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Panorama Cadeia Horts Aula LPV0622

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O panorama da cadeia produtiva
da olericultura brasileira
Paulo César Tavares de Melo, D. Sc. 
Professor Associado
ESALQ/USP - Departamento de Produção Vegetal
Agosto/2017
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Área cultivada (IBGE): 800 mil ha;
Produção (IBGE): 18,8 milhões de t;
Valor da produção (CEASAS, ABCSEM): R$ 27 bilhões; 
Valor da produção (agricultor, ABCSEM ): R$ 14 bilhões;
Valor da produção (varejo, ABCSEM): R$53 bilhões;
Valor do mercado de sementes (nível de agricultor): R$ 382 milhões (ABCSEM); 
Criação de empregos diretos: 2,4 empregos/ha;
Apenas três hortaliças (tomate, batata-inglesa e cebola) respondem por 7% do VBP lavouras (VBP de R$ 320,96 bilhões em 2015).
Perfil socioeconômico da cadeia
de hortaliças (2012)
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* Tomate = 13,15; Batata inglesa = 5,41; Cebola = 3,34.
Fonte: Produção/Lavouras: IBGE/LSPA julho a dezembro de 2015.
Principais culturas do Brasil, classificadas pelo VBP, 2015 
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Mercado altamente diversificado: > 70 espécies e vários segmentos de mercado;
Maior parte da produção focada em apenas 5 espécies  batata, tomate, melancia, cebola e cenoura;
60% da produção concentram-se em propriedades com < 10 ha  cinturão verde na área periurbana de grande cidades; 
Baixo consumo per capita/ano;
Cadeia em permanente transformação. 
Características
da cadeia produtiva de hortaliças
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Perfil do produtor
Incorporação de insumos e de tecnologia
Sistemas de cultivo
 convencional
 protegido
 hidropônico
 orgânico
Canais de comercialização e de distribuição
Contrastes
na cadeia de produção de hortaliças 
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Mogi das Cruzes, SP – cinturão verde da cidade de São Paulo: 500 ha/520 produtores.
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Produção periurbana de hortaliças, Piracicaba, SP.
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Produção orgânica de hortaliças na Fazenda Malunga, Brasília, DF.
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Cultivo de abóbora em área de agricultura familiar na várzea, Baixo Amazonas (à esquerda); armazenamento de frutos de abóbora para venda (à direita). 
Fotos: Lúcia H. P. Martins, Manaus, AM. 
Contrastes na cadeia de produção de hortaliças 
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Produção de hortaliças no sistema mandala no centro-oeste.
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Produção de hortaliças em larga extensão. Cultivos de beterraba, Piedade, SP (à esquerda) e de tomate industrial, Goianésia, GO (à direita).
Contrastes na cadeia de produção de hortaliças 
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Produção de hortaliças em larga extensão. Cultivos de cenoura, São Gotardo, SP (à esquerda) e de batata, Ibicoara, BA, (à direita).
Contrastes na cadeia de produção de hortaliças 
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Irrigação de cultivos de hortaliças com pivô central na Fazenda Bagisa, Chapada Diamantina, BA.
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Cultivo de taro na região de Piedade, SP.
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Contrastes na cadeia de produção de hortaliças 
Produção de alface em sistema hidropônico, Campinas, SP.
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Produção de hortaliças em estufas agrícolas. Fazenda Ituaú, Itú, SP (à esquerda) e tomate grape cultivado em vaso, Piracicaba, SP (à direita).
Contrastes na cadeia de produção de hortaliças 
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Produção de mudas em bandejas com substrato; 
Expansão do uso de sementes híbridas em várias espécies; 
Mudas enxertadas; 
Minitubérculos de batata; 
Plantio e colheita mecanizados; 
Fertirrigação; 
Avanços tecnológicos  agrotêxtil, mulchings, telas, GPS, drones, sistemas de alerta etc.
 Inovação vs. modernização da produção de hortaliças 
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Mecanização da colheita. Batata, Vargem Grande do Sul, SP (à esquerda); tomate industrial (à direita), Goiânia, GO
Inovações na cadeia de hortaliças
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Mecanização das colheitas de cenoura e de beterraba, Fazenda Sekita Agronegócios, São Gotardo, MG.
