CORRENTE INTERFERENCIAL III

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Professor: Dr: Marcelo R. Guerino 
 
 O Termo “Interferencial” refere-se à maneira pela qual a 
corrente é gerada. 
 
 Aplicação transcutânea de correntes elétricas 
alternadas de média frequência, com sua amplitude 
modulada a baixa frequência. 
 “Corrente Interferencial” é o fenômeno que 
ocorre quando duas ou mais oscilações são 
aplicadas simultaneamente em um mesmo 
ponto. 
 É uma técnica onde duas correntes 
alternadas de média frequência, de fases ou 
frequências diferentes se cruzam. 
 
 A sobreposição das amplitudes resulta em 
uma nova frequência, chamada de 
"Frequência de Batimento" ou "Frequência de 
Amplitude Modulada" (AMF). 
 Produzir duas correntes de média frequência, com 
frequências levemente diferentes que interfiram uma 
com a outra, resultando então em uma amplitude de 
modulação de freqüência (AMF) entre 1 a 250 Hz. 
 FASE: corrente em uma direção por um tempo 
finito. 
 Duas correntes fora de fase ou frequência e a 
corrente resultante da frequência portadora a 
nova corrente tem amplitude modulada (AMF). 
 A AMPLITUDE OU FREQUÊNCIA DE 
PULSAÇÃO = F2 – F1 (PORTADORA) 
 AMF = F2 – F1 
 AMF = F2 – F1 
 
 F2 = 4050 Hz 
 F1 = 4000 Hz 
 
 AMF = 4050 – 4000 = 50 Hz (frequência de 
tratamento) 
 
 Média Frequência – Resistência baixa da pele – 
estímulo mais agradável – Dentro da faixa de 
estimulação biológica 
 Modulação sinusoidal (esquerda); 
 Modulação quadrangular (direita). 
 
 Média frequência (2000 a 8000Hz); 
 Resistência da pele baixa; 
 Efeito sensorial agradável; 
 Mínimo perigo de queimaduras debaixo dos 
eletrodos; 
 “Ao utilizar campos elétricos cruzados e 
sobrepostos de dois circuitos elétricos de 
média frequência produzidas em dois 
circuitos distintos... 
 ...a excitação máxima visível de baixa 
frequência desejada não se produz 
exatamente na área próxima aos eletrodos 
transcutâneos senão em certa distância e 
profundidade do corpo.” 
 Se utilizarmos duas correntes (chamadas de correntes 
carreadoras), sendo canal 1 com uma freqüência de 
4000Hz e canal 2 com uma freqüência de 4250Hz, quando 
houver uma interferência nestas duas correntes, ao se 
encontrarem dentro do tecido, vamos ter uma corrente 
resultante (frequência de oscilação) 
 
 Essa corrente resultante é obtida através da 
subtração ou adição desses dois valores, ou seja, 
a diferença entre as duas freqüências. 
 
 Portanto, esta corrente resultante (AMF) é uma 
forma de onda que estará sendo modificada 
constantemente, proporcionando um potencial de 
ação e recrutamento dos nervos a cada 250 x/s 
 
 
 Estimulação das fibras mielínicas de grosso calibre, 
Teoria das comportas; 
 Alívio do quadro doloroso pela liberação de 
substâncias opióides; 
 Promove o relaxamento e melhora da circulação, 
contribuindo para a liberação dos mediadores 
químicos tais como as prostaglandinas 
responsáveis pelo efeito da analgesia; 
 Aumento da microcirculação; 
 O Objetivo da utilização das Correntes 
Interferenciais vai ser alcançado quando a 
amplitude do pulso modulado atinge o limiar do 
nervo desencadeando um impulso. 
 Estimulação seletiva das fibras nervosas; 
 Regularização metabólica da área tratada; 
 Alívio da dor; 
 Ação anti-inflamatória; 
 Reparo tecidual; 
 Normalização do equilíbrio neurovegetativo; 
 Relaxamento; 
 Ativação do sistema circulatório. 
 VARREDURA 
 Recurso vetor automático 
 ou auto-vec; 
 Propicia maior estimulação 
dentro da área de 
intersecção; 
 Constante rastreamento e 
menor acomodação 
 Onde o ponto doloroso fica entre as duas placas; 
 A profundidade da modulação entre os eletrodos é de 
100% 
 Utilizada em áreas pequenas e lesões mais 
localizadas; 
 O paciente referirá inicialmente um aumento de dor 
que irá diminuir após alguns segundos 
 A interferência ocorre no próprio 
equipamento, ou seja, a modulação sai 
pronta nos eletrodos; 
 Pouco utilizado; 
 Sendo utilizado para tratar quadros álgicos 
bem delimitados, pontuais; 
 Está indicado para fortalecimento muscular. 
 As placas são dispostas 
formando um X onde o meio do 
mesmo não é atingido pela 
corrente ; 
 É utilizado em lesões mais 
dispersas, áreas maiores; 
 A profundidade da modulação 
nas diagonais (entre as placas) é 
de 100%, (sob as placas) de 45% 
e (no meio das placas) é 0% 
 
 Ex: 
 Quanto maior a frequência, menor a resistência do 
tecido e maior a penetração da corrente, porém menor 
será a duração da fase. 
 
