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Eletroterapia: Estimulação Elétrica em Patologias

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ELETROTERAPIA 
• Para que serve 
• Eletrodos 
• Formas de aplicação 
• Estimuladores elétricos 
• Terminologia 
• Corrente Alternada 
• Corrente Pulsada 
• Respostas não excitatórias 
• Respostas excitatórias 
• Níveis de estimulação em eletroterapia 
• Tipos de estimuladores clínicos 
• Corrente ultra excitante – C. galvânica pulsada 
• Correntes diadinâmicas 
• Corrente pulsada de alta voltagem 
• Corrente Faradica 
• Corrente Tens 
• Tipos de tens 
• Nível nocivo 
• Colocação de eletrodos 
• Ponto Gatilho 
• Indicação e Contraindicação 
• Estudo de caso 
• Estimulação elétrica neuromuscular 
• Corrente FES 
• Corrente Interferencial 
• Corrente Russa 
• Corrente Aussie 
• Tipos de estimuladores clínicos 
 
 
Clara Zacarias 
ELETROTERAPIA 
A estimulação elétrica (EE) é utilizada como um método de intervenção 
fisioterapêutica em várias patologias. O terapeuta deve conhecer não apenas a 
patologia a ser tratada, mas também o mecanismo pelo qual a estimulação elétrica 
afeta os tecidos. 
• Eletroterapia: uso da corrente de baixa (1 a 1.000 pps) e média (1.000 a 10.000 
pps) frequência para fins terapêuticos. 
OBS: Efeitos teciduais ocorrem devido ao uso da corrente; Compra do equipamento 
correto. 
A corrente elétrica será um fluxo ordenado de carga gerado por um campo elétrico. 
 
1. A corrente elétrica será um fluxo ordenado de carga gerado por um campo 
elétrico. 
2. Se a membrana celular for excitada por meio de estímulos elétricos, ela terá 
sua permeabilidade alterada. 
3. Movimentação iônica. 
4. Potencial de ação. 
PARA QUE SERVE 
• Redução do edema 
• Controle da dor 
• Cicatrização tecidual 
AJUSTAR 
PARAMETROS DE 
ACORDO COM OS 
OBJETIVOS 
• Iontoforese (facilitação e absorção de fármacos através de potenciais de ação) 
• Estímulo a contração muscular* 
*Num músculo normalmente inervado, a estimulação elétrica provoca uma contração 
muscular pela excitação do nervo, bem como pela excitação direta das fibras 
musculares – a fibra nervosa possui limiar mais baixo para a estimulação se comparado 
à fibra muscular. Somente quando o músculo estiver desnervado a EE vai excitar 
apenas fibras musculares. 
ELETRODOS 
Os eletrodos são o meio pelo qual o fluxo de elétrons do circuito de saída do 
estimulador é convertido em um fluxo de corrente iônica nos tecidos vivos. 
São necessários pelo menos dois eletrodos para completar o circuito elétrico e levar a 
corrente do estimulador até os tecidosalvo. 
 
Para que se estabeleça uma corrente iônica em um tecido, é necessário que eletrodos 
tenham cargas opostas: 
• Eletrodo com maior concentração elétrons: cátodo 
• Eletrodo com menor concentração de elétrons: ânodo 
OBS: Eletroterapia: movimentação iônica local. Quanto MAIOR a Intensidade 
MAIOR os Efeitos Fisiológicos. 
TAMANHO 
A importância prática da relação entre a densidade da corrente e o tamanho do 
eletrodo é observada quando se escolhe um determinado tamanho de eletrodo para 
um efeito desejado. 
• Um eletrodo pequeno concentrará a corrente em uma área pequena 
• Um eletrodo grande dispersará a corrente 
CAMPO ELÉTRICO 
Proximidade X Profundidade 
Quanto > distância < densidade da corrente 
• Com maior possibilidade de rotas condutoras, a corrente se dispersa; a 
tendência da corrente dispersa-se quando há grande espaçamento entre 
eletrodos pode ser usada como vantagem quando o objetivo é estimular tecidos 
mais profundos. 
IMPEDÂNCIA DOS TECIDOS 
Tecidos diferentes têm impedâncias diferentes. 
• O tecido adiposo tende a ser o pior condutor quando comparado ao tecido 
muscular e nervoso (dificulta o fluxo dos íons com chance menor de alcançar o 
alvo). 
OBS: Os efeitos da impedância da pele e da camada adiposa podem ser 
minimizados pelo uso de sinais de frequência mais alta - quanto maior for a 
frequência, menor será a impedância ao fluxo da corrente. 
EFEITO DA ELETROTERAPIA DEPENDE DE INÚMEROS FATORES: 
• Aparelhos 
• Cabos 
• Eletrodos 
• Meio acoplador 
• Contato 
• Posicionamento 
TÉCNICA DE COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS 
Técnica Monopolar 
• Apenas um dos eletrodos é colocado na área alvo 
Também chamado de eletrodo de tratamento 
Escolha do polo (+ ou -) 
• Outro eletrodo é colocado em outra região 
Eletrodo dispersivo ou de não tratamento 
Tamanho 
• Área alvo: percepção da estimulação 
 
 
TÉCNICA BIPOLAR 
• Os dois eletrodos são posicionados na área alvo 
Percepção da estimulação nos dois eletrodos 
Tamanho dos eletrodos 
Distância entre os eletrodos (campo elétrico) 
Estimulação motora (melhor opção) 
1. Excitação específica do músculo alvo 
2. Músculos pequenos (eletrodos de caneta) 
 
OBS: Para que um eletrodo funcione adequadamente, ele deve estar acoplado ao 
tecido quanto mecânica quanto eletricamente. Toda a área do eletrodo deve ser 
mantida em contato com o tecido-alvo para evitar aumentos não intencionais na 
densidade da corrente no local da estimulação. 
Fibras Sensoriais e Motoras: 
• Primeira resposta ao estímulo elétrico: intensidade suficiente para atingir o 
limiar de ativação das fibras sensoriais. 
• Aumento da intensidade: fibras de dor (limitação: localização do músculo). 
• Localização: dor pode inviabilizar a terapia (tecido adiposo). 
 
