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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 16/10/2017 Resumo Planejamento estratégico é uma competência da administração que auxilia gestores a pensar no longo prazo de uma organização. Alguns itens e passos cruciais para o plano estratégico são: missão, visão, objetivos, metas, criação de planos de ação e seu posterior acompanhamento. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 1 Unid. I – Estratégia De acordo com Maximiano (2006, p. 329), estratégia é "a seleção dos meios para realizar objetivos". A palavra foi herdada dos gregos, e diz respeito ao cargo e/ou a dignidade de ministro da guerra, ou seja, comandante de uma batalha, em Atenas. O mesmo autor fez um levantamento da definição de estratégia para diversos autores contemporâneos da administração, e segue aqui alguns dos conceitos definidos: Hamel e Prahalad (1995) definem a estratégia como o processo de construção do futuro, aproveitando competências fundamentais da empresa. Bateman e Snell (1996) definem o termo como o padrão de alocação dos recursos para realizar os objetivos da organização. Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) também adotam tal prática, buscando resposta em autores especialistas no tema, mas não conceituam o termo sob uma única ótica, e optam por listar áreas de concordância, no que diz respeito à natureza da estratégia. Áreas de concordância quanto ao conceito de estratégia De acordo com Chaffee (1985, p. 89- 90) apud Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000, p. 21), segue os temas em comum quanto à definição do termo: A estratégia diz respeito à organização e ao ambiente; A essência da estratégia é complexa; A estratégia afeta o funcionamento da organização; A estratégia envolve questões relativas ao caminho determinado, assim como o processo de se determinar este caminho; A estratégia realizada quase nunca é a mesma que foi planejada; As estratégias existem em níveis diferentes da organização, do chão-de- fábrica à alta cúpula; A estratégia envolve um exercício de definição de conceitos e análise da realidade. Conceituação de Planejamento e afins Estratégia, segundo PINTO (2016), é dita como a forma que pretendemos atingir nossos objetivos. Segundo PINTO (2016), os objetivos representam os fins que se quer alcançar, enquanto a estratégia é o meio para alcançar esses objetivos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 2 Ainda segundo PINTO (2016), no contexto organizacional a definição de estratégia está associada a como os recursos serão alocados para se atingir determinado objetivo. Termo "estratégia competitiva" atualmente se refere a como uma empresa decide competir em um mercado em resposta às estratégias e posições de seus competidores de modo a ganhar uma vantagem competitiva sustentável. Segundo Porter, estratégia competitiva “é a busca de uma posição competitiva favorável em uma indústria, a arena fundamental onde ocorre a concorrência. A estratégia competitiva visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência da indústria.” Afirma ainda que uma empresa pode modelar a atratividade de uma indústria e sua posição competitiva. A vantagem competitiva de uma empresa surge do valor que se consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o custo de fabricação. Valor é aquilo que os compradores estão dispostos a pagar, diferente de custo, que é o valor financeiro apenas. Dentro de sua estratégia, uma empresa pode apresentar vários diferenciais competitivos. Entre eles, podemos citar: Custo: a busca pela produtividade de forma mais econômica que seus concorrentes; Mercado: acesso a certas demandas que os concorrentes não conseguem atender; Economia em Escala: quem possuir o maior volume obtém vantagens competitivas, inibindo pela escala a entrada de novos concorrentes. Estratégias de crescimento da empresa Para crescer de forma eficaz expandindo negócios e aproveitando as possibilidades empresariais existentes através de recursos que a empresa já possui, é necessário análise e planejamento contínuo nas estratégias de crescimento da empresa. Para isso é necessário escolher qual as melhores estratégias de crescimento da empresa para expansão: Expandir por produtos - nessa escolha a empresa avaliará se o melhor passo, no momento e para obter crescimento e expandir nicho de mercado, é através do aumento de vendas provocando pela expansão por produto, isto é, com lançamento de novos produtos, aperfeiçoamento de produtos já existentes ou ainda mudanças na apresentação do produto. Por clientes - se as estratégias de crescimento da empresa são ampliar seu nicho de mercado oferecendo produtos /serviços que agradem aos clientes de diferentes idades, de diferentes classes sociais, assim a empresa não PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 3 mudará seu foco de clientes, continuando o mesmo, só ampliará a base de clientes. Por exemplo, a empresa pode adequar produtos/serviços para clientes da classe C ou o inverso para a classe A e B, ou ainda oferecer serviços que sejam mais rápidos. Tipos de Estratégias Estratégia de sobrevivência Este tipo de estratégia deve ser adotado pela empresa quando não existir outra alternativa para a mesma, ou seja, apenas quando o ambiente e a empresa estão em situação inadequada com muitas dificuldades ou quando apresentam péssimas perspectivas (alto índice de pontos fracos internos e ameaças externas). Em qualquer outra situação, quando a empresa adota esta estratégia como precaução, as consequências podem ser desastrosas, pois numa postura de sobrevivência, normalmente a primeira decisão do executivo é parar os investimentos e reduzir, ao máximo, as despesas. A sobrevivência pode ser uma situação adequada como condição mínima para atingir outros objetivos mais tangíveis na futura, como lucros maiores, vendas incrementadas, maior participação no mercado, etc.; mas não como um objetivo único da empresa, ou seja, estar numa situação de “sobreviver por sobreviver”. Os tipos que se enquadram na situação de estratégia de sobrevivência são: Redução de custos: utilizada normalmente em período de recessão, que consiste na redução de todos os custos possíveis para que a empresa possa subsistir. Desinvestimento: quando as empresas encontram-se em conflito com linhas de produtos que deixam de ser interessantes, portanto, é melhor desinvestir do que comprometer toda a empresa. Se nenhuma estratégia básica de sobrevivência der certo, o executivo penderá para a adoção da estratégia de - Liquidação de negócio: estratégia usada em último caso, quando não existe outra saída, a não ser fechar o negócio. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 4 Estratégia de manutenção Neste caso, a empresa identifica um ambiente com predominância de ameaças; entretanto, ela possui uma série de pontos fortes (disponibilidade financeira, recursos humanos, tecnologia, etc.) acumulados ao longo dos anos, que possibilitam ao administrador, além de querer continuar sobrevivendo, também manter a sua posição conquistada até o momento. Para tanto, deverá sedimentar e usufruir ao máximo os seus pontos fortes, tendo em vista, inclusive, minimizar os seus pontos fracos, tentando ainda, maximizar os pontos fracos e minimizar os pontos fortes dos concorrentes. A estratégia de manutenção é uma postura preferível quando a empresa está enfrentando ou espera encontrar dificuldades, e a partir dessa situação prefere tomar uma atitude defensiva diante das ameaças.A estratégia de manutenção pode apresentar três situações: Estratégia de estabilidade: procura, principalmente, a manutenção de um estado de equilíbrio ameaçado, ou ainda, o seu retorno em caso de sua perda. Estratégia de especialização: a empresa busca conquistar ou manter a liderança no mercado através da concentração dos esforços de expansão numa única ou em poucas atividades da relação produto/mercado. Sua vantagem é a redução dos custos unitários e a desvantagem é a vulnerabilidade pela alta dependência de poucas modalidades de fornecimento de produção e vendas. Estratégia de nicho: a empresa procura dominar um segmento de mercado que ela atua, concentrando o seu esforço e recursos em preservar algumas vantagens competitivas. Pode ficar entendido que este tipo de empresa tem um ambiente ecológico bem restrito, não procura expandir-se geograficamente e segue a estratégia do menor risco, executando-se aquele que é inerente a quem se encontra num só segmento. Assim a empresa dedica-se a um único produto, mercado ou tecnologia, pois não há interesse em desviar os seus recursos para outras atenções. Estratégia de crescimento Nesta situação, o ambiente está proporcionando situações favoráveis que podem transformar-se em oportunidades, quando efetivamente é usufruída a situação favorável pela empresa. Normalmente, o executivo procura, nesta situação, lançar novos produtos, aumentar o volume de vendas, etc. Algumas das estratégias inerentes à postura de crescimento são: Estratégia de inovação: a empresa procura antecipar-se aos concorrentes através PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 5 de frequentes desenvolvimentos e lançamentos de novos produtos e serviços; portanto, a empresa deve ter acesso rápido e direto a todas as informações necessárias num mercado de rápida evolução tecnológica. Estratégia de joint