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Noções das Etapas e Procedimentos Básicos de Auditoria

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FAM - FACULDADE DE AMERICANA 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DAS ETAPAS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE 
AUDITORIA 
JÉSSIKA JULIE CAMARGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMERICANA - SP 
2012 
 
 
FAM - FACULDADE DE AMERICANA 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DAS ETAPAS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE 
AUDITORIA 
JÉSSIKA JULIE CAMARGO 
 
 
Relatório Final do Estágio Supervisionado II 
em Ciências Contábeis apresentado como 
exigência parcial para a obtenção do grau de 
Bacharel em Ciências Contábeis pela 
Faculdade de Americana, sob a orientação do 
Prof. Anderson Aleandro Paviotti. 
 
 
AMERICANA - SP 
2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Não são as perdas nem as quedas que nos fazem 
fracassar no caminho, mas sim a falta de coragem de 
levantar e seguir adiante." 
(V.M Samael Aun Weor) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A realização deste trabalho só foi possível devido à 
colaboração de muitas pessoas. Primeiramente agradeço 
a Deus por estar sempre do meu lado, tanto nas horas 
difíceis como nos momentos de alegria. 
Agradeço também aos meus pais pela paciência, 
colaboração, dedicação e amor durante toda minha vida, 
mas em especial no período da realização do Trabalho 
de Conclusão de Curso. 
Uma pessoa que também teve uma importante 
participação na elaboração desse trabalho é a minha 
amiga Grazielle Oliveira. Sem sua companhia, opiniões 
e broncas eu não teria concluído esse trabalho. 
Um agradecimento especial ao Professor Anderson 
Aleandro Paviotti pela colaboração, paciência e por 
todas as críticas que me levaram a aperfeiçoar esse 
trabalho. 
 
 
 
SUMÁRIO 
Resumo ....................................................................................................................................... 8 
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO 
1.1. Área de Conhecimento ............................................................................................ 9 
1.2. Tema da Pesquisa .................................................................................................... 9 
1.3. Caracterização da Organização e seu Ambiente ...................................................... 9 
1.4. Situação Problemática ........................................................................................... 12 
1.5. Objetivos ................................................................................................................ 14 
1.5.1. Principal .................................................................................................. 14 
1.5.2. Intermediários ......................................................................................... 14 
1.6. Justificativa ............................................................................................................ 14 
1.7. Estrutura do Relatório de Estágio .......................................................................... 15 
CAPÍTULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1. Contabilidade Geral ............................................................................................... 16 
2.1.1. Conceito .................................................................................................. 16 
2.1.2. Objetivo ................................................................................................... 16 
2.1.3. Usuários .................................................................................................. 17 
2.1.4. Campo de Aplicação ............................................................................... 17 
2.1.5. Divisões da Contabilidade ...................................................................... 18 
2.1.5.1. Contabilidade de Custos ........................................................... 18 
2.1.5.2. Contabilidade Tributária .......................................................... 18 
2.1.5.3. Contabilidade Gerencial ........................................................... 18 
2.1.5.4. Contabilidade Pública .............................................................. 19 
2.1.5.5. Perícia Contábil ........................................................................ 19 
2.1.5.6. Auditoria Contábil .................................................................... 20 
2.2. Auditoria ................................................................................................................ 20 
 
 
2.2.1. Auditoria Interna ..................................................................................... 20 
2.2.1.1. Surgimento da Auditoria Interna .............................................. 21 
2.2.1.2. Objetivo .................................................................................... 22 
2.2.2. Auditoria Externa ou Independente ........................................................ 23 
2.2.2.1. Surgimento da Auditoria Externa ............................................. 23 
2.2.2.2. Objetivo .................................................................................... 24 
2.2.2.3. Objeto ....................................................................................... 25 
2.2.2.4. Papel da Auditoria .................................................................... 25 
2.2.2.5. Carreira na Auditoria................................................................ 26 
2.2.2.6. Normas e Procedimentos de Auditoria Contábil ...................... 30 
2.2.2.7. Órgãos Relacionados ................................................................ 31 
2.3. Etapas e Procedimentos de Auditoria .................................................................... 33 
2.3.1. Planejamento do Trabalho de Auditoria ................................................. 33 
2.3.2. Controle Interno ...................................................................................... 34 
2.3.3. Execução da Auditoria ............................................................................ 36 
2.3.4. Conclusão da Auditoria........................................................................... 51 
CAPÍTULO III - METODOLOGIA 
3.1. Metodologia Utilizada ........................................................................................... 54 
3.2. Coleta dos Dados ................................................................................................... 54 
3.3. Cronograma ........................................................................................................... 63 
CAPÍTULO IV – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
4.1. Análise dos Dados ................................................................................................. 65 
4.2. Interpretação dos Dados ........................................................................................ 73 
CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
5.1. Considerações Finais ............................................................................................. 84 
5.2. Conclusões Finais .................................................................................................. 85 
 
 
5.3. Recomendações e Sugestões .................................................................................. 86 
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 88 
 
Lista de Figuras 
Figura 1 - Organograma Escritório de Campinas ..................................................................... 12 
Figura 2 - Representação do Ambiente de Estágio................................................................... 55 
Figura 3 - Referências para Cálculoda Materialidade ............................................................. 56 
Figura 4 - Composição de Clientes........................................................................................... 57 
Figura 5 - Controle do CIAP .................................................................................................... 58 
Figura 6 - Livro Fiscal de Saída (adaptado) ............................................................................ 59 
Figura 7 - Análise do Benchmark ............................................................................................. 65 
Figura 8 - Benchmark ............................................................................................................... 66 
Figura 9 - Critérios a considerar para determinação da porcentagem aplicada ao 
Benchmark ................................................................................................................................ 67 
Figura 10 - Valor da Materialidade .......................................................................................... 67 
Figura 11 - Justificativa para determinar a Performance Materiality (PM) e Audit 
Misstatement Posting Threshold (AMPT) ............................................................................... 68 
Figura 12 - Critérios a considerar para determinação da porcentagem aplicada a 
Materiality ................................................................................................................................ 69 
Figura 13 - Cálculo da Performance Materiality (PM) ........................................................... 69 
Figura 14 – Cálculo do Audit Misstatement Posting Threshold (AMPT) ............................... 69 
Figura 15 - Recálculo de Provisão de Devedores Duvidosos ................................................... 70 
Figura 16 - Análise CIAP ......................................................................................................... 71 
Figura 17 - Análise de Reconhecimento de Receitas ............................................................... 73 
 
 
 
 
 
Lista de Tabelas 
Tabela 1 - Valores da Materialidade, Performance Materiality e Audit Misstatement Posting 
Threshold .................................................................................................................................. 74 
Tabela 2 - Aplicação da Performance Materiality (PM) ......................................................... 74 
Tabela 3 - Aplicação da Audit Misstatement Posting Threshold (AMPT) ............................... 76 
 
Lista de Gráficos 
Gráfico 1 – Demonstração do Aging List por Valores ............................................................. 77 
Gráfico 2 – Demonstração do Aging List em Porcentagem ..................................................... 78 
Gráfico 3 – PDD do Cliente x PDD calculada pela Auditoria ................................................. 78 
Gráfico 4 – Comparação do Cálculo do CIAP realiza pelo Cliente x cálculo da Auditoria .... 79 
Gráfico 5 – Comparação do Total Compensado pelo Cliente x Cálculo da Auditoria até 
Junho de 2012 ........................................................................................................................... 80 
Gráfico 6 – Reconhecimento de Receitas por Dia .................................................................... 81 
Gráfico 7 – Reconhecimento de Receitas por Estado............................................................... 82 
 
Lista de Quadros 
Quadro 1 – Cronograma 1º Semestre de 2012 ......................................................................... 63 
Quadro 2 – Cronograma 2º Semestre de 2012 ......................................................................... 64 
Quadro 3 – Pontos Positivos e Negativos ................................................................................. 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O estágio foi realizado na área de Auditoria e desenvolvido na empresa KPMG Auditores 
Independentes, que tem um de seus escritórios localizado na cidade de Campinas, São Paulo, 
tem como ramo de atividade a Prestação de Serviços de Auditoria Contábil, Tributária e de 
Sistemas. O objetivo desse estágio foi criar um manual simplificado contendo as etapas e 
procedimentos básicos de auditoria. O intuito desse manual é auxiliar os novos profissionais 
de auditoria a entender e realizar os procedimentos pertinentes às áreas auditadas. Por se tratar 
de um assunto extenso e complexo, o presente estágio foi baseado nos procedimentos mais 
utilizados para cada área auditada. A auditoria contábil existe para validar as informações 
contábeis de forma a trazer credibilidade às demonstrações contábeis elaboradas pelas 
empresas. Com as mudanças na Lei Societária Brasileira, com o surgimento da Lei nº 
11638/2007, as empresas tiveram que mudar a maneira de realizar a contabilidade e, 
consequentemente, a auditoria teve que se especializar nas normas internacionais para 
entender e analisar a Contabilidade e suas mudanças. A auditoria se inicia pelo Planejamento, 
onde são traçadas as estratégias a serem utilizadas na execução do trabalho. Posteriormente, 
são analisados os controle internos, que visam validar se os controles existentes na empresa 
são efetivos. Após essa etapa, inicia-se a execução da auditoria, onde são realizados os 
procedimentos, que tem por objetivo validar as informações contábeis. Ao final dos trabalhos, 
a auditoria propõe os ajustes e pontos de controle identificados ao longo do trabalho e emite o 
parecer de acordo com todos os procedimentos realizados. 
 
