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MEDICINA DE SILVESTRES

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MEDICINA DE SILVESTRES 
ESTRESSE 
*Alterações fisiológicas adaptativas. 2 classificações: 
 DISTRESSE: alterações danosas para o paciente. Pode causar óbito ou doença grave 
 EUSTRESSE: alterações benéficas para o paciente. Faz com que o paciente consiga 
fugir, brigar, morder, bicar... 
*Estresse mata 
*O estresse é uma adaptação fisiológica a qualquer tipo de estimulo 
 
AGENTES ESTRESSANTES 
*Somáticos: calor, frio, sons, imagens, mudança de temperatura, barulhos muito altos, TV 
ligada, vídeos... 
*Psicológicos: apreensão, terror, fúria, frustração 
*Comportamentais: vizinhança, superpopulação, muitos animais por m², vizinhança em que 
um é predador e outro presa 
*Diversos: má-nutrição, toxinas, parasitoses (ecto ou endo) 
*Animais mais jovens conseguem essa adaptação mais fácil, diferente de mais idosos 
 
VIAS DE REAÇÃO 
 Via motora voluntária: primeira via de reação. Neuromuscular, reação direta. Defesas: 
soco, mordida, rabada, patada. Primeira coisa que o animal faz quando tem medo, 
com frio, acuado. 
*Pode acontecer de mexer com o animal e ele não ter esse comportamento esperado -> pode 
indicar nível de estresse muito alto -> não consegue reagir -> reversão desse quadro é mais 
difícil 
 VIA SNS: segunda via. Endócrina (ocorre na região medular da adrenal), reação de 
alarme -> ocorre devido à duas substancias: catecolaminas (adrenalina e 
noradrenalina) liberadas fazendo com que o animal consiga fugir 
*A partir do momento que o animal tem a primeira reação e ve que não surte efeito ou não 
consegue mais reagir entra na segunda via de reação -> via endócrina 
*Nessa fase ocorre vasoconstrição de órgãos, vasodilatação periférica aumentando a 
circulação em membros, aumento de oxigenação da musculatura, aumento da taxa 
respiratória, taquicardia. 
*Cobra: pode regurgitar quando estiver assustada -> quando o animal come, o organismo 
demanda muita energia e irrigação para fazer a digestão. Enquanto está no processo digestivo 
ela não consegue fugir -> se manejar uma cobra após a alimentação, a tendência é ela 
regurgitar para conseguir fugir 
 Via hipotálamo-Adenohipofise: reação crônica, ocorre na região endócrina (cortical da 
adrenal). Liberação de cortisol ou corticosterona. Reações normais e reações de 
estresse crônico. 
*Terceira fase, mais complicada 
*Animal já não consegue mais reagir 
*Apatia, vários sinais, e pode evoluir para óbito 
*Reversão muito complicada 
*Temos que fazer o máximo possível para não chegar nessa fase 
*Já se pressupõe que os órgãos já estejam afetados, principalmente fígado e rim 
 
 
 
ALTERAÇÕES 
*Glicocorticoides: função de regular o metabolismo da glicose, cortisol e corticosterona, 
hormônios de estresse 
*Essas alterações, principalmente de corticoides, afetam principalmente metabolismo de 
glicose -> importante para todas as células do organismo -> quando afeta o seu metabolismo 
ocorre morte celular, deficiência de processos hormonais -> debilita o organismo como um 
todo 
*É difícil dosar esses hormônios de estresse em animal silvestre para realizar o manejo -> 
existem estudos da dosagem pelas fezes 
*Atividade adrenal: estresse crônico (distresse) x estresse fisiológico (eustresse) -> o estresse é 
algo bom, mas tem que saber manejar, porque quando se torna crônico já vira uma doença 
*Estresse x reprodução: influencia, a liberação de glicocorticoides influencia na produção de 
hormônios tanto no hipotálamo como na hipófise -> feed back negativo atrapalhando a 
produção de hormônios gonadais, principalmente progesterona, estrógeno e testosterona -> 
diminuição de libido, de ovulação, de produção de ovos (aves) 
 
