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PATOLOGIAS DO TESTÍCULO INFLAMAÇÃO – ORQUITE E EPIDIDIMITE As inflamações acometem o epidídimo mais frequentemente que o testículo. São frequentemente associadas a infecções do trato urinário (via ascendente). Também pode ser via hematogênica e linfática. Podem se relacionar a agentes específicos (gonorréia, caxumba, tuberculose). Microscopicamente: edema, vasocongestão, infiltrado inflamatório. Podem se formar abscessos. TORÇÃO/INFARTO Adolescência, associada a maior mobilidade do testículo. Dor de início súbito. Infarto hemorrágico: urgência urológica. Fixação do testículo contralateral. Infarto vermelho: necrose, mas tem hemácias. NEOPLASIAS DE TESTÍCULO Mais frequentemente encontrados entre 15-35 anos. HCG e Alfa-fetoproteína são marcadores (diagnóstico e acompanhamento). 90% dos pacientes com doença inicial são curados. O prognóstico varia de acordo com o estágio clínico e o tipo do tumor (seminomatoso x não seminomatoso). Tratamento: cirurgia associada a radioterapia e/ou quimioterapia. Classificação: Tumores de células germinativas (95%) – Seminomatoso ou não seminomatoso Tumores do cordão sexual e do estroma. Tumores mistos (células germinativas e cordão sexual e estroma). TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS SEMINOMA Tumor mais comum do testículo. Idade média 30-40 anos. É maligno. Seminoma clássico e espermatocítico. No ovário é chamado de disgerminoma. Testículo aumentado. O tumor é bem delimitado (na maioria das vezes), amolecido, branco-acinzentado, homogêneo, com áreas amareladas (necrose). Típico: ninhos de células uniformes delimitados por septos fibrosos contendo variável quantidade de linfócitos. As células são redondas, com citoplasma claro, nucléolos evidentes. Espermatocítico: três populações celulares – células pequenas, células intermediárias, células gigantes. Não tem linfócito e nem tecido conjuntivo. Prognóstico melhor. Geralmente acomete população mais velha. Pode produzir HCG, sem alterar prognóstico. CARCINOMA EMBRIONÁRIO Segundo tumor mais frequente nos testículos. 30 anos. Mais agressivo que o seminoma. Macroscopia: nódulo. Microscopia: núcleos vesiculados (áreas mais claras), nucléolo evidente, núcleos mais pleomórficos. Arranjos celulares variam. TUMOR DE SACO VITELINO Também chamado tumor do seio endodérmico. Mais freqüentes em crianças (até 3 anos). Tem no adulto também. Sua forma pura em adultos é raro, ocorrendo geralmente associado a outras neoplasias (carcinoma embrionário). Produzem alfa-fetoproteína: diagnóstico, tratamento, detecção de recidivas e metástases. Morfologia variada. Corpúsculos de Schiller-Duval. TERATOMA Mais comuns até a 3ª década. Representam 5% dos tumores de células germinativas. São tumores que têm componentes celulares/teciduais derivados de mais de um folheto germinativo. Presença de tecidos com cartilagem hialina, fibras musculares, células do tecido nervoso, folículo piloso, epitélio escamoso da pele (tem em pele, esôfago, colo de útero). No ovário os teratomas são mais comumente benignos, no testículo são mais freqüentemente malignos: maduro (benigna) ou imaturo (potencialmente maligno) significa a formação completa de determinado tecido. CORIOCARCINOMA Neoplasia altamente maligna. Forma pura é rara: mais comum associado a outras. 2ª e 3ª décadas de vida. Produz gonadotrofina coriônica (HCG). TUMORES DO CORDÃO SEXUAL E DO ESTROMA Representam cerca de 5% das neoplasias testiculares. TUMOR DE CÉLULAS DE LEYDIG 1-3% das neoplasias testiculares. 20-60 anos. Tumores produzem hormônios: ginecomastia, precocidade sexual em crianças. 90% têm comportamento benigno. Microscopia: células homogêneas, citoplasma rosa mal delimitado, nucléolos evidentes. TUMOR DE CÉLULAS DE SERTOLI Menos comum (< 1%). Qualquer idade. Testículos criptorquídicos. Microscopia variável: um dos padrões é esclerótico (tecido conjuntivo e fibrose). Outros: TUMOR DE CÉLULAS DA GRANULOSA TUMORES COMBINADOS TUMORES MISTOS
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