Palavras-chave: Contabilidade Geral, Auditoria, Auditoria Externa, Procedimentos de 
Auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO 
O presente capítulo abordará a Área de Conhecimento, Tema da Pesquisa, Caracterização da 
Organização e seu Ambiente, Situação Problemática, Objetivos, Justificativa e Estrutura do 
Relatório de Estágio. 
 
1.1. ÁREA DE CONHECIMENTO 
A área de conhecimento escolhida para este trabalho foi Auditoria e Perícia Contábil. 
 
1.2. TEMA DA PESQUISA 
Dentro da área de conhecimento Auditoria e Perícia Contábil, o tema da pesquisa foi Etapas e 
Procedimentos de Auditoria. 
 
1.3. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E SEU AMBIENTE 
A razão social da empresa estagiada é KPMG Auditores Independentes. 
A KPMG foi criada em 1987, após fusão da Peat Marwick International (PMI) e da Klynveld 
Main Goerdeler (KMG), assim como suas firmas-membro individuais. No decorrer dos 
últimos três séculos, a história da organização foi marcado por seus principais membros 
fundadores, cujas iniciais formam o nome “KPMG”, conforme descrito abaixo: 
K – representa Klynveld. Piet Klynveld fundou a firma de contabilidade Klynveld 
Kraayenhof & Co. em Amesterdã, em 1917. 
P – representa Peat. William Barclay Peat fundou a firma de contabilidade William Barclay 
Peat & Co. em Londres, em 1870. 
M – representa Marwick. James Marwick fundou a firma de contabilidade Marwick, Mitchell 
& Co. com Roger Mitchell na Cidade de Nova York, em 1897. 
G – representa Goerdeler. O Dr. Reinhard Goerdeler foi, por muitos anos, Presidente do 
Deutsche Treuhand-Gesellschaft e, posteriormente, da KPMG. Ele foi um dos grandes 
incentivadores da fusão com a KMG. 
10 
 
No ano de 1911, ocorreu a fusão da William Barclay Peat & Co. e da Marwick Mitchell & 
Co., dando início ao que seria conhecido posteriormente como Peat Marwick International 
(PMI), rede mundial de empresas especializadas em contabilidade e consultoria. 
Em 1979, a Klynveld aliouce-se a Deutsche Treuhand-Gesellschaft e a McLintock Main 
Lafrentz, uma firma internacional de serviços profissionais, para formar a Klynveld Main 
Goerdeler (KMG). 
Em 1987,ocorreu uma fusão entre a PMI, a KMG e suas firmas-membro. Atualmente, todas 
as firmas-membro adotaram o nome KPMG, sendo utilizado exclusivamente ou o incluindo à 
suas razões sociais. 
As firmas-membro da KPMG podem ser encontradas em 150 (cento e cinquenta) países. 
Somando todas se verificará que elas possuem mais de 138.000 (cento e trinta e oito mil) 
pessoas atuando em diversas áreas. 
A KPMG no Brasil possui aproximadamente 3.800 (três mil e oitocentos) profissionais 
distribuídos por 12 (doze) estados e Distrito Federal, espalhados pelas cidades de São Paulo 
(sendo essa a sede), Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Curitiba, 
Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Londrina, Manaus, Osasco, Porto Alegre, Recife, 
Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos, São José dos Campos e Uberlândia. 
Dentre os 3.800 (três mil e oitocentos) profissionais, o escritório de Campinas possui 
aproximadamente 150 (cento e cinquenta) funcionários. 
A KPMG Auditores Independentes possui firma-membro na cidade de Campinas, São Paulo. 
O escritório está localizado na Avenida Barão de Itapura, número 950 – 6º andar, Bairro 
Botafogo. 
A empresa não divulgou sua tributação, porém pelo Faturamento anual pode-se entender que 
é uma empresa de Lucro Real. 
A empresa atua prestando serviços nas áreas de Audit, Tax e Advisory, baseando-se em um 
conjunto consistente de habilidades e competências multidisciplinares, financeiras e 
contábeis, fundamentadas em um profundo conhecimento do setor. 
A KPMG é a rede global de firmas de serviços e assessoria profissional, cujo propósito é 
transformar conhecimento em valor, com isso simplificar a complexidade, apresentando 
soluções claras para o benefício de seus clientes, de seu pessoal e dos mercados de capitais. 
11 
 
Possuem o objetivo de fornecer aos clientes um conjunto globalmente consistente e 
multidisciplinar de serviços financeiros e de contabilidade, baseados no conhecimento 
profundo da indústria. 
Os principais concorrentes são: PricewaterhouseCoopers, Deloitte Touche Tohmatsu e Ernst 
& Young; 
A empresa é responsável pelos seguintes serviços: 
• Audit – A auditoria independente é um serviço destinado a fortalecer a confiabilidade das 
informações elaboradas pelos clientes para uso dos investidores, dos credores e de outros; 
• Tax – Assessoria para clientes em diferentes tipos de tributos que incidem sobre várias 
operações. 
• Advisory – Auxilio as empresas no gerenciamento dos seus riscos. 
Alguns dos clientes de Capital Aberto da KPMG Auditores Independetes são: Aliansce 
Shopping Centers S/A, Banco Bradesco S/A, Banco do Brasil S.A., Bandeirante Energia S/A, 
BV Leasing – Arrendamento Mercantil S/A, Cia Energia Minas Gerais - Cemig, Companhia 
de Bebidas das Américas – Ambev, CPFL Energia S.A., Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, 
Suzano Papel e Celulose S.A. 
 A KPMG no Brasil faturou R$ 662 (seiscentos e sessenta e dois) milhões no ano fiscal 
encerrado em 30 de setembro de 2011, resultado 23% superior ao registrado no ano anterior. 
Das receitas apuradas, R$ 24,9 (vinte e quatro milhões e novecentos mil) milhões foram 
investidos em educação dos profissionais (treinamentos, cursos em geral e cursos superiores) 
para os profissionais. 
Fonte: http://www.kpmg.com/br/pt/estudos_analises/artigosepublicacoes/paginas/release-
receitas-kpmg-crescem-23-em-2011.aspx 
A soma da receitas das firmas-membro da KPMG Internacional foi equivalente a US$ 22,7 
bilhões no ano fiscal encerrado em 30 de setembro de 2011. Esse valor representa 10,1% de 
crescimento em relação aos resultados de 2010. 
Fonte: http://www.kpmg.com/br/pt/estudos_analises/artigosepublicacoes/paginas/release-
receitas-kpmg-crescem-23-em-2011.aspx 
 
 
12 
 
Figura 1 – Organograma Escritório de Campinas 
 
 
1.4. SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA 
A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, atua como metodologia 
especialmente feita para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que 
afetam as situações financeiras, econômicas e patrimoniais de qualquer ente, seja uma pessoa 
física, jurídica, entidade sem fins lucrativos, pessoa de direito público etc. A atuação da 
Contabilidade é muito ampla. 
Dentro dessa ciência, existem diversas áreas, dentre elas a Auditoria Contábil. A palavra 
auditoria origina-se do latim audire (ouvir) e foi utilizada inicialmente pelos ingleses 
(auditing) que significava o conjunto de procedimentos técnicos para a revisão da 
Contabilidade. O essencial do trabalho da auditoria consiste em ouvir as informações dos 
fatos ocorridos na empresa. Essa etapa é primordial para que o auditor possa emitir sua 
opinião sobre a adequação da empresa em determinadas normas. 
Tendo a área Auditoria Contábil como objetivo deste trabalho, o tema é Etapas e 
Procedimentos de Auditoria. A primeira etapa é o Planejamento, esta etapa é realizada por um 
gerente ou encarregado. No Planejamento é definido o cronograma do trabalho e quais os 
procedimentos a serem efetuados. 
13 
 
