Buscar

Neoplasias ovarianas benignas e malignas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fisiopato 
Neoplasias ovarianas benignas 
e malignas 
Tumores do ovário 
- 80% são benignos
- Indivíduos entre 20 e 45 anos tem maior 
chance de tumores benignos 
- Indivíduos entre 45 e 65 anos tem maior 
chance de tumores malignos 
- Tumores borderline (tumores benignos que 
se tornam malignos) acometem indivíduos de 
idade avançada 
- Como a maioria dos cânceres de ovário é 
detectada quando já houve disseminação 
além do ovário, eles representam um número 
desproporcional de mortes decorrentes de 
câncer do trato genital feminino
* Tumores borderline = tumores com 
transtorno de personalidade, aparentam ser 
mais benignos do que malignos 
Classificação 
• Classificação histológica da organização 
mundial de saúde, que separa as neoplasias 
ovarianas de acordo com o tecido de origem 
em :
A) Tumores do epitélio superficial
- São os mais frequentes (65-70%)
- Acometem indivíduos de 20+ anos 
- Podem ser : 
. Tumores serosos (benigno, borderline, 
maligno)
. Tumores mucinosos (benigno, borderline, 
maligno)
. Tumores endometrióides (benigno, borderline, 
maligno)
. Tumor de células claras (benigno, borderline, 
maligno)
. Tumor de Brenner (benigno, borderline, 
maligno)
B) Tumores de células germinativas 
- Incidência = 15-20% 
- Acometem indivíduos entre 0-25 anos
- Podem ser :
. Tumores da granulosa 
. Tecomas
. Fibromas
. Fibrotecomas
. Tumores de células Sertoli-Leydig 
. Tumores de células esteróides
C) Tumores do estroma e do cordão sexual
- Incidência = 5-10% 
- Acometem indivíduos em qualquer idade 
(normalmente mais novas) 
Fisiopato 
- Podem ser :
. Teratomas (maduro, imaturo)
. Disgerminona
. Carcinoma Embrionário
. Tumor do saco vitelínico
. Coriocarcinoma não gestacional
Tumores do epitélio 
superficial 
- São as mais frequentes (incidência 65-70%)
- 80% são benignos e acometem indivíduos 
entre 20-45 anos
- 20% são malignos e acometem indivíduos 
entre 45-65 anos 
Fatores de risco para tumores malignos (câncer 
de ovário) 
- Nuliparidade
- Historia familiar
- Baixa utilização de anticoncepcionais (não 
ocorre redução da ovulação) 
- Disgenesia gonádica (má formação da 
estrutura ovariana)
- Mutações genéticas nos genes BRCA1 e 
BRCA2
Classificação 
• Quanto á diferenciação 
A) Tumores serosos
B) Tumores mucinosos 
C) Tumores endometrioide
• Quanto ao grau de proliferação do epitélio 
D) Tumores benignos 
E) Tumores malignos 
F) Tumores borderline 
• Quanto ao grau de malignidade 
A) Tipo 1 (neoplasias de baixo grau, 
normalmente são cistoadenomas/
endometriodes que evoluem para um tumor 
borderline) 
B) Tipo 2 (neoplasias de alta grau, 
normalmente são carcinomas) 
Tipos 
1. Tumores epiteliais serosos 
- São os mais comuns 
- 60% são benignas (acometem indivíduos 
entre 20-45 anos)
- 10% são bordeline (acometem indivíduos 
entre 20-45 anos)
- 30% são malignas (acometem indivíduos 
entre 45-65 anos)
Fisiopato 
Patogenia 
. Mutações nos genes BCRA1 (em 20% dos 
casos) e BCRA2 (em 60% dos casos) 
* Quase todos os casos relatados de carcinoma 
de ovário originados em mulheres com 
mutações de BRCA1 ou BRCA2 são 
carcinomas serosos de alto grau com 
mutações no oncogene TP53
Nomenclatura
. Tumor seroso benigno = cistoadenoma seroso
. Tumor seroso borderline = cistoadenoma 
papilar seroso (se houver cisto) ou adenoma 
papilar seroso (se não houver cisto)
. Tumor seroso maligno = cistoadenocarcioma 
seroso (se houver cisto) ou adenocarcinoma/
carcinoma seroso (se não houver cisto) 
Classificação 
-> Quanto ao grau de malignidade 
Tumores epiteliais serosos tipo I 
. São os tumores serosos borderlines
. Decorrem de mutações nos oncogenes KRAS, 