venture: trata-se de uma estratégia usada para entrar em novo mercado onde duas empresas se associam para produzir um produto. Normalmente, uma empresa entre no negócio com capital e a outra com a tecnologia necessária. Estratégia de internacionalização: a empresa estende suas atividades para fora do seu país de origem. Embora o processo seja lento e arriscado, esta estratégia pode ser muito interessante para empresas de grande porte, pela atual evolução de sistemas, como logísticos e comunicação. Estratégia de expansão: os processos de expansão das empresas devem ser muito bem planejados; pois caso contrário, podem ser absorvidas pelo Governo ou outras empresas nacionais ou multinacionais. Muitas vezes a não-expansão na hora certa pode provocar uma perda de mercado, onde a única providência da empresa perante esta situação seja a venda ou a associação com empresas de maior porte. Estratégia de desenvolvimento Neste caso a predominância na situação da empresa, é de pontos fortes e de oportunidades. Diante disso, o executivo deve procurar desenvolver a sua empresa através de duas direções: pode-se procurar novos mercados e clientes ou então, novas tecnologias diferentes daquelas que a empresa domina. A combinação destas, permite ao executivo construir novos negócios no mercado. Desenvolvimento de mercado: ocorre quando a empresa procura maiores vendas, levando seus produtos a novos mercados. Desenvolvimento de produto ou serviços: ocorre quando a empresa procura maiores vendas mediante o desenvolvimento de melhores produtos e/ou serviços para seus mercados atuais. Este desenvolvimento pode ocorrer através de novas características do produto/serviço; variações de qualidade; ou diferentes modelos e tamanhos (proliferação de produtos). Desenvolvimento financeiro: união de duas ou mais empresas através da associação ou fusão, para a formação de uma nova empresa. Isto ocorre quando uma empresa apresenta poucos recursos financeiros e muitas oportunidades; enquanto a outra empresa tem um quadro totalmente ao contrário; e ambas buscam a união para o fortalecimento em ambos aspectos. Desenvolvimento de capacidades: ocorre quando a associação é realizada entre uma empresa com ponto fraco em tecnologia e alto índice de oportunidades usufruídas e/ou potenciais, e outra empresa com ponto forte em tecnologia, mas com baixo nível de oportunidades PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 6 ambientais. Desenvolvimento de estabilidade: corresponde a uma associação ou fusão de empresas que procuram tornar as suas evoluções uniformes, principalmente quanto ao aspecto mercadológico. Entretanto a estratégia mais forte do desenvolvimento de uma empresa corresponde à diversificação, que são divididas em dois modelos: Diversificação horizontal: através desta estratégia, a empresa concentra o seu capital, pela compra ou associação com empresas similares. A empresa atua em ambiente econômico que lhe é familiar, porque os consumidores são do mesmo tipo. O potencial de ganhos de sinergia neste tipo de diversificação é baixo, com exceção da sinergia comercial, uma vez que os mesmos canis de distribuição são usados. Diversificação vertical: ocorre quando a empresa passa a produzir novo produto ou serviço, que se acha entre o seu mercado de matérias-primas e o consumidor final do produto que já se fabrica. Diversificação concêntrica: diversificação da linha de produtos, com o aproveitamento da mesma tecnologia ou força de vendas, oferecendo-se uma quantidade maior de produtos no mesmo mercado. A empresa pode ter ganhos substanciais em termos de flexibilidade. Diversificação conglomerada: consiste na diversificação de negócios em que a empresa não aproveitará a mesma tecnologia ou força de vendas. Diversificação interna: corresponde a uma situação em que a diversificação da empresa é, basicamente, gerada pelos fatores internos, e sofre menos influência dos fatores externos. Diversificação mista: trata-se de uma situação em que a empresa apresenta mais que um tipo anterior de diversificação ao mesmo tempo. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 7 Entrando em novos negócios A integração vertical é o processo de agregação de dois ou mais elos de uma cadeia de valor. Na produção de um determinado produto, a integração vertical ocorre quando uma empresa passa a controlar operações a montante ou a jusante. Por exemplo, quando uma empresa de distribuição passa a produzir os produtos que vende está a integrar verticalmente as operações a montante. A integração vertical pode ocorrer por via de uma fusão ou aquisição. O objetivo da integração vertical é estratégico e pode justificar-se por uma série de razões: sinergias, controlo das cadeias de distribuição ou proximidade ao mercado. A Integração Horizontal Consiste em uma estratégia de crescimento baseada na aquisição de duas ou mais sociedades do mesmo nível da cadeia produtiva, ou seja, concorrentes diretos. Muitas vezes se dá com a aquisição de todo o estabelecimento comercial, inclusive a marca original de um determinado produto, que pode ter boa penetração no mercado consumidor. Com isso, muitas vezes o administrador opta por manter esta marca original, se beneficiando da aceitação da mesma. Essa integração inviabiliza a competitividade de outras marcas, eliminando a concorrência A diversificação é uma das várias orientações estratégicas possíveis. As empresas, quando optam por esta estratégia de marketing visam sobretudo a redução do risco de negócio. Na PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 8 prática esta premissa nem sempre se verifica. Por exemplo, uma empresa com uma diversificação ao nível dos produtos pode não diminuir o risco da sua atividade deestes produtos forem constituídos pela mesma matéria-prima principal. Uma estratégia de diversificação de produto consiste em investir no desenvolvimento de novos produtos ou em alterar características as características dos produtos mantendo-se a sua distribuição no mesmo mercado. A gama de produtos alarga-se e podem obter- se ganhos em economias de escala ou na rede de distribuição. No caso de desenvolvimento de produtos com características similares pode correr-se o risco de canibalização. A diversificação de mercado consiste em expandir a venda de produtos para novos mercados. A principal vantagem consiste em alargar a carteira de clientes e em tirar benefícios da curva de aprendizagem. Diversificar o mercado, não significa apenas expandir-se para novas regiões, mas também a possibilidade de exploração de novos canais de distribuição. SAIBA Canal de Distribuição é o caminho escolhido por uma empresa para fazer seus produtos chegarem aos consumidores certos, no local e no momento exato. Ou seja, canal de distribuição é a área do Marketing encarregada de colocar o produto adequado no momento e no local em que ele for necessitado pelos consumidores. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 9 Etapas do planejamento estratégico O planejamento estratégico organizacional é realizado em diversas etapas, de acordo com o porte, a estrutura e a mobilização das lideranças. De modo geral, as etapas do processo incluem: 1) Formulação dos objetivos organizacionais e das prioridades a curto, médio e longo prazo. Inclui a definição da visão – o que se “sonha” para a organização, o futuro realizável que motiva o presente. 2) Análise das forças e limitações internas – para o fortalecimento dos pontos fortes e superação dos pontos fracos. Inclui: O entendimento e a investigação da situação presente, com a modelagem dos grandes processos de negócios, a documentação e descrição desses processos e atividades, a construção de cenários, a identificação dos pontos de melhoria e mudança (tempo, custo e aplicação de tecnologias, por exemplo), a identificação de problemas. A análise dos recursos (financeiros, patrimoniais, humanos, tecnológicos) disponíveis para as operações atuais e futuras. Inclui a análise da estrutura organizacional (aspectos positivos e negativos, divisão de trabalho entre departamentos e unidades), como os objetivos organizacionais foram distribuídos em objetivos departamentais; como as áreas respondem às mudanças de rumo. Inclui também a avaliação dos resultados financeiros, de produtividade, inovação, crescimento. 3) Análise do ambiente externo, desafios e oportunidades. Envolve a avaliação e o monitoramento: Da conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais, legais, que afetam a sociedade e demais empresas. Do mercado e do público, das características atuais e das tendências futuras, das oportunidades e perspectivas. Das empresas que atuam na mesma área, com os mesmos clientes, consumidores, recursos, especialmente em relação a novos produtos, qualidade, reputação, imagem da marca. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 10 Dos fornecedores e parceiros, para verificar se os termos das negociações com estas empresas podem ser alterados em relação aos preços dos produtos e aos acordos de crédito. Da conjuntura tecnológica, pois as atividades-fim de muitas indústrias estão sujeitas a rápidas e imprevisíveis mudanças. O acompanhamento do mercado é seguido da formulação dos indicadores-chave que servirão para a o posicionamento da empresa. 