Tipo: estimulação transcutânea – superfície da pele estimulação percutânea – 
implantados sob a pele 
• Material: bom condutor, flexível (contato ótimo) e durável – ideal 
• Preparação: limpeza da pele, meio acoplador (bolhas – dose – desconforto e/ou 
queimadura) 
• Fixação: manter adequada distribuição da corrente (desconforto e risco de 
queimaduras) 
• Tamanho 
• Forma (área) 
• Localização (alvo) 
• Arranjo (bipolar ou monopolar) 
FORMAS DE APLICAÇÃO 
1. Estimulação Elétrica (EE) 
Uso da corrente elétrica com parâmetros específicos para tratamento das lesões em 
tecidos não excitáveis. Estruturas não excitáveis diferentes do músculo e do nervo 
(capacidade de gerar PA). 
AVALIAÇÃO: OBJETIVO E 
LOCALIZAÇÃO DO 
TECIDO ALVO 
2. Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM) 
Ação de estímulos elétricos terapêuticos aplicados sobre o tecido muscular, através 
do sistema nervoso periférico íntegro (ex.: FES). Inervação preservada – estimulação 
mais agradável. 
3. Estimulação Elétrica Muscular (EEM) 
Uso da corrente elétrica em músculos com comprometimento parcial ou total da 
inervação. Parâmetros agressivos – Potencial de ação – Correntes agressivas. Pouca 
probabilidade de resposta para as correntes EENM. 
ESTIMULADORES ELÉTRICOS 
Todos eles são estimuladores elétricos transcutâneos (TES) e a maioria também 
estimuladores elétricos nervosos transcutâneos (TENS), por serem aplicados através 
da pele com o objetivo fisiológico de se excitar nervos periféricos. 
Portanto, qualquer estimulador é uma unidade TENS se utilizar eletrodos de 
superfície e estimular nervos periféricos. 
A aplicação de uma corrente elétrica na superfície cutânea pode: 
• Produzir potenciais de ação em nervos (motores e sensitivos); 
• Produzir potenciais de ação em músculos; 
• Gerar alterações no potencial da membrana celular. 
OBS: Efeitos da corrente elétrica terapêutica e repercussões fisiológicas dependem 
do conjunto de parâmetros utilizados 
TERMINOLOGIA 
Parâmetro comuns de modulação: 
• Frequência: (pps ou Hz) 
• Modulação 
• Amplitude (mA) 
• Duração de Pulso ou fase: (μs ou ms) 
• Frequência 
• Rampas: de subida e de descida (s) 
• Tempo: (s ou min) 
Corrente Direta = Corrente Unidirecional = Corrente Contínua 
• Trata-se de uma corrente de fluxo contínuo de elétrons em uma só direção, 
por um segundo ou mais. A corrente que flui unidirecionalmente por menos de 
1 segundo é uma corrente pulsada. 
O fluxo de uma corrente direta pode ser modulado para propósitos clínicos. As três 
mais comuns são: 
1. CC reversa: a direção do fluxo é invertida. A reversão também ocorre em 1 
segundo ou mais. A CC reversa é capaz de minimizar irritações cutâneas – 
ministrar fármacos pela pele (iontoforese). Menor alteração de pH – não 
indicada para iontoforese;2. CC interrompida: a interrupção do fluxo ocorre quando ela deixa de passar 
por aprox. 1 segundo ou mais. A indicação mais comum de CC interrompida é 
causar contrações isoladas em músculos denervados. ON e OFF. Contrações 
isoladas de músculos desnervados – pouca utilidade; 
 
 
3. CC com rampa: quando se deseja regular que a interrupção do fluxo ocorra 
gradativamente a modulação rampa é adicionada. A rampa poderá ser de 
subida ou de descida. Menor desconforto. 
 
 
OBS: A corrente é o movimento de cargas elétricas em um condutor. 
O movimento é originado pela diferença de cargas elétricas entre dois pontos. 
Os dois pontos são chamados de polos. 
1. Polo negativo: maior concentração de cargas 
2. Polo positivo: menor concentração de cargas 
O fluxo de cargas sempre ocorre do polo negativo para o polo positivo. 
OBS: É em torno do polo negativo que a despolarização é favorecida. 
Sob o eletrodo negativo irão se acumular íons com falta de elétrons. O pH da pele 
ficará alterado: 
• Aumento da irrigação sanguínea sob eletrodo negativo. 
Se a mudança de pH for excessiva, o tecido biológico não será capaz de manter a 
homeostase e ocorrerá queimadura química. 
A intensidade da corrente, o tempo de aplicação e a reversão da polaridade são 
medidas importantes para se evitar efeitos lesivos eletroquímicos. 
 
 
CORRENTE ALTERNADA 
Trata-se de uma corrente de fluxo contínuo em duas direções, pelo menos uma vez a 
cada segundo. A corrente alternada é utilizada para promover a regeneração de ossos 
e tecidos moles; ela não se destina a excitar nervos periféricos. 
Indicações: contração muscular, cicatrização, controle da dor. 
As modulações da CA são feitas por meio das variáveis tempo e 
amplitude. 
 