No Controle Interno são testados os controles efetuados na empresa. Por exemplo: O processo 
de vendas. Nesta etapa há entrevistas com as pessoas responsáveis pelo processo e 
entendimento do mesmo. São efetuados testes para identificar se há riscos de falha no 
processo. Por meio de um relatório de recomendações, posteriormente é demonstrado ao 
cliente os pontos identificados como falhos em seus ciclos de operações. 
A realização do trabalho ocorre de formas diferentes dependendo do porte e atividade da 
empresa. As empresas de capital aberto exigem a realização da auditoria trimestral, chamadas 
de ITR. 
Para antecipar a etapa final da auditoria, existe o Pré-Balanço. Nesta etapa são realizados 
testes referentes ao primeiro dia do exercício analisado até a data pretendida. 
Dentro do trabalho realizado pela auditoria, existem algumas empresas que necessitam da 
Revisão de Especialistas de Tax e TI. 
A etapa final da auditoria, geralmente, é realizada com data-base de 31/12, porém a data-base 
pode variar de acordo com o fechamento da empresa. 
Após a etapa dos testes de auditoria, ocorre a revisão do IRPJ e CSLL. Esta etapa é realizada 
pelos especialistas de Tax. 
Encerrada todas as revisões realizadas pela equipe de trabalho, ocorre a revisão do controle de 
qualidade. Esta possui o objetivo de fornecer uma avaliação objetiva antes da emissão do 
relatório, levando em consideração os pontos relevantes levantados pela equipe de trabalho e 
as conclusões obtidas ao elaborar o relatório. A revisão de qualidade é realizada, 
principalmente, nas empresas de capital aberto, mas pode ocorrer em qualquer empresa que a 
Auditoria julgar necessária. 
A conclusão da auditoria consiste na emissão do relatório final de auditoria. 
A KPMG possui uma metodologia própria, em linha com as normas internacionais de 
auditoria, esta deve ser seguida na realização dos trabalhos de auditoria. Porém, para novos 
profissionais esta metodologia é complexa, pois existe apenas em língua inglesa e para 
entendê-la é necessário auxílio de profissionais mais experientes. 
Como complementar o manual de normas e procedimentos de auditoria existente na empresa, 
em vernáculo, de forma a auxiliar na integração e aprendizado dos novos profissionais? 
 
14 
 
1.5. OBJETIVOS 
O estágio possui objetivos a serem atingidos, estes estão divididos em objetivos principal e 
intermediários. 
 
1.5.1. PRINCIPAL 
O objetivo principal do projeto foi disponibilizar para os novos profissionais da KPMG um 
resumo básico das etapas e procedimentos de auditoria baseado nas NBC’s (Normas 
Brasileiras de Contabilidade). 
 
1.5.2. INTERMEDIÁRIOS 
Para que este projeto seja adotado na empresa, foram necessários os seguintes procedimentos: 
• Consultar e interpretara metodologia existente, por meio das fontes utilizadas para fazê-la. 
• Comparar com informações obtidas em referências bibliográficas relacionadas ao assunto. 
• Extrair os procedimentos básicos de auditoria. 
• Obter informações complementares sobre o assunto com profissionais mais experientes. 
• Mostrar para a empresa que o projeto é viável e pode ser incorporado ao treinamento. 
 
1.6. JUSTIFICATIVA 
O projeto será importante para a empresa, pois os novos profissionais de auditoria iniciarão o 
trabalho com uma base maior nos procedimentos realizados e possuirão menos dúvidas. 
Esse projeto é uma oportunidade para que os profissionais estejam atualizados com a 
metodologia da empresa. Ao mesmo tempo a empresa ganha com os profissionais bem 
informados e executando o trabalho de forma mais precisa. 
O momento da implantação é oportuno, pois a empresa contrata muitos profissionais todos os 
anos, que não possuem experiência em auditoria. 
O projeto é viável, pois as informações estão acessíveis e disponíveis, havendo restrições na 
divulgação de informações não publicadas pela empresa. 
O projeto é importante para a autora, pois possibilitará aplicar a teoria na prática. 
15 
 
A oportunidade para a autora é o reconhecimento profissional, dedicação em adquirir novos 
conhecimentos na área de atuação e realizar um projeto inédito na empresa. 
 
1.7. ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
O capítulo I aborda a Área de Conhecimento, Tema da Pesquisa, Caracterização da 
Organização e seu Ambiente, Situação Problemática, Objetivos, Justificativa e Estrutura do 
Relatório de Estágio. 
O capítulo II é composto pela Revisão Bibliográfica que contém as bibliografias e suas 
citações sobre o tema geral e específico da pesquisa. 
O capítulo III aborda a metodologia utilizada no projeto, a coleta dos dados e o cronograma 
das atividades realizadas. 
O capítulo IV apresenta a Análise e Interpretação realizadas a partir dos dados coletados no 
capítulo anterior. 
E o capítulo V apresenta as Considerações, Conclusões, Recomendações e Sugestões 
propostas à empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
CAPÍTULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Este capítulo contém a Revisão Bibliográfica que contém as bibliografias e suas citações 
sobre o tema geral e específico da pesquisa. 
 
2.1. CONTABILIDADE GERAL 
O presente capítulo abordará os conceitos, objetivos e usuários da contabilidade. 
 
2.1.1. CONCEITO 
IUDÍCIBUS (2009, p.29) define: 
“A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado 
a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, 
financeira, física e de produtividade com relação à entidade objeto de 
contabilização.”. 
RIBEIRO (2010, p.10) conceitua Contabilidade como: “A contabilidade é uma ciência que 
possibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do Patrimônio das empresas.”. 
No entendimento de NEVES (2006, p.1): 
“A Contabilidade é uma ciência que desenvolveu uma metodologia própria com a 
finalidade de: a) controlar o patrimônio das aziendas; b) apurar o redito (resultado) 
das atividades das aziendas; c) prestarem informações às pessoas que tenham 
interesse na avaliação da situação patrimonial e do desempenho dessas entidades.”. 
A Contabilidade é uma ciência que se destina a gerar informações para seus usuários por meio 
do registro de fatos que afetam a situação patrimonial, econômica e financeira da pessoa, seja 
ela física ou jurídica. 
 
2.1.2. OBJETIVO 
Para PADOVEZE (2010, p.3): “O objetivo da Contabilidade é o controle de um Patrimônio.”. 
De acordo com MARION (2009, p.28): 
“O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura Conceitual 
Básica da Contabilidade, é o de permitir a cada grupo principal de usuários a 
avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem 
como fazer interferências sobre suas tendências futuras.”. 
O objetivo da Contabilidade é o de fornecer informações aos usuários interessados utilizando-
se da apresentação de sua situação patrimonial e financeira em uma determinada data. 
17 
 
2.1.3. USUÁRIOS 
Conforme IUDÍCIBUS (2009, p.29): 
“Conceitua-se como usuário toda a pessoa física ou jurídica que tenha interesse na 
avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade 
empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar.”. 
Em seu trabalho RIBEIRO (2010, p.12) define usuários da Contabilidade como: 
“Os usuários da Contabilidade, portanto, são todas as entidades econômico-
administrativas que utilizam para registrar e controlar a movimentação de seus 
patrimônios, incluindo proprietários, acionistas, gerentes, administradores, Clientes, 
Fornecedores, bancos, Governo etc.”. 
NEVES (2006, p.3) explica: 
“Os usuários da Contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas que tenham 
interesse na avaliação da situação patrimonial da entidade. São, por exemplo, os 
acionistas de uma empresa que querem saber se ela está dando lucro ou prejuízo. 
São as instituições financeiras que desejam avaliar o patrimônio para saber se lhe 
concedem ou não um empréstimo. São os administradores da entidade, que desejam 
saber como se comporta o desenvolvimento das atividades da empresa e qual o 
resultado que está dividido das mesmas. É o fisco, que também se interessa pelo 
resultado da pessoa jurídica, para lançar os tributos sobre ele incidentes.”. 
São usuários da Contabilidade todas as pessoas físicas e jurídicas que possuem qualquer tipo 
de interesse para com a entidade. Alguns dos usuários mais comuns são: Acionistas, 
Instituições Financeiras, Fornecedores, Governo, Administradores etc. 
 
2.1.4. CAMPO DE APLICAÇÃO 
Segundo RIBEIRO (2010, p.11): “O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as 
entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, 
os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.”. 
No entendimento de IUDÍCIBUS (2010, p.1): 
“A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia 
especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os 
fenômenos que afetam as atuações patrimoniais, financeiras e econômicas de 
qualquer ente, seja este pessoa física, entidades de finalidade não lucrativas, 
empresa, seja mesmo pessoa de Direito Público, tais como Estado, Município, 
União, Autarquia etc., tem um campo de atuação muito amplo.”. 
A Contabilidade é aplicada a todas as entidades de direito público ou privado, com ou sem 
fins lucrativos, por esse motivo seu campo de aplicação é bastante amplo. 
 
 
18 
 
2.1.5. DIVISÕES DA CONTABILIDADE 
Além da Contabilidade Geral, a Ciência Contábil possui muitas divisões, algumas das mais 
conhecidas são: Contabilidade de Custos, Contabilidade Tributária, Contabilidade Pública, 
Perícia Contábil e Auditoria Contábil. 
 
2.1.5.1. CONTABILIDADE DE CUSTOS 
De acordo RIBEIRO (2009, p.12): “A Contabilidade de Custos ou Contabilidade Industrial é 
um ramo da Contabilidade Geral ou Financeira que se aplica às empresas industriais.”. 
Na visão de HORNGREN (2004, p.2): 
“A Contabilidade de custos fornece informações tanto para a contabilidade gerencial 
quanto para a financeira. Mede e relata informações financeiras e não-financeiras 
relacionadas ao custo de aquisição ou à utilização de recursos em uma organização; 
inclui aquelas partes, tanto da contabilidade gerencial quanto da financeira, em que 
as informações de custos são coletadas e analisadas.”. 
A Contabilidade de Custos é destinada a gerar informações sobre os custos dos itens 
produzidos pelas indústrias. 
 