Inovações na cadeia de hortaliças
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Mudanças na estrutura dos canais de comercialização tem causado impactos negativos ao setor produtivo  exclusão de produtores que não estão aptos a atender a demanda e ter acesso aos grandes centros de distribuição das redes varejistas;
Mercado dominado por um reduzido número de grandes redes de varejo  sobrevivência de pequenos varejistas cada vez mais difícil.
Mudanças nos canais de comercialização
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CEAGESP – maior centro de distribuição de F&H da América Latina.
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Mudanças nos canais de comercialização:
declínio das feiras livres
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Mudanças nos canais de comercialização:
liderança do setor de supermercados 
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Loja da cadeia Hortifruti em Ipanema, Rio de Janeiro, RJ
Mudanças nos canais de comercialização:
aumento da participação do setor varejista sofisticado 
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Nos últimos 25 anos a produção de hortaliças se expandiu na Chapada Diamantina-BA, São Gotardo-MG, no Sul de MG e no cerrado goiano;
Vantagens competitivas dessas áreas: 
clima favorável;
topografia adequada à mecanização (exceto Sul de MG);
custo menor da terra em comparação ao das zonas tradicionais de produção, como SP;
intensa utilização de tecnologia e insumos modernos, como cultivares híbridas de alto potencial produtivo;
produtores com melhor nível de gestão agrícola.
Produção de hortaliças no Brasil:
 áreas tradicionais vs. polos de alta tecnologia 
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Brasil: áreas tradicionais de produção de hortaliças 
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Produção de alface no cinturão verde de Campinas, SP
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Produção de cebola, Casa Branca, SP
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Produção de beterraba, Piedade, SP.
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Produção de tomate estaqueado, Itupeva, SP.
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Produção de cenoura, São José do Rio Pardo, SP.
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Produção de cebola crioula, no município de Ituporanga, SC.
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Produção de sementes de cebola, Ituporanga, SC.
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Produção de cebola Baia Periforme em São José do Norte, RS.
Brasil: áreas tradicionais de produção de hortaliças 
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Produção de tomate de mesa (à esquerda) e de couve-flor em escala familiar (à direita), Rio Grande do Sul.
Brasil: áreas tradicionais de produção de hortaliças 
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Produção de cebola roxa sob fertirrigação, Petrolina, PE. 
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Produção de sementes de cebola, Canudos, BA 
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Produção de sementes de coentro, Canudos, BA. 
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Brasil: polos de alta tecnologia de produção de hortaliças 
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Lavouras de tomate industrial, Goianésia, GO (à esquerda) e de cenoura, São Gotardo, MG (à direita).
Brasil: polos de alta tecnologia de produção de hortaliças 
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Produção de cebola, Fazenda da família Hirose, Cristalina, GO (julho, 2015).
Brasil: polos de alta tecnologia de produção de hortaliças 
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Lavoura de alho irrigada por pivô central, São Gotardo, MG.
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Lavoura de batata, Senador Amaral, MG
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Lavoura de brócolis, Senador Amaral, MG
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Produção de morango em túneis baixos com fertirrigação e mulching plástico, Senador Amaral, MG.
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Pivôs central na Fazenda Bagisa, Chapada Diamantina, BA
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Lavouras de cebola (à esquerda) e de tomate estaqueado (à direita), Chapada Diamantina, BA. 
Brasil: polos de alta tecnologia de produção de hortaliças 
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Lavoura fertirrigada de melão amarelo, Mossoró, RN
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As transformações na cadeia de hortaliças têm sido guiadas por inovações tecnológicas, tipologia varietal e pelas demandas:
dos consumidores que buscam
Conveniência e praticidade
Alimento deve atender a todos os
 aspectos de Qualidade, Segurança e Legalidade
Novidades  novas experiências
Melhor relação Custo x Benefício
do mercado  redes varejistas e de atacado mais exigentes
dos produtores  alto rendimento, desempenho estável, resistência a doenças e a estresses abióticos
da sociedade  racionalidade do uso de água, energia, insumos poluentes
 Reinvenção do mercado de hortaliças 
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Reinvenção do mercado de hortaliças
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Inovação e agregação de valor: hortaliças mini e baby
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Exemplos de inovação: tomate grape
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Inovação e agregação de valor: hortaliças mini e baby
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Inovação e agregação de valor: chips coloridos de batata 
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Cultivares de tomate com alto conteúdo de licopeno
Novas cultivares vs. Substâncias bioativas 
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Cultivares de tomate com alto conteúdo de betacaroteno
Novas cultivares vs. Substâncias bioativas 
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Novas cultivares vs. Substâncias bioativas 
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Novas cultivares vs. Substâncias bioativas 
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Novas cultivares vs. Substâncias bioativas 
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Quais os grandes desafios para a cadeia produtiva de hortaliças do Brasil no futuro próximo?