Tempo 
• Burst 
• Interrompida 
Um burst de CA é estabelecido quando se permite que a corrente flua por 
determinado tempo e então deixe de fluir por alguns milissegundos, em um ciclo 
repetitivo. 
• O intervalo entre burst sucessivos é conhecido como intervalo interbursts; 
• O estimulador clínico mais comum projetado para produzir bursts da CA 
modulado por tempo é chamado de Corrente Russa. 
A modulação interrompida é diferente da modulação em bursts, uma vez que na 
interrompida a corrente cessa por tempo suficiente para permitir um relaxamento 
na contração muscular. 
Amplitude 
A CA modulada em amplitude tende a permanecer como um conceito elétrico sem 
benefício especial ou superior em relação aos estimuladores pulsados convencionais. 
 
 
TEMPO= 1SEG 
CORRENTE PULSADA 
É definida como uma corrente elétrica de fluxo descontínuo, em uma ou duas 
direções, que é conduzida como um sinal (ou sinais) de curta duração. Cada pulso 
dura apenas poucos μs ou ms, seguido por um intervalo interpulsos. A maior parte das 
correntes comerciais. 
Parâmetros eletroterápicos manipuláveis: 
• Amplitude (mA/mV) 
• Duração de fase/pulso (μs ou ms) 
• Frequência do pulso (pps/Hz) 
• Modulações* 
 Pulsos diferentes podem assumir formas diferentes. 
Formas de ondas 
Podem ser classificados em dois grupos quanto à sua forma de onda: 
• Monofásicos 
• Bifásicos 
Corrente Contínua X Corrente Alternada X Corrente Pulsada 
 
MODULAÇÕES 
• Pulso monofásico ou bifásico; 
• Tempo ON e OFF (mínimo de 1 segundo); 
OBS: A modulação interrompida acontece quando os pulsos fluem por aprox. 1 
segundo ou mais e então deixam de passar por 1 segundo ou mais. O modo 
interrompido é de grande importância clínica; muitas aplicações importantes da 
eletroterapia p/ aumento de força muscular, fluxo sanguíneo, controle motor... 
• Pulso monofásico ou bifásico; 
• Bursts 
OBS: Os bursts são criados quando se permite que uma CP passe por alguns 
milissegundos e depois deixe de passar por alguns milissegundos, em ciclos repetidos. 
Modo semelhante à CA modulada em bursts. Tanto os bursts quanto os intervalos 
entre eles são quantificados em milissegundos. São intervalos muito pequenos para 
permitir um relaxamento durante uma contração tetânica. Portanto, os intervalos não 
devem ser referidos como interrupções. 
• Pulso monofásico ou bifásico; 
• Rampas 
OBS: Essa modulação está associada com a parte ON do modo interrompido. Com a 
rampa, a carga do pulso vai aumentar gradativamente – contração muscular gradativa. 
Rampa de descida. Estímulo mais confortável. 
 
FORMAS DE ONDAS 
Monofásica 
Existe apenas uma fase para cada pulso. O fluxo ocorre somente em uma direção. No 
gráfico, só haverá a parte positiva da onda. Se a onda é monofásica, em eletrodo 
sempre é o positivo e o outro sempre o negativo. 
Corrente polarizada: cuidado com os efeitos químicos. 
 
Bifásica 
Quando duas fases opostas estão contidas em um mesmo pulso. O fluxo ocorre em 
duas direções. No gráfico: haverá parte positiva e negativa da onda. Vários formatos: 
quadrado, triangular ou sinusóide. Uma das maiores vantagens dos pulsos bifásicos é 
que as polaridades não precisam ser significativamente consideradas. 
 
 
 
• Independente das formas de onda, todos os estimuladores CP são 
caracterizados por um espaço de tempo entre pulsos sucessivos. 
• Essa separação temporal tem sido chamada de intervalo interpulsos. O tempo 
exato de cada intervalo interpulsos depende da duração de cada fase, de cada 
pulso e do número de pulsos por segundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DO PULSO 
1. Frequência (pps ou Hz): número de pulsos por segundo. 
 
2. Duração do Pulso (μs ou ms): A fase começa quando a corrente sai da linha 
zero e termina quando a corrente retorna ao zero. 
 
Pulso Bifásico 
• A duração de pulso é determinada somando-se a duração das duas fases. 
Pulso Monofásico 
• A duração de pulso = duração da fase. 
 
 
 
3. Amplitude (mA ou mV): Pico da fase mais alta. 
Pulso Bifásico 
• Dois picos – um para cada fase. A amplitude refere-se às diferenças entre os 
picos das duas fases. 
Pulso Monofásico 
• Único pico de fase. 
 
 
 
 
 
 
 
Dose = Produto: Amplitude X Duração de Pulso ou de Fase = Carga transmitida em 
cada fase ou pulso 
• Sequência de pulsos 
 