2.1.5.2. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
No conceito de FABRETTI (2005, p.29) Contabilidade Tributária é definida como: ...“ramo 
da contabilidadeque tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas 
básicas de contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada.”. 
Na visão de PÊGAS (2011, p.18): ...“representa o ramo da Contabilidade cujo objetivo é 
aplicar e adaptar conceitos e princípios contábeis com a legislação tributária, de forma 
adaptada, simultânea e, principalmente integrada.”. 
A Contabilidade Tributária tem como objetivo aplicar na prática e de forma integrada os 
princípios contábeis com as legislações tributárias vigentes. 
 
2.1.5.3. CONTABILIDADE GERENCIAL 
Para HORNGREN (2004, p.2): 
“A Contabilidade gerencial mede e relata informações financeiras e não-financeiras 
que ajudam os administradores a tomar decisões para alcançar os objetivos de uma 
organização. Os administradores usam essas informações para escolher, comunicar e 
implementar a estratégia. Utilizam-nas, também, para coordenar o projeto do 
19 
 
produto, a produção e as decisões de comercialização. Isso significa que a 
contabilidade gerencial se baseia em demonstrativos internos.”. 
LUNKES (2007, p.7) define Contabilidade Gerencial como: 
...“processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, 
interpretação, e comunicação de informações financeiras e não financeiras usadas 
pela gestão para planejar, avaliar e controlar a empresa e assegurar uso apropriado e 
responsável de seus recursos.”. 
A Contabilidade Gerencial é utilizada pelas empresas no processo de tomada de decisões. O 
objetivo é acumular, interpretar e comunicar as informações obtidas. Estas, por sua vez, são 
utilizadas para garantir que os recursos utilizados estão sendo aproveitados de maneira 
apropriada. 
 
2.1.5.4. CONTABILIDADE PÚBLICA 
Em sua obra, ARAÚJO (2009, p.18) afirma: 
“A Contabilidade Pública é o ramo da Ciência Contábil voltado para o registro, o 
controle e a demonstração dos fatos mensuráveis em moeda que afetam o patrimônio 
da União, dos Estados e dos Municípios e suas respectivas autarquias e fundações, 
ou seja, as entidades de direito público interno.”. 
ANGÉLICO (1994, p.13) explica: 
“A Contabilidade Pública constitui o mais complexo ramo da Ciência Contábil. Pelo 
fato de o seu campo de aplicação restringir-se apenas aos órgãos governamentais, 
poucos são os profissionais que tem acesso aos seus problemas”... 
...“Para compreender essa dificuldade, é indispensável saber que nos três níveis de 
governo – União, Estados, Municípios e Autarquias correspondentes – a 
Contabilidade Pública dividi-se, em um primeiro plano, em dois graus: 
Contabilidade Analítica e Contabilidade Sintética. Em um segundo plano, divide-se 
em especializações: Contabilidade Orçamentária, Financeira, Patrimonial, de 
Compensação e Industrial.”. 
A Contabilidade Pública é destinada a registrar os fatos ocorridos nas entidades de direito 
público, ou seja, entidades pertencentes ao poder público (União, Estados e Municípios). 
 
2.1.5.5. PERÍCIA CONTÁBIL 
Segundo SÁ (2011, p.3): 
“Perícia contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado 
visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se 
exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma 
todo e qualquer procedimento necessário à opinião.”. 
De acordo com a Resolução CFC n°.1243/09: 
“A Perícia Contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos 
destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à 
20 
 
justa solução do litígio ou constatação de um fato, mediante laudo pericial contábil 
e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e 
profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.”. 
Perícia Contábil é um conjunto de procedimentos técnicos que se destinam a verificar fatos 
patrimoniais referentes a discussões judiciais com o objetivo de emitir uma opinião por meio 
de laudo pericial sobre a solução adequada para o processo. 
 
2.1.5.6. AUDITORIA CONTÁBIL 
CREPALDI (2011, p.3) define Auditoria Contábil como: ...“levantamento, estudo e avaliação 
sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras 
de uma entidade.”. 
No entendimento de ATTIE (2009, p.5): “A Auditoria é uma especialização contábil voltada a 
testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar 
uma opinião sobre determinado dado.”. 
A Auditoria Contábil possui como finalidade o estudo e avaliação das transações realizadas 
nas empresas. Para realizar a avaliação, a Auditoria efetua testes com o intuito de verificar a 
eficácia e eficiência dos controles implantados nas empresas. 
 
2.2. AUDITORIA 
Este capítulo abordará o conceito e objetivo das auditorias interna e externa. 
 
2.2.1. AUDITORIA INTERNA 
A Resolução CFC n°. 986/03 define Auditoria Interna como: 
 “A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e 
comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, 
adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de 
informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de 
riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus 
objetivos.”. 
Para CREPALDI (2011, p.31): 
“A Auditoria Interna é uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, 
que se destina a revisar as operações, como um serviço prestado à administração. 
Constitui um controle gerencial que funciona por meio da análise e avaliação de 
eficiência de outros controles. É executada por um profissional ligado à empresa, ou 
por uma seção própria para tal fim, sempre em linha de dependência da direção 
empresarial. O auditor interno é pessoa de confiança dos dirigentes; está vinculado à 
21 
 
empresa por um contrato trabalhista continuado e sua intervenção é permanente. Sua 
área de atuação envolve todas as atividades da empresa; predominam a verificação 
constante dos controles internos, a manipulação de valores e a execução de rotinas 
administrativas.”. 
CASTRO (2010, p.384) explica Auditoria Interna como: 
“Em resumo, a Auditoria Interna tem por função básica avaliar a adequação e 
eficácia do Controle Interno e a qualidade do desempenho do órgão em que atua. 
Funciona como um controle gerencial para a alta administração, medindo e 
avaliando os demais controles.”. 
ATTIE (2009, p.246) conceitua o assunto abordado como: 
...“Pode-se definir auditoria interna como uma atividade de avaliação independente, 
dentro da organização, para a revisão da contabilidade, finanças e outras operações 
como base para servir à Administração. É um controle administrativo que mede e 
avalia a eficiência de outros controles.”. 
A Auditoria Interna é um departamento da empresa. Este realiza a verificação dos controles 
internos e gerenciamento dos riscos existentes para que a entidade atinja seus objetivos com 
mais eficiência. 
 
2.2.1.1. SURGIMENTO DA AUDITORIA INTERNA 
Em seu livro, ALMEIDA (2010, p.5) explica o Surgimento da Auditoria Interna. 
Com a expansão dos negócios, a Administração das empresas sentiu a necessidade de dar 
maior ênfase aos procedimentos realizados internamente. A Auditoria Externa emitia sua 
opinião e também elaborava sugestões para solucionar problemas da empresa identificados 
durante a realização do trabalho. 
No entanto, o período de tempo que o auditor externo passava dentro da empresa era muito 
curto e que seu trabalho estava voltado para análise das demonstrações contábeis. Para 
atender as necessidades da Administração seria necessária uma auditoria periódica e mais 
aprofundada nas diversas áreas da empresa e não apenas na contabilidade. (ALMEIDA, 2010, 
p.5). 
Com essa necessidade surgiu a auditoria interna,como uma ramificação da auditoria externa. 
O profissional que executa essa função é funcionário da empresa, porém não deve ser 
subordinado a profissional cuja área de responsabilidade é examina pela auditoria interna e 
não deve desenvolver trabalhos que um dia possa vir a examinar. (ALMEIDA, 2010, p.5). 
No entendimento do presente autor, o Surgimento da Auditoria Interna deu-se (CASTRO, 
2010, p.381): 
22 
 
No período do Brasil Colônia o juiz colonial era tido como olho do rei. Estes eram enviados 
pela Coroa Portuguesa para verificar se o recolhimento dos impostos estava sendo feito 
corretamente. 
O grande salto da auditoria deu-se após a crise econômica americana de 1929. No início dos 
anos 30 criou-se o Comitê May que era um grupo de trabalho instituído com a finalidade de 
estabelecer regras para as empresas que tivessem suas ações cotadas em bolsa, tornando 
obrigatória a Auditoria Contábil Independente em suas demonstrações financeiras. (CASTRO, 
2010, p.382). 
Os auditores independentes necessitavam ter acesso às informações e documentos para obter 
o conhecimento mais profundo da empresa. Para essa tarefa foram designados empregados 
das próprias empresas. Esses profissionais foram, com o tempo, aprendendo as técnicas da 
auditoria e utilizando-as nos trabalhos solicitados pela própria administração da empresa. 
(CASTRO, 2010, p.382). 
Foi criado, nas grandes empresas de transportes ferroviários, um grupo de fiscais chamados 
“travelling auditors” (auditores viajantes), cuja função era visitar as estações ferroviárias e 
assegurar que todo produto da venda de passagens e fretes de carga estavam adequadamente 
arrecadados e contabilizados. Este trabalho é típico dos auditores internos. (CASTRO, 2010, 
p.382). 
As empresas logo perceberam que poderiam reduzir gastos com auditoria externa, criando um 
serviço contínuo de conferência e revisão interna. A melhoria dos controles internos reduziu 
os riscos do trabalho dos auditores externos, que se beneficiaram com o fato de poderem se 
dedicar exclusivamente aos exames da situação econômico-financeira das empresas. 
(CASTRO, 2010, p.382). 
A Auditoria Interna surgiu da necessidade das empresas de manter funcionários atuando para 
melhorar os controles realizados na empresa, consequentemente, colaborando com a auditoria 
externa e reduzindo gastos. 
 