 Fase aguda: AMF alta de 100 a 140 Hz, espectro de 
6/6seg , 20 min.,(pulso rápido), dose mínima ; 
 
 Fase subaguda: AMF intermediária de 80 a 100 Hz, 
espectro de 1/5/1seg (pulso mais suave), e dose óbvia; 
 
 Fase crônica: AMF baixa de 20 a 80 Hz, , 15 a 30 min., 
espectro de 1/1seg (pulso lento e dose forte) 
 O equipamento gera automaticamente a 
frequência de batimento dentro de uma faixa 
pré selecionada (frequência de tratamento). 
Esta faixa de frequência é automaticamente e 
ritmicamente aumentada e diminuída dentro 
de uma faixa de AMF pré-estabelecida. 
 Ex: 
 AMF (frequência básica de tratamento) = 20Hz 
 Sweep (∆AMF) = 50 Hz 
 A corrente liberada ao paciente começa com 
uma AMF (frequência de tratamento) de 20 Hz e 
(com uma extensão de 50 Hz) passa 
sucessivamente através das outras frequências 
até alcançar a frequência de 70 Hz, depois 
decrescendo gradualmente até 20 Hz. 
 
Outros Exemplos da Literatura 
 Frequência entre 90 – 130Hz: estimulam fibras 
sensoriais, promovem estímulos menos vibratórios, agem 
sobre o metabolismo local estimulando o processo de 
reparação; 
 Variação lenta: espectro (SLOPE) triangular 6:6 , as 
frequências se modificarão a cada 6 segundos. 
 AMF: 100Hz 
 ∆AMF: 40Hz 
 Duração de tratamento: 30 a 60 minutos. 
 As frequências deverão oscilar entre a menor (base) = 
100 até a maior (máxima) = 140 Hz (100+40) 
 É o intermédio entre as fases aguda e crônica; 
Frequências entre 50 e 90Hz; 
 AMF: 90Hz; 
 ∆AMF: 40Hz; 
 SLOPE trapezoidal – 1:5:1 – a frequência levará 1 
segundo para variar de 50 até chegar em 90Hz, 
permanecendo por 5 segundos nessa frequência, 
regressa para 50Hz em 1 segundo, mantendo por 
mais 5 segundos. 
 A frequência terá variações entre 50 e 90Hz. 
 Considerada fase mais tardia, suportando mais 
carga de estimulação; Promove a remoção de 
resíduos metabólicos, relaxamento muscular e 
analgesia pela liberação de opióides endógenos e 
reparo tecidual; 
 AMF: 20Hz 
 ∆AMF: 10Hz 
 SLOPE quadrado 1:1 – mantém 1s em cada 
frequência durante todo o tratamento. 
 Ocorrerá variação de 20 a 30Hz 
 Para tratamentos de casos de sintomatologia 
dolorosas aplicar de 15 a 30 minutos; 
 Para transtornos musculares devido desuso deve-
se avaliar as condições e as consequências a uma 
intensidade de repetições de contrações e 
relaxamentos; 
 Para se estimular a liberação de beta-endorfinas 
pede-se que utilize por mais de 30 ou 40 minutos; 
 Reeducação do músculo; 
 Fortalecimento muscular após lesão; 
 Controle de dor; 
 Incontinência urinária; 
 Controle de edema; 
 Cicatrização de feridas e fraturas; 
 Manutenção da ADM; 
 Estimulação Muscular; 
 Inibição de Espasticidade; 
 Alívio de Espasmo; 
  da Circulação Sanguínea; 
 
 
 Febre; 
 Tumor; 
 Tuberculose; 
 Infecção local; 
 Trombose; 
 Gravidez 
 Marcapasso e área pré-cordial. 
 
Fortalecimento Muscular: 
 Frequência: 2000 Hz 
 Intensidade: resposta motoraem ( 8 a 15 mA) 
Analgesia: 
 Frequência: 4000 Hz 
 Intensidade: resposta sensitiva em ( 4 a 10 mA) 
 Fim