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Direito Civil II

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Fatos, Atos e Negócios Jurídicos 
Fato= todo e qualquer acontecimento, mas no direito não interessa, so os fatos jurídicos 
Fatos Jurídicos - Fatos Naturais – fatos advindos da natureza, sem ação humana, mas que produz efeito jurídico. Ex: aquisição da maioridade, morte.
 -Ato Jurídico- fatos advindos da ação humana
 - Lícitos (são aqueles permitidos pelo direito, ou não proibidos)
 –meramente lícitos – ações sem interesse nenhum 
 - Negócios Jurídicos- intuito negocial, contratos
 
 -Ilícitos – são aqueles vedados por lei
Aquisição, Defesa, Modificação e Extinção dos Direitos 
-Aquisição – Adquire direito de forma originaria ou derivada 
a)Originaria- nasce com você, ou pq não teve contato com o dono anterior.
b)Derivada (transmissão de direito de uma pessoa pra outra) 
 – gratuita – quando não há contra prestação, não há vantagem ou desvantagem recíproca, uma só ganha e o outro só perde. Ex: doação.
 
 -Onerosa – quando há contra prestação, vantagem e desvantagem recíproca, ônus e bônus recíprocos. Ex: venda de terreno, os dois tem desvantagem e vantagem.
-Defesa
a)Extrajudicial – não precisa da presença do Estado, de forma autônoma, usando os mecanismos do próprio Estado. Ex: Contrato da casa emprestada.
b)Judicial – Presença do Estado
-Modificação
a)Subjetiva- quando muda o sujeito de direito (cessão de credito)
b)Objetiva – quando se altera o objeto
 – qualitativa- quando muda a qualidade do objeto. Ex: vendo casa p/ comprar apartamento, mudou a qualidade. 
 
 - quantitativa – quando muda a quantidade, o objeto continua o mesmo. Ex: herdei uma fazenda e resolvo vender parte da fazenda, tinha x hectares e agora tenho y hectares (diminuição dos hectares) 
-Extinção
 -Perda do objeto - 
 -Alienação – venda de bens 
 -Voluntaria – quando voluntariamente você quer se desfazer do bem. 
 -compulsória – perda da propriedade, obrigatória 
 
-Renuncia – uma vez renunciado o direito, não tem volta 
 -Falecimento do titular
 
 
Classificação do Negocio Jurídico 
1)Qto ao numero declarantes 
a)Unilateral (apenas 1 dos contratantes manifesta sua vontade de contratar)
 – receptício – quando uma das partes deve informar a outra parte. Ex: trancar a faculdade, tem que comunicar. 
 - não receptício – não precisa chegar ao conhecimento da outra parte
 
b)Bilateral (ambas as partes declarando sua vontade, um declara a vontade de vender e o outro de comprar) 
 – simples – aquele que não há contra prestação, ou seja, so uma das partes tem vantagem e a outra só desvantagem. Ex: doação.
 - sinalagmático – há contra prestação, significa reciprocidade, ambos contratantes perdem e ambos ganham. Ex: aluguel
2)Qto as vantagens patrimoniais 
a)gratuito – não há contra prestação 
b)Oneroso – há contra prestação, vantagem e desvantagem pra ambas as partes
 – comutativo – quando vc consegue ver antecipadamente as vantagens e desvantagens. Ex: comprar um carro. 
 - aleatório – todo e qualquer negocio jurídico de risco, não consegue ver antes se tem vantagem ou desvantagem patrimonial. Ex: bolsa de valores. 
3)Qto ao momento de produção de efeitos 
 
a)intervivos – Tem efeito enquanto as partes estiverem vivas. Ex: aluguel
b)Causa mortis – Tem efeito após a morte de alguém. Ex: fundação Ayrton Senna. 
4)Qto ao modo de existência 
a)Principal – tem existência própria
b)Acessorio – clausula contratual que só existe para garantir assegurar o contrato principal.
5)Qto as formalidades 
a)Solene – formal – “com contrato”. Ex: casamento 
Toda vez que falar em imóvel, e seguro é solene.
b)Não solene – informal ou forma livre – a regra é que o negocio jurídico deve ser não solene, de forma livre. Ex: aluguel, pq pode ate ser verbal.
Exercício 
1) Compra e venda de um diamante: bilateral,sinalagmatico, oneroso, comutativo, intervivos, principal, não solene.