2.2.1.2. OBJETIVO 
CREPALDI (2011, p.31) descreve o tópico abordado como: 
“O objetivo da auditoria interna é auxiliar todos os membros da administração no 
desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, fornecendo-lhes análises, 
apreciações recomendações e comentários pertinentes às atividades examinadas.”. 
23 
 
De acordo com a Resolução CFC n°. 986/03: 
 “A atividade de Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque 
técnico, objetivo sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao 
resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos 
processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de 
soluções para as não conformidades apontadas nos relatórios.”. 
O objetivo desse departamento é avaliar os processos e controles internos existentes na 
empresa, agregando valores a organização por meio de recomendações para solucionar falhas 
encontradas. 
 
2.2.2. AUDITORIA EXTERNA OU INDEPENDENTE 
Conforme ATTIE (2009, p.5): “A Auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a 
eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma 
opinião sobre determinado dado.”. 
Para CREPALDI (2011, p.38) Auditoria Externa: 
 “Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão do 
parecer sobre a adequação com que estes representam a posição patrimonial e 
financeira, o resultado das operações, as mutações do Patrimônio Líquido a 
Demonstração dos Fluxos de Caixa e a Demonstração do Valor Adicionado da 
entidade auditada consoante as normas brasileiras de contabilidade.”. 
A Auditoria Externa é voltada para a área contábil e nesta são executados procedimentos de 
auditoria para comprovar a veracidade das demonstrações apresentados pela empresa 
auditada. Ao final das análises, o auditor expressa sua opinião por meio do parecer sobre a 
posição financeira e patrimonial da empresa em um determinado período. 
 
2.2.2.1. SURGIMENTO DA AUDITORIA EXTERNA 
Em sua obra, ALMEIDA (2010, p.1) explica o surgimento da Auditoria Externa como tendo 
ocorrido da seguinte maneira: 
Inicialmente as empresas eram familiares. Com a expansão do mercado e o aumento da 
concorrência, houve a necessidade de expandir as instalações, investir no desenvolvimento 
tecnológico e aprimorar os controles e procedimentos internos. Para isso seria necessário um 
grande volume de recursos impossível de ser obtido por meio de lucros da empresa ou pelo 
patrimônio dos proprietários. Diante disso, houve a necessidade de captação de recursos de 
terceiros, mediante empréstimos bancários em longo prazo e abertura de capital social para 
novos acionistas. 
24 
 
Os novos investidores precisavam conhecer a situação financeira e patrimonial da empresa, 
além disso, era importante saber a capacidade de geração de lucros e como estavam sendo 
efetuada a administração financeira dos recursos na empresa. (ALMEIDA, 2010, p.1). 
A melhor maneira de obter essas informações é por meio das Demonstrações Contábeis. Com 
a importância dessas informações, houve a necessidade de tomar medidas de segurança contra 
manipulação das informações. Para atestar a integridade dessas informações, contratam-se 
profissionais com capacidade técnica, que examina as demonstrações contábeis da empresa e 
emite sua opinião sobre estas, estes profissionais são denominados auditores independentes. 
(ALMEIDA, 2010, p.2). 
Segundo ATTIE (2009, p.7): 
“O surgimento da auditoria está ancorado na necessidade de confirmação por parte 
dos investidores e proprietários quanto à realidade econômico-financeira espelhada 
no patrimônio das empresas investidas e, principalmente, em virtude do 
aparecimento de grandes empresas multigeograficamente distribuídas e simultâneo 
ao desenvolvimento econômico que propiciou participação acionária na formação do 
capital de muitas empresas.”. 
O surgimento da Auditoria Externa deu-se pela necessidade, por parte dos investidores, de 
obter uma opinião de profissionais capacitados e sem ligação alguma com a empresa sobre a 
situação patrimonial e informações geradas pela contabilidade. 
 
2.2.2.2. OBJETIVO 
ALMEIDA (2010, p.24) explica: 
“O objetivo do auditor externo é emitir sua opinião sobre as demonstrações 
financeiras examinadas, cujas peças básicas são as seguintes: 
- balanço patrimonial; 
- demonstração do resultado do exercício; 
- demonstração de lucros e prejuízos acumulados ou demonstrados das mutações do 
patrimônio líquido; 
- demonstração do fluxo de caixa; 
- demonstrações do valor adicionado; 
- notas explicativas.”. 
No entendimento de CREPALDI (2011, p.4): 
...”o objetivo principal da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o 
processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações 
financeiras preparadas pela companhia auditada. Em seu exame, o auditor, por um 
lado, utiliza os critérios e procedimentos que lhe traduzem provas que assegurem a 
efetividade dos valores apostos nas demonstrações financeiras e, por outro lado, 
cerca-se dos procedimentos que lhe permitem assegurar a inexistência de valores ou 
fator não constantes das demonstrações financeiras que sejam necessários para seu 
bom entendimento.”. 
 
25 
 
De acordo com ATTIE (2009, p.11): 
 “O objetivo do exame normal de auditoria das demonstrações contábeis é expressar 
uma opinião sobre a propriedade das mesmas, e assegurar que elas representam 
adequadamente a posição patrimoniale financeira, o resultado de suas operações, as 
mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos 
correspondentes aos períodos em exame, de acordo com os princípios fundamentais 
de contabilidade.”. 
O objetivo da auditoria é examinar e encontrar possíveis erros nas contas contábeis e 
demonstrações financeiras. Os erros encontrados devem ser avaliados de acordo com sua 
relevância e impacto nas demonstrações financeiras. No momento que o auditor emite sua 
opinião sobre as análises efetuadas, os erros e fraudes encontrados devem estar descritos. 
 
2.2.2.3. OBJETO 
PEREZ JUNIOR (2010, p.3) descreve: ...“o objeto da auditoria é a descoberta de erros e 
fraudes, para proteção da empresa contra eles e contra multas fiscais, como também a 
produção de informes a respeito da confiabilidade das demonstrações contábeis.”. 
Para CREPALDI (2011, p.4): 
 “O objeto da auditoria é o conjunto de todos os elementos de controle do 
patrimônio administrativo, os quais compreendem registros contábeis, papéis, 
documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a legitimidade dos atos da 
administração, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais. A 
auditoria pode ter por objeto, inclusive, fatos não registrados documentalmente, mas 
relatadas por aqueles que exercem atividades relacionadas com o patrimônio 
administrativo, cujas informações mereçam confiança desde que possam ser 
admitidas como seguras pela evidência ou por indícios convincentes.”. 
O objeto da Auditoria é a descoberta de fraudes e erros por meio das análises efetuadas nos 
fatos registrados documentalmente ou apenas relatados pela empresa. 
 
2.2.2.4. PAPEL DA AUDITORIA 
Em seu livro, CREPALDI (2011, p.7) explica a importância da auditoria nas empresas. 
A auditoria se tornou importante tanto para as empresas quanto para seus investidores, por 
meio das análises realizadas nas demonstrações financeiras acompanhadas do parecer do 
auditor independente. Com essas informações os novos investidores podem aplicar seu capital 
em ações com mais segurança. 
Este trabalho é realizado com total independência e a responsabilidade atinge a possibilidade 
do auditor responder com seus bens pessoais, caso seja provado que o mesmo causou prejuízo 
26 
 
a terceiros por ter certificado números que não expressam a realidade da empresa auditada. 
(CREPALDI, 2011, p.8). 
Para ATTIE (2009, p.15): 
“O auditor tem a incumbência de verificar se as informações e análises apresentadas 
nestas demonstrações, inclusive aquelas constantes do Relatório da Administração, 
refletem com clareza a situação patrimonial e financeira, e comunicar quaisquer 
circunstâncias em desacordo com as disposições legais e regulamentares e atos que 
tenham ou possam ter impactos nas operações da empresa auditada. É seu dever 
também, mesmo que considerado de forma indireta, emitir um relatório 
circunstanciado que contenha observações a respeito das possíveis deficiências ou 
ineficácias de controles internos observadas pelo auditor no transcurso de seu 
trabalho.”. 
A auditoria tem um importante papel na sociedade atual, pois é com base em sua opinião que 
as empresas adquirem maior credibilidade perante o mercado. Para emitir essa opinião, é 
necessário analisar as demonstrações financeiras e verificar se estas refletem a real situação 
patrimonial e financeira da empresa. 
 
2.2.2.5. CARREIRA NA AUDITORIA 
As empresas de auditoria possuem a estruturas organizacionais parecidas. As principais 
categorias que representam a carreira na auditoria são: trainee, assistente, auditor sênior, 
supervisor, gerente e sócio. 
 