MIOPATIA DE CAPTURA 
*Doença causada pelo estresse 
*O óbito pode ocorrer em questão de minutos, horas, semanas... 
*Fatores predisponentes: medo, ansiedade, hipertermia, esforço muscular intenso, tensão 
muscular constante, manipulações repetidas, transporte prolongado 
*Mesmos fatores predisponentes para estresse 
*Tipos: 
1. Síndrome do choque de captura: morte em 1 a 6 horas, depressão, taquicardia, hipertermia, 
hipotensão e morte, congestão e edema pulmonar, severa congestão do intestino delgado e 
fígado. Na maioria das vezes é achado de necropsia porque não consegue resolver 
 
2. Síndrome da ataxia mioglobinúrica: mais frequente horas ou dias após a captura ou 
qualquer fonte de estresse. Ataxia, torcicolo, mioglobinúria, lesões renais e musculares, urina 
escura, áreas multifocais pálidas, moles e linhas claras em músculos (lombares, cervicais, 
extensores e flexores do membro). Músculos periféricos -> primeiros a serem afetados em 
uma situação de estresse prolongado. Difícil de reverter 
 
3. Síndrome da ruptura muscular: 1-2 dias após a contenção, hiperflexão dos cascos, ruptura 
uni ou bilateral do musculo gastrocnêmico ou outro tipo de musculo extensor, hematomas 
subcutâneos, lesões pálidas e moles em membros, diafragma, músculos lombares e cervicais. 
 
4. Síndrome da morte súbita: captura nas últimas 24 horas, perturbação, olhos dilatados, 
morte abrupta, forma rara -> fibrilação ventricular, necropsia sem lesões características. 
 
*Essas síndromes podem ocorrer juntas, em todas as espécies; o que diferencia de 1 para 
outra é o quanto uma espécie é capaz de se adaptar a essas situações de estresse 
*Sinais clínicos possíveis de reversão dependendo da capacidade de adaptação do animal: 
acidose grave, choque, insuficiência cardíaca, enrijecimento muscular, paresia, dispneia e 
taquicardia 
*Patogenia: duas teorias envolvidas 
 
 
 Alteração do pH e hipóxia tecidual -> morte de fibras musculares, libera potássio, 
mioglobina e lactato 
*Potássio: afeta musculatura cardíaca -> fibrilação, levando a insuficiência cardíaca 
*Mioglobina: afeta rim -> necrose tubular -> IRA 
*Lactato: acidose -> choque e falência geral 
*Achados patológicos indicativos: necrose muscular, flacidez muscular, necrose em órgãos 
*Achados laboratoriais indicativos: acidose, aumento de creatinina e desidrogenase láctica 
*Prognóstico: desfavorável 
*Medidas preventivas: evitar fontes de estresse, jejum, manutenção da temperatura corporal 
adequada, ambiente e recintos adequados, evitar drogas que causem hipertermia (Xilazina) 
*Cuidados: equipe treinada, evitar períodos mais quentes e úmidos, monitoramento da 
temperatura corporal, contenção em área de manejo à perseguição, translocação adequada 
(ventilação e espaço), evitar nova contenção com menos de 2 semanas se não der certo, evitar 
interações agonisticas (não afetar função renal e hepática) 
*Tratamento: redução da acidose, tratar sinais clínicos 
 
SISTEMA PORTA-RENAL 
*Presente em anfíbios, repteis e aves. 
*É uma adaptação, possibilita, em uma situação de restrição hídrica, o organismo desvia todo 
liquido que iria sair pela urina para retornar à circulação 
*Sangue venoso da região pélvica sofre dois trajetos: 
 Circulação sistêmica direta 
 Ou 
 Rins -> circulação sistêmica 
*Função: manutenção da hidratação em períodos de escassez de agua 
*Existem pequenas válvulas -> veias ilíacas externas e renais que podem estar abertas ou 
fechadas 
*Abertas: função da adrenalina, circulação da veia caudal e coração volta para o organismo 
*Fechadas: função da acetilcolina, passam pelos túbulos renais, veia caudal e coração 
*Antigamente: medicamentos deviam ser aplicados na porção anterior do corpo para evitar o 
risco de, se administrar na região posterior/pélvica, serem eliminados diretamente na urina 
devido a esse desvio venoso 
*Hoje: existem estudos comprovando que esse risco não existe, e que a concentração 
medicamentosa aplicada na parte anterior ou posterior é a mesma 
 