2)Seguro de carro: bilateral sinalagmatico, oneroso, comutativo (p/ seguradora é aleatório), intervivos, principal, solene
3)Aluguel de um apartamento: bilateral, sinalagmatico, oneroso, comutativo, intervivos, principal, não solene. 
4)Casamento: bilateral, sinalagmatico, intervivos, principal, solene.
5)Empréstimo de uma obra de arte: bilateral, simples, gratuito, intervivos, principal, não solene.
6)Seguro de vida: bilateral, sinalagmatico, oneroso, comutativo (p/ seguradora é aleatório), causa mortis, principal, solene.
7)Doação de um bicho de estimação: bilateral, simples, gratuito, intervivos, principal, não solene. 
Elementos Essenciais do Negocio Jurídico 
Para que o negocio jurídico tenha validade tem que somar os elementos fundamentais (art 104) 
1)Agente Capaz 
-Os absolutamente e relativamente incapazes podem negociar através de representantes (assistência).
-Somente os menores de 16 anos são absolutamente incapazes.
-Para o negocio juridico ser valido o agente tem que ser capaz.
-Pessoa jurídica deve ser representada por quem consta em seu ato constitutivo. 
2)Objeto licito, possível, determinado ou determinável
Essas são as características que devem ser somadas. 
-Licito: Tudo que não afronta a moral e os objetivos. 
-Possivel 
 -Fisicamente: aquilo que qualquer pessoa consegue realizar
 -Juridicamente: aquele que é previsto no sistema juridico, ou pelo menos não é vedado. 
O ilícito é ilícito pq afronta a moral, já o juridicamente impossível é proibido, mas não afronta a moral. 
-Determinado/Determinavel
Determinado: quando consegue identificar o gênero, quantidade e qualidade.
Determinável: Quando falta a qualidade.
3)Forma Prescrita ou não defesa(proibida) em lei 
-Solene: deve realizar de acordo com o que esta escrito na lei 
 -Única: ex: casamento (tem que se “adaptar”)
 -Múltiplo: ex: testamento (pode ser feito em casa ou em cartório)
-Não solene: Pode realizar o negocio de forma livre. 
Se faltar um desses elementos o negocio jurídico pode ser considerado nulo ou anulável.
O nulo não pode ser transformado em valido (aproveitado).
Questões:
1)O que são elementos essenciais do negocio jurídico?
 -São os necessários para que o negocio jurídico tenha validade, previsto no art. 104.
2)Diferencie ilícito de juridicamente impossível.
 
 
Representação 
Quando a lei exige que você seja representado por outra pessoa.
-Tipos de representação 
a)Representação legal : oriunda (exigência) da lei
b)Representação convencional: aquele que não é necessário representação, de forma autônoma, mas por algum motivo você elege alguém pra te representar. Ex: imobiliária. 
-Tipos de Representantes
a)Representante legal: Quando a lei fala quem vai ser os representantes.
b)Representante judicial: é o juiz pautado na lei que vai escolher.
c)Representante convencional: Aquele que você livremente vai escolher pra te representar
Regra: tudo o que o representante fizer obriga o representado. 
Exceção: conflito de interesse – falso representante: falsifica procuração dizendo que representa 
 -quando representante não obedece aos limites da procuração: 
Anulável ou valido? Se a parte deveria saber ou for do conhecimento dele o negocio é anulável. Tem o prazo de 180 dias, contagem começa a partir da conclusão da venda. Ex: representante vender a casa que eu só queria alugar. Se o parte que quer comprar/alugar a casa estiveragindo de boa fé, o negocio é valido. 
No representante legal e judicial, é termo de compromisso dado pelo juiz.
No convencional, é procuração particular ou escritura publica. E nas duas você pode repassar seu direito para um terceiro, conhecido como substabelecer, caso não esteja vedado na procuração.
-Contrato consigo mesmo 
a)Dupla representação 
b)Representação e em nome próprio 
art.115 do C.C 
Questoes:
1)Diferencie representante legal de representante judicial.
2)Diferencie a representação legal da representação convencional. 
3)Interprete o teor que quer dizer o art. 117 
Elementos acidentais do N.J
Vontade das partes
1)Condição “se”
Clausula que suspende o efeito desse negocio jurídico ate que ocorra o acontecimento futuro e incerto.