A) TRAINEE 
PEREZ JUNIOR (2010, p.20) explica o profissional trainee como: 
“Assistente trainee é o estudante universitário que se enquadra no perfil exigido 
pelas firmas de auditoria, recrutado nas principais universidades do país. Geralmente 
o perfil do trainee é definido como segue: 
Estudante do ultimo ou penúltimo ano dos cursos de Ciências Contábeis, 
Administrativas ou Econômicas. Como a prática da auditoria é prerrogativa dos 
contadores, os estudantes de Administração ou de Economia deverão obter o grau de 
contador após a conclusão de seus atuais cursos. 
Idade máxima de 23 anos, pois, a partir dessa idade, geralmente já estão 
empregados, percebendo salários superiores ao oferecido ao trainee e também 
porque pessoas com mais idade teriam maior dificuldade para serem trabalhadas de 
acordo com os requisitos da profissão e da firma de auditoria. 
Ser solteiro (a), pois, geralmente, os casados já têm responsabilidades financeiras 
que não serão compatíveis com o salário oferecido ao trainee e não poderão dedicar-
se totalmente à profissão. 
O domínio da língua inglesa não é exigido, mas favorece quem o possui. 
Após uma série de entrevistas e testes, é selecionado um grupo de trainees, como 
características mais ou menos semelhantes, para serem iniciados na carreira de 
auditor. 
27 
 
Inicialmente, o grupo passará por um programa de treinamento intensivo, com 
duração de um a seis meses, e nesse treinamento receberá orientação sobre: a firma e 
a atividade de auditoria, a carreira profissional, o comportamento pessoal exigido do 
auditor, matérias técnicas relacionadas com a profissão. 
Ao término desse período de treinamento, o trainee passará a integrar equipes de 
auditoria e a executar trabalhos que serão orientados e supervisionados pelo chefe da 
equipe. 
Cada visita ao cliente de auditoria estende-se, em média, por duas semanas, ao 
término das quais o trainee será formalmente avaliado pelo chefe da equipe.”... 
...“Ao término de um prazo preestabelecido, geralmente um ano, as avaliações de 
cada trabalho serão compiladas e analisadas para determinar se o trainee pode ser 
promovido à categoria profissional superior.”. 
 
Para ATTIE (2007, p.20): “Atividade destinada a iniciantes da área de auditoria e que serve 
de suporte a tarefas que não necessitam de técnicas ou julgamentos em grande escala.”. 
Os trainees permanecem neste cargo em média um ano. Após esse período a empresa de 
auditoria realiza as reuniões de avaliação e decide-se se o profissional tem capacidade 
suficiente para ser promovido ao cargo acima. Durante este período, o profissional realiza 
testes de auditoria em áreas menos complexas, que não necessitam de muito julgamento 
profissional. 
 
B) ASSISTENTE 
CREPALDI (2011, p.76) entende o Assistente como: 
“Durante um ou dois anos iniciais, na auditoria, o assistente tem de seguir 
cuidadosamente as instruções de seu superior imediato, que lhe examina o trabalho, 
fazendo críticas construtivas. Entre as tarefas confiadas ao assistente de auditoria, 
temos a análise de várias contas, a verificação da documentação suporte, as 
contagens de caixa e de itens de estoque, a verificação de preços, de prazos e a 
confirmação de contas a receber. Logo, porém, essas tarefas cedem lugar a outras, de 
maior responsabilidade, cuja boa execução, aliada a certas características pessoais 
do profissional, constitui requisitos para se progredir na carreira.”. 
Na visão do presente autor (PEREZ JUNIOR, 2010, p.21): 
O cargo de assistente possui três categorias: Assistente C (trainee), Assistente B e Assistente 
A. O período de assistente é em torno de quatro anos. Conforme são promovidos, os 
assistentes recebem novos treinamentos e passam a executar áreas mais complexas. 
Os assistentes possuem treinamento técnico de acordo com o cargo que estão. Estes têm a 
responsabilidade de auxiliar os trainees e o sênior da equipe. Além disso, realizar testes de 
auditoria em áreas um pouco mais complexas. 
 
 
28 
 
C) AUDITOR SÊNIOR 
Conforme o autor (PEREZ JUNIOR, 2010, p.22): 
O cargo de sênior possui três categorias: Sênior C (ou semissênior), Sênior B e Sênior A. O 
período de sênior é em torno de quatroanos. O sênior é responsável pela distribuição, 
orientação e supervisão do trabalho dos assistentes, reportando-se ao gerente do trabalho. Ao 
final de cada trabalho, o sênior é avaliado formalmente pelo gerente. 
No entendimento do autor (CREPALDI, 2011, p.77): 
Ao receber o título de auditor, o profissional já possui experiência e capacidade para 
supervisionar o trabalho da equipe. É nesse estágio que o sênior recebe a incumbência por 
trabalhos maiores, tendo vários assistentes em suas equipes e responsável por designar a eles 
as tarefas a que devem ser executadas, revisar os trabalhos realizados, elaborar e modificar 
programas de auditoria, manter contato com o cliente. Nesse estágio da carreira, o profissional 
possui treinamento e capacidade para determinar quando já reuniu evidências suficientes e 
necessárias para escrever o rascunho do relatório de auditoria. 
O profissional com o cargo de Sênior tem como responsabilidade ser o encarregado do 
trabalho que está desenvolvendo. Este também distribui, supervisiona e orienta a equipe no 
decorrer do trabalho. O sênior reporta ao gerente os pontos importantes encontrados no 
decorrer do trabalho realizado. 
 
D) SUPERVISOR 
PEREZ JUNIOR (2010, p.23) explica o Supervisor: 
“Após o período de quatro anos como sênior, o profissional será promovido à 
categoria de supervisor, na qual ficará, em média, dois anos, e será treinado para ser 
gerente. 
Como supervisor, receberá treinamento específico do cargo e passará a atuar como 
sênior em grandes clientes, reportando-se ao gerente e como gerente em pequenos 
clientes, reportando-se ao sócio encarregado.”. 
De acordo com ATTIE (2007, p.20): “Função determinada a promover o acompanhamento 
das atividades exercidas pelos auditores de campo. Revisam os papéis de trabalho, 
assegurando a completa execução segundo o programa proposto e os objetivos traçados.”. 
O supervisor desenvolve a mesma função do sênior, porém em clientes maiores e passa a ser 
preparado para se tornar gerente. 
 
29 
 
E) GERENTE 
Segundo CREPALDI (2011, p.78): 
“O gerente, em geral, é quem se reúne com o pessoal do cliente, para planejar o 
exame e, também, é quem emite e discute com eles o relatório final. Revisa os 
papéis de trabalho e o relatório final, para verificar não somente se o exame foi feito 
a contento, como também se o relatório foi redigido de acordo com as normas 
vigentes.”. 
Em seu trabalho, PEREZ JUNIOR (2010, p.23) explica o Gerente como: 
“Após, em média, dois anos como supervisor, será promovido a gerente, receberá 
treinamento adequado e passará a gerenciar o trabalho de auditoria de diversos 
clientes e a supervisionar diversas equipes de auditoria. O gerente é responsável por: 
elaborar o planejamento do trabalho, programar a equipe, supervisionar a equipe, 
discutir assuntos com a gerência e direção da empresa auditada, revisar os papéis de 
trabalho, elaborar o esboço do relatório.”. 
No momento em que o profissional se torna gerente, ele possui uma carteira de clientes e uma 
equipe a coordenar. Algumas das responsabilidades do gerente são: planejar o trabalho, 
manter contato com a diretoria e gerência do cliente, supervisionar as equipes, revisar o 
trabalho realizado e elaborar o parecer da auditoria. 
 