Curva Amplitude – Duração de Pulso 
• Amplitude x Duração de pulso ou fase 
• Pulso com amplitude alta e duração de pulso curta X Pulso com amplitude 
baixa e duração de pulso ou fase longa 
• Carga x Efeito 
• Diferença -> Desconforto 
• Mesmo efeito terapêutico com menor desconforto 
• Combinação de parâmetros -> menor desconforto para o paciente 
RESPOSTAS NÃO-EXCITATÓRIAS 
• Todas as células vivas dependem em parte de várias magnitudes de 
potenciais elétricos gerados internamente; 
• A fonte desses potenciais está associada à concentração de íons pela 
membrana celular; 
• As mudanças no gradiente de concentração iônica -> aumento da síntese 
de DNA e proteínas -> aumento da formação de colágeno. 
OBS: Tecidos ósseos e tecidos cicatriciais podem ser remodelados se quantidades 
apropriadas de energia elétrica forem aplicadas no momento certo do processo de 
cura. 
RESPOSTAS EXCITATÓRIAS 
A excitação de nervos periféricos por meio da estimulação transcutânea é um 
fenômeno já bem conhecido. A estimulação afeta diretamente as células nervosas. 
Foram estabelecidas curvas de intensidade-duração para cada um dos três grupos 
principais de fibras: 
1. Transmitem sensações táteis, proprioceptivas e de pressão; 
2. Transmitem impulsos motores; 
3. Transmitem estímulos dolorosos e nocivos. 
NÍVEIS DE ESTIMULAÇÃO EM ELETROTERAPIA 
• Limiar Subsensitivo 
• Limiar Sensorial 
• Limiar Motor 
• Limiar Nocivo (não lesivo) 
As estimulações sensorial, motora e dolorosa são percebidas como as três respostas 
excitatórias básicas à estimulação transcutânea. 
A excitação ocorre na seguinte ordem: estimulação sensorial, motora e dolorosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMIAR SUBSENSITIVO 
• Amplitude < 100 mA x duração curta de pulso ou fase. 
• Sensação/Relato 
• Limiar insuficiente para gerar PA (carga insuficiente). 
• Indicação ? 
LIMIAR SENSORIAL 
• Amplitude maior X duração curta.• Amplitude menor X duração longa. 
• Sensação/Relato 
• Limiar suficiente para gerar PA em fibras sensoriais (carga suficiente). 
• Relato: aumento da amplitude. 
• Indicação: Tratamento de dor sem liberação de opioides. 
LIMIAR MOTOR 
• Amplitude maior X duração curta. 
• Amplitude menor X duração longa. 
• Sensação/Relato 
• Limiar suficiente para gerar PA em fibras sensoriais e motoras (carga 
suficiente). Relato: aumento da amplitude. 
• Indicação: Fortalecimento muscular. 
LIMIAR NOCIVO 
• Amplitude alta. 
• Sensação/Relato 
• Desconfortável – despolarização de membranas a nível de centros 
superiores: liberar opioides endógenos. 
• Indicação: Tratamento de fortes dores – não responsivo a terapia 
medicamentosa. 
OBS: A quantidade de corrente elétrica necessária para produzir um PA em um tipo 
específico de nervo varia. As fibras com maior diâmetro oferecem menor resistência 
interna e são as mais facilmente excitadas. 
CLÍNICA 
• Duração de Pulso é fixada primeiramente; 
➔ Aumento da amplitude 
➔ Resposta desejada (limiar) Dose dependente (AxT) 
• Limiar -> A x T específica 
• Clínica: dose maior para limiar motor 
• Atenção – localização da fibra Primeira sensação: sensitiva 
 
AMPLITUDE 
• C. Contínua/Unidirecional: Menor ou igual a 5mA (não deve ultrapassar 
5mA) 
• C. Bidirecional: 100 a 200 mA 
• C.Unidirecional x C. Bidirecional 
ACOMODAÇÃO FIBRA NERVOSA; 
• Depende da forma de entrega do estímulo (modulações); 
• Eletroterapia para modulação da dor -> tempo prolongado; 
• Correção da modulação durante toda a aplicação; Objetivo: PA em nervo. 
• Forma manual de modulação: 
➢ Manual do aparelho 
➢ Placebo 
DURAÇÃO DO PULSO (ΜS OU MS) 
• Contração de músculos inervados: 200 a 400 μs ou ms 
• Escolha do valor: 
➢ Tamanho do músculo 
➢ Quantidade local de gordura (tecido adiposo) 
➢ Sobrecarga (> carga elétrica, > força da contração = tolerância e fadiga) 
➢ Características do paciente e objetivo da terapia 
• Contração de músculos parcialmente desnervado: 1 a 10 ms 
• Escolha do valor: 
➢ Difícil estimulação 
➢ Limitação aparelho X desconforto 
• Contração de músculos totalmente desnervado: > 10 ms 
• Escolha do valor: 
➢ Eletrodiagnóstico -> potencial de resposta -> terapia será eficaz? 
• Controle da dor: 50 a 200 μs ou ms Estímulo de fibras sensitivas 
• Escolha do valor: 
➢ Avaliação da dor 
➢ Tempo de analgesia 
➢ Objetivo da modulação da dor 
FREQUÊNCIA (PPS OU HZ) 
• Correntes de baixa frequência: 0 a 200 Hz ou pps 
• Correntes de média frequência: 1000 – 9000 Hz 
• Frequência 0: Corrente Galvânica* 
Quanto maior a F: 
• Menor impedância dos tecidos 
• Menor o desconforto 
• Maior a penetração 
• Maior será a contração 
• Maior possibilidade de fadiga 
TIPOS DE ESTIMULADORES CLÍNICOS 
• C. Galvânica (C. Contínua) 
• C. Ultra excitante (C. Galvânica pulsada) 
• C. Farádica 
• C. Diadinâmicas 
• C. Interferencial (Heterodínea) 
• C. Russa (Kots) 
• C. Pulsada de Alta Voltagem 
• FES 
• TENS 
• C. Aussie 
CORRENTE GALVÂNICA 
• Corrente unidirecional de frequência zero; 
• Acomoda facilmente -> modulações; 
• Desconfortável; 
• Perigosa do ponto de vista eletroquímico. 
 
 
As principais respostas fisiológicas diretas a estimulação com CC são as mudanças 
eletroquímicas que ocorrem em níveis celulares e teciduais. 
• Dissociação de íons 
• Vasodilatação reflexa 
• Aumento do fluxo sanguíneo para a pele 
• Amplitude deve ser extremamente baixa 
INDICAÇÕES: 
1. Músculos desnervados: CC interrompida para fibras musculares desnervadas. 
• Contrações isoladas dolorosas – efetividade limitada. 
 