Requisitos 
a)voluntario: as partes colocam so se quiserem, não pode ser reflexo da lei.
b)Futuro: condição tem que ocorrer no futuro.
c)incerto: não tem certeza se vai acontecer.
Limitações
a)Ilícita: não pode colocar uma condição ilícita no acordo.
 b)impossíveis: não pode ser juridicamente e fisicamente impossível.
Estados da condição 
-pendente : aquela que ainda não ocorreu, mas tem condições de ocorrer.
-implementada: aquilo que já ocorreu.
-frustrada: não ocorreu e não tem mais condições de ocorrer.
Classificação das Condições
1)Qto ao modo de atuação
a)condição resolutiva: aquela que resolve/acaba com o negocio jurídico. Primeiro eu cumpro com a minha parte e depois implementa condição. Ex: empresta apartamento ate a pessoa arranjar trabalho.
b)Condição suspensiva: primeiro ocorre o implemento da condição pra so depois ocorrer o cumprimento da obrigação. Ex: montar o escritório caso passe na OAB, primeiro tem q passar na OAB e depois ganhar o escritório. 
-impossível ou ilícita – suspensiva – NJ nulo
 	 -resolutiva – NJ valido
2)Qto a fonte de onde promanam (nascem)
a)Casuais: depende de um fato externo, alheio a vontade das partes.
b)Potestativas – puramente potestativa: quando a condição deriva exclusivamente de uma das partes, e é tida como ilícita pq só um lado tem vantagem.
 		- meramente potestativa: é a soma de um fato alheio somado a vontade da parte. Aqui o N.J é valido. 
c)Mista: depende da vontade da parte mais a vontade de um 3º que não faz parte do negocio. 
Questões
1)Formule um caso de condição suspensiva
Montar escritório caso passe na OAB 
2)Condição resolutiva
Vamos bancar seus gastos ate arranjar um emprego.
3)Condição impossível suspensiva
Se vender 3 quilos de heroína te empresto meu carro
4)condição impossível resolutiva
2-Termo (elementos acidentais) art.131 –art.135 CC
Elemento futuro e certo ( data, hora, mês, ano...) TENHO DIREITO MAS NÃO HÁ EXERCÍCIO DE DIREITO.
É uma cláusula aposta voluntariamente pelas partes do negocio jurídico que condicionam seu exercício do direito a uma data.
Espécies de termo
Termo convencional: fixado por vontade das partes
Termo de direito: reflexo de lei ou juiz
Termo de graça: aplicado tanto do termo convencional como no de direito, prorroga o prazo dado pelo credor.
Termo inicial: inicio do cumprimento do contrato	 PRAZO: para início e término
Termo final: prazo final para o cumprimento da obrigação
Contagem de prazo – art. 132 cc
Encargo
Nunca vamos ter em um contrato o termo “encargo”, vamos ler “com finalidade de”, “com a obrigação de”, “destinado a”, “para”
-Negocio jurídico gratuito 
-obrigações - dar
	 -fazer
	 -não fazer
-Não cumprimento do encargo 
Se tiver prazo para terminar e estiver atrasado, pode comprovar a mora. (mora = atraso)
Se não tiver termo final tem que notificar o individuo e aguardar. 
 -ação revocatória: ação para revogar/desfazer o negócio jurídico 
 -ação cominatória: exigir o cumprimento forçado 
-morte do estipulante: Se o estipulante morrer, falece com ele o direito de ação revocatória.
-Morte do beneficiário: Se o medico morrer antes de cumprir o encargo, o município não tem mais direito, o terreno volta para os herdeiros. 
-encargo ilícito impossível – motivo determinante – N.J nulo 
 Se o motivo for ilícito é nulo. Ex: hospital que faz aborto
			 -motivo não determinante- encargo nulo, N.J valido
				Se o motivo for valido e uma clausula ilícita, só o encargo é nulo, o N.J é valido. 