F) SÓCIO 
De acordo com CREPALDI (2011, p.78): 
“Os auditores que assumem responsabilidade total pelo exercício da auditoria 
independente são os sócios. Eles dedicam boa parte de seu tempo às relações 
públicas e aos contatos profissionais, pois é mediante esses contratos que se obtêm 
novos limites. Nas grandes firmas de auditoria independente, alguns sócios pouco ou 
nenhum contato mantêm com os aspectos de auditoria. 
Cabe-lhes examinar as versões finais dos relatórios, juntamente com os gerentes, 
para determinar se cada exame foi feito segundo as diretrizes da firma e se o 
trabalho atende às exigências do padrão profissional. Antes de assinar o relatório do 
auditor, emitindo parecer profissional sobre a fidedignidade das demonstrações 
financeiras, o sócio revisa os papéis de trabalho, discute os procedimentos e 
descobertas feitas pelos auditores, assim como investiga tudo o que acha necessário, 
a fim de garantir que o exame seja satisfatório, sob todos os aspectos, que seja boa a 
redação do relatório e que as demonstrações financeiras de fato retratem com 
fidedignidade a situação financeira da empresa. O sócio de uma grande firma de 
auditoria só tem a ganhar, financeiramente e em termos de prestígio profissional, se 
as operações dessa firma forem bem-sucedidas.”. 
Conforme PEREZ JUNIOR (2010, p.23): 
“Após, em média, cinco anos como gerente, poderá ser convidado pelos sócios 
atuais a fazer parte da sociedade da firma. Para tanto, será necessária a aprovação de 
todos os sócios que avaliarão, principalmente, as seguintes características: 
capacidade técnica, relacionamento com clientes, relacionamento com sócios, 
relacionamento com o quadro de auditores, habilidade de negociação, disposição 
para participar da administração da firma, disposição para atuar em outros 
escritórios da firma, em outras cidades ou Estados.”... 
30 
 
...“Os gerentes convidados a fazer parte da sociedade recebem uma pequena 
quantidade de quotas que poderá ser aumentada à medida que progredirem na 
carreira de sócio, pois nessa categoria também há uma hierarquia e os recém-
admitidos na sociedade são considerados “trainee de sócio”. 
Como sócio, passará a ser responsável por: contratos com clientes para discutir e 
negociar contratos e honorários; revisão e aprovação do planejamento dos trabalhos 
de auditoria dos clientes sob sua responsabilidade, elaborados pelos gerentes; 
discussão com o gerente e com a alta administração do cliente sobre os principais 
pontos observados pela equipe no decurso do trabalho; revisão e aprovação dos 
papéis de trabalho; elaboração do relatório final; assinatura do relatório final. 
O sócio é responsável perante os demais sócios por todo o trabalho executado no 
cliente e pela emissão do relatório. 
Perante os órgãos técnicos e a coletividade, a responsabilidade sobre o relatório 
emitido é da firma de auditoria e não do sócio que assinou o relatório. 
Ao se retirar da sociedade por aposentadoria ou outro motivo qualquer, o sócio é 
obrigado a vender sua participação aos sócios remanescentes. 
Conforme pode ser observado, o prazo médio entre o cargo de assistente trainee e a 
admissão à sociedade é de 15 anos de trabalho e treinamento constante. 
Assim, cada membro da equipe responsável pela execução do trabalho adquiriu a 
competência relativa ao cargo que ocupa e foi devidamente treinado para tal.”. 
Após aproximadamente quinze anos de carreira, o profissional pode ser convidado, pelos 
outros sócios, a ser sócio do escritório. Para que ocorra essa proposta, o profissional deve 
possuir bom relacionamento com os clientes, capacidade técnica, disponibilidade para mudar 
de escritório, habilidade de negociação, entre outras características. 
Algumas das responsabilidades do sócio são: revisão e aprovação do trabalho realizado, 
reuniões com os clientes para discutir pontos levantados pela equipe durante a realização do 
trabalho e elaboração e assinatura do parecer de auditoria. 
 
2.2.2.6. NORMAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA CONTÁBIL 
Neste capítulo serão abordadas as normas, etapas e procedimentos de auditoria. 
 
A) NORMAS 
No entendimento de CREPALDI (2011, p.236) normas de auditoria são: 
 “As normas de auditoria são os procedimentos a serem observados no desempenho 
do trabalho de auditoria. Elas diferem dos procedimentos de auditoria naquilo em 
que os procedimentos se relacionam com atos a serem praticados, enquanto as 
normas tratam das medidas de qualidade na execução desses atos e dos objetivos a 
serem alcançados com o uso dos procedimentos adotados. Assim, diferenciados dos 
procedimentosde auditoria, dizem respeito não apenas às qualidades profissionais 
do auditor, mas também a sua avaliação pessoal do exame efetuado e do parecer 
emitido.”. 
31 
 
Segundo ALMEIDA (2010, p.16): “As normas de auditoria representam as condições 
necessárias a serem observadas pelos auditores externos no desenvolvimento do serviço de 
auditoria”... 
Normas de auditoria são as condições que garantem a qualidade e a certificação de que os 
objetivos de auditoria sejam alcançados por meio dos procedimentos realizados. 
 
B) PROCEDIMENTOS 
Para ALMEIDA (2010, p.34): “Os procedimentos de auditoria representam um conjunto de 
técnicas que o auditor utiliza para colher as evidencias sobre as informações das 
demonstrações financeiras.”. 
ATTIE (2009, p.300) conceitua procedimentos como: 
“Os procedimentos de auditoria são as ferramentas que o auditor utiliza para a 
realização de seus trabalhos. Os procedimentos de auditoria que serão utilizados 
para o auditor atingir os objetivos previamente delineados são vários, dependendo 
das circunstâncias, da efetividade de controle interno e da materialidade envolvida.”. 
Procedimentos são técnicas que o auditor utiliza para realizar os testes de auditoria, avaliar a 
situação patrimonial e assim emitir sua opinião sobre a empresa auditada. Os procedimentos 
utilizados variam de acordo com diversas situações. 
 
2.2.2.7. ÓRGÃOS RELACIONADOS 
Os principais órgãos relacionados com a Auditoria são: CVM, Ibracon, CRC, CFC e CPC. 
 
A) CVM 
No entendimento de ALMEIDA (2010, p.7): 
“A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada pela Lei n° 6.385/76, é uma 
entidade autárquica e vinculada ao Ministério da Fazenda. Ela funciona como um 
órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil. O auditor externo ou 
independente, para exercer atividades no mercado de valores mobiliários 
(companhias abertas e instituições, sociedades ou empresas que integram o sistema 
de distribuição e intermedição de valores mobiliários), está sujeito a prévio registro 
na CVM.”. 
CREPALDI (2011, p.65) explica: 
“Em seu artigo 26 determina que somente empresas de auditoria contábil ou 
auditores contábeis independentes registrados na CVM poderão auditar as 
demonstrações financeiras de companhias abertas e de instituições, sociedades ou 
32 
 
empresas que integram o sistema de distribuição e intermediação de valores 
mobiliários.”. 
A própria CVM se define como: 
“A Lei que criou a CVM (6385/76) e a Lei das Sociedades por Ações (6404/76) 
disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de 
seus protagonistas, assim classificados, as companhias abertas, os intermediários 
financeiros e os investidores, além de outros cuja atividade gira em torno desse 
universo principal. 
A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos 
integrantes do mercado. 
Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao mercado de valores 
mobiliários.”. 
A CVM disciplina e fiscaliza o mercado de capitais no Brasil. Os auditores ou empresas de 
auditoria que pretendem auditar essas empresas devem possuir registro junto a CVM. 
 
B) IBRACON 
ALMEIDA (2010, p.10) explica o Ibracon como sendo: 
“O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil surgiu com o objetivo de 
concentrar em um único órgão a representatividade dos profissionais auditores, 
contadores com atuação em todas as áreas e estudantes de Ciências Contábeis. 
A seriedade deste trabalho, reconhecida por órgãos reguladores como a Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e 
Banco Central, garante que a produção técnica do Instituto seja referendada e 
servida como sustentação para as normas que cada uma destas entidades emite.”. 
PEREZ JUNIOR (2010, p.12) entende que o Ibracon: ...“definem e sugerem os procedimentos 
específicos de auditoria a serem seguidos por seus membros.”. 
O Ibracon é reconhecido por vários órgãos reguladores (CVM, SUSEP, Bacen), este possui 
como objetivo cuidar dos interesses dos profissionais e das empresas de auditoria, além disso, 
tem como preocupação também, manter a qualidade técnica nos trabalhos de auditoria 
realizados. 
 
C) CFC e CRC 
De acordo com ALMEIDA (2010, p.10): 
“O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade 
(CFC e CRC) foram criados pelo Decreto-lei 9.295, de 27-5-1946. Esses conselhos 
representam entidades de classe dos contadores, ou seja, é o local onde o aluno, após 
concluir o curso de Ciências Contábeis na universidade, registra-se na categoria de 
contador. 
A finalidade principal desses conselhos é o registro e a fiscalização do exercício da 
profissão de contabilistas.”. 
 
33 
 
Conforme HOOG (2008, p.29): 
“CFC – Conselho Federal de Contabilidade - Órgão criado através do Dec.-lei 
9.295, de 27.05.1946, com a finalidade de habilitar e fiscalizar o exercício da 
profissão contábil. Este decreto definiu as atribuições do Contador e do Técnico em 
Contabilidade, principiando toda a normatização interna corporis da profissão 
contábil.”. 
O CFC e os CRCs possuem como finalidade efetuar o registro dos profissionais da área 
contábil e também fiscalizar se a profissão está sendo exercida de acordo com as normas e 
código de ética. 
 
D) CPC 
ALMEIDA (2010, p.11) conceitua CPC como: 
“Criado pela Resolução CFC n° 1.055/05, o Comitê de Pronunciamentos Técnicos 
Contábeis (CPC) tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de 
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de 
informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade 
reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de 
produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos 
padrões internacionais”.”. 
Para OLIVEIRA (2011, p.36): 
“Os principais objetivos do CPC são o estudo, o preparo e a emissão de 
pronunciamentos técnicos sobre os procedimentos de contabilidade e a divulgação 
de informações dessa natureza, levando em consideração a necessidade de 
convergência, o mais rápido possível, da contabilidade brasileira aos padrões 
internacionais.”. 
O CPC tem a finalidade de emitir os pronunciamentos técnicos contábeis sobre assuntos 
relacionados à Contabilidade e suas mudanças após as alterações da lei n° 6.404/76. 
 