2. Alívio da dor: estimulação desagradável e potencialmente lesiva 
3. Indicação atual: IONTOFORESE. 
IONTOFORESE 
• Técnica multidisciplinar (fármacos); 
• Não invasiva (sem riscos cirúrgicos); 
• Efeito local; 
• Pouco explorada pelos fisioterapeutas; 
• Avaliação do paciente (determinação do fármaco). 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
• Eletrodo ativo ou tratamento (colocação e tamanho) 
• Eletrodo dispersivo ou de não tratamento(colocação e tamanho) 
• Áreas relativamente pequenas e superficiais 
A EFICÁCIA DA IONTOFORESE DEPENDE: 
• Do número de íons transferido; 
• Da concentração de íons na solução; – Da profundidade de penetração; 
• Espessura da pele: tec. Adiposo e tec. Musculo esquelético 
• Da combinação química dos íons com outras substância da pele; – Da 
duração do fluxo de corrente (parâmetros). 
PARÂMETROS DE UTILIZAÇÃO: 
• Amplitude: varia de 1 a 4 mA (limiar sensitivo) 
• Duração: 20 a 40 minutos 
Dose recomendada: 40 a 80 mAmin 
Ex: Dose = 80 mAmin / 4mA por 20min OU 2mA por 40min 
• Tecido alvo – Profundidade e vascularização 
• Cuidados: dose sub-terapêutica ou excessiva 
ELETRODOS: 
A identificação da polaridade do fármaco determina a polaridade do eletrodo usado 
para conduzir o íon na direção dos tecidos subjacentes 
• Fármacos positivos: colocados sob o eletrodo + (ânodo) 
• Fármacos negativos: colocados sob o eletrodo – (cátodo) 
Fosfato de dexametasona: antiinflamatório: íon negativo -> cátodo 
Lidocaína: anestésico: íon positivo -> ânodo 
 
INDICAÇÕES: 
• Ideal para tratamento de patologias localizadas. 
• Principais tecidos alvo (superficiais): pele, músculos superficiais, tendões, 
bursas. 
• Diminuição dos sinais e sintomas inflamatórios 
• Artrite/Bursite/Tendinite 
• Alívio de dor 
• Reabsorção de edema 
• Úlceras isquêmicas 
• Afecções fúngicas 
• Fisioterapia esportiva e dermatofuncional 
CONTRA-INDICAÇÕES: 
• Alteração de sensibilidade 
• Alergia ao fármaco 
• Tecidos muito profundos 
• Áreas extensas 
• PO agudo 
• Sobre marca-passos 
• Deficiência intelectual 
C. ULTRA EXCITANTE - C. GALVÂNICA PULSADA 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS: 
• Contração muscular: possui a mais alta capacidade de excitar fibras 
musculares; 
• Características da corrente: polarizada; forma de onda; duração de pulso; 
frequência e intervalo interpulsos. 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO: 
• Monopolar (?) ou bipolar; 
• Músculos inervados: eletrodo sobre o ponto motor – parâmetros menos 
agressivos; 
• Músculos desnervados: eletrodos sobre o ventre muscular. 
INDICAÇÕES: 
• Estimulação muscular, em especial de músculos desnervados que não 
respondam a outras formas de estimulação elétrica. 
 
C. DIADINÂMICAS 
A corrente diadinâmica é pulsada monofásica. Também é conhecida como 
correntes de Bernard. 
• É uma onda sinusóide com baixa frequência – 50 ou 100Hz. 
• Duração de fase de 10ms (longa; desconfortável) 
• Intervalos interpulsos curtos ou inexistentes 
Respostas excitatórias – muito desconfortável. A corrente diadinâmica a depender 
do objetivo, pode ser substituída por correntes mais confortáveis como TENS, 
FES ou Russa. 
EFEITOS GERAIS: 
• Aumento do limiar de dor 
• Vasodilatação e hiperemia local 
• Ativação da circulação 
• Contração muscular 
FORMAS DE ONDA: 
1. Monofásica (MF): F = 50Hz; T = 10ms; R = 10ms 
2. Difásica (DF): F = 100Hz; T = 10ms; R = 0 
3. Curtos Períodos (CP): combinação de MF e DF, com alternância rápida 
entre elas; cada uma flui por 1 segundo 
4. Longos Períodos (LP): combinação de MF e DF, sendo que na fase DF, que 
dura 5 segundos, há uma rampa de subida e de descida (pulsos progressivos 
e regressivos) e os 10 segundos seguintes são somente de corrente 
monofásica 
5. Ritmo sincopado: constituída de 1 segundo de corrente MF e o segundo 
seguinte de repouso (similar tempo ON e OFF) 
 