BRAF e inativação do TP53
. São de baixo grau 
Tumores epiteliais serosos tipo II 
. Decorrem de mutações no oncogene TP53, 
desequilíbrios genômicos, supressão do PIK3CA 
e deleção do PRB
. São de alto grau 
-> Quanto ao grau de proliferação do epitélio 
Tumores epiteliais serosos benignos 
. 25% são bilaterais 
. Microscopia = possuem padrão cístico 
(presença de cistos), podem apresentar 
pequenas projeções papileferas e apresentam 
proporção entre tecido conjuntivo e células 
epiteliais 
. Macroscopia = cobertura serosa lisa e 
brilhante, sem espessamento epitelial e sem 
projeções papilares 
Tumores epiteliais serosos bordeline 
. Tem característica papilar 
. Podem mimetizar os carcinomas (apresentam 
implantes na cavidade peritoneal, sem infiltrar/
invadir) 
. Microscopia = apresentam grande quantidade 
de células epiteliais, pouca quantidade de 
tecido conjuntivo e apresentam implantes na 
cavidade peritoneal 
. Macroscopia = apresentam projeções 
papilares 
Fisiopato 
Tumores epiteliais serosos malignos 
. Formam massas 
. São implantes invasivos (invadem a cavidade 
peritoneal) 
. Possuem evolução clínica mais rápida e pior 
prognóstico 
. Pode haver metástases linfáticas mais 
frequentes em pulmões, fígado e órgãos do 
TGI 
. Microscopia = padrão micropapilar (presença 
de papilas), núcleos com tamanho aumentado, 
mitoses frequentes, muita célula epitelial e 
pouco tecido conjuntivo, invasão da cavidade 
peritoneal, corpos calcificados 
. Macroscopia = apresentam uma massa 
tumoral sólida com projeções papilares, 
irregularidades na massa tumoral e fixação ou 
nodularidade da cápsula 
. Características clínicas = dor pélvica, 
aumento de volume abdominal, alterações 
gastrointestinais e micção, ascite (líquido 
ascítico contendo células tumorais), perda de 
peso, caquexia e elevação dos níveis séricos de 
CA-125
2. Tumores epiteliais mucinosos 
- Representam 20% a 25% de todas as 
neoplasias ovarianas 
- Ocorrem principalmente na vida adulta (são 
raros antes da puberdade e após a 
menopausa) 
- A maioria é tumor benigno ou borderline 
- Os tumores malignos (carcinomas 
mucionosos) são raros e representam menos 
de 3% dos câncer de ovário 
- Quando rompidos podem contaminar o 
peritônio 
* Em comparação com tumores serosos, os 
tumores mucinosos são muito menos 
propensos a serem bilaterais
Patogenia 
. Mutações no Porto-oncogene KRAS 
Nomenclatura
. Tumor mucinoso benigno = cistoadenoma 
mucinoso
Fisiopato 
. Tumor mucinoso borderline = cistoadenoma 
papilar mucinoso ou adenoma papilar mucinoso 
(se não houver cistos)
. Tumor mucinoso maligno = cistoadenocarcioma 
mucinoso (se houver cisto) ou adenocarcinoma/
carcinoma mucinoso (se não houver cisto) 
Classificação 
-> Quanto ao grau de proliferação do epitélio 
Tumores epiteliais mucinosos benignos 
. Microscopia = epitélio colunar alto produtor 
de mucina (são revestidos por células colunares 
latas com mucina apical e sem cílios) 
. Macroscopia = massa multilocular com 
conteúdo gelatinoso e viscoso rico em 
glicoproteínas 
Tumores epiteliais mucinosos borderline 
. Microscopia = apresentam estratificação 
epitelial, formação de tufos celulares e 
crescimento papilar intralobular 
. Macroscopia = massa multilocular com 
conteúdo gelatinoso e viscoso rico em 
glicoproteínas 
Tumores epiteliais mucinosos malignos 
. Apenas 5% são bilaterais 
. Microscopia = crescimento glandular 
confluente, invasão estromal e atipia citológica 
. Macroscopia = massa multilocular sólida com 
áreas de necrose
* Pseudomixoma peritoneal = é uma condição 
clínica caracterizada pela implantação de 
células tumorais mucinosas no peritônio com 
produção de grande quantidade de mucina. 
