea arabica L.(café) 
Taxonomia: Reino Plantae, divisão Magnoliophyta, classe Magnoliopsida, ordem Gentianalis, Família Rubiaceae, gênero Coffea (Imagem 7) .
Uso medicinal: O café tem propriedades digestivas, pois estimula os processos digestivos. É considerado um ótimo estimulante, pois gera a estimulação do sistema nervoso, sendo conhecido como um potente energético. As folhas do café têm a propriedade de reduzir a temperatura corporal e a infusão da semente da árvore do café tem propriedades antioxidantes, ajudando assim a prevenir doenças degenerativas. Há estudos que mencionam um possível vinculo entre o consumo de café e o risco de desenvolver Parkinson. Por fim, na cultura popular é atribuído ao café o caráter de combate a dores de cabeça.
Princípios ativos: Óleo fixo, óleo essencial, ceras, proteínas, taninos e sais minerais. O café possui cafeína, potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais, embora em pequenas quantidades. 
 Imagem 7: Coffea arabica L.
Platycyamus regnelli Benth (pau-pereira) 
Taxonomia: Reino Plantae, divisão Magnoliophyta, classe Magnoliopsida, ordem Fabales, família Fabaceae, gênero Platycyamus (Imagem 8).
Uso medicinal: A casca  dessa árvore não é apenas conhecida por ser bonita, mas também por ser considerada uma das dez plantas medicinais brasileiras mais importantes. A medicina popular a usa para tratar casos de inapetência, má digestão, malária, tontura, febree prisão de ventre. O chá de Pau Pereira é um ótimo tônico e remédio poderoso para abaixar febres intermitentes, melhorar dores de estomago, tonturas digestões difíceis e constipação, assim como citado acima.
Princípios ativos: A casca de Pau-pereira é composta de amido, albumina, goma, resina, matéria corante, princípio extrativo amargo, princípio ativo ou pererina, princípio lenhoso ou fibroso vegetal. Os sais são sulfatos, hidrocloratos, fosfatos, carbonatos de potassa, cal, alumina, protóxido de manganês, magnésia, óxido de ferro, sílica e traços de cobre oxidado.
 Imagem 8: Platycyamus regnelli Benth
Metodologia utilizada
Principais aspectos da extração com Sohxlet:
 O extrator Sohxlet, (Imagem 9), é um aparelho de laboratório feito de vidro, inventado em 1879 por Franz von Sohxlet. Ele foi originalmente desenvolvido para extração de lipídeos, a partir de um material sólido e quaisquer outros compostos difíceis de extrair a partir de material sólido.
 Este equipamento utiliza refluxo de solvente em um processo intermitente. A amostra não fica em contato com o solvente muito quente, porém ocorre um gasto excessivo de solvente, pois o volume total deve ser suficiente para atingir o sifão (dispositivo utilizado para transportar um líquido de uma altura para outra mais baixa, passando por um ponto mais alto).
 Imagem 9: Aparelhagem da técnica de Sohxlet.
 Esta técnica inicia-se colocando a amostra num papel de filtro (forma cilíndrica) dentro do Soxhlet. O solvente é aquecido num balão de fundo redondo, originando vapor. O vapor proveniente do solvente aquecido passa para o condensador onde é refrigerado passando ao estado líquido e enchendo o extrator até ao nível do tubo lateral. Ao longo do tempo, o solvente vai arrastando compostos solúveis presentes na amostra e após vários ciclos obtém-se e extrato final. 
 O método descrito Soxhlet é um processo contínuo, e é bastante útil nos casos em que o composto puro é parcialmente solúvel em um solvente e as impurezas não.
A eficiência do método de Soxhlet depende da natureza do material a ser extraído; Polaridade do solvente; Ligação dos lipídeos com outros componentes; Circulação do solvente através da amostra; Tamanho das partículas; Umidade da amostra; Velocidade de refluxo e quantidade relativa de solvente.
Procedimento da prática:
Aferiu-se utilizando uma balança analítica, 3,82 g de pau-pereira em um béquer previamente tarado.
Em um cartucho de carboximetilcelulose colocou-se 3,82 g de pau-pereira.
Introduziu-se o cartucho com a amostra no extrator de Soxhlet. Fez-se as adaptações balão/copo e copo/condensador . Logo em seguida, aferiu-se numa proveta de 250 mL, 150 mL de metanol.
Transferiu-se os 150 mL de metanol para o balão de fundo redondo de 250 mL
Montou-se todo o sistema: (aquecedor + extrator de Soxhlet + balão de fundo redondo de 500 mL + condensador de bolas), e verificou-se se estavam bem fixados os tubos de borracha onde se encontra a entrada e saída de água, e o fluxo de água no condensador
Ligou-se o aquecedor, deixando o sistema interagir. Após 2 refluxos desligou-se o sistema, e deixou-se o sistema esfriar. Transferiu-se a essência de pau-pereira para um frasco com o auxilio de um funil
Foram obtidos 84 mL de extrato de pau-pereira. 