EFEITOS ESPECÍFICOS: 
1. Monofásica 
• Vasodilatação 
• Alívio da dor 
• Contração muscular 
2. Difásica 
• Forte efeito analgésico no momento da estimulação 
3. Curtos Períodos 
• Alívio de dor pós traumático 
• Vasodilatação efetiva – indicado para redução de edema 
4. Longos Períodos 
• Alívio mais duradouro da dor 
• Efeitos semelhantes a CP -> melhor tolerância 
5. Ritmo Sincopado 
• Promover contração muscular 
• Reabsorção de edema (melhora retorno venoso e linfático) 
• Melhora do metabolismo e nutrição muscular 
OBS: A densidade da corrente deve ser menor que: 
• 0,5 mA/cm² - EletrodoNegativo 
• 1,0 mA/cm² - Eletrodo Positivo 
 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO 
• Escolher a(s) corrente(s) de acordo com os objetivos do tratamento 
• Selecionar eletrodos: esponja embebida em água + tamanho 
• Técnica de tratamento – monopolar ou bipolar 
• Calcular intensidade máxima (cuidado) 
• Tamanho do eletrodo – adequação para o tamanho da região 
• Tempo de aplicação (cuidado) 
• Mínimo: 3min/corrente 
• Combinação: até 5 diadinâmicas 
• Máximo: 20 minutos 
• Não exceder 6 minutos para cada corrente 
• Única corrente por tempo de 20 minutos: inverter polaridade dos eletrodos 
C. PULSADA DE ALTA VOLTAGEM 
Corrente pulsada monofásica, de baixa frequência (1 a 200 pps), com dois picos gêmeos 
de curta duração de pulso (5 a 200 us) e amplitude média de 1,2 a 2,5 mA. 
CPAV x Diadinâmicas Diferenças? 
• Menor potencial lesivo; 
• Menor duração de pulso; 
• Não é necessário calcular intensidade máxima; 
• Intervalo interpulsos. 
INDICAÇÕES: 
• Redução de edema (?) 
• Reparo tecidual (cicatrização de feridas) 
• Contração muscular (pouco indicada para grandes grupos musculares e 
músculos desnervados) 
ATENÇÃO: 
• Remover curativos previamente 
E para calcular... 
D = A ( mA ) / área (cm² ) 
• Limpar e lavar as lesões com solução salina estéril (caso necessário, realizar 
debridamento) 
• Meio acoplador: gaze estéril embebida em solução salina 
• Limiar sensorial 
• Ideal: aplicações diárias por 30min – 1h 
TÉCNICA DE APLICAÇÃO MONOPOLAR E BIPOLAR 
• Polaridade do eletrodo ativo (monopolar) – fase do processo de cicatrização; 
• Polaridade do eletrodo em ferida infectada -> cultura -> medicação Tempo de 
tratamento -> combinação entre as polaridades. 
 
C. FARÁDICA 
Corrente bifásica assimétrica com pulsos triangulares (assimétricos), frequência 
variável (1 a 60Hz); duração de fase principal: 1ms (podendo variar de 0,1 a 1ms). 
 
• Corrente pouco utilizada; 
• Duração de pulso longa – limiar motor – fadiga 
• T = 1ms – desconfortável; 
• Efeitos: contrações associadas a promoção de trocas metabólicas, 
vasodilatação e aumento do metabolismo -> imobilização; 
• Antigamente apresentava maior uso; 
C. TENS 
Corrente bidirecional pulsada, com pulsos retangulares ou quadráticos, cujo principal 
objetivo é a promoção de alívio da dor. 
Mecanismos de ação: 
• Teoria das Comportas 
• Castel I (encefalina) 
• Castel II (serotonina) 
• Castel III (opioides endógenos) 
 
 
 
 
 
PARÂMETROS SELECIONADOS (OBJETIVO DO TRATAMENTO): 
• Limiares 
• Frequência 
➢ Variável 1 a 200Hz, sendo: 
• F baixa: 1-10Hz 
• F alta: 10-200Hz 
• Duração do pulso 
➢ 20-150 us (T baixo) 
➢ 150-600 us (T alto) 
FORMAS DE ESTIMULAÇÃO 
Nível Sensorial: TENS CONVENCIONAL 
• F = 50 – 100 Hz (alta) 
• T = 20 – 80 us (baixa) 
• Amplitude no limiar sensorial 
• Amplamente utilizado na clínica 
➢ Alívio imediato e de curta duração 
➢ Dor: impedimento para a realização do procedimento 
• Indicações: iniciar tto; dor aguda; controle da dor no PO; minimizar 
desconforto durante o trabalho de parto; 
• Desvantagem: acomodação -> tempo longo (estratégias); 
• Mecanismo de modulação: Teoria das Comportas/Castel I 
• Sem dor após a realização do procedimento 
 
OBS: Caracterizado por alta frequência e baixa amplitudede estimulação. Uma curta 
duração de pulso favorece uma estimulação preferencial de neurônios aferentes 
mielinizados de grande diâmetro, que é o alvo da TENS convencional. 
 
NÍVEL MOTOR 
• Boa eficácia quando aplicada a um local anatômica ou psicologicamente 
relacionado com a dor; 
➢ Cuidados ao colocar o TENS no nível motor na área lesionada 
• Alívio da dor de longa duração; 
• Cobrir a maior área possível referente a dor; 
➢ TENS de baixa frequência (TENS acupuntura) 
➢ TENS breve intensa 
➢ TENS modulado por burst 
➢ TENS com VIF 
TENS DE BAIXA FREQUÊNCIA – ACUPUNTURA 
• É caracterizado por alta amplitude e baixa frequência de estímulo; 
• A frequência é < 10 Hz, geralmente está entre 1 e 4 Hz; 
• A duração de pulso varia de 10 a 300 us – ajustar no aparelho; 
• Tempo de tratamento: 30-45 minutos por sessão; 
➢ Alívio prolongado da dor; 
➢ Tempo prolongado de aplicação - final da sessão – dores crônicas; 
• A amplitude é ajustada para produzir contração forte e rítmica; 
• Desconfortável, porém no limite de tolerância ao desconforto do paciente; – 
Mais resistente à acomodação. 
 
 
NÍVEL MOTOR TENS BREVE-INTENSA 
• Estimulação com alta frequência e alta amplitude; 
• A frequência está entre 100 e 150 Hz; 
• Duração de pulso entre 50 e 250 us; 
• Duração do tratamento: máximo 15 minutos contínuos; 
➢ Efeito intermediário: alívio de dor imediato, porém curta duração 
• Indicada durante o desbridamento de feridas, remoção de suturas... 
• Limiar motor (contrações desconfortáveis). 
 