4) Formulação das alternativas de melhoria, linhas de ação para alcançar os objetivos, tendo em vista as condições internas e externas, com: A análise das mudanças dos processos correntes (requisitos de mudança). A busca de novas práticas internas e nas demandas dos clientes. A modelagem e simulação de processos propostos. A identificação de responsáveis pelos novos processos. A identificação e detalhamento de tecnologias necessárias aos novos processos. O detalhamento do plano de desenvolvimento e implementação de novos processos. 5) Criação da estratégia (processos, produtos, estrutura, cultura, liderança), com o desenvolvimento de métricas de desempenho, planos de contingência, prazos e outras iniciativas para a implementação dos objetivos estratégicos. Uma análise dos projetos em realização verifica se estão alinhados aos objetivos a curto e médio prazos. 6) Consolidação ampla dos planos em toda a organização, de modo que cada unidade seja sistematicamente parte do planejamento, e sua revisão e alinhamento sejam permanentemente avaliados pela comunidade organizacional. 7) Controle estratégico dos resultados em relação aos objetivos do planejamento (através de ferramentas como Balanced Scorecard – BSC, por exemplo). O monitoramento da performance pode ser sistematizado através de relatórios periódicos. 8) Avaliação dos resultados, com indicadores que evidenciem se os resultados estão aquém das expectativas e precisam de interferência gerencial. Leva ao aprimoramento do planejamento e sua adaptação ao ambiente e à cultura corporativa. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 11 Resumidamente teremos a situação de um planejamento estratégico: Suas etapas do processo são: Análise SWOT – pontos fortes, fraquezas, oportunidades e ameaças. As partes interessadas identificam as maiores questões e os objetivos. Revisar a missão, visão e valores da empresa. Desenvolver planos de ação (se possível anuais) Estabelecer o orçamento. Executar e monitorar. Missão, visão e valores A missão é uma declaração concisa do propósito e das responsabilidades da sua empresa perante os seus clientes: Por que a empresa existe? O que a empresa faz? Para quem? A organização deverá seguir uma linha da qual não abre mão, como por exemplo: honestidade, respeito, qualidade, integridade, etc. Você é um empresário de visão, ou trabalha em uma empresa visionária? Como você imagina que será sua empresa nos próximos dez ou vinte anos? Estas perguntas podem ser respondidas se analisarmos o termo visão. A visão é a descrição do futuro desejado para a empresa. Esse enunciado reflete o alvo a ser procurado pelos esforços individuais, da equipe e pela alocação de recursos. A visão deve conter tanto a aspiração, como a inspiração. A aspiração de tornar-se "algo", e a inspiração porque esse "algo" deve merecer e valer a pena ser concretizado. Quando falamos em valores, estamos falando sobre princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam executando a missão, na direção da visão. Resumidamente, os valores definem as regras básicas que norteiam os comportamentos e atitudes dos colaboradores. São regras para que, executando a missão, se PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 12 alcance a visão. Os valores dão o suporte, é o foco da moral e ética da empresa. Figura 1 exemplif icando missão visão valores. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 13 Unid. II - Análise e diagnostico do ambiente e objetivo organizacionais Estratégia: o ambiente organizacional O ambiente pode ser definido como o conjunto de todos os fenômenos externos à organização que apresentem algum tipo de influência direta ou potencial sobre suas operações.Estratégia: conceito de ambiente organizacional O ambiente pode ser definido como o conjunto de todos os fenômenos externos à população de organizações em análise que a influenciam de forma real e/ou potencial. Esta definição foi enunciada por R. Hall em “Organizações: estrutura e processos”. Em estudos de estratégia, fatores ambientais podem ser considerados ao mesmo tempo, como restrições ou oportunidades às organizações, afetando-lhes a escala de operações e o modo de produção técnica, entre outras características. Estratégia: o papel do administrador em relação ao ambiente O acompanhamento da mudança no ambiente e a interpretação destas mudanças pelos gestores representam atividades que constituem um desafio contemporâneo para todas as organizações. Tradicionalmente, a função do estrategista exige coleta e interpretação de informações ambientais, apresentação de uma análise compreensiva a respeito dessas informações e formulação de previsões sobre as condições ambientais. Estratégia: a relação entre a organização e o ambiente Análise do Ambiente é o processo de identificação de Oportunidades, Ameaças, Forças e Fraquezas que afetam a empresa no cumprimento da sua Missão. Matriz de SWOT: Oportunidades são situações externas, atuais ou futuras que, se adequadamente aproveitadas pela empresa, podem influencia-la positivamente. Ameaças são situações externas, atuais ou futuras que, se não eliminadas, minimizadas ou evitadas pela empresa, podem afeta-la negativamente. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 14 Forças são características da empresa, tangíveis ou não, que podem ser potencializadas para otimizar seu desempenho. Fraquezas são características da empresa, tangíveis ou não, que devem ser minimizadas para evitar influência negativa sobre seu desempenho. De acordo com o conceito atual de Planejamento Estratégico, a sobrevivência e o sucesso da empresa dependem da sua sintonia com o ambiente. A dependência da empresa em relação ao seu ambiente torna vital um esforço permanente de monitoramento dos ambientes externo e interno. SAIBA – FORÇAS COMPETITIVAS – MODELO PORTER ADAPTADO Figura 2 O modelo das c inco forças de Por ter permi te anali sar o grau de atrat ividade de um setor da economia. Ele ident ifica os fatores que afetam a compet iti vidade, dentre os quai s uma das forças está dentro do próprio setor, sendo que os demais são externos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 15 Figura 3 - O modelo das c inco forças de Por ter permi te anali sar o grau de atrat ividade de um setor da economia. Ele identif ica os fatores que afe tam a compet it ividade, dentre os quais uma das forças es tá dentro do própr io setor, sendo que os demais são externos. VRIO: Um modelo de tomada de decisão Chama-se VRIO: Valor, Raridade, Imitabilidade e Organização. VRIO, é um mecanismo que integra dois modelos teóricos existentes: a perspectiva de posicionamento e a visão baseada em recursos. É a principal ferramenta para se conduzir uma análise interna. Representa quatro questões ou perguntas que uma pessoa deve fazer sobre um recurso ou capacidade para determinar seu potencial competitivo: 1. A questão do valor: o recurso permite que a empresa explore uma oportunidade ambiental e/ou neutralize uma ameaça do ambiente? 2. A questão da raridade: o recurso é controlado atualmente por apenas pequeno número de empresas competidoras? 3. A questão da Imitabilidade: as empresas sem esse recurso enfrentam uma desvantagem de custo para obtê-lo ou para desenvolvê-lo? 4. A questão da organização: as outras políticas e processos da empresa estão organizados para dar suporte à exploração de seus recursos valiosos, raros e custosos de imitar? PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 16 FIGURA 4 - ILUSTRAÇÃO DE VRIO FIGURA 5 APLICABILIDADE DO VRIO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 17 O Modelo de Cadeia de Valor de Michael Porter A Cadeia de Valor de Michael Porter é um modelo que ajuda a analisar atividades específicas através das quais as empresas criam valor e vantagem competitiva. Ou seja, é um conjunto de atividades que uma organização realiza para criar valor para os seus clientes. A maneira como as atividades dessa cadeia são realizadas determina os custos e afeta os lucros. Elementos na Cadeia de Valor de Porter Este modelo foca-se nos sistemas e na maneira como os inputs são mudados para outputs comprados pelos consumidores. A partir deste ponto de vista, Porter definiu uma cadeia de atividades, comum a todos os negócios, e dividiu-as em atividades primárias e de suporte, conforme se mostra no esquema abaixo: FIGURA 6 CADEIA DE VALOR DE PORTER As atividades primárias relacionam-se diretamente com a criação física, venda, manutenção e suporte de um produto ou serviço. Essas atividades genéricas primárias são as seguintes: Logística de entrada: Todos os processos relacionados com a recepção, controlo de inventário, marcação de transporte. Neste ponto, as relações que tem com os fornecedores são um fator decisiva para a criação de valor. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 18 Operações: inclui maquinaria, embalagens, montagem, manutenção de equipamento, testes e outras atividades de criação de valor que transformam inputs no produto final, para ser vendido aos clientes. Logística de saída: as atividades associadas com a entrega do seu produto ou serviço ao cliente, incluindo sistemas de recolha, armazenamento e distribuição e podem ser internos ou externos à organização. Marketing e Vendas: São os processos que a empresa utiliza para convencer os clientes a comprarem os seus produtos ou serviços. As fontes de criação de valor aqui são os benefícios que oferece e o modo como os transmite. Serviço: as atividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos ou serviços após a compra. Aqui incluem-se o apoio ao cliente, serviços de reparação e/ou instalação, formação, atualizações, etc. As atividades de apoio ajudam as atividades primárias. Aqui podemos encontrar: Infraestrutura: Estes são os sistemas de apoio que a empresa necessita para manter as operações diárias. Inclui a gestão geral, administrativa, legal, financeira, contabilística, assuntos públicos, de qualidade, etc. Gestão de Recursos Humanos: As atividades associadas ao recrutamento, desenvolvimento (educação), retenção e compensação de colaboradores e gestores. Uma vez que as pessoas são uma fonte de valor significativa, as empresas podem criar grandes vantagens se utilizarem boas práticas de RH. Desenvolvimento Tecnológico: inclui o desenvolvimento tecnológico para apoiar as atividades da cadeia de valor, como Investigação e Desenvolvimento (I&D), automação de processos, design, etc. Aquisição/Compra: Todos os processos que a empresa realiza para adquirir os recursos necessários para trabalhar: aquisição de matérias- primas, serviços, edifícios, máquinas, etc. Aqui também se inclui encontrar fornecedores e negociar os melhores preços. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 19 Como utilizar a Cadeia de Valor de Porter Para identificar e compreender a cadeia de valor da sua empresa deve seguir os seguintes passos: Determine que subatividades específicas criam valor. Deve ter em conta que existem 3 tipos diferentes de subatividades: Atividades diretas: criam valor por si próprias Atividades indiretas: permitem que as atividades diretas funcionem sem problemas Atividades de garantia de qualidade:asseguram que as atividades anteriores cumprem os padrões necessários. Determine as subatividades que criam valor dentro de cada atividade primária. Por exemplo, como é que a gestão de recursos humanos pode criar valor na logística de entrada, operações, logística de saída, etc. Encontre as ligações entre todas as atividades de valor identificadas. Vai demorar tempo, mas estas ligações são cruciais no aumento da vantagem competitiva da estrutura da cadeia de valor. Reveja cada uma das subatividades e ligações identificados e pense como é que pode mudá-las ou melhorá-las de modo a maximizar o valor que oferece aos seus clientes. A Cadeia de Valor de Porter é uma ferramenta muito útil para a gestão estratégica. SWOT SWOT é a sigla dos termos ingleses Strengths (Forças), Weaknesses (Fraqueza), Opportunities (Oportunidades), Threads (Ameaças) que consiste em uma ferramenta de análise. Na análise SWOT é um importante instrumento utilizado para planejamento estratégico que consiste em recolher dados importantes que caracterizam o ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da empresa. A técnica de análise SWOT foi elaborada pelo norte-americano Albert Humphrey. Análise Swot Cruzada A análise Swot cruzada consiste em cruzar as informações dos quatro quadrantes, de forma a obter uma moldura que permita delinear estratégias importantes para o futuro da PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 20 empresa/instituição. Para cada cruzamento é importante saber criar objetivos/estratégias: Pontos fortes x Oportunidades = estratégia ofensiva / desenvolvimento das vantagens competitivas. Pontos fortes x Ameaças = estratégia de confronto para modificação do ambiente a favor da empresa. Pontos fracos x Oportunidades = estratégia de reforço para poder aproveitar melhor as oportunidades. Pontos fracos x Ameaças = estratégia defensiva com possíveis modificações profundas para proteger a empresa. FIGURA 7 MATRIZ SWOT Matriz BCG A Matriz BCG é uma análise gráfica desenvolvida por Bruce Henderson para a empresa de consultoria empresarial americana Boston Consulting Group em 1970. Seu objetivo é suportar a análise de portfólio de produtos ou de unidades de negócio baseado no conceito de ciclo de vida do produto. Ela é utilizada para alocar recursos em atividades de gestão PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 21 de marcas e produtos (marketing), planejamento estratégico e análise de portfólio. Esta matriz é uma das formas mais usuais de representação do posicionamento de produtos ou unidades estratégicas de negócio da empresa em relação a variáveis externas e internas. Os produtos devem ser posicionados na matriz e classificados de acordo com cada quadrante: Ponto de interrogação (também conhecido como "criança-problema" ou "dilema" ou "oportunidade"): tem a pior característica quanto a fluxo de caixa, pois exige altos investimentos e apresenta baixo retorno sobre ativos e tem baixa participação de mercado. Se nada é feito para mudar a participação de mercado, pode absorver diversos investimentos e depois se tornar um "abacaxi". Por outro lado, por estar em um mercado de alto crescimento pode-se tornar um produto "estrela". Estrela: exige grandes investimentos e é referência no mercado, gerando receitas e desfrutando de taxas de crescimento potencialmente elevadas. Fica frequentemente em equilíbrio quanto ao fluxo de caixa. Entretanto, a participação de mercado deve ser mantida, pois pode-se tornar numa "vaca leiteira" se não houver perda de mercado. Vaca leiteira: os lucros e a geração de caixa são altos. Como o crescimento do mercado é baixo, não são necessários grandes investimentos. Pode ser a base de uma empresa, já que a empresa detém uma quota de mercado considerável. Abacaxi (também conhecido como "cão" ou "vira-lata", expressões que não traduzem bem o conceito em português): os "abacaxis" devem ser evitados e minimizados numa empresa. Cuidado com os caros planos de recuperação. Invista se for possível na recuperação, senão desista do produto. A baixa participação de mercado gera poucos lucros, mas estes estão associados a um baixo investimento devido ao crescimento do mercado praticamente nulo. A avaliação destes produtos deve ser feita de maneira a conseguir posicioná-los de maneira mais atrativa e rentável para a empresa, ou mesmo abandoná-los, quando a rentabilidade não seja de todo possível. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 22 FIGURA 8 CONCLUSÕES DE ACORDO COM BRUCE HENDERSON (CRIADOR DA MATRIZ BCG): "PARA TER SUCESSO, UMA EMPRESA PRECISA TER UM PORTFÓLIO DE PRODUTOS COM DIFERENTES TAXAS DE CRESCIMENTO E DIFERENTES PARTICIPAÇÕES NO MERCADO. A COMPOSIÇÃO DESTE PORTFÓLIO É UMA FUNÇÃO DO EQUILÍBRIO ENTRE FLUXOS DE CAIXA. PRODUTOS DE ALTO CRESCIMENTO EXIGEM INJEÇÕES DE DINHEIRO PARA CRESCER. PRODUTOS DE BAIXO CRESCIMENTO DEVEM GERAR EXCESSO DE CAIXA. AMBOS SÃO NECESSÁRIOS SIMULTANEAMENTE." A MATRIZ BCG TEM A VANTAGEM DE NÃO APRESENTAR UMA SÓ ESTRATÉGIA PARA TODOS OS PRODUTOS, BEM COMO EQUILIBRAR A CARTEIRA DE NEGÓCIOS E PRODUTOS EM GERADORES E TOMADORES DE CAIXA. CONSEGUE-SE ASSIM UMA REPRESENTAÇÃO VISUAL SIMPLES DOS PRODUTOS E SERVIÇOS DA EMPRESA, E DAS SUAS AVALIAÇÕES RELATIVAS. ESTA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PODE AJUDAR NAS TOMADAS DE DECISÃO. RESUMINDO: A MATRIZ BCG É UMA ANÁLISE GRÁFICA DESENVOLVIDA POR BRUCE HENDERSON PARA A EMPRESA DE CONSULTORIA EMPRESARIAL AMERICANA BOSTON CONSULTING GROUPEM 1970. SEU OBJETIVO É SUPORTAR A ANÁLISE DE PORTFÓLIO DE PRODUTOS OU DE UNIDADES DE NEGÓCIO BASEADO NO CONCEITO DE CICLO DE VIDA DO PRODUTO. Níveis da formulação estratégica Apesar das diferenças existentes entre um processo de planejamento apropriado a um negócio singular e outro direcionado para uma organização multinacional diversificada, há propriedades comuns. Ambos requerem uma participação firme dos níveis superiores da hierarquia da empresa e exigem a participação e contribuição individual dos níveis mais operacionais. É preciso aproximar os objetivos pretendidos pelos vários níveis organizacionais, com resultados coerentes com cada um dos campos de ação. São identificados três níveis conceituais da hierarquia: Nível Corporativo: Descrito como uma necessidade de direcionar o modo de compartilhar recursos e incumbências, respectivamente fortalecedores e constrangedores da formulação das estratégias de mercado. Nível de Negócios: Aqui são tratadas, pelos administradores, as questões mais detalhadas pertinentes às opções estratégicas de segmentação de mercado dos produtos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 23 Nível Funcional: Estas estratégias não são sempre consolidadas pelas exigências da demanda surgida pela implantação dos negócios da empresa, mas igualmente pela imposição de direções estratégicas legítimas que delimitam suas características nesse negócio singular, equacionando os problemas específicos de cada uma das áreas funcionais: Marketing, Produção, Finanças, Pesquisa e Desenvolvimento, Recursos Humanos etc. Um processo de planejamento deve ser organizado e disciplinado para orientar e direcionar todas as tarefas e componentes necessários ao pleno desenvolvimento da estratégia dos negócios: FIGURA 9 PROCESSO FORMAL DE PLANEJAMENTO ESTRATEGICO DE NEGOCIOS Os componentes internos indicados na Figura 1 são: (1) Diagnóstico organizacional e definição da missão da empresa ou do negócio; (2) Formulação da estratégia do negócio e os amplos programas de ação; (3) Formulação e avaliaçãode programas de ação específicos. Estes três componentes aliam-se a mais três novos itens para consolidar o processo de Planejamento Estratégico, que são: (4) Alocação de recursos e a