Conclusões gerais e observações
 
 O sistema montando teve como objetivo extrair o máximo do material utilizado (o pau-pereira) utilizando-se o método de Soxhlet. Por ser um procedimento analítico e contínuo capaz de extrair um composto de uma base seca de amostra, ficou claro diante do experimento realizado, a sua grande eficácia, pois se fosse deixado o sistema agir por mais algum tempo, seria possível extrair toda a essência do pau-pereira. O que evidencia o fato de que o pau-pereira contém substâncias de caráter polar, graças à afinidade em dissolver-se com o metanol, que é polar.
Observação 1: o primeiro refluxo é o mais demorado, o seguinte ocorreu na metade do tempo. Se outros refluxos tivessem ocorrido eles manteriam um padrão de tempo de acordo com o segundo refluxo.
Observação 2: A cada refluxo a coloração do extrato tornava-se mais escura.
Perguntas gerais
Quais as vantagens e desvantagens de cada uma das técnicas utilizadas? Descreva Justificando e, proponha em que situação cada uma deve ser utilizada.
 Devido a sua semelhança, a infusão e a decocção têm basicamente as mesmas vantagens e desvantagens. As Vantagens dessas técnicas são: a facilidade de manuseio, uma vez que a aparelhagem é bem simples; o custo, uma vez que a utilização do solvente é pequena e geralmente esse solvente é a água. As principais desvantagens dessas técnicas são: a incapacidade de esgotar a substancia extraída na amostra e o aquecimento, pois as substancias podem ser sensíveis ao aquecimento.
 A maceração estática e a dinâmica também tem vantagens e desvantagens bem semelhantes. Vantagens: fácil manuseio, não há risco de destruição de substancias uma vez que ambas ocorrem a frio. Desvantagens: a incapacidade de esgotamento da amostra devido a saturação do solvente, alto custo, devido a quantidade de solvente utilizado em uma possível remaceração, toxicidade do solvente e o tempo necessário para extrair, que pode ser de dias. Sobre a questão do tempo a maceração dinâmica tem uma vantagem sobre a estática uma vez que é mantida sob agitação.
 As vantagens da extração sob refluxo são: o aumento da solubilidade das substâncias presentes na amostra no soluto devido ao aquecimento, baixo custo, devido a pequena quantidade de soluto utilizado, pois o soluto é “reaproveitado”. Desvantagens: Possibilidade da modificação ou destruição de substancias presentes na amostra devido ao aquecimento
 As vantagens da extração com Sohxlet são: baixo custo, devido ao ciclo realizado pelo solvente no aparelho, permitindo que este seja reutilizado, não destrói substancias da amostra, pois é colocado separado do solvente e quando este entra em contato com a amostra já se encontra em temperatura amena devido ao encontro com o condensador. Desvantagens: solvente deve ser volátil, o princípio ativo não pode ser volátil ou termolábil, tem que ser utilizados solventes únicos ou misturas azeotropica.
 
“A temperatura pode ser um fator de auxílio para extração, mas também pode produzir um extrato sem nenhum valor comercial” Sobre a afirmação acima discuta as vantagens e desvantagens do uso da temperatura em um processo extrativo. 
 A vantagem da temperatura é que cada vez que aumentamos esta aumentamos também a interação entre a substancia a ser extraída e o solvente, permitindo que a extração seja mais rápida e mais eficaz. A grande desvantagem da utilização da temperatura é que algumas substancias são sensíveis ao aquecimento, essas são chamadas termolábeis. Essas substancias, quando submetidas ao aquecimento podem ser modificadas ou até destruídas.
Complete o quadro a seguir com as espécies vegetais, suas classes de princípios ativos e substancias identificadas na literatura, seus usos populares e suas evidencias cientificas.
 Tabela anexada na próxima página.
Referencias 
- Farmacopéia Brasileira 2005. 5 ed. São Paulo: Atheneu.
- Monografia de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. (literatura fornecida durante a prática)
- http://vipmulher.com/plantas-medicinais/artigo-2152.html 
- http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf
- http://www.frutasnobrasil.com/cafe.html 
- http://www.mast.br/multimidias/botanica/frontend_html/artigos/index-id=278.html#
- http://www.quimica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/AIQ_2011/quimica_natureza.pdf
-http://www.remedio-caseiro.com/pau-pereira-uma-das-plantas-medicinais-mais-importantes-do-brasil/ 
- http://www.scielo.br/pdf/abb/v18n2/v18n02a19
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