CONSERVAÇÃO*Pensa que animais, humanos e vegetais consigam conviver em harmonia -> ter um 
ecossistema 
 
CONTENÇÃO 
*Deve-se responder alguns questionamentos antes de realizar uma contenção: 
 Por que? Cirurgia, medicamento... 
 Quando? Dormindo, acordado, frio, calor 
 Como? Mão, toalha, luva... 
 Quem? A pessoa que vai conter é a mais importante, deve saber e ter pratica para 
realizar, para não dar errado e não ocorrer acidentes. Não pode ter muito medo, mas 
também não pode ter nada de medo 
 
 
 Onde? 
 Técnica: é segura para o operador e o animal? 
 Será possível a realização do procedimento planejado? 
 Será possível acompanhar após o procedimento? 
*No momento da contenção os animais terão suas defesas, o profissional deve saber as 
características, tem que saber a espécie que está lidando e utilizar materiais adequados 
*Contenção química: sempre deve alcançar 3 objetivos -> inconsciência, analgesia e 
relaxamento muscular. Depende do procedimento a ser realizado 
 
MEDICINA DE AVES 
*Características anatômicas: 
 Sem diafragma -> influencia em casos de hipóxia por contenção -> se segurar o peito 
da ave muito forte ela não consegue respirar 
 Ossos pneumáticos -> ossos que possuem parte do aparelho respiratório que auxilia a 
deixar o corpo mais leve 
 Presença de siringe -> órgão de canto, não possuem cordas vocais. Em situações em 
que esse órgão fica sobrecarregado, o animal apresenta ronco, podem ter parasitas 
nesse órgão 
 Ausência de epiglote -> fácil para entubar, maior chance de se afogarem -> orientações 
especiais para medicação -> embaixo da língua ou ter certeza que passou da traqueia 
 Anéis traqueais completos -> não é distensível, no momento de entubar não usar 
materiais que possam inflar pelo risco de romper. Para entubar, utilizar sondas uretrais 
 Ausência de cordas vocais 
 Ausência de cartilagem tireoide 
 Pulmão não é expansível como em mamíferos 
 Sacos aéreos -> estruturas presentes em todo o corpo desde os seios, pescoço, tórax. 
Eles que expandem e retraem. Quando ausculta, o que houve é o ar passando pelo 
saco aéreo 
*Osteologia: para facilitar o voo, possuem junção de alguns ossos -> perna -> mínimo de osso 
possível para ficar leve. Perna e asa, cauda (final da coluna) 
*Sistema digestório: adaptações -> dilatação no esôfago (papo), onde se inicia o processo de 
digestão e há acumulo de alimento; pró-ventrículo (digestão química) e ventrículo (digestão 
mecânica, moela); não são todas as aves que possuem essas estruturas, depende do tipo de 
alimentação, comportamento, ambiente. Pinguim não tem papo, não precisam acumular 
alimento. Galinhas tem papo 
*Locais de coleta: 3 veias principais -> tarso, região ulnar e jugular. Depende do tamanho do 
animal, do peso e do tipo de contenção. Não é difícil visualizar a veia porque a pele é bem 
translucida, mas ela ‘’dança’’ bastante e é fácil de fazer hematoma 
 
DOENÇAS 
 
AEROSSACULITE 
*Doença mais comum em Curitiba 
*Inflamação/infecção dos sacos aéreos 
*Pode ser causada por vários agentes bacterianos -> pseudomonas, e coli, pasteurella, 
mycoplasma 
*Em alguns casos está associada com sinusite 
 