Na maioria dos casos é desencadeada por 
metástases do trato gastrointestinal e 
principalmente do apêndice 
3. Tumores epiteliais endométrioides 
- Representa 10% a 15% de todos os casos 
de câncer de ovário 
- Podem ser sólidos ou císticos 
- 40% dos casos são bilaterais (envolvem os 
dois ovários e essa bilateralidade 
geralmente implica a extensão da neoplasia 
além do trato genital)
- 15% a 30% dos carcinomas endometrioides 
de ovário são acompanhados por carcinoma 
do endométrio
- Tumores endometrioides benignos e 
borderline são raros 
Patogênese 
. Mutações no gene da beta-catenina em 16% 
a 38% dos casos 
Fisiopato 
. Mutações no gene PTENem 14% a 21% dos 
casos 
. Mutações na via PI3K/AKT
. Mutações em TP53 (esta está relacionada ao 
pior prognóstico) 
Nomenclatura 
. Tumor endometrioide benigno = cistoadenoma 
endometrial ou adenofibroma endometrioide
. Tumor endometrioide borderline = 
cistoadenoma papilar endometrial (se houver 
cisto) ou adenoma papilar endometrial (se 
naonão houver cisto) 
. Tumor endometrioide maligno = 
cistoadenocarcioma endometrial (se houver 
cisto) ou adenocarcinoma endometrial (se não 
houver cisto) 
Morfologia 
. Áreas de crescimento sólidas e císticas
. Padrões glandulares muito semelhantes aos 
tumores epiteliais de origem endometrial
4. Tumor de brenner 
- É um tumor de ovário raro, sólido e 
geralmente unilateral 
- É o tumor das células transacionais (é 
constituído por estroma abundante que 
contém ninho de epitélio do tipo transicional 
semelhante ao do trato urinário)
- Geralmente são benignos 
- Podem surgir do epitélio de superficie ou do 
epitélio urogenital preso no interior da crista 
germinal 
Macroscopia 
- Tumores bem encapsulados de até 20 cm de 
diâmetro 
- Branco-acinzentados 
Microscopia 
- Ninhos císticos revestidos pro células 
colunares secretoras de muco 
- Estroma abundante com células 
transcricionais 
5. Tumor de células claras 
- Os tumores de células claras benignos e 
bordeline são raros 
- A maioria é maligno (carcinoma de células 
claras) 
- Se associam aos tumores epiteliais 
endometrioides e ao carcinoma 
endometrioide do ovário 
- Quando confinado ao ovário tem uma 
sobrevida de 90% em 5 anos 
- Pode ser sólido (as células claras estão 
dispostas na forma de lençóis ou túbulos) ou 
cístico (as células claras revestem os 
espaços) 
Fisiopato 
Patogenia 
. Mutações nos genes PI3KCA, ARID1, KRAS, 
PTEN e TP53 
Tumores do estroma e do 
cordão sexual 
- São tumores derivados do estroma ovariano, 
o qual é derivado dos cordões sexuais da 
gônada embrionária 
- O mesênquima gonadal sem diferenciação, 
produz tipos específicos de células na 
gônada das mulheres (granulosa e teca) e 
tumores que lembram esses tipos celulares 
podem ser identificados no ovário
- Como algumas dessas células normalmente 
secretam estrogênios (células da granulosa e 
da teca) ou andrógenos (células de Leydig), 
os seus tumores correspondentes podem ser 
tanto feminilizantes (células tumorais da 
granulosa/teca), quanto masculinizantes 
(tumores das células de Leydig)
Tipos 
1. Tumores de células da granulosa
- São compostos por células que lembram as 
células da granulosa de um folículo ovariano 
em desenvolvimento 
- Se dividem em tumores de células da 
granulosa tipo adulto e tipo juvenil, com 
base na idade do paciente e em achados 
morfológicos
- O tipo juvenil representa cerca de 5% de 
todos os tumores ovarianos
- O tipo adulto representa cerca de 95% de 
todos os tumores de células da granulosa
- Embora possam ser descobertos em 
qualquer idade, aproximadamente 2/3 
ocorrem em mulheres na pós-menopausa
- Geralmente são unilaterais 
- São potencialmente malignos 
- 97% dos tumores de células da granulosa do 
tipo adulto apresentam mutacoes no gene 
FOXL2 (o qual codifica um fator de 
transcrição importante no desenvolvimento 
das células da granulosa)