Condição: suspende direito
Termo: tem direto, mas não exercício
Encargo: não suspende direito nem exercício 
Defeitos do Negocio jurídico 
Defeito=vicio
Art. 138 a 144 
1-Erro
2-Dolo
3-Coação 
4-Estado de perigo
5-Lesão
6-Fraude contra credores
1-Erro
O problema não é na estrutura, mas em um dos contratantes 
4 anos para requerer a anulação 
-Falsa representação da realidade
Ninguém te induz você se engana sozinho
-Espécie de erro
a)Erro Acidental: Erro não tão grave a ponto de desistir ou anular o negocio jurídico, cabe ação indenizatória ou abatimento do preço 
b)Erro substancial: Comprei algo que não queria, cabe anulação do negocio, caso não fizer ele continua sendo legal. Art. 139
c)Erro sobre natureza jurídica do N.J: ex: confundir doação com empréstimo
d)Erro sobre o objeto do N.J: Voce acha que é uma coisa, mas na verdade é outra. Ex: terreno na av. Brasil, mas na verdade é na av. Brasil do bairro X.
e)Erro sobre alguma qualidade do objeto do N.J: compra pq tem determinada função/qualidade mas na verdade não tem. 
f)Erro qto a identidade ou qualidade da pessoa que se refere a declaração de vontade: Pagou recompensa para pessoa errada (Qualidade)
g)Erro de direito: quando você faz algo, sem saber que é ilícito, mas sem saber não faz com que você descumpra a lei. Ex: passar carga de veneno do Paraguai e descobrir antes que é proibido e cancelar o negócio. 
2- Dolo 
 Espécie de Dolo: induzimento malicioso ao erro 
a)Dolo principal: só comprei por determinada característica e que não tem. Cabe a anulação 
b)Dolo acidental: por mais que soubesse da realidade, teria adquirido da mesma forma. Ex: carro batido, e comprei da mesma forma pq gostei. Cabe pena e dano com abatimento de dano
c)Dolo positivo(comissivo): mente sobre uma característica 
d)Dolo negativo (omissivo): deveria advertir, mas não fez. Ex: não pergunto se o carro é batido, mas quem vende tem obrigação de falar mesmo não sendo questionado. 
e)Dolo de terceiro: não é vendedor nem comprador, mas está presente no negocio.
f)Dolo do represente 
 -representante – legal – aquele que te representa com força de lei, não posso me representar – se ele agir com dolo em meu nome, eu respondo ate o limite do meu proveito. Ex: meu pai me representa, e vende algo meu com dolo (mentindo sobre certa característica).
		 - convencional – posso me representar, mas escolho uma pessoa pra me representar. – como escolhi alguém pra me representar, tenho responsabilidade solidaria 
Solidaria (exceção): responsabilidade igualitária sobre o negocio
Subsidiaria (regra): tem ordem de preferência. Ex: se o pai não pode pagar alimentos, responsabilidade vai para o avô. 
g)Dolo bilateral: ambos os contratantes agem de má fé. Há um desprezo do poder judiciário
Perguntas 
1)Diferencie erro de dolo. 
3-Coação 
Espécie 
a)Coação física: qualquer emprego de força física para que a pessoa faça oq tu quer 
b)coação moral: ameaça faz com que vc faça. 
Requisitos 
a)Causa determinante: motivo pelo qual eu fiz o negocio jurídico
b)grave – 152 
c)Injusta - ilícita ex: matar alguém da familia
d)Dano atual e iminente: 
e)Bens, própria pessoa ou flía: a ameaça tem que ser sobre o bem da pessoa, a própria ou alguém da sua família 
-Coação de terceiro – conhecimento beneficiado- se for conhecimento dele é anulável (154)
		 - não conhecimento beneficiado – se não for o N.J é valido (155)
*representação, elementos acidentais, vícios do negocio jurídico, elementos essenciais
4-Estado de Perigo 
-Situaçãode extrema necessidade obrigação 
 					Excessivamente desproporcional (uma parte tem mais vantagem que a outra 
-Deve ser de conhecimento da outra parte 
 Ex: filho se afogando e o salva vidas so aceita se passar o carro pro nome dele. 
5-Lesão – 157
-Necessidade 
		 -desapropriação 	
-Inexperiência (falta de conhecimento técnico 
6-Fraude Contra credores
Torna o ato anulável 
-responsabilidade patrimonial 
Hipóteses
a)Transmissão onerosa de bem – quando você vende seu patrimônio para alguém 
b)Transmissão gratuita de bem – doação (normalmente acontece entre a família)
c)Remissão de divida- perdão da divida (alguém deve e a pessoa diz que não precisa mais pagar) tentativa de perdoar divida caracteriza fraude contra credores. 
d)Renuncia de direito ou bem – 
-Ação Pauliana – essa é a nomenclatura da ação de anu’1lação 
2ª BIMESTRE
Invalidade do negócio jurídico
2 espécies – nulidade = vicio de maior gravidade
 - Anulabilidade = vicio menos gravoso
* A lei própria lei estabelece as causas que são nulas e anuláveis
1- Nulidade = nulo
	- Questão de ordem pública: 
	- Não pode ser confirmada: não pode ser transformado em válido
	- Declarada de ofício ou qualquer interessado: sem a provocação da parte, ninguém falou, mas o juiz pode declarar nulo sem o pedido das partes, o juiz deve agir de oficio.