 
*Sinais clínicos: bico abeto, dispneia, espirros, secreção nasal e/ou traqueal, edema nas 
narinas 
*Tratamento: antibioticoterapia (primeira escolha, o mais amplo espectro possível, porque as 
vezes não dá tempo de esperar resultado de cultura e antibiograma), fluidoterapia (se não 
estiverem comendo), colírios (se olho irritado), nebulização (ajuda bastante, principalmente 
em animais mais estressados que ficam mais taquipneicos), suplementação vitamínica (pode 
ser melhorando a dieta ou por meio de medicação) 
*O som auscultado é o estertor, e pode ser causado por outros fatores que não infecciosos -> 
diagnóstico diferencial: excesso de gordura, ectoparasitos, hepatopatias, tumores internos, 
ovos. 
*Precisa do histórico, exames complementares (RX), exame de sangue 
 
CLAMIDIOSE 
*Uma das doenças mais importantes pelo potencial zoonótico 
*Principal preocupação para o ser humano: Chlamydophila psittaci (gram negativo, parasita 
intracelular obrigatório) 
*Todas as aves são susceptíveis 
*Contaminação: fezes, penas, uratos, saliva, secreções oculares e respiratórias 
*Também é uma aerossaculite 
*No humano causa problemas respiratórios 
*Transmissão: ingestão ou inalação 
*Família mais preocupante: psitacídeos -> papagaio, calopsita, periquito -> grande quantidade 
de animais em cativeiro 
*Diagnóstico: coproparasitológico, sinais clínicos (normalmente causa sinusite, secreção nasal, 
conjuntivite, alteração respiratória e diarreia), infecções respiratórias recorrentes, histórico 
*As formas infectantes (corpos elementares) não são susceptíveis a antibióticos, por isso 
tratamento mínimo por 45 dias para conseguir eliminar todas as fases dessa bactéria 
*Antibióticos de escolha: tetraciclinas 
*Existem falhas na resposta -> a bactéria pode ficar latente 
*Os corpos elementares são instáveis ao calor e sol 
*Estáveis por meses em matéria fecal seca 
*Desinfecção: amônia quaternária, etanol, agua oxigenada... higiene básica do local já auxilia 
muito a evitar essa contaminação 
 
RUPTURA DE SACOS AÉREOS 
*Causas: infecções (clamidiose), trauma, ácaros, disputas de canto, espontânea, excesso de 
vocalização 
*Tratamento: drenagem e antibioticoterapia. 
*O ponto mais importante no tratamento é fazer com que o saco aéreo se feche, que a parede 
cicatrize -> para isso existe a possibilidade de administrar vitamina A -> auxilia na recuperação 
epitelial -> acelera o processo de cicatrização do saco aéreo 
*A drenagem também pode causar ruptura, cuidado 
 
ÁCAROS RESPIRATÓRIOS 
*Cytodites nudus – galinha 
*Sternostoma tracheocolum – canários e outros passeriformes de gaiola 
*Os mais comuns são ácaros que ficam na traqueia e acabam afetando a siringe e causar 
aerossaculite 
 
 
*Sinais clínicos: aerossaculite, dificuldade no canto, ofegancia, respiração com a boca aberta, 
apatia, anorexia 
*Tratamento: Ivermectina, suporte 
 
ASPERGILOSE 
*Aspergillus fumigatus 
*Inalação de esporos 
*Penetra no aparelho respiratório 
*Infecção oportunista 
*Estresse, doença prolongada, cirurgia, antibioticoterapia prolongada 
*Também é uma aerossaculite 
*Causa os mesmos sinais respiratórios 
*Normalmente não tem cura, tratamento suporte 
*Sinais clínicos: secreção nasal, dificuldade em alimentar-se 
*Diagnóstico: RX -> forma placas nos sacos aéreos/pulmão 
*Tratamento: 40 a 45 dias, antifúngicos, nebulização, limpeza e ventilação no ambiente, 
fluidoterapia, suplementação vitamina A 
 
VIROSES - NEW CASTLE 
*A mais preocupante em granjas 
*Altamente contagiosa 
*Paramoxivírus 
*Inalação ou ingestão 
*Sinais respiratórios, digestórios e nervosos 
*Diagnóstico: PCR 
*Não tem muito o que fazer 
 
REGURGITAÇÃO 
*Causas possíveis: comportamental, candidíase, clamidiose, intoxicação, doença hepática 
*O maior problema é saber o motivo pelo qual o animal está regurgitando 
*Terapia: suporte, metoclopramida (prócinético). Tem que buscar a causa 
 