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O estudo da CONAB revela ainda que outros fatores foram responsáveis pela expressiva variação de custos de produção nas lavouras estudadas: energia, combustíveis, mão de obra e taxas de juros. 
O grande desafio será produzir cada vez mais com menos recursos naturais e insumos 
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O uso de água de irrigação será cada vez mais questionado  75% da água potável consumida no planeta é na agricultura irrigada;
Crise hídrica nos últimos anos tem afetado sobremaneira a produção de hortaliças nas diferentes regiões geográficas do país. 
Desafios a suplantar: preocupações da sociedade
com as questões ambientais serão crescentes
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A nossa “dívida ecológica” vai piorar se continuarmos no ritmo atual. Projeções sobre população, uso de energia e produção de alimentos sugerem que a humanidade vai precisar de dois planetas Terra até 2030.
Petry, Revista Veja – 28 de maio de 2008
Desafios a suplantar: uso dos recursos naturais vs. capacidade do planeta
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As MC impõem a necessidade de desenvolver cultivares com características que permitam adaptação a condições ambientais desfavoráveis;
A pressão de doenças (bióticas e abióticas) e insetos-praga tendem a aumentar em períodos de seca mais frequentes e severos;
Identificar genótipos resilientes em condições de déficit hídrico prolongado e temperatura elevada;
Necessidade de aumentar os esforços de melhoramento genético e de intercâmbio de recursos genéticos e de informações.
Desafios a suplantar: novas cultivares frente às mudanças climáticas (MC)
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Nova postura do consumidor de HF’s inclui a preocupação com a contaminação dos alimentos por resíduos de agroquímicos  rastreabilidade do prato à lavoura – um caminho sem volta. 
Desafios a suplantar: preocupações da sociedade com as questões ambientais serão crescentes
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Preocupações da sociedade com a contaminação dos alimentos: produto de origem registrada
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Desafios a suplantar: redução crescente da disponibilidade de mão-de-obra vs. mecanização
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A ingestão diária de HF’s está muito abaixo da recomendação da OMS (400 g per capita/dia). ISTO É UMA REALIDADE PARA MAIS DE 90% POPULAÇÃO BARSILEIRA NO PRESENTE.
Consumo de HF’s no Brasil
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Fonte: CEPEA/HortifrutiBR
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Fonte: CEPEA/HortifrutiBR
10 principais hortaliças consumidas
no Brasil (kg/pessoa/ano)
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Gargalos a suplantar: redução de perdas pós-colheita 
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Desafios a suplantar:
Resgate de hortaliças subutilizadas e/ou negligenciadas
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Para ter acesso ao mercado e ter lucratividade, é essencial que os produtores estejam organizados e entendam como está estruturada a cadeia produtiva em que estão inseridos; 
Falta aos produtores, sobretudo, os de pequeno e médio portes, conhecimento sobre a gestão economicamente sustentável de seus negócios;
Os produtores terão de, cada vez mais, entender o que o consumidor final demanda em termos de tipologia do produto e de qualidade, inclusive sensorial;
É preciso identificar o mercado adequado para as hortaliças que estão sendo produzidas, os canais de comercialização e as estratégias específicas para posicionar os produtos no mercado;
Para garantir a sua permanência no mercado, é necessário que os produtores tenham volume, qualidade, diversidade e regularidade de oferta;
É essencial, ainda, que os produtores tenham uma clara percepção sobre as preocupações da sociedade com a contaminação dos alimentos por resíduos químicos e com as questões ambientais  adoção de protocolos de rastreabilidade é um caminho sem volta.
Desafios a suplantar: acesso ao mercado 
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