Corrente Russa III

Prévia do material em texto

Corrente Russa 
Dr. Prof. Marcelo Guerino 
Definição: 
“A corrente russa é um estímulo elétrico usado para produzir 
uma contração muscular. 
 
- Melhora no tônus muscular e na flacidez muscular e da 
pele.” 
 
Estimulação por Corrente Russa 
Forma de onda senoidal de Média Frequência – 2.500 Hz 
 modulada por trens de pulso de Baixa Frequência – 50 Hz. 
 
Compreende uma corrente portadora e uma corrente de 
média frequência (2.500 Hz) 
 
 
Introdução: 
A estimulação elétrica neuromuscular por corrente 
russa é um recurso utilizado na reabilitação: 
 
capaz de aumentar o tônus muscular, 
 
restabelecer a força de determinados grupos musculares, 
 
melhorar a performance de atletas, bem como ativar a 
circulação linfática. 
 A corrente alternada interrompida, também denominada de “estimulação russa” 
foi utilizada primeiramente pelos cientistas russos sendo descrita como uma 
corrente de média frequência. 
 
 Segundo Guirro e Guirro (2002), a corrente de média frequência foi introduzida 
na década de 1940 pelo russo Yakov Kots e tem sido apropriada para descrever 
a estimulação elétrica que é usada para treinamento de força. 
 
 O ganho de força, independentemente do posicionamento deve-se ao fato da 
estimulação elétrica promover uma despolarização sincrônica, a qual leva a um 
recrutamento máximo e simultâneo das unidades motoras. 
Considerações: 
Tipos de fibras Musculares 
Os parâmetros físicos utilizados na estimulação elétrica 
neuromuscular, através da Corrente Russa, devem estar de 
acordo com o tipo de fibra muscular estimulada: 
 
 Tônica (vermelha): Antigravitária 
 Fásica (branca): Velocidade 
 
 TÔNICAS FÁSICAS 
Fibras vermelhas Fibras brancas 
Inervadas por “ A Alfa 2” Inervadas por “A Alfa 1” 
Fadiga tardia Fadiga rápida 
Fibras estáticas Fibras de contração rápidas 
Musculatura estática Musculatura dinâmica 
OBS.: Essa mudança nas características bioquímico-fisiológicas das fibras musculares pode 
ocorrer também através da atividade muscular intensa (treinamento) e talvez da inatividade, pois 
a estrutura da fibra muscular adapta-se para a função como o músculo é funcionalmente usado. 
Estímulos elétricos sobre os 
motoneurônios mudaram as 
características de algumas fibras 
fásicas que passaram a agir 
como fibras tônicas ou vice-
versa; 
Plasticidade do 
tecido conjuntivo 
muscular 
 Quais as VANTAGENS da 
Corrente Russa? 
Comparando-se a estimulação da musculatura com a utilização da 
corrente Russa e o FES, observou-se que a estimulação com a 
corrente russa para fortalecimento era mais efetiva, pois, por ser 
de média freqüência, a corrente penetra mais no tecido muscular, 
estimulando maior número de fibras musculares que o FES. 
Consegue-se ativar 30 a 40% a mais das unidades motoras com a corrente 
Russa do que com exercícios comuns e tratamentos convencionais. 
O aparelho consegue trabalhar toda a musculatura, inclusive zonas 
consideradas difíceis de serem atingidas com a eletroestimulação 
convencional, como os glúteos e o reto abdominal. 
 - mudança na capilaridade 
 - mudança na característica de resposta do motoneurônio 
 - aumento na velocidade de condução 
 - aumento da excitabilidade 
 Quais as MUDANÇAS que ocorrem? 
 Aumenta a força muscular; 
 Modifica o tecido muscular; 
 Melhora a estabilidade articular; 
 Melhora o rendimento físico em esporte de alto nível; 
 Manutenção da qualidade e quantidade do tecido 
muscular; 
 Recuperar a sensação da contração nos casos de sinestesia; 
 Recuperar a sensação da tensão muscular; 
 Aumentar a circulação sanguínea no músculo; 
 Ganhar ou manter a amplitude de movimento articular. 
Utilizações 
Terapêuticas 
 Aumento da força muscular 
 Estímulo elétrico mais eficiente 
 
Objetivos deste estímulos: 
 - manter a quantidade e a qualidade do tecido 
 - recuperar a sensação da contração muscular 
 - aumentar e manter a força muscular 
 - estimular a circulação sanguínea 
Aspectos Eletro 
Fisiológicos 
 
 Tempo de subida (RISE): é o tempo de subida do pulso. Regula a velocidade de 
contração, ou seja, o tempo desde o começo até a máxima contração muscular. 
 
 Tempo de descida (DECAY): é o tempo de descida do pulso, Regula a velocidade com 
que a contração diminui, ou seja, o tempo desde a máxima contração até o relaxamento 
muscular. 
 