DIARREIA 
*Causa de óbito 
*Importante sempre observar as fezes, qualquer mudança, buscar tratamento 
*Causas: infecção bacteriana e/ou parasitaria 
*Clamidiose 
*Intoxicação 
*Doença hepática 
*Terapia: suporte (essencial), antibioticoterapia ou anti-helmíntico, depende a causa. 
*Aves defecam e urinam ao mesmo tempo -> importante conseguir dizer o que são fezes 
normais e o que é urina -> conteúdo verde-amarronzado são as fezes e em volta é urina 
(transparente ou branco) 
 
CANDIDÍASE 
*Sinais clínicos: estase de ingluvio (a cândida formaplacas no TGI e o conteúdo fica parado), 
regurgitação, letargia, perda de peso, diarreia, placas brancas na cavidade oral 
 
 
*Terapia: nistatina 300000 UI/kg, tratamento longo, suporte em alguns animais mais 
debilitados 
 
TRICHOMONIASE 
*TGI superior 
*Forma mais placas que a cândida e podem travar toda a deglutição 
*Sinais clínicos: disfagia, regurgitação, letargia, perda de peso, outras parasitoses 
concomitantes, hipovitaminose A (geralmente associada), placas na cavidade oral 
*Terapia: metronidazol -> tratamento longo e complicado. Suporte -> fluidoterapia, vitamina A 
(casos de hipovitaminose) 
 
SÍNDROME DA MÁ ABSORÇÃO 
*Alimento inteiro nas fezes 
*Causas: coccidiose, doença sistêmica crônica (clamidiose), dieta inadequada 
*Sinais clínicos: regurgitação, diarreia, letargia, perda de peso, outras parasitoses 
concomitantes 
*Doença do facão -> acaba tendo o esterno totalmente saliente, não vê musculatura nenhuma 
no peito porque não absorve nutrientes 
*Terapia: suporte (essencial, animal muito debilitado), suplementação, achar a causa (difícil), 
manejo dietético 
 
HEPATOPATIAS 
*Causas: obesidade, pouco exercício, estresse, doenças crônicas 
*Sinais: arrancamento de penas, diarreia, regurgitação, sinais neurológicos -> convulsão, 
torcicolo, reversão complicada 
*Terapia: suporte (fluido), lactulona, glicose, correção dietética (principal), protetores 
hepáticas 
*Diagnóstico: RX -> principal, silhueta hepática anormal. Palpação -> moela voltada mais 
caudalmente -> algum órgão está aumentado (fígado) 
 
ARRANCAMENTO 
*Difícil descobrir a causa 
*Estresse, dor, verme, pessoas diferentes, fotos, falas... 
*Tratamento: não adianta se a causa de estresse continuar 
 
DOENÇAS REPRODUTIVAS 
 
DISTOCIA 
*Exame físico: ovo mal posicionado, não consegue botar o ovo, abdômen dilatado, pode ter 
diarreia 
*Exames: RX confirma 
*Tratamento: expelir o ovo -> medicações, suporte de cálcio, hormônios estimulantes, 
ocitocina, cirurgia 
*Prognóstico: depende do estado do animal 
 
HIPOCALCEMIA 
*A femea não consegue levantar, comer 
 
 
*Tratamento: repor cálcio injetável ou VO associado a tomar sol para absorver o cálcio 
 
MEDICINA DE MAMÍFEROS 
 
DERMATITES 
*Não tem espaço suficiente, pisam nas fezes e urina 
*Escoriações em região palmar e plantar 
*Deixar o ambiente sempre limpo, antibioticoterapia, analgesia 
*Evitar o contato com fezes e urina, aumentar o espaço, mudar a dieta (evitar obesidade para 
não sobrecarregar articulações) 
 
ABCESSOS/SDDPA 
*Síndrome da doença dentaria progressiva adquirida 
*Coelho, chinchila, porquinho da índia -> crescimento progressivo dos dentes posteriores -> 
por isso precisam sempre roer coisas 
*O crescimento pode gerar abcessos, dor, estomatite... 
*Tratamento: desgastar os dentes cirurgicamente 
 