	- Não há prazo: não prescreve, preclusão: se eu estou diante de um documento falso, e não declarar a falsidade de tal, precluiu seu direito, não se tem mais o direito de manifestação
	- Hipóteses – art.166
	- Nulidade – textual: quando vier escrito que é nulo 
			 - Virtual: quando não usa a palavra NULO, mas usa um sinônimo, exemplo: é vedado, ficará sem efeito, é proibido... (conforme imaginação)
Classificar os artigos em textual ou virtual:
380- Virtual
426-virtual
489-textual
483-virtual
485-virtual
548-textual
549-textual
1428-textual
1521-virtual
1475-textual
1548-textual
2. Anulabilidade
- Único menos grave: não afeta a ordem pública, só afeta interesse de particulares
- Pode ser confirmado: pode ser corrigido
- Não pode ser declarada de ofício: mediante provocação das partes, não pode de oficio declarar a anulabilidade (extra petita), além do pedido, so as partes podem pedir a anulabilidade 
- Efeitoex nunc: nada retroage, de tal data em diante.
- Prazo – fixado em lei
	- art.179(prazo supletivo), só é utilizado na omissão do artigo.
- Hipóteses – art.171
	Conversão do negócio jurídico
	NJ nulo – outro similar e válido
Simulação
Fingir ou enganar para obter vantagem patrimonial. Vicio social, afeta coletivo.
Acarreta a NULIDADE.
Espécies
a) Simulação Absoluta – Não existe NJ, só fingimento. Fingir passar algo pra alguém
b) Simulação Relativa – Simulado (aparente e falso)
Dissimulado (oculto e verdadeiro)
Hipóteses – art 167
- provas indícios e presunções.
1 – Diferencie simulação (nula) de frauda contra credores.
Simulação pode afetar qualquer pessoa, a fraude afeta especialmente algum credor.
2 – No que tange a simulação explique as duas espécies existentes
Na simulação absoluta só há fingimento, sem NJ. Na Relativa existe um NJ simulado.
3 – Diferencie nulidade textual de virtual
Nulidade textual está explicitamente que é nulo, na virtual tem uso de sinônimo
4 – Aponte três diferenças entre nulidade e anulabilidade.
Nulidade: Questão de ordem pública, ex tunc, não há prazo.
Anulabilidade: Ex nunc, há prazo, vicio menos grave.
Atos Jurídicos Lícitos
 
Art. 185 
Atos ilícitos 
Art. 186 – Ação ou omissão + culposa (ou dolosa) + dano = ato ilícito 
Se não tiver dano material ou moral, não é ato ilícito 
189+ 927 geram as indenizatórias morais 
Responsabilidade Civil 
-Contratual 
-Extracontratual 
Diferenças entre resp. civil e resp. penal 
1: Penal – pessoal (Servico a comunidade, cesta básica, alguma conseqüência na própria pessoa)
Civil – patrimonial (não interessa a pessoa, sim o que ela tem) 
2: Penal – pessoal (so a pessoa responde)
 Civil – pessoal ou terceiro (ela responde ou um 3º indicado pela lei) 
3: Penal – tipicidade (so o que a lei estabelecer o que é crime, so o que estiver tipificado) 
 Civil – sistema jurídico aberto (não tem tipicidade, 
4: Penal – inimputabilidade 
 Civil – patrimônio do menor pode responder 
Responsabilidade civil subjetiva 
Caput do 927
Teoria Clássica – Teoria da Culpa 
pq necessariamente tem que comprovar a culpa, no sentido lato senso, ou seja, dolo ou culpa. Ex: profissionais liberais (médicos, advogados..), ela é uma atividade meio e não fim, então não tem como garantir nada (advogado depende da resposta do juiz)
Cirurgião plástico tem responsabilidade objetiva, mesmo não tendo culpa ele responde. 