Macroscopia 
. Massa encapsulada, sólida e cística 
. Coloração amarelada (devido aos lipídios 
intracelulares) 
Microscopia 
. Células pequenas cuboides/poligonais crescem 
em cordões, lençóis ou faixas anastomosantes 
. Apresentam corpos imaturos de call-exner 
(pequenas estruturas semelhantes a glândulas, 
preenchidas com um material acidófilo, que 
lembram folículos imaturos)
. Em alguns tumores, as células da granulosa 
ou da teca mostram-se mais arredondadas e 
apresentam um citoplasma amplo, característico 
de luteinização
Fisiopato 
Manifestações clínicas 
- Desenvolvimento sexual precoce em meninas 
pre-púberes 
- Doença proliferativa das mamas, hiperplasia 
endometrial e carcinoma endometrial em 
mulheres adultas 
- Produção de estrogênio 
- Produção de andrógenos masculinos 
- Níveis séricos e tissulares elevados de 
inibina
2. Fibromas, tecomas e fibrotecomas 
- São tumores originados do estroma ovariano
- São compostos por fibroblastos (fibromas), 
células fusiformes amplas com gotículas 
lipídicas (tecomas) ou uma mistura de 
fibroblastos e células fusiformes com 
gotículas lipídicas (fibrotecomas) 
- Representam cerca de 4% de todos os 
tumores do ovário 
- São unilaterais 
- A grande maioria dos fibromas, fibrotecomas 
e tecomas é benigno 
* Quando malignos = fibrossarcomas 
Macroscopia 
. Massas sólidas, esféricas ou discretamente 
lobuladas
. São encapsuladas, duras, cinza-
esbranquiçadas 
. Sãos cobertos pela serosa ovariano intacta e 
brilhante 
Microscopia 
. Fibroblastos bem diferenciadas entremeados 
por escasso estroma colágenoso
. Podem haver áreas focais de diferenciação 
tecal
Manifestações clínicas 
. Dor
. Ascite (encontrada em 40% dos casos nos 
quais os tumores medem mais de 6 cm de 
diâmetro)
. Hidrotórax do lado direito (manifestação rara)
* Síndrome de meigs = combinação de achados 
(tumor ovariano + hidrotórax + ascite) 
3. Tumor das células de sertori leydig 
- São tumores funcionais 
- Produzem masculinização ou defemilinização 
(bloqueiam o desenvolvimento sexual 
feminino normal)
- Ocorrem em mulheres de todas as idades, 
mas a incidência máxima é observada na 2a 
e 3a década
Fisiopato 
Patogênese 
. Mutações no gene DICER1 (o qual codifica 
uma endonuclease essencial para o 
processamento correto de micro-RNAs)
Macroscopia 
. Tumores unilaterais 
. Superfície sólida que varia de cinza a um 
castanho-dourado 
Microscopia 
. Quando bem diferenciadas os tumores 
exibem túbulos compostos por células de 
Sertoli ou células de Leydig, intercalados com 
estroma
. Quando intermediários os tumores 
apresnetam um padrão sarcomatoso, com uma 
disposição desordenada de cordões de células 
epiteliais
. As células de Leydig podem estar ausentes
. Glândulas mucinosas, osso e cartilagem, 
podem estar presentes em alguns tumores
Manifestações clínicas 
. Atrofia mamaria
. Amenorreia 
. Infertilidade
. Queda de cabelo
. Hipertrofia clítoris a
. Hirsutismo
. Alterações da voz 
Tumores de células 
germinativas 
- Representam 15% a 20% de todos os 
tumores ovarianos 
- A maioria são teratomas císticos benignos
- Possuem uma semelhança notável com os 
tumores de células germinativas dos 
testículos em homens e surgem de maneira 
semelhante 
- Podem acometer crianças e adultos jovens 
(quanto mais jovem a paciente maior a 
chance de ser maligno) 
Tipos 
1. Teratoma 
- Se dividem em 3 categorias : maduros 
(benignos), imaturos (malignos) e 
monodermicos (altamente especializados) 
Classificação 
A) Teratomas maduros (benignos) 
. A maioria é cistico 
. São chamados de cisto dermoides (são quase 
sempre revestidos por estruturas parecidas 
com a pele) 
. Geralmente são encontrados em mulheres 
jovens durante a idade reprodutiva 
Fisiopato 
. Normalmente estão associados à síndromes 
paraneoplasicas 
. São bilaterais em 10% a 15% dos casos
. Cerca de 1% dos cistos dermoides passa por 