HIPERTERMIA 
*Chinchilas, coelhos, porquinhos da índia 
*Esqueceu no sol 
*Temperatura acima de 28ºC -> não conseguem dissipar, são animais de frio. Comum no verão 
e dias quentes. Também por excesso de exercício 
*Desidratação 
*Sinais neurológicos irreversíveis 
*Óbito 
*Fluidoterapia, correção de eletrólitos, abaixar a temperatura, controle de convulsão 
(Diazepam 0,5mg/kg), se fizer hipotermia é irreversível 
 
UROLITIASE 
*Comum por causa do excesso de cálcio e sódio nos alimentos 
*Porquinho da índia, chinchila, coelho 
*Rins, bexiga, ureter ou uretra 
*RX 
*Dependendo da região não consegue acessar cirurgicamente -> fluidoterapia, analgésico, 
Diazepam (relaxa musculatura e elimina o cálculo) 
 
PRIMATAS 
 
SÍNDROME DA MÁ ADAPTAÇÃO 
*Mais comum 
*Psicopatias -> masturbação, coprofagia, hiperatividade, apatia, depressão, óbito 
*Exaustão calórica: animais recém adquiridos principalmente, alimentação com baixo teor de 
proteínas e energia (gasta muita energia e não consegue repor) 
*Doença digestiva -> são comuns gastrite, enterite, colite e enterocolite 
 
 
 
 
DOM – DOENÇA OSTEOMETABÓLICA 
*Balaço de cálcio, fosforo e vitamina D 
*Filhotes malnutridos que não pôde fazer aleitamento adequado 
*Muito comum porque a maioria dos primatas chegam no cativeiro ainda filhotes 
*Não são alimentados adequadamente 
*Leite NAM pode ser utilizado, boa resposta 
*Sinais clínicos: letargia, anorexia, relutância ao andar e pular, edema facial e gengival 
*Deformidades ósseas: membros pélvicos, torácicos e coluna vertebral 
*Exames diagnósticos: RX (cautela, fraturas espontâneas) 
*Tratamento: colecalciferol (vitamina D3), suplementação de cálcio, sol e exercícios 
 
DOENÇAS INFECIOSAS 
*Pneumonias: bacterianas secundárias à estresse e viroses 
*Enterites: estresse -> diarreia, prolapso. Shigella sp, Salmonella sp, Protheus sp. E. coli, 
Pseudomonas sp., Klebsiella sp, e parasitos 
*Tuberculose: saúde pública, sentinelas 
*Herpesviroses: HV hominis, HV tamarinus -> estomatites graves necrosantes e morte 2 a 7 
dias após início dos sinais 
*Rubéola, sarampo, varicela e gripes 
*Raiva (alguns animais são reservatórios naturais) 
*Febre amarela: falvivirus, origem africana. Alouatta, Callithrix e Ateles muito sensíveis, Cebus 
não. Sentinelas. Bugio, Sagui, Macaco-Aranha -> Brasil, sensíveis 
 
CARNÍVOROS 
 
*Doenças infecciosas: cinomose, influenza, raiva, enterites bacterianas 
*Doenças parasitarias: hemoparasitose, pulgas, carrapatos, Otodectes cynotis 
*O manejo é o mesmo, o que complica é a alimentação 
*Rinotraqueite e calicivirose: não foi descrita em felídeos brasileiros, quadro respiratório, pode 
desenvolver imunidade dependendo da cepa 
*FIV e FeLV: relatos no brasil, tanto em cativeiro como em vida livre 
*Cinomose: não tem cura para férretes, exsudatos oculares e nasais purulentos, tosse seca, 
anorexia, febre, vômitos, diarreia. Vacinas mistas são seguras e eficazes, evitar contato de 
férretes com cães 
*Parvovirose: anorexia, letargia, vômitos e diarreia hemorrágica. Não é indicado vacinar com 
vacinas atenuadas 
*Raiva: vacinas atenuadas e mortas. Iscas com vacinas na Europa ajudando no controle 
 
XENATHRAS – TAMANDUÁS 
*Principal dificuldade em animais de cativeiro pela dificuldade de mimetizar o ambiente 
natural, com hipovitaminose K, por deficiências de taurina pincipalmente. Hemorragias 
crônicas. 
*Constipação, prolapso retal, prolapso vaginal, trauma de língua, diarreia crônica, traumas. 
 