Se conseguir somar os 4 requisitos, tenho êxito na ação 
Usar o 927 + 186
Pressupostos 
 -ação ou omissão 
-culpa ou dolo 
-dano 
-meio casual 
Responsabilidade civil objetiva 
§u, 927
Ela independe de culpa ou dolo, não é necessário comprovar, só comprovar que gerou um dano. 
Usados só em 2 momentos: 1: quando a lei taxativamente dispor (responsabilidade de pai e mãe)/ 2: quando a atividade desenvolvida acarretar risco ao direito de outrem
Teoria do Risco 
Pressupostos 
-ação ou omissão 
-dano 
-nexo causal 
Responsabilidade Civil 
-Subjetiva – preciso comprovar a culpa 
-Objetiva – não preciso comprovar culpa ( utilizada em 2 hipoteses: 1: risco/ 2: lei dispõe)
-Incapaz 928
-Responsabilidade civil objetiva 931 – ex: processar mercado por produto for estragado mesmo o defeito sendo de fabricação 
				932 – tutor – menores 
				936 – maior e incapaz
				938
-Ação regressiva – 934 – possibilidade de entrar com uma ação contra a pessoa causadora do dano. 
Indenização
945 – culpa concorrente – defender no sentido de que ambas as partes tem culpa e contribuíram para o evento danoso ocorrer 
-Danos materiais - lucro cessante – aquilo que você deixou de ganhou 
		 -Dano emergente – prejuízo que você teve, aquilo que você já pagou
-Dano Moral – dano que afeta sua moral, honra, escrita.. e deve ser muito bem comprovado 
Quando é mero aborrecimento, não é dano moral,
O único que não é preciso comprovar dano moral é o dano pelo constrangimento e de morte 
O valor é muito subjetivo 
-Dano Estético – é quando você fica com alguma deficiência ou marca permanente. Ex: perda de membro ou qualquer cicatriz. 
Quando se tem dano estético o dano moral esta presente como conseqüência. 
Segue o mesmo padrão do dano moral. Ex: 30 mil de dano moral, 30 mil de dano estético. 
-Perda de uma chance – nova tese jurídica 
Quando você perde a chance de ganhar algo. Ex: quando o advogado perde a chance/prazo de entrar com a indenização.
Perguntas:
1 – Em se tratando de dano material diferencie lucro cessante de dano emergente.
Lucro cessante deixou de ganhar. Dano emergente já teve o prejuízo.
2 – Diferencie dano moral de dano estético
Dano moral atinge sua honra, imagem, é algo mais psicológico. Dano estético é um dano causado a sua parte física, saúde.
3 – O que é culpa concorrente. Qual a conseqüência dela para a indenização?
Quando as duas partes têm culpa no problema. Terá a indenização reduzida
4 – O que vem a ser responsabilidade civil Aquiliana. Quais suas espécies?
Aquela que advém do cometimento de um ato ilícito.
Atos lesivos não considerados ilícitos
1 – Legitima Defesa
Dano – próprio agressor – Não há indenização.
Terceiro
2 – Exercício regular de um direito
Ter um direito e poder exercitá-lo
Não há indenização
Abuso de direito
3 – Estado de necessidade
Art 188 929 e 930
Dano – próprio (causador)
Terceiro
Prescrição e Decadência
1 – Prescrição
Espécies – Aquisitiva: Adquire direitos pela inércia de alguém.
Extintiva: Parte geral, Art. 197 a 211 CC.
Prescrição e institutos afins
a) Prescrição: perda da pretensão. Da lesão até o ingresso da ação.
b) Preclusão: Perda do direito processual
c) Perempção:Dar causa a extinção do processo por 3 vezes. Deixar arquivar o processo 3 vezes. Tendo que ser a mesma ação e as mesmas partes.
d) Decadência: Começa a contar a partir da aquisição de um direito. Exemplo: Garantia do carro
Pretensões Imprescritíveis
a) Direitos da personalidade: Honra, moral, imagem. Mas a indenização prescreve.
b) Estado das pessoas: Opção de nacionalidade, retificação do nome, registro de filho a qualquer momento, inclusão do sobrenome, divorcio.
c) Exercício facultativo: Correção do meu sobrenome, nacionalidade.
d) Bens públicos: Se a pessoa morar numa área verde, ela não vai conseguir uso capião por se tratar de um bem público.
Perguntas
1 – O que são atos lesivos não considerados como ilícitos. Quais são eles?