NÍVEL MOTOR TENS MODO BURST 
• Tentativa de aumentar a receptividade do paciente à estimulação de alta 
amplitude – percepção mais confortável e < acomodação; 
• O estimulador gera “trens de pulsos” conduzidos a baixa frequência (1-4 Hz), 
cada um contendo uma série de pulsos de alta frequência (70-100 Hz); 
• Duração de pulso entre 100 e 200 us e intensidade alta; 
• Minimiza a acomodação – percepção mais confortável; 
• Analgesia com duração entre TENS convencional e TENS acupuntura; • 
Tempo de tratamento: 30 a 45 minutos por sessão. 
 
NÍVEL MOTOR TENS COM VIF 
• Forma de modulação: unidades TENS com esse recurso modulam uma ou mais 
características de saída (duração de pulso, amplitude ou frequência); 
• Associação com todas as formas de estimulação do TENS; 
• Estimulação prolongada (> parte das aplicações clínicas); 
• Aumento da eficácia da estimulação -> evitar a acomodação e/ou aumentar a 
tolerância do paciente; 
 
 
 
 
 
 
TENS CONVENCIONAL - TENS ACUPUNTURA – TENS BREVE-INTENSA – 
TENS BURST – TENS VIF 
 
NÍVEL NOCIVO – CASTEL III 
• Aplicação das correntes eletroterapêuticas para produzir um estímulo 
altamente desconfortável (competição); 
• A estimulação em nível nocivo é produzida usando-se frequências de 1 a 5 Hz, 
duração de pulso longa (>1 seg) e intensidade máxima suportável com ou sem 
contração muscular (região de colocação dos eletrodos). 
 
COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS 
A colocação dos eletrodos deve acontecer em relação à localização ou à distribuição 
da dor. Essas opções de colocação podem ser usadas como locais iniciais ou 
alternativos de colocação de eletrodos. 
Os eletrodos podem ser posicionados: 
1. Imediatamente acima (proximais) do local da dor; 
2. Nas margens distal e proximal da região dolorosa, de forma que “cubra” essa 
área; 
3. Um colocado na área da dor, enquanto o outro é situado adjacente à coluna, 
sobre a raiz nervosa relacionada; 
4. Distalmente ao local da dor; 
5. Colocação cruzada com dois canais. 
OBS: Dermátomo é uma área da pele, em que todos os nervos sensoriais vêm de uma 
única raiz nervosa. 
 
PONTO GATILHO: 
É um foco hiper irritável na pele, fáscia ou músculo. Um ponto gatilho é doloroso se 
pressionado e produz um padrão referido de dor referida. A zona de dor referida 
normalmente não segue um padrão segmentar. 
• Um eletrodo pode ser colocado sobre o ponto gatilho e outro na zona de dor 
referida; 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Cautela quanto ao uso de altas amplitudes 
de TENS (limiar motor) sobre um ponto gatilho, pois se pode agravar a dor. 
INDICAÇÃO: 
Indicado para processos álgicos de origem variada. No entanto, é necessário conhecer 
a fonte da dor, caso contrário pode-se mascarar um problema muito maior. 
• Dores articulares e musculares; 
• Dores de PO; 
• Dores em trabalho de parto; 
• Dores de câncer; 
• Dores no coto de amputação e membro fantasma. 
 