2.3. ETAPAS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
Neste tópico serão abordadas as etapas da auditoria e os procedimentos a serem realizados 
nestas. 
 
2.3.1. PLANEJAMENTO DO TRABALHO DE AUDITORIA 
Na visão de ALMEIDA (2010, p.126): 
“Planejar significa estabelecer metas para que o serviço de auditoria seja de 
excelente qualidade e ao o menor custo possível. Os principais objetivos a serem 
atingidos são os seguintes: adquirir conhecimento sobre a natureza das operações, 
dos negócios e forma de organização da empresa; planejar mais volume de horas nas 
34 
 
auditorias preliminares; obter maior cooperação do pessoal da empresa; determinar a 
natureza, amplitude e datas dos testes de auditoria; identificar previamente 
problemas relacionados com contabilidade, auditoria e impostos.”. 
ATTIE (2009, p.17) afirme que: 
 “O planejamento do trabalho é parte preponderante para que se determine o 
momento da realização de cada uma das tarefas de auditoria. Constitui a previsão 
dos trabalhos a serem executados e o momento da aplicação dessas provas, para 
atingir-se os objetivos, sendo, na medida do possível, indicados os principais 
procedimentos de auditoria por área de atuação.”. 
No conceito de CREPALDI (2011, p.480): “O planejamento da auditoria envolve a definição 
de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria.”. 
Em seu livro PEREZ JUNIOR (2010, p.45) conceitua: “O planejamento de auditoria deve serdesenvolvido de acordo com uma metodologia definida pela empresa de auditoria levando em 
consideração as características da empresa auditada e os objetivos do trabalho.”. 
O planejamento da auditoria é considerado uma das etapas mais importantes, pois é nesta fase 
que é definida a estratégia de trabalho, o cronograma, as metas, os objetivos a serem atingidos 
e os procedimentos que deverão realizados. Esta etapa é desenvolvida, geralmente, pelo 
gerente responsável pelo cliente. 
 
2.3.2. CONTROLE INTERNO 
A análise dos controles internos da empresa é primordial para a auditoria, pois se os controles 
forem efetivos, o número de testes a serem realizados na auditoria final é muito menor. 
 
A) DEFINIÇÃO 
ATTIE (2009, p.18) explica o Controle Interno como: 
...“podemos considerar que o sistema de controles internos constitui o “sistema 
nervoso” de uma organização e os sistema de informações contábeis constitui a 
“memória” da empresa. 
O “sistema nervoso”, traduzido por um adequado sistema de controles internos, 
permite o desenvolvimento das atividades da empresa com fluidez e nos tempo 
devidos. Na “memória”, entendida pelo sistema de informações contábeis, ficam 
registrados os dados das operações realizadas cumulativamente. Mantido um 
eficiente “sistema nervoso”, é de se pressupor que haverá boa “memória”.”. 
PEREZ JUNIOR (2010, p.77) define: 
“O controle interno compreende o plano de organização e todos os métodos e 
medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus ativos, verificar a 
exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas 
estabelecidas. 
35 
 
Os objetivos do controle interno são: obtenção de informação adequada, estimulação 
do respeito e da obediência às políticas da administração, proteção dos ativos e 
promoção da eficiência e eficácia operacional.”. 
Segundo ALMEIDA (2010, p.41): 
“O controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, 
métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis 
confiáveis e ajudar a administração da condução ordenada dos negócios da 
empresa.”. 
Controle Interno são procedimentos ou rotinas realizados pela empresa para controlar e 
proteger seus ativos. A auditoria efetua procedimentos para avaliar os controles internos da 
empresa. Se o resultado final dessa avaliação comprovar que os controles são efetivos, ou 
seja, funcionam realmente como devem, os testes das próximas etapas diminuirão, pois a 
auditoria julgará que a possibilidade de erros nas áreas que possuem controle é menor do que 
uma empresa ou área que não possuem controles efetivos. 
 
B) AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS 
No conceito de ALMEIDA (2010, p.42): 
“O auditor independente executa os passos na avaliação do controle interno: levanta 
o sistema de controle interno; verifica se o sistema levantado é o que está sendo 
seguido na prática; avalia a possibilidade do sistema revelar de imediato erros e 
irregularidades; determinar tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.”. 
Para CREPALDI (2011, p.397): 
“A avaliação dos controles internos tem como escopo principal determinar a 
natureza, a profundidade e a extensão dos exames finais de balanço e, como o 
escopo secundário, sugerir aprimoramento em relatório específico. 
A avaliação do sistema de controle interno compreende: determinar os erros ou 
irregularidades que poderiam acontecer; verificar se o sistema atual de controles 
detectaria de imediato esses erros ou irregularidades; analisar as fraquezas ou falta 
de controle, que possibilitam a existência de erros ou irregularidades, a fim de 
determinar a natureza, data e extensão dos procedimentos de auditoria; emitir 
relatório-comentário dando sugestões para o aprimoramento do sistema de controle 
interno da empresa.”. 
No entendimento de ALMEIDA (2010, p.51): 
“As informações sobre o sistema de controle interno são obtidas das seguintes 
formas: leitura dos manuais internos de organização e procedimentos; conversa com 
funcionários da empresa e inspeção física desde o início da operação (compra, venda 
pagamentos etc.). 
As informações obtidas sobre o controle interno são registradas pelo auditor 
independente de uma ou do conjunto de duas ou três das formas exemplificadas a 
seguir: memorandos narrativos; questionários padronizados e fluxogramas.”. 
A avaliação dos controles internos é realizada por meio da indagação ao cliente sobre os 
controles existentes, determinação de possíveis erros e irregularidades no processo, análise 
dos itens que não existem controles e os pontos fracos dos controles existentes. 
36 
 
2.3.3. EXECUÇÃO DA AUDITORIA 
A execução da auditoria é divida por áreas. Essas áreas são os grupos de contas do balancete: 
ativo, passivo e resultado. 
 
A) CONTAS DO ATIVO 
Este tópico apresentará alguns dos procedimentos realizados nas contas do Ativo. 
 
A.1) DISPONIBILIDADES 
PEREZ JUNIOR (2010, p.129) descreve os objetivos de auditoria para disponibilidades 
como: 
“Existência: Assegurar que as disponibilidades apresentadas realmente existem e 
que, por outro lado, não existem outras que não estejam apresentadas. 
Avaliação: Apresentar que os valores apresentados representem o montante exato 
dos recursos disponíveis e foram determinados de acordo com as práticas contábeis 
adotadas no Brasil. 
Classificação contábil: Assegurar que os itens classificados como disponíveis 
tenham realmente liquidez imediata e que as receitas financeiras foram devidamente 
registradas. 
Controle interno: Assegurar que as transações de pagamentos e recebimentos 
efetuados durante o exercício relacionam-se a operações normais da empresa e estão 
suportadas por documentação comprobatória e foram devidamente aprovadas.”. 
De acordo com ATTIE (2009, p.297) a auditoria das disponibilidades tem como finalidade: 
...“determinar: sua existência, que poderá estar na empresa, em bancos ou com 
terceiros; determinar se são pertencentes à empresa; determinar se foram utilizados 
os princípios fundamentais de contabilidade; determinar a existência de restrições de 
uso ou de vinculações em garantia; e determinar se está corretamente classificado no 
balanço patrimonial e se as divulgações cabíveis foram expostas por notas 
explicativas.”. 
Na visão de PEREZ JUNIOR (2010, p.130) os principais procedimentos das disponibilidades 
são: 
“Contagem de caixa; avaliação do Controle Interno; segregação adequada das 
funções de caixa e tesouraria; avaliação e teste de reconciliação bancária; 
circularização de instituições financeiras; teste de aplicações financeiras; teste de 
reconciliações bancárias; teste de transferências bancárias; teste de liquidação 
subsequente.”. 
Em seu livro ATTIE (2009, p.300) relata alguns procedimentos de auditoria: 
“Contagem de caixa ou fundo fixo; contagem de aplicações financeiras; confirmação 
de saldos bancários; confirmação das pessoas autorizadas a assinar; confirmação de 
aplicações financeiras; exame documental dos cheques pagos; exame documental 
dos avisos bancários; exame documental de aplicações financeiras; exame de atas de 
assembleia ou de reunião; exame de contratos; soma das circularizações; soma do 
razão auxiliar de bancos; cálculos de juros pagos ou recebidos; exame de conta de 
37 
 
razão de bancos; exame de conta de razão de caixa; exame de conta de aplicações 
financeiras; exame detalhado da documentação de pagamento ou recebimento; 
exame detalhado de aplicações financeiras adquiridas ou resgatadas; variação do 
saldo do disponível; explicação para a documentação examinada; exame do razão 
analítico de bancos; exame do diário auxiliar de bancos; exame do registro de 
recebimentos; exame do registro de pagamentos; relacionamento de recebimentos 
com as contas a receber; relacionamento dos pagamentos com as contas a pagar; 
relacionamento

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