MEDICINA DE RÉPTEIS 
*São espécies muito diferentes, abordagem clinica mais difícil 
*Trachemys scripta: Tigre d’água, Cágado de Orelha vermelha 
 
 
*Trachemys dorbigni: Tigre d’água nacional 
*Geochelone carbonária: Jabuti Piranga 
*Geochelone denticulata: Jabuti Tinga 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
QUELÔNIOS 
*Recobertos por placas ósseas que formam a carapaça e o plastrão 
*Olhos com terceira pálpebra 
*Sem dentes: placas córneas 
*Dois ovários: ovários de tamanhos variados 
*Sempre ovíparos 
*Oviduto similar ao das aves 
*Pênis com glande e sulco dorsal 
*Dimorfismo sexual: curvatura do plastrão, tamanho da cauda e tamanho das unhas 
*Para ter 100% de certeza do sexo: bota ovo 
 
LACERTILIA – LAGARTOS 
*Recobertos por escamas -> ecdise (fazem troca das escamas a vida toda) 
*Pálpebra superior maior, terceira pálpebra rudimentar 
*Com dentes, língua com função exploratória (problema na língua -> qualidade de vida 
inferior) 
*Oviduto similar ao das aves 
*Dois ovários compactos 
*Presença de dois hemipênis 
*Dimorfismo sexual: poros cutâneos, tamanho, coloração (algumas espécies sem dimorfismo) 
 
SERPENTES 
*Recobertas por escamas, também fazem a troca de escamas semanalmente ou mensalmente 
*Olhos recobertos por escudo ocular que também é trocado, se ficar retido podecausar 
problema 
*Quatro pares de dentição 
 Áglifas: não tem veneno mas fazem constrição; sucuri, jiboia, salamanta 
 Opistóglifas: tem veneno; muçurana e falsa-coral 
 Proteróglifas: tem veneno; corais verdadeiros 
 Solenóglifas: tem veneno e inoculam em uma mordida só, após o animal acaba 
falecendo com o tempo; jararaca, cascavel 
*Dois hemipênis, dimorfismo sexual pela cauda 
 
FISIOLOGIA 
*Ectotermia: dependência da temperatura ambiental, termorregulação comportamental -> 
comportamentos diferentes dependendo do horário do dia 
*Taxa metabólica basal: variável com a temperatura corporal, em temperaturas ótimas 7 vezes 
menor que os mamíferos 
*Taxa de crescimento: dependente da alimentação, espaço e temperatura adequadas -> se há 
algum problema nesses aspectos, há deficiência no crescimento 
 
 
*Temperatura e taxa metabólica basal: adaptação ao meio, sazonalidade + resistência (pode 
mudar de acordo com a época do ano, jabuti e tartaruga não se alimentam no frio), limitação 
de distribuição geográfica 
*Não possuem diafragma assim como as aves 
 
ALIMENTAÇÃO 
*Jabutis: onívoros (frutas, legumes, invertebrados e vertebrados) 
*Cágados, tigre d’água: carnívoros (invertebrados, vertebrados pequenos e também vegetais) 
*Iguanas: adultas herbívoras, quando jovens ingerem invertebrados e outras fontes de 
proteína animal. A alimentação de iguanas ainda causa controvérsia, em cativeiro notamos a 
necessidade de utilizar proteína de origem animal, mesmo nos adultos 
*Teiús (lagartos): onívoros (invertebrados, pequenos vertebrados, ovos e filhotes de repteis e 
aves, frutas e legumes) 
*Cobras: 
 Ofiígagas: coral, muçurana 
 Aves e mamíferos: jiboias, caninana, pítons, cascavéis, jararaca 
 Moluscos: corre-campo 
 Anfíbios e peixes: cobra d’água 
 Lagartos: jiboias, cascavéis 
 Anelídeos: cobra do lodo 
*As espécies que requerem aves e pequenos mamíferos como alimento são mais fáceis de 
serem mantidas em cativeiro. O alimento pode ser fornecido vivo ou morto, conforme o 
sistema de manejo e os hábitos alimentares dos animais 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
*SC, IV, intracelomatico, IM (depende do medicamento e da finalidade do medicamento) 
 