definição das medidas de performance para o controle administrativo (constituem a autorização final pela alta administração da empresa e a liberação de recursos, em função dos méritos das estratégias PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 24 apresentadas, das possibilidades de avaliar as questões presentes no portfólio de negócios); (5) Orçamento no nível de negócio; (6) Análise do orçamento e aprovação dos fundos operacionais e estratégicos (para assegurar o desempenho de novas oportunidades e introduzir mudanças significativas nas condições dos negócios existentes). A ilustração enfatiza os níveis corporativos e de negócios e os seus papéis no processo de planejamento. A corporação é o limite para atribuir os propósitos dos negócios, alocação de recursos (principalmente os financeiros), para aprovar os orçamentos resultantes. Enquanto cada unidade de negócios é concebida para ser uma entidade autônoma tendo todos os suportes funcionais, a participação funcional está implícita no nível do negócio. Cada componente da companhia desenvolve o seu próprio pensamento estratégico e faz com que a o Planejamento Estratégico seja efetivo, ao encontrar equipes eficientes e eficazes, uma estrutura organizacional perfeitamente delineada e aceita, e um sistema de informações gerenciais adequado, permitindo ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização no relacionamento da empresa com o seu ambiente. O Planejamento Estratégico requer, mais do que outros esforços, o desenvolvimento, na equipe de administração, da essência de compartilhar um sentimento de valores, filosofia e prioridades corporativas, um profundo entendimento da coleção dos negócios da organização, e um conhecimento profissional anterior e competência administrativa, conduzindo aos limites da criatividade a equipe formada. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 25 FORMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO CORPORATIVO Conforme a Figura abaixo, o processo formal de Planejamento Estratégico Corporativo apresenta 12 passos distintos. A Figura 10 indicada as posições relativas aos seus passos fundamentais: (1) Diagnóstico da Corporação: filosofia empresarial, missão corporativa e identificação das UENs e suas interações, cumprindo as seguintes tarefas: Comunicar os termos dos propósitos corporativos, escopo dos negócios e fatores de competitividade; Estruturar uma programação que regule os relacionamentos entre a empresa e os seus proprietários: empregados, fornecedores, distribuidores, acionistas, comunicando a maneira de operação da companhia; Estabelecer os objetivos corporativos nos termos de crescimento e produtividade. FIGURA 10 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 26 (2) Postura Estratégica e Guias para o Planejamento: pressões estratégicas, objetivos de performance e planejamento de desafios, compreendendo: Análise interna do nível corporativo; Postura estratégica da empresa; Impulsos estratégicos; Objetivos de performance da corporação. (3) Diagnóstico do Negócio: o escopo e identificação dos segmentos produto/mercado, e dos relacionamentos para a efetividade das propostas, destacando a análise da missão de cada um dos empreendimentos. (4) Formulação da Estratégia de Negócios e Programas Amplos de Ação: considerando as variáveis não-controladas e as competências internas na administração do processo de planejamento empreendido. (5) Formulação da Estratégia Funcional: participação no planejamento de negócios, concorrência ou não-concorrência para os propósitos estratégicos de negócios e programas amplos de ação. (6) Consolidação das Estratégias de Negócios e Funcionais: procura atender determinados itens: Resolução das questões existentes entre os níveis funcionais e de negócios; Equilíbrio no portfólio da empresa, atendendo aos negócios de rendimento de curto, médio e longo prazos, as tendências de risco e retorno dos investimentos; Definição da viabilidade dos fundos estratégicos para o máximo crescimento sustentável; Avaliação preliminar dos propósitos dos programas de ação e definição das prioridades de alocação de recursos. (7) Definição e Avaliação de Programas: as ações específicas para o nível de negócios. (8) Definição e Avaliação de Programas: as ações específicas para o nível funcional. (9) Alocação de Recursos e Definições de Medidas de Performance: voltado para o controle administrativo, mediante os seguintes procedimentos: Coleta e classificação das informações provenientes das UENs, e das unidades funcionais; Análise da coerência entre o papel estratégico assumido pelas UENs e as unidades funcionais, e as requisições de fundos; Análise dos indicadores econômicos para avaliar o potencial dos programas propostos; Alocação final de recursos no início do exercício do plano estratégico; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 27 Desenvolvimento de medidas de performance para controlar e monitorar as programações amplas e específicas referentes às estratégias de negócios e funcionais, no curto e longo prazos. (10) Orçamento no Nível de Negócios (11) Orçamento no Nível Funcional. (12) Orçamentos Consolidados: pela aprovação dos fundos estratégicos e operacionais. Lembre-se É fundamental que o objetivo de uma organização esteja diretamente relacionado à sua missão, isto é, a razão pela qual a organização existe. O segundo passo é identificar a qual etapa associada a definição de aumentar a lucratividade; e por fim, a qual etapa está associada a ação de identificar as aquisições das redes nacionais de atuação regional. Lembre-se O ambiente geral é composto por cinco componentes: demográfico, econômico, político-legal, sociocultural e tecnológico. Lembre-se O modelo das cinco forças compreende a análise das cinco forças: concorrência entre as empresas do setor, ou seja, o nível de rivalidade entre elas; o poder de barganha, isto é, a sua força de negociação; o poder de barganha dos compradores; o risco de novos entrantes, isto é, de novos concorrentes, e o risco de produtos substitutos. Análise do Ambiente Interno O ambiente interno é o nível de ambiente da organização que está dentro da organização e normalmente tem implicação imediata e específica na administração da organização. A análise interna tem por finalidade colocar em evidência as deficiências e qualidades da empresa que está sendo analisada, ou seja, os pontos fortes e fracos da empresa deverão ser determinados diante da sua atual posição produto-mercado. Essa análise deve tomar como perspectiva para comparação as outras empresas do seu setor de atuação, sejam elas concorrentes diretas ou apenas concorrentes potenciais. Para o estabelecimento dos pontos fortes, fracos e neutros da companhia, o executivo deverá analisar uma série de aspectos importantes do ambiente interno, tais como: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 28 Aspectos organizacionais: rede de comunicação; estrutura da organização; registro dos sucessos; hierarquia de objetivos; política, procedimentos e regras e habilidades da equipe administrativa. Aspectos do pessoal: relações trabalhistas; práticas de recrutamento; programas de treinamento; sistema de avaliação de desempenho; sistema de incentivos; rotatividade e absenteísmo.Aspectos de marketing: segmentação do mercado; estratégia do produto, preço, promoção e distribuição. Aspectos de produção: Layout das instalações da fábrica; pesquisa e desenvolvimento; uso de tecnologia; aquisição de matéria-prima; controle de estoques e uso de subcontratação. Aspectos financeiros: liquidez; lucratividade; atividades e oportunidades de investimentos. GESTÃO ESTRATÉGICA: A VBR PARA ANÁLISE INTERNA DE EMPRESAS A Visão Baseada em Recursos (VBR) é uma perspectiva da estratégia que explica a vantagem competitiva a partir dos recursos e competências distintivos da firma. A escolha estratégica inevitavelmente é baseada em recursos, pois a estratégia competitiva por menor custo total depende de tecnologias para obter economias de escala, de fontes de matérias primas e mão de obra de baixo custo; e a estratégia competitiva por diferenciação de produto depende de recursos raros e valiosos, tais como as marcas, as patentes, as redes de serviços e de distribuição, que também são fatores de produção. Em ambos os casos, os fatores são recursos. RBV este modelo parte da análise interna da empresa (as forças e fraquezas da matriz SWOT) adota duas premissas: 1. As firmas, mesmo dentro de uma mesma indústria, são heterogêneas com respeito aos recursos estratégicos que controlam. Esses recursos não são perfeitamente distribuídos entre as firmas, o que faz com que a vantagem competitiva obtida por algumas firmas possa durar muito tempo. Os recursos de uma firma podem ser classificados em: Capital físico: tecnologia, equipamentos, localização geográfica ou acesso a matéria-prima. Capital humano: a capacidade intelectual e de relacionamento que pode ser encontrada nas pessoas, sejam os gerentes ou os trabalhadores de maneira geral. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 29 Capital organizacional: diz respeito a estrutura formal da empresa, a forma como ela se organiza, suas ferramentas de controle, seus sistemas de coordenação e as relações informais entre os grupos. A utilização destes recursos de forma diferenciada por uma determinada empresa pode fazer com que ela obtenha vantagem competitiva em relação a seus concorrentes. Vantagem competitiva e recursos Vantagem competitiva diz respeito a situação na qual encontra-se uma empresa que implementa uma estratégia de criação de valor que não está sendo implementada por outros competidores, sejam eles atuais ou potenciais. Ela se torna sustentável quando há dificuldade para outras firmas replicarem os benefícios daquela que está em melhores condições estratégicas. O que é competência essencial? Define competência essencial como um conjunto de habilidades e tecnologias que permite a uma organização oferecer um determinado benefício aos clientes. Você identifica uma competência essencial, quando ela gera valor percebido pelo cliente, provoca diferenciação entre concorrentes e possui capacidade de expansão. As competências essenciais têm um impacto profundo sobre o potencial de crescimento e diferenciação competitiva de uma empresa, como por exemplo, no caso da Sony, a capacidade de oferecer aos clientes portabilidade de sua linha de produtos, a miniaturização de seus produtos inovadores, formam uma posição de liderança no mercado de eletrônicos. As competências mais valiosas são as que abrem as portas para uma ampla variedade possíveis de mercados e de produtos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 30 FIGURA 11 O PROCESSO DA COMPETÊNCIA Lembre-se FIGURA 12 A CADEIA DE VALOR DE MICHAEL PORTER É UM MODELO QUE AJUDA A ANALISAR ATIVIDADES ESPECÍFICAS ATRAVÉS DAS QUAIS AS EMPRESAS CRIAM VALOR E VANTAGEM COMPETITIVA. OU SEJA, É UM CONJUNTO DE ATIVIDADES QUE UMA ORGANIZAÇÃO REALIZA PARA CRIAR VALOR PARA OS SEUS CLIENTES. A MANEIRA COMO AS ATIVIDADES DESSA CADEIA SÃO REALIZADAS DETERMINA OS CUSTOS E AFETA OS LUCROS. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 31 Diagnostico dos ambientes externo e interno – definição de cenários FIGURA 13 RESUMO ILUSTRATIVO AO TEMA. Definição dos objetivos organizacionais Para Chiavenato, objetivos organizacionais são o fim desejado que a organização pretende atingir e que orientam o seu comportamento em relação ao futuro e ao ambiente interno e externo. Neste sentido os objetivos organizacionais são a razão de ser das organizações, que necessitam de um fim objetivo. Reflita PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 32 Neste processo usamos as ferramentas: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 33 Quando o planejamento estratégico atinge a fase de refinamento das estratégias em objetivos estratégicos para todas as áreas da organização, um dos desdobramentos mais importantes é o que ocorre na área de Marketing para apontar os rumos dos produtos da empresa. Neste momento dois modelos estratégicos são utilizados pelas empresas para auxiliar o planejamento das vendas e acompanhar os seus produtos: As matrizes BCG e de Ansoff. A Matriz BCG é uma análise gráfica do ciclo de vida de um portfólio de produtos, desenvolvida por Bruce Henderson para a consultoria Boston Consulting Group. Nela, pode ser analisada a taxa de crescimento do mercado onde uma linha de produtos é oferecida, e comparada à participação relativa no mercado de cada produto, uma espécie de quota percentual de mercado. A matriz é dividida em quatro quadrantes pelo cruzamento dois eixos: A taxa de crescimento atual do mercado onde a linha de produtos é oferecida, e o ponto de equilíbrio financeiro da linha de produtos analisada, ou seja, a partir de que percentual de participação no mercado o portfólio de produtos pode ser considerado lucrativo. A Matriz de Ansoff se preocupa com a seleção do mix de produtos que a empresa produzirá, e com os mercados nos quais ela os venderá. Nesse contexto, a matriz visa apontar a direção dos negócios futuros da empresa, apresentando quatro alternativas: Penetração no mercado, onde a empresa foca na mudança de clientes ocasionais para clientes regulares e de clientes regulares para usuários intensivos do produto; desenvolvimento de mercado, quando a empresa tenta conquistar clientes da concorrência, introduzir produtos existentes em mercados externos ou introduzir novas marcas no mercado; desenvolvimento de produtos, onde a empresa busca vender outros produtos a clientes regulares intensificando os canais existentes de comunicação; e diversificação, que é a mais arriscada das estratégias, quando a empresa normalmente foca na comunicação explicando por que está entrando em novos mercados com novos produtos, visando ganhar credibilidade. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 34 Unid. III Formulação da estratégia e posicionamento Assimile: As forças competitivas, as estratégias genéricas e a cadeia de valor de Michael Porter Michael Porter define a importância para as Organizações em possuir uma estratégia bem definida, como meio para se fortalecer frente às forças competitivas, através da análise da cadeia de valor. AS CINCO FORÇAS COMPETITIVAS (5 forças de Porter). 1. Ameaça de novos concorrentes Essa força refere-se ao grau de facilidade ou dificuldade que um concorrente enfrenta para adentrar em um setor. Quanto mais complexa a entrada, menor será a concorrência e com isso maiores serão as chances de lucros em menos tempo. 2. Produtos substitutos Essa outra força competitiva refere-se ao grau de facilidade com que um consumidor consegue substituir um produto ou serviço por outro, há uma troca por algo similar ou alternativo. 3. Poder de barganha doscompradores Quanto a essa outra força, a mesma é relativa ao poder que os consumidores podem possuir, na medida em que nem todos são iguais, muitas vezes se utilizando de meios para forçar redução de preços, comorando em grandes quantidades ou em lotes. Dessa maneira, por exemplo, uma grande rede consegue comprar (e vender), em grande escala, comorando a um preço menor e vendendo a um preço mais competitivo, trabalhando sua margem de lucro, em oposição a uma empresa de pequeno porte, essa não conseguirá competir de maneira equiparada. 4. Poder de barganha dos fornecedores Nessa força, Porter observa que as características se assemelham ao poder de barganha dos compradores, mas delineia algumas peculiaridades, determinando que a força dos fornecedores será maior em casos que não precisam enfrentar produtos substitutos no setor, seus produtos são essenciais ao comprador (relação de dependência), implicação de ameaça do fornecedor se tornar um concorrente em potencial. 5. Rivalidade entre os concorrentes Essa última força, a mais clara em termos de competição em um setor, Porter afirma que o grau de competitividade de um setor é determinado pela rivalidade entre os concorrentes. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 35 AS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS GENÉRICAS Porter descreve estratégia competitiva como sendo sinônimo de decisões, onde devem ocorrer ações ofensivas ou defensivas com a finalidade de criar uma posição que permita se defender em um setor, para conseguir lidar com as cinco forças competitivas e com isso conseguir e expandir o retorno sobre o investimento. Essas são as estratégias genéricas, e são assim entendidas: 1. Liderança Geral de Custos – Através dessa estratégia, que visa o baixo custo produtivo, a redução e controle total de custos, proporciona uma postura defensiva ante as cinco forças competitivas de diversas formas. 2. Diferenciação – Porter sugeriu a diferenciação como uma alternativa à liderança de custos. Com a diferenciação, a empresa se preocupa menos com os custos e tenta ser vista no setor como tendo algo de singular a oferecer. 3. Enfoque – Pode ser entendida como a estratégia que direciona seus esforços para um nicho bem mais específico de atuação, oferecendo produtos e serviços estritamente destinados àqueles clientes inclusos em seu nicho de atuação, não buscando atingir outros nichos, mas sim se especializar e comprovar sua superioridade em fornecimento frente a outras empresas optantes por estratégias de custos e diferenciação. Após visualizado os três tipos de estratégias genéricas propostas por Porter, fica nítida a necessidade das Organizações de se enquadrarem em alguma delas, como sendo um aspecto delimitador e delineador capaz de nortear as atividades organizacionais, não deixando brechas para dúvidas e desvios com relação aos objetivos da empresa, bem como edificar o pensamento e planejamento estratégico. Apenas assim a Organização será capaz de efetuar o embate frente às forças competitivas, ou seja, conseguem estabelecer estratégias de defesa. ATENÇÃO – TRADE OFF, UMA DECISÃO ENTRE CUSTOS E BENEFÍCIOS UMA DECISÃO ENTRE CUSTOS E BENEFÍCIOS OU COMPENSAÇÃO DE CUSTOS É O RECONHECIMENTO DE QUE OS PADRÕES DE CUSTOS DAS VÁRIAS ATIVIDADES DA EMPRESA FREQÜENTEMENTE REVELAM CARACTERÍSTICAS QUE AS COLOCAM EM CONFLITO MÚTUO". DECISÕES DE MELHORAR E PADRONIZAR OS PROCESSOS (ESTOCAGEM, ARMAZENAMENTO, PROCESSAMENTO DE PEDIDO, TRANSPORTE, PRODUÇÃO, ETC), ANALISAR OS DESPERDÍCIOS, FOCAR NOS CLIENTES, ADQUIRIR TECNOLOGIA E EQUIPAMENTOS, OU CAPACITAR OS COLABORADORES, PARA ALGUNS GESTORES, SÃO CUSTOS. PORTANTO, TRADE-OFF PODE SER ENTENDIDO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 36 COMO A RELAÇÃO ENTRE OS CUSTOS PARA MELHORIA DE ALGO QUE TRARÁ BENEFÍCIOS FUTUROS PARA A EMPRESA. FIGURA 14 Estratégias Competitivas Já o termo "estratégia competitiva" atualmente se refere a como uma empresa decide competir em um mercado em resposta às estratégias e posições de seus competidores de modo a ganhar uma vantagem competitiva sustentável. Segundo Porter, estratégia competitiva “é a busca de uma posição competitiva favorável em uma indústria, a arena fundamental onde ocorre a concorrência. A estratégia competitiva visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência da indústria.” Afirma ainda que uma empresa pode modelar a atratividade de uma indústria e sua posição competitiva. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 37 FIGURA 15 FIGURA 16 De acordo com Hooley, Piecy e Nicoulaud (2011), existem cinco estratégias competitivas que podem ser praticadas por uma organização: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 38 FIGURA 17 CINCO TIPOS DE ESTRATÉGIA COMPETITIVA Estratégia de construção Melhorar desempenho da empresa por meio da expansão de suas atividades; Muito adequada para mercados em crescimento, onde a competitividade costuma ser menor; Também usada quando os concorrentes apresentam deficiências; Ataque frontal – atacar diretamente concorrentes para se fortificar no mercado ou obter melhor posicionamento; Ataque pelos flancos – exemplo Vanish – ataque concentrado nas fraquezas do concorrente, em especial, com ataques em regiões demográficas pouco exploradas pelo concorrente; Ataque de cerco – Tentativa de bloquear acesso do concorrente a insumos e/ou clientes; Tentativa de bloquear acesso do concorrente a insumos e/ou clientes – – Métodos pouco usuais, onde empresa mais fraca tenta atacar defensor mais forte para ir minando a sua credibilidade, em especial, durante fase de testes ou lançamento de novos produtos. Estratégia de sustentação Fortificação e defesa – Envolve uso de barreiras de novos concorrentes ou de imitação do produto ou serviço oferecido pela empresa; Defesa de flancos – Implica em fortalecer as deficiências de uma empresa – Outra opção seria rápidos contra-ataques às empresas desafiantes de mercado em seus pontos vulneráveis, principalmente quando concorrente está deficiente de recursos; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 39 Defesa móvel – Visa à atualização e aprimoramento continuo das ofertas da empresa no mercado – Essencial em mercados tecnológicos onde desejos dos consumidores mudam rapidamente; Retirada estratégica – Abandonar mercados insustentáveis e permitir a concentração no negócio central da empresa – Isso irá fortalecer empresa, e evitar desperdícios de recursos numa “batalha perdida”. Estratégias de nicho de mercado Nichos de mercado são segmentos ou públicos cujas necessidades particulares são pouco exploradas ou inexistentes. A estratégia de aproveitamento de nichos está justamente na identificação das bases de segmentação que, quando explorados, representam o diferencial ou vantagem competitiva à empresa (ou pessoa). Estratégia de colheita A estratégia de colheita, mais comumente chamada de estratégia de saída, é a forma como um empreendedor ou investidor tenta extrair o seu dinheiro de um negócio depois de ter se tornado bem sucedido. Esta seção de um plano de negócios detalha qual é a estratégia que o empresário escolheu e quanto dinheiro ele espera ganhar. Os dois principais métodos de colheita de investimento são a venda da empresa, geralmente para uma empresa maior, e a oferta pública inicial, na qual a empresa torna-se cotada na bolsa de valores e venda de ações. Embora não haja um período de tempo universal para sair de uma empresa, a maioria dos investidores espera obter seu dinheiro de volta em três a cinco anos. Estratégia de desinvestimentoO assunto desinvestimento ainda é incomum no Brasil, muito por conta das poucas saídas já vistas no mercado. Por outro lado, planejar esse momento pode ajudá-lo a conseguir investimento e também se proteger numa eventual saída. Neste artigo iremos detalhar a importância de se planejar estratégias de saída e apresentar um mecanismo fundamental para empreendedores: a cláusula de drag/ tag along. Na cláusula de drag along, os acionistas são forçados a vender suas ações quando o majoritário vender também, pelas mesmas condições. Já na cláusula tag along ocorre o oposto, com a proteção dos minoritários que podem vender as suas ações pelas mesmas condições do majoritário. Isso evita que se façam acordos paralelos, favorecendo uma das partes. Em suma, o desinvestimento se faz por: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 40 Quando estratégia de colheita não dá mais certo, está é a estratégia a ser adotada; Eliminação do produto do portfólio da empresa, que deve ser feita de modo rápido e com o menor custo possível. Estratégias de inovação e características estruturais da inovação Inovação – Peter Drucker (apud IRELAND; HOSKISSON; HITT, 2014): – “inovação é o meio pelo qual o empreendedor cria novos recursos de produção de riquezas ou fornece recursos existentes com potencial melhorado para produzir riquezas”. Inovação – modos – De acordo com Ireland, Hoskisson e Hitt (2014), há três formas pelas quais as organizações inovam: Inovação interna – Por meio de pesquisa em P&D (pesquisa e desenvolvimento); Principalmente nas organizações de grande porte – Eventualmente é interessante patentear inovação; Inovação por meio de estratégias de cooperação – Inovação por meio de aquisições. Tipos de inovações Inovação em Produto. É a introdução no mercado de um produto novo ou a incorporação de melhoria significativa em produto existente, proporcionando valor ao cliente; Inovação em Serviços; Inovação de Processo; Inovação em Marketing; Inovação Organizacional; Inovação de Modelo de Negócio. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 41 FIGURA 18 FIGURA 19 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 42 ESTRATÉGIAS BASEADAS NO CONHECIMENTO As estratégias baseadas no conhecimento (knowledge-based view - KBV) passam a ter uma importância crescente nas organizações e por consequência nas discussões de pesquisas no campo da estratégia (GRANT, 1996), (SVEIBY, 2001), (EISENHARDT e SANTOS, 2002). Tipos de conhecimento FIGURA 20 Conhecimento tácito – Este é um conhecimento particular do indivíduo, sendo a sua explicação ou ensinamento para outras pessoas através de métodos didáticos conveniais difícil ou impossível. Conhecimento explícito – é o conhecimento que já foi ou pode ser articulado, codificado e armazenado de alguma forma em alguma mídia. Ele pode ser prontamente transmitido para outras pessoas. A informação contida nas enciclopédias (incluindo a Wikipédia) é um bom exemplo do conhecimento explícito. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 43 Learning Organization – a tendência atual, a qual envolve todos da equipe para sugerir e solucionar problemas e no "aperfeiçoamento contínuo baseado nas lições de experiência" (Richard L. Daft). A organização que aprende não mede esforços para melhorar o trabalho e o processo organizacional e busca uma transformação que envolve reprojetar e renovar toda a organização, criando também um clima democrático livre de hierarquias rígidas, reduzindo custos e processos, eliminando burocracias e estimulando ao máximo a ampliação dos conhecimentos das pessoas e estimulando-as a produzir novos conhecimentos e informações úteis às organizações. Gerando um clima harmonioso de confiança e respeito entre os membros proporcionando um ambiente agradável, inovando sempre e assumindo riscos que ainda é a melhor forma de aprendizado. FIGURA 21 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 44 FIGURA 22 ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO SAIBA – Gestão do Conhecimento Do inglês KM - Knowledge Management, é o nome dado ao conjunto de tecnologias e processos cujo objetivo é apoiar a criação, a transferência e a aplicação do conhecimento nas organizações. O conhecimento e a gestão do conhecimento são conceitos complexos e multifacetados. A Gestão do Conhecimento é um processo para criação, captura, armazenamento, disseminação, uso e proteção do conhecimento importante para a empresa. A Gestão do Conhecimento, por meio de suas práticas, objetiva organizar de forma estratégica os conhecimentos dos colaboradores e os conhecimentos externos, que são fundamentais para o sucesso do negócio. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 45 FIGURA 23 Unid. IV Implementação e Controle do Planejamento Estratégico Implementação da Estratégia – Um dos momentos mais importantes de todo o processo de planejamento consiste na implementação da estratégia, pois é nessa fase que o planejamento irá se concretizar. Atualmente percebe-se que umas parcelas mínimas das estratégias formuladas são implementadas. Em geral, os gestores buscam resolver esse problema, ampliando o controle, buscando gerenciar a cultura organizacional ou ainda colocando a culpa nos executantes, alegando que esses são incapazes de colocar em prática o que foi formulado. Entretanto, o verdadeiro problema pode estar além: na separação entre formulação e implementação, na dissociação entre pensar e agir. Tarefas da implementação estratégica – a Gestão estratégica é definir de maneira explícita, participativa e com base em um diagnóstico atual e futuro de seus ambientes interno e externo, o rumo que se pretende dar à organização, formulando missão, visão e valores, além de implementar e controlar os objetivos, estratégias e planos de ações definidos. Agenda: Implementação de Estratégias – Visão Corporativa sobre estratégias Questões na formulação e na implementação da estratégia Análise das mudanças provocadas pelas estratégias Analisar a estrutura organizacional Analisar a cultura organizacional Selecionar uma abordagem para a implementação Implementar as estratégias PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 46 Questões na formulação e na implementação das estratégias – Para atingir seus objetivos, uma organização deve não somente formular, mas também implementar efetivamente suas estratégias. Se uma dessas tarefas for malfeita, provavelmente o resultado ocasione uma falha na estratégia global da empresa. Veja na tabela a seguir a relação entre as variáveis de formulação e implementação: FIGURA 24 TAREFAS ENVOLVIDAS NA IMPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 47 Analisar a estrutura organizacional – Existem dois tipos de estrutura organizacional: a formal, que representa o relacionamento hierárquico entre os diversos níveis de cargos e funções; e a informal, que representa o relacionamento social baseado nas amizades ou interesses compartilhados entre os diversos membros de uma organização. Ao implementar uma estratégia, os administradores devem levar em conta as duas estruturas, a formal e a informal. Isso porque é preciso saber se as estruturas promoverão ou impedirão o sucesso da implementação. Plano de ação e comunicação – O plano de comunicação é uma das ferramentas-base para o trabalho de assessoria de imprensa. É nele que a agência de comunicação estabelece qual o caminho que a comunicação organizacional irá percorrer, por meio de análises e estudos sobre a empresa, e pesquisas sobre o mercado e as tendências. O planejamentoé realizado para suprir as necessidades da empresa perante seus Stakeholders, conhecidos também como públicos de interesse. Ele também é essencial para reforçar suas ações positivas, preocupando-se com qual mensagem será transmitida e como. Para elaborar um plano de comunicação é importante incluir os seguintes itens: Objetivo: o que se pretende atingir com tal comunicação; Mensagem: o que e como se pretende divulgar; Público: quem se pretende atingir com a mensagem (colaboradores, clientes, fornecedores, imprensa etc.); Estratégia: quais serão as ferramentas de comunicação eficazes para transmitir a mensagem e qual deverá ser o momento para isto; Avaliação: de que forma a mensagem foi recebida pelo público, se o alvo atingido foi o definido. Além destes itens, é importante criar e incluir um cronograma das ações estabelecidas para, desta forma, conseguir cumprir os prazos. Em alguns casos, é necessário acrescentar neste plano de comunicação o orçamento, que estabelece os custos para cada ação. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 48 FIGURA 25 PLANOS ESTRATÉGICOS NO NÍVEL CORPORATIVO E DE UNIDADE DE NEGOCIOS E O PLANO DE AÇÃO E COMUNICAÇÃO Balanced scorecard – BSC é uma metodologia de medição e gestão de desempenho desenvolvida pelos professores da Harvard Business School (HBS) Robert Kaplan e David Norton, em 1992. O conceito de Balanced Scorecard (BSC) pode ser definido como um modelo de gestão estratégica que auxilia a mensuração dos progressos das empresas rumo às suas metas de longo prazo, a partir da tradução da estratégia em objetivos, indicadores, metas e iniciativas estratégicas. Portanto, o conceito de BSC nos apresenta alguns termos-chave: Gestão estratégica Mensuração de progressos Estratégia Objetivos Indicadores Metas Iniciativas estratégicas Para isso, a mensuração deve levar em conta 4 perspectivas estratégicas que analisaremos em seguida. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 49 Perspectiva Financeira Perspectiva do Mercado Perspectiva de Processos Internos Perspectiva de Aprendizado Para tornar nossa empresa mais valiosa e lucrativa, precisamos satisfazer o mercado e nossos clientes. Para isso, é preciso melhorar nossos processos internos, o que só será possível se aprendermos com a experiência e praticarmos a inovação. Depois de definir cada uma das perspectivas, ao responder essas perguntas, é preciso transformar a estratégia em ação. Dessa forma, 4 elementos importantes que fazem parte do conceito de Balanced Scorecard (BSC) deverão ser determinados para cada perspectiva individualmente. Definindo objetivos, indicadores, metas e projetos estratégicos Tendo entendido plenamente como cada uma das perspectivas influi e deve ser tratada em seu negócio, é preciso agora definir para cada uma delas: Seus objetivos; Que indicadores usar; As metas a serem atingidas; PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 50 Os projetos estratégicos na prática. Para facilitar seu entendimento desses 4 conceitos do Balanced Scorecard, apresentamos a seguir uma definição prática: Objetivos: Definir o que a empresa deseja alcançar em cada perspectiva estratégica. Indicadores: Indicam o desempenho da empresa referente a cada objetivo definido. Metas: Em função dos indicadores, qual o nível de performance esperado que se deve atingir. Projetos estratégicos: As ações, iniciativas e intervenções que devem ser tomadas para que se atinjam as metas de desempenho determinadas. Como se vê, o Balanced Scorecard tem um conceito que visa decupar* (* partir e reorganizar (texto) para facilitar a compreensão) cada etapa da análise até se chegar ao nível operacional: o que precisamos fazer para chegar aos objetivos estratégicos da empresa? São as chamadas iniciativas ou projetos estratégicos que traduzem a estratégia em ações práticas, que devem ser medidas e acompanhadas. E para que tudo isso fique mais fácil de se entender e divulgar pela empresa, devemos construir um Mapa Estratégico do BSC. Mapa Estratégico do BSC: FIGURA 26 - OS BENEFÍCIOS DO BSC COMO FERRAMENTA DE GESTÃO ESTRATÉGICA SÃO VISÃO CLARA DA EMPRESA, ALINHAMENTO DAS AÇÕES COM OS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO, FACILITAÇÃO DA ESTRATÉGIA DA TI ENTRE MUITOS OUTROS BENEFÍCIOS. PARA QUE O PROJETO TENHA ÊXITO É NECESSÁRIO O APOIO TOTAL DA ALTA ADMINISTRAÇÃO, ESTRATÉGIA BEM DEFINIDA E INTELIGÍVEL, ÓTIMA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA ENTRE OUTROS. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 51 Mapa Estratégico Genérico: FIGURA 27 MAPA ESTRATÉGICO DO BALANCED SCORECARD COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA RESULTADO, OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS FORAM DEFINIDOS EM QUATRO PERSPECTIVAS: FINANCEIRA, RELACIONADA AO APOIO FINANCEIRO AO PROGRAMA; PROCESSOS INTERNOS, RELACIONADA AO CONTROLE E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES, BEM COMO DEFINIÇÃO E APROVAÇÃO DAS IDÉIAS; DESENVOLVIMENTO E COMUNICAÇÃO, RELACIONADA À DIVULGAÇÃO INTERNA E EXTERNA DE ASPECTOS IMPORTANTES DO PROGRAMA; E PARTICIPAÇÃO, RELACIONADA AO ENVOLVIMENTO DOS SERVIDORES COM AÇÕES CONCRETAS DO PROGRAMA Fim do resumo do livro didático. Tenham sempre bons estudos para obter os melhores resultados. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 52 BONUS – MATRIZ BCG Matriz BCG – Conceito: Uma metodologia gráfica que define e compara diferentes produtos ou unidades de negócio de uma empresa, baseada em volume, participação de mercado e crescimento de mercado, com o objetivo de se tomar as decisões estratégicas mais adequadas sobre cada produto ou negócio analisado. Ao final, as decisões podem ser quatro, que detalharemos mais adiante neste artigo: Construir: aumentar a participação de mercado. Manter: preservar a participação no mercado. Colher: conseguir o máximo do negócio e aos poucos descontinuá-lo. Abandonar: vender ou encerrar o negócio. A matriz BCG pode ser bastante útil para empresários que comercializam diferentes tipos de produtos e precisam decidir quais deles devem receber mais investimentos e quais talvez já não valham mais a pena receber recursos e despender esforços. 5 passos para criar sua matriz BCG 1. Liste seus produtos ou unidades de negócios Ao fazer esta listagem, determine a ordem crescente de volume de vendas de cada um, para que isso possa ser usado corretamente na matriz. 2. Desenhe um gráfico cartesiano com duas linhas, uma horizontal e outra vertical. A linha vertical representa a taxa de crescimento do mercado. Você pode graduá-la de 0 a 20%. O meio da linha vertical deve estar marcado com 10%. A linha horizontal representa a participação relativa de seu produto (linha ou unidade de negócios) em relação ao concorrente mais próximo. 3. Colocando seus produtos na tabela – Pegue o produto que mais vende e veja qual a taxa de crescimento de seu mercado. Digamos que é de 8%. Marque este número no eixo vertical. Agora verifique a posição relativa dele no mercado, digamos que ele é líder, vendendo 50% mais que seu concorrente mais próximo. Então marque o ponto 1,5x do eixo horizontal. Faça a intersecção desses 2 pontos no meio da tabela e desenhe ali um círculo simbolizando este produto. Lembre-se: quanto maior o tamanho do círculo, maior o volume de vendas do produto. Faça isso para cada um de seus produtos ou unidades de negócios. Parece complicado, mas veja esta figura e sua explicação no passo 4: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Página 53 4. Classificando seus produtos: Estrelas: Produtos que ficam no quadrante superior esquerdo,
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