CONTRA INDICAÇÃO: 
• Correntes elétricas terapêuticas; 
• Exacerbação da dor com o TENS; • Dores sem causa identificada. 
ESTUDO DE CASO GUIADO 
Um homem de 25 anos de idade foi encaminhado ao departamento de fisioterapia 4 
dias após um acidente de motocicleta para controle da dor; treino de marcha e início 
da reabilitaçãode seu joelho antes da alta hospitalar. 
História: fratura de terço médio do fêmur direito (cirúrgica), ruptura parcial do 
músculo quadríceps (cirúrgica), fratura do punho esquerdo (engessada) e numerosas 
abrasões e contusões – nenhuma lesão na cabeça (usava capacete); intolerância a 
medicação oral para dor por indisposição gastrointestinal; a enfermagem não 
conseguia realizar a deambulação em virtude da dor e falta de cooperação do 
paciente; paciente dormindo pouco por causa da dor; história pregressa de abuso de 
álcool; empregado como trabalhador em construção; solteiro e atualmente vivendo 
sozinho em apartamento de segundo andar; acessível somente por escadas com 
corrimão ao lado direito; parentes moran na comunidade local. 
AVALIÇÃO NO MESMO DIA: 
• Dor (usando escala de 100 pontos): o paciente relata que a dor é contínua, 
aumenta acentuadamente com os movimentos do MID; alcança 40/100 durante o 
dia em repouso, mas 60/100 durante a noite; 
• Medidas de circunferência de coxa e joelho evidenciando edema; 
• ADMs livres em pescoço, tronco e MMSS – exceto no punho esquerdo 
• (engessado); extensão e flexão de joelho direito limitadas pela dor; 
• Força muscular: pescoço, tronco e extremidades de MMSS 5/5 (exceto punho, não 
testado – fratura/gesso); quadril 4/5 limitado pelo desconforto; quadríceps 2/5 com 
taxa de dor 90/100; isquiotibiais 3/5 com taxa de dor 80/100; tornozelo 4/5. 
AVDS/MOBILIDADE: 
Capaz de movimentar-se até a beira do leito independentemente; necessita mínima 
assistência de uma pessoa; dor ao ir de supino para assentado; assistência moderada 
para ir de sentado para de pé; assistência moderada de uma pessoa para deambular sem 
descarga de peso na perna direita, com muletas – limitado pela dor, ADM do joelho e 
intolerância do paciente à atividade. 
DIAGNÓSTICO: 
 Inflamação traumática do quadríceps direito e reparo cirúrgico relacionado. Nível de 
incapacidade atual é de moderada a severa. 
PROGNÓSTICO: 
O potencial de recuperação é de bom a excelente. Alta, retorno ao lar/fisioterapia 
dentro de 3 dias em função de: 
1. Diminuição da dor para 20/100 em repouso e a noite, permitindo ciclos de 
descanso e sono normais; até 50/100 para exercícios de restauração de 
ADM e força; 
2. Diminuição do edema em MID; 
3. Aumento da ADM; 
4. Aumento da mobilidade. 
INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS - MANHÃ 
1. TENS para dor. Iniciou-se pelo modo convencional (100pps e 60us, amplitude 
produzindo sensação distinta de parestesia sobre a região de quadríceps), 
colocação dos eletrodos de dois canais para produzir interferência desde o 
quadríceps até região suprapatelar. 
2. Enfaixamento compressivo e elevação para edema. 
3. Mobilização de tecidos moles e exercícios para ADM de MID duas vezes ao 
dia – educação do paciente. 
4. Treinamento de AVDs e mobilidade. 
INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS – PELA TARDE (17H) 
O modo inicial de TENS e de colação dos eletrodos usados essa manhça foram 
revistos para segundo teste na parte da tarde. A parestesia produzida pelo TENS foi 
sentida pelo paciente somente sob os eletrodos; o paciente acomodou-se pela sensação 
em 10 minutos necessitando de aumentos progressivos na amplitude e duração de 
pulso – contrações dolorosas no músculo. Nenhum alívio da dor foi obtido e paciente 
ficou frustrado. 
Essa tarde, um modo TENS modulado em baixa amplitude (30us e 60pps) com os dois 
eletrodos em um único canal posicionados sobre o nervo femoral. O paciente não se 
acomodou a parestesia, a qual foi sentida por toda a região anterior da coxa sem 
contração muscular. Ao final de 60min, a dor em respouso foi escalonada para 20/100 
e 60/100 em atividade. 
INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS – APÓS UMA SEMANA 
O paciente apresentou bom progresso no tratamento da dor e aumentou a mobilidade 
funcional durante a internação. A ADM e a força do joelho direito aumentaram como 
resultado de um bom controle da dor com TENS e controle do edema por meio de 
enfaixamento compressivo e elevação. 
Paciente foi encaminhado para fisioterapia ambulatorial e instruído quanto a um 
programa de TENS (se possível, prescrito para casa), enfaixamento compressivo e 
exercícios para aumento de ADM e força em MID. 
ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR - EENM 
As correntes elétricas terapêuticas utilizadas para o treino neuromuscular são 
normalmente chamadas de EENM. 
• FES 
• C. Interferencial 
• C. Russa 
• C. Aussie 
C. FES 
A Estimulação Elétrica Funcional (FES) apresenta características semelhantes ao tipo 
de corrente usada no TENS. É uma corrente pulsada bifásica de baixa frequência. 
Porém, existem alguns parâmetros adicionais: 
• Tempo ON/OFF 
• Rampa de subida (rise) e rampa de descida (decay) ✓ Contrações 
sustentadas/vigorosas 
Treino na função: 
• Auxílio a realização de uma função com a corrente elétrica 
• Treino funcional x contração isolada 
INDICAÇÃO: 
• Fortalecimento muscular de músculos inervados ou parcialmente inervados. 
 
• Auxiliar na manutenção da função muscular normal – prevenção ou retardo da 
atrofia. 
 
 
 
 
 
 
• Redução de edema usando a bomba muscular. 
 
• Ganho ou manutenção da ADM. 
➢ FES = coadjuvante. Imprescindível a utilização de técnicas manuais; 
➢ Músculo estimulado: agonista; 
➢ Estimulação diária de 30 a 60 minutos; 
➢ F: 30 a 80 Hz; 
➢ T: 300 us; 
➢ Relação ON/OFF 1:2 – contração de 6 segundos 
C. INTERFERENCIAL 
O estimulador interferencial utiliza dois circuitos de saída sinusoidal muito parecidos, 
que se diferem ligeiramente em frequência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Quando essas duas saídas se cruzam, a diferença nas frequências faz com que 
a amplitude das ondas sinusóides se some, resultando no chamado batimento. 
• Cada batimento representa um pulso polifásico de amplitude variável, do qual 
se derivou o termo corrente alternada modulada em amplitude. 
A principal característica da corrente interferencial é a frequência média (em kHz – 
conforto?) modulável por duas correntes senoidais ligeiramente diferentes, o que gera 
uma corrente com frequência de batimento modulada pela amplitude. 
• Utilização primária: inibição do detrusor e estimulação dos músculos do 
assoalho pélvico. 
• Utilização secundária: controle da dor (a nível Teoria da Comportas e Castel 
I). 
 
C. RUSSA 
É uma corrente alternada, simétrica de média frequência, com pulsos senoidais de 
frequência 2500 Hz, modulada em burts de 10 ms – frequência de 30 a 80 Hz. 
• Bursts = duração de pulso curta e sem intervalos -> estimulação motora 
eficiente. 
 
PARÂMETROS MODULÁVEIS: 
• Intensidade (amplitude); 
• Rampa de subida e descida; 
• Frequência – burst/segundo 
• Tempo ON/OFF 
• Contração de músculos inervados ou com comprometimento parcial? 
C. AUSSIE 
É uma corrente alternada, simétrica, com pulsos senoidais de frequência 1000 Hz, 
modulada em burts de 2 ms. 
• Menor desconforto = menor ciclo de trabalho. 
 
 
 
C. INTERFERENCIAL X C. RUSSA X C. AUSSIE 
 
TIPOS DE ESTIMULADORES CLÍNICOS 
• C. Galvânica (C. Contínua) 
• C. Ultra excitante (C. Galvânica pulsada) 
• C. Farádica 
• C. Diadinâmicas 
• C. Interferencial (Heterodínea) 
• C. Russa (Kots) 
• C. Pulsada de Alta Voltagem 
• FES 
• TENS 
• C. Aussie

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