DERMATITES 
*Doença vesicular 
*Normalmente causada por manejo inadequado -> microrganismos oportunistas em situações 
de ambiente muito úmido ou muito seco 
*Serpentes 
*Lesões preenchidas por liquido 
*Pouca ventilação 
*Substrato úmido (alta umidade relativa) 
*Contaminação bacteriana secundária 
*Tratamento: alterações ambientais, pomadas 
 
DERMATITE NECROTICA 
*Podridão da escama secundárias a trauma, fatores ambientais, corpos estranhos ou 
iatrogênica (injeções) 
*Vantagem de repteis é que trocam de escamas, tratamento suporte -> hidratação, 
antibiótico, curativo, pomada 
 
QUEIMADURAS 
*Comum de ocorrer porque buscam ambiente mais aquecido 
 
 
*Não conseguem ter o instinto de sair desse local quente, principalmente na região ventral do 
corpo 
*Infecção bacteriana secundária -> Pseudomonas spp. 
*Tratamento: terapia de suporte, pomadas, fluidoterapia, vitamina C, curativo, tratamento 
longo 
 
DISECDISE 
*Escamas retidas 
*Dificuldade na muda 
*Ambiente sub-ótimo 
*Baixa umidade relativa ou muito alta 
*Falta de banho 
*Escamas velhas retidas 
*Doenças endócrinas 
*Quelônios: retenção de placas córneas, falta de sol, osteodistrofia, iluminação inadequada 
*Tratamento simples: agua morna, remoção de escudos oculares 
*Serpentes: cuidar com retenção de escudo córneo -> remover com calma 
 
ECTOPARASITOS 
*Carrapato, piolho 
*Evitar remover manualmente -> infecção de peças bucais 
*Tratamento: Ivermectina 
 
DOENÇAS FUNGICAS 
*Aspergillus 
*Diferenciar de abcessos 
*Tratamento: curativos, cirurgias 
 
MÍIASES 
*Podem ocorrer em animais que não são manejados corretamente 
*Umidade, temperatura 
*Tratamento: remoção de larvas, limpeza da ferida, evitar recorrência 
 
PAPILOMATOSE 
*Vírus 
*Nódulos e verrugas 
*Tartarugas marinhas 
*Estresse ambiental -> diminui imunidade 
*Tratamento: cirúrgico 
 
DUC – DERMATITE ULCERATIVA DO CASCO 
*Cagados 
*Citrobacter freundii 
*Ulceras necróticas na pele e casco 
*Tratamento: cuidados tópicos, melhora na agua, suporte, antibiótico 
 
 
 
 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 
*Sinais clínicos: secreção nasal (rinite, pneumonia), engasgo, boca aberta, sons anormais, 
serpentes cabeça elevada e boca aberta, jabutis distensão do pescoço, cagados natação 
inclinada (pneumonia, avaliar como está nadando é essencial) 
*A pneumonia em repteis independente do agente causador, está sempre associada com 
hipovitaminose A -> precisa suplementar 
*Agentes: Aeromonas spp., Klebsiella spp., Pasteurella spp., Protheus spp., Pseudomonas spp. 
 
DOENÇAS DIGESTÓRIAS – ESTOMATITE 
*Anorexia, perda de peso e letargia, hipersalivação, petéquias no início, material endurecido 
(amarelo acastanhado), aspiração do material (pode ter sinal respiratório associado) 
*Tratamento: antibioticoterapia, ambiente e manejo, fluidoterapia, limpeza da ferida e do 
ambiente 
 
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Créditos: 
- Aula ministrada pelo MV. Msc. José Carlos Roble Junior 
- Resumo desenvolvido por Estela Dall’Agnol Gianezini, MV. Pela UFPR setor Palotina

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