uma transformação maligna, mais comumente 
para o carcinoma de células escamosas
. Macroscopia = cistos uniculares contendo 
pelos e material sebáceo, apresentam uma fina 
parede revestida por uma epiderme opaca, 
branco acinzentada e enrugada que pode 
conter pelos, no interior da parede pode haver 
áreas de calcificação 
. Microscopia = epitélio escamoso estratificado 
com glândulas sebáceas subjacentes e pelos 
B) Teratomas monodermicos (especializados) 
. São sempre unilaterais 
. São chamados de struma ovarii (composto por 
tecido tireoideo maduro que pode causar 
hipotireoidismo) e carcinoide ovariano (surge a 
partir do tecido intestinal encontrado em 
teratomas, pode produzir 5-hidroxitriptamina e 
causar a síndrome carcinoide mesmo na 
ausência de metástase hepática)
. Somente cerca de 2% dos carcinoides em 
teratomas sofrem metástase
C) Teratomas imaturos(malignos) 
. São tumores raros 
. Se diferem dos teratomas maduros pois são 
compostos por tecidos que lembram o tecido 
embrionário 
. São encontrados principalmente em 
adolescentes pré-púberes e mulheres jovens, 
com a idade média correspondendo a 18 anos
. Crescem rapidamente e frequentemente 
penetram na cápsula e se disseminam 
. Macroscopia = tumores volumosos com 
superfície externa lisa, podem possuir pelos, 
material sebáceo, cartilagem, osso e 
calcificações com áreas de necrose e 
hemorragia 
. Microscopia = elementos imaturos do 
neuroepitelio (neuroepitelio imaturo), 
cartilagem, osso e músculo 
* O risco para a disseminação extraovariana 
depende do grau histológico do tumor (I a 
III), que se baseia na proporção de tecido 
contendo neuroepitélio imaturo 
2. Disgerminoma 
- É semelhante ao semioma dos testiculos
- Representam 50% dos tumores malignos de 
células germinativas ovarianas
- Podem ocorrer na infância, mas 75% 
ocorrem na 2a e 3a décadas
Fisiopato 
- É o tumor maligno de células germinativas 
mais frequente
- Manifestações clínicas = níveis elevados de 
gonadotrofina coriônica
Macroscopia 
. Tumores unilaterais 
. Possuem tamanho variado (podem ser nódulos 
pouco visíveis ou massas que preencher todo o 
abdômen) 
. São macios e carnosos de coloração branco-
amarelados 
Microscopia 
. Tumor composto por grandes células 
vesiculares que possuem um citoplasma claro, 
limites celulares bem definidos e núcleos 
regulares de localização central 
. As células do tumor crescem em lençóis ou 
cordões serrados por escasso estroma fibroso 
que é infiltrado por linfócitos maduros e 
contém granulomas ocasionais
3. Tumor do saco vitelino 
- Também conhecido como tumor do seio 
endodermico 
- É o segundo tumor maligno mais comum com 
origem nas células germinativas 
- É derivado da diferenciação de células 
germinativas malignas ao longo da linhagem 
extraembrionária do saco vitelino 
- Comete crianças e mulheres jovens 
Manifestações clínicas 
. Dor abdominal 
. Massa pélvica de crescimento rápido que 
parece envolver 1 ovário 
Microscopia 
. Estrutura semelhante a um glomérulo, 
composto por um vaso sanguíneo central 
envolvido por células tumorais dentro de um 
espaço também revestido por células tumorais 
(característica chamada de corpo de Schiller-
Duval)
. Gotículas hialinas intra e extracelulares 
evidentes estão presentes em todos os 
tumores, algumas das quais são marcadas para 
α-fetoproteína
Fisiopato 
4. Carcinoma embrionário 
- É um tumor muito raro no ovário 
- É semelhante aos tumores originados nos 
testiculo
- É um tumor agressivo
- É produtor de alfa-fetoproteína 
5. Coriocarcinoma 
- É altamente maligno 
- Pode apresentar metástases para pulmão, 
fígado e ossos 
- É produtor de beta-HCG
- Tem origem placentária 
- Não responde a quimioterapia 
Referências 
- Patologia – Bases Patológicas das Doenças; 
Robbins & Cotran; 9ª ed.; 2016; Capítulo 
22.
- Patologia; Bogliolo; 7ª ed.; 2006; Capítulo 
17

Continue navegando