São aqueles que apesar de causar lesão, não são reconhecidos pelo Estado como ilícito. São eles Legitima Defesa, Exercício regular de um direito, Estado de Necessidade. Art. 188.
2 – Considerando os atos lícitos, porém lesivos cabe indenização? Em quais hipóteses?
Caberá indenização na legitima defesa se o bem for de terceiro ou do agredido. No exercício regular de um direito não há indenização. Quando há abuso de um direito, haverá indenização. Já no estado de necessidade será assim como na legitima defesa.
3 – Conceitue prescrição
Trata-se da perda da pretensão, inicia a contagem a partir do dano até o ingresso com a ação. Você não perde o direito, apenas o amparo jurídico.
4 – Conceitue decadência.
Trata-se da perda de um direito, inicia a contagem a partir da aquisição do direito.
Prescrição
Regras
- Prazos não podem ser alterados: art. 205 e 206. É o fixado em lei
- Renuncia prévia e renúncia consumada: renuncia previa é quando ainda tem prazo, e não tem como renunciar. Já a renuncia consumada já acabou, mas se pode renunciar na boa fé, pra não afetar um 3º.
- Pode ser argüida a qualquer tempo. Inclusive em grau de recurso. Art. 189
Causas que impedem ou suspendem a prescrição 
 -Impedimento: não inicia a contagem. Ex: um cônjuge pega emprestado do outro 50 mil reais, onde diz que paga em 1 ano, mas ela não consegue pagar, enquanto estão casados não inicia a contagem pra cobrar a divida, so após o divorcio. 
 -Suspensão: Inicia a contagem mais por algum motivo suspende a contagem, e volta a contar depois. Ex: A pega 50 mil reais emprestado de B, e diz que paga no ano seguinte, acaba o prazo e B começa a cobrança e nesse tempo, A se relaciona com B e se casam. Nisso o prazo prescricional é suspenso, sendo possível retomar a contagem após o divorcio. 
-Prazos Prescricionais
 -art. 205 e 206
2- Decadência 
Perda do próprio direito material
Diferenças 
1-Prescrição – resulta exclusivamente de lei. 
 Decadência – legal ou convencional
 -legal: próprio de lei 
 -convencional: compactuado entre as partes. Ex: loja que da certo tempo de garantia. 
2- Prescrição- art. 205 e 206 CC 
 Decadência- ao longo do código
3- Prescrição – Suspende ou impede
 Decadência – peremptório
 
De Prova 
Art.212
Meios de Prova 
a)Forma Especial – ex: só se pode comprovar casamento com a certidão; compra de uma terra com a escritura, etc. 
b)Forma Livre – ex: quando a forma for livre, pode usar os incisos (art. 212) 
I-Confissão – art. 213
-Judicial ou extrajudicial 
 -Judicial: na audiência ou na defesa 
 -Através de email, mensagem, rede social 
-Espontânea ou provocada 
 -Espontânea: fala livremente 
 -Provocada: quando o juiz/MP/Advogados fazem as perguntas, a pessoa se complica e fala a verdade 
-Expressa ou presumida 
 -Expressa: Quando não deixa duvida 
 -Presumida: Deveria se defender e não fez então tacitamente ele concordou com a acusação.
II- Documento
é o que tem mais valor probante, é o que tem mais peso.
-Público: feito por entidade pública. Ex: RG, CPF
-Particular: feito entre as partes. Ex: contrato, acordo
III- Testemunha
art. 227 e 228
A testemunha tem menos peso comparado ao documento, ela tem valor subsidiaria.
-Instrumentária: declara por instrumento (escrito) particular ou público.
-Judiciária: Vai até a audiência 
A instrumentária pode se tornar judicial a pedido do juiz.
IV- Presunção 
Não consegue provar que ocorreu, mas se presume que ocorreu. Ex: fraude contra credores.
-legais – absolutas: não admite prova contrária. Ex: paternidade
	- relativas: admitem prova em contrário
-Comuns: do cotidiano. Ex: marido adquire divida e presume-se que seja pelo bem da família. 
V- Perícia 
-Exame: quando precisa de aptidão técnica. Ex: processo contra médico tem que provar que foi negligente. 
-Vistoria: Não precisa de aptidão técnica. Ex: juiz manda alguém ver se o carro ainda está no lugar. 
-Avaliação: Não precisa de aptidão técnica. Ex: avaliação de um terreno.

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