 
 Tempo de contração – (on): é a sustentação da estimulação(quanto tempo vai ficar 
passando a corrente para o paciente); 
 
 Tempo de repouso – (off): é o tempo que não passa corrente (tempo de repouso é o 
intervalo das contrações). 
Parâmetros 
 
 Freqüência portadora – 2500Hz 
 Porcentagem do ciclo – 20 – 33 – 50% 
 Freqüência de modulação – 0 a 150Hz 
 Intensidade – a máxima suportável 
 Tempo de subida – dois microssegundos 
 Tempo de contração – zero a 30 segundos 
 Tempo de descida – um microssegundo 
 Tempo de repouso – três a 30 segundos (não há concentração, não passa corrente) 
 Duração do pulso ou largura do pulso: variável de 50 a 400. 
 Tempo: 15 – 30 minutos 
Especificações da corrente russa 
Padrões de saída da corrente 
1. Modo sincrônico (sincronizado), simultâneo ou interrompido: 
eleva e interrompe todos os canais simultaneamente; 
 
2. Modo alternado ou recíproco: alternância da estimulação 
entre grupos de canais impares e pares; 
 
3. Estimulação sequencial: corrente é emitida num canal, em 
seguida no canal vizinho... e assim por diante... 
 
4. Estimulação continua: corrente é emitida continuamente 
 
Técnicas de aplicação: 
PONTO MOTOR: é o ponto na superfície da 
pele de menor resistência a passagem da 
corrente 
VENTRE MUSCULAR: região central e de 
maior volume que se deseja estimular. 
 Fortalecimento em condições patológicas; 
 Fortalecimento no esporte de alto nível, tais como: 
a) aumento da capacidade sprint 
b) aumento da capacidade de salto 
 c) aumento da capacidade de resistência 
Estabilização de coluna vertebral 
Estabilização de articulações 
Estética 
 
 Indicações 
 Contra – indicações relativas 
 Gestação em qualquer fase 
 Prótese metálica na área 
estimulada 
 Cardiopatias 
 Contratura muscular 
 Déficit de sensibilidade na área 
 Fragilidade capilar e/ou 
insuficiência venosa profunda 
 
 Contra – indicações absolutas 
 Lesões musculares, tendíneas e 
musculares 
 Processos inflamatórios em 
fase aguda 
 Tecidos não consolidados 
 Variantes de espasticidade 
 Miopatias que impeçam a 
contração muscular fisiológicas. 
Programas 
Programas 
• São dependentes do 
objeto de desejo do 
cliente. 
Força Muscular 
• Freqüência 2.500 Hz 
• 1a a 3a aplicação 
Freqüência mm Contração Repouso Duração 
. 20 Hertz 8 seg 24 seg 15 min 
. 60 Hertz 8 seg 40 seg 15 min 
. 
Força Muscular 
• Freqüência 2.500 Hz 
• 4a a 7a aplicação 
Freqüência mm Contração Repouso Duração 
. 30 ou 40 Hz 8 seg 24 seg 15 min 
. 60 Hertz 8 seg 24 seg 15 min 
. 
Força Muscular 
• Freqüência 2.500 Hz 
• 8a a 10a aplicação 
Freqüência mm Contração Repouso Duração 
. 50 Hz 8 seg 24 seg 15 min 
 
. 70 Hz 8 seg 24 seg 15min 
. 
Hipertrofia Muscular 
Hipertrofia Muscular 
• Freqüência 2.500 Hz 
• 1a a 3a aplicação 
Freqüência mm Contração Repouso Duração 
. 20 Hertz 8 seg 24 seg 10 min 
. 60 Hertz 8 seg 24 seg 10 min 
. 70 Hertz 8 seg 24 seg 10 min 
 
Hipertrofia Muscular 
• Freqüência 2.500 Hz 
• 4a a 11a aplicação 
Freqüência mm Contração Repouso Duração 
. 20 Hertz 8 seg 40 seg 10 min 
. 60 Hertz 8 seg 40 seg 10 min 
. 70 Hertz 8 seg 40 seg 10 min 
Hipertrofia Muscular 
• Freqüência 2.500 Hz 
• 11a a 20a aplicação 
Freqüência mm Contração Repouso Duração 
. 40 Hertz 8 seg 40 seg 10 min 
. 60 Hertz 8 seg 40 seg 10 min 
. 80 Hertz 8 seg 40 seg 10 min 
Definição Muscular 
• Freqüência 2.500 Hz 
• 1a a 20a aplicação 
Freqüência mm Contração Repouso Duração 
. 20 a 50 Hertz 10 seg 10 seg 10 min 
. 60 Hertz 10 seg 10 seg 10 min 
. 80 Hertz 10 seg 10 seg 10 min 
Outros 
programas 
Variações para Potencializar o Tratamento 
• O terapeuta pode 
adicionar ao tratamento 
exercícios isotônicos ou 
isocinéticos com resistência 
Variações 
• Exercícios associados 
com Elásticos 
Exercícios Isotônicos 
 
CD – Eletroterapia. Editora Atlântica Educacional 
CD – Eletroterapia. Editora Atlântica Educacional 
CD – Eletroterapia. Editora Atlântica Educacional 
CD – Eletroterapia. Editora Atlântica Educacional 
CD – Eletroterapia. Editora Atlântica Educacional 
CD – Eletroterapia. Editora Atlântica Educacional 
 
 
Ótima semana a todos.