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Resumo de genética Anemia falciforme

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O QUE É A DOENÇA
	Anemia (do grego A, privativo; Haima, sangue) + Falciforme (do latim Falx, Falcis, foice; Formis em forma de). Logo, falta de sangue com células sanguínea em formato de foice. Os indivíduos acometidos por essa doença, na verdade não possuem falta de sangue, mas sim um número reduzido das células sanguíneas, ou seja, a quantidade de eritrócitos (ou glóbulos vermelhos) está inferior ao normal. Anemia falciforme é o nome dado a uma doença genética herediária recessiva, caracterizada por uma alteração morfofuncional dos eritrócitos, que causa sua destruição (hemólise). Mutação que se propõe (SERJEANT, 1985, 1992) ter surgido de 70 a 150 mil anos atrás. A hemoglobina é a proteína tetramérica, que contém quatro grupos prostéticos heme, cada um associado com uma cadeia polipeptídica (duas alfa e duas beta).
	Sabe-se que existem quase 500 variantes genéticas da hemoglobina na população humana [5]; a maioria delas é muito rara. Cada variação é produto de alteração em um gene. Os genes variantes são denominados alelos. Como os humanos geralmente têm duas cópias de cada gene, um indivíduo pode ter duas cópias de um mesmo alelo (sendo, portanto, homozigoto para esse gene) ou uma cópia de cada um de dois alelos diferentes (portanto, heterozigoto). Quando a hemoglobina das células falciformes (chamada de hemoglobina S) é desoxigenada, ela torna-se insolúvel e forma polímeros que se agregam em fibras tubulares. As fibras insolúveis induzem a deformação e quebra (hemólise) dos eritrócitos por conta da substituição de um único aminoácido, Val em vez de Glu na posição 6 das duas cadeias beta. Um eritrócito normal dura em média 120 dias, sendo reposto pelo processo de hematopoiese, enquanto eritrócito falciforme dura em torno de 15 dias.
	A anemia falciforme, como observado, ocorre em indivíduos homozigotos para o alelo falciforme do gene que codifica a subunidade b da hemoglobina. Os indivíduos que recebem o alelo falciforme apenas de um dos pais (sendo, portanto, heterozigotos) apresentam uma condição mais branda chamada de traço falciforme; somente cerca de 1% de seus eritrócitos torna-se falciforme com a desoxigenação. Esses indivíduos podem ter vida totalmente normal se evitarem exercícios vigorosos ou outros estresses do sistema circulatório. Curiosamente, a frequência do alelo falciforme na população é muito alta em determinadas partes da África. A investigação desse assunto levou à constatação de que, nos indivíduos heterozigotos, o alelo confere resistência pequena, mas significativa, a formas letais da malária. A seleção natural resultou em uma população de alelos que equilibra os efeitos deletérios da condição homozigota com a resistência à malária propiciada pela condição heterozigota.
SINAIS E SINTOMAS DA ANEMIA FALCIFORME
	- Crises dolorosas nos ossos, músculos e articulações por causa da vaso-oclusão e redução do fluxo de sangue/oxigênio para os tecidos e órgãos.
	- Perda funcional e atrofia do baço (asplenia funcional) por vaso-oclusões constantes, portanto os indivíduos com anemia falciforme tem maior suscetibilidade a infeccções como pneumonias, meningite, osteomelite e septicemia por causa da perda funcional do baço (que removeria as bactérias da circulação)
	- Complicações renais (perda da capacidade de concentrar urina) por causa da vaso-oclusão dos pequenos vasos dos rins, que resultam em alterações estruturais e funcionais. E vale lembrar que em caso de outras perdas associadas à urina, como diarréia, vômitos e transpiração excessiva pode ocorrer desidratação;
	- Palidez e cansaço fácil por causa da redução do oxigênio circulante.
	- Icterícia: cor amarelada na pele e visivelmente na esclera (branco dos olhos), por causa do excesso do pigmento bilirrubina no sistema circulatório, resultante da destruição rápida dos glóbulos vermelhos.
	- Inchaço muito doloroso nas mãos e pés das crianças, em razão da inflamação dos tecidos moles que envolvem as articulações do punho, tornozelo, dedos e artelhos.
	- Sequestro esplênico: palidez intensa, aumento do baço, desmaio (emergência), pela retenção de grande volume de sangue no baço.
	- Retardo do crescimento e maturação sexual pela presença da anemia, infecções e interferência na produção hormonal.
	- Possibilidade maior de Acidente Vascular Cerebral pela vaso-oclusão e interrupção do fluxo sanguíneo e de oxigênio para o cérebro. Podendo levar a fraqueza muscular, paralisia lateral ou bilateral dos membros, paralisia facial-lateral (boca assimétrica), perda completa ou parcial da fala, déficit neurológico, além de uma dificuldade de aprendizagem e memorização.
	- Úlceras, sobretudo, nas pernas. Geralmente, iniciam-se na adolescência e tendem a se tornar crônicas em razão da viscosidade do sangue e má circulação periférica.
	- Retinopatia falciforme proliferativa por conta da vaso-oclusão na circulação dos olhos, que podem gerar cicatrizes, manchas, estrias e perda gradativa da visão levando à cegueira.
MÉTODOS DE DIAGNÓSTIVO:
A anemia Falciforme é detectada por um exame de sangue (a eletroforese da hemoglobina) que separa eletricamente as hemoglobinas e demonstra a presença da hemoglobina S e outras hemoglobinas. Quantidade normal de Hb em pessoas com Anemia Falciforme = de 6,5 a 9g/dL (quando o valor normal de 15 a 16 g/dL). Importante detectar em doadores de sangue [3].
Quantidade de hemoglobina S >= 45%: Traço Falciforme;
Quantidade de hemoglobina S > 45%: Anemia Falciforme;
TRATAMENTO:
	Como é uma doença genética, não apresenta cura. A melhor medida possível é acompanhar esse indivíduo (até o fim da vida) com uma equipe multi-profissional de nutricionistas, médicos, enfermeiras, assistentes sociais, psicólogos e dentistas, que possam orientar a família e o paciente para descobrir rapidamente sinais de agravamento da doença, além de tratar e prevenir crises. O uso de remédios para combater a dor é uma medida tomada a maioria dos casos, porém eles possuem muitos efeitos colaterais e isso prejudica a manutenção da qualidade de vida do indivíduo.
Visando superar o problema dos efeitos adversos dos medicamentos, uma série de estudos recentes procuraram comprovar a eficácia de métodos naturais, não invasivos, que seriam mais econômicos (tanto para o indivíduo, quanto para o governo) e úteis no tratamento dessa doença e melhora da qualidade de vida dos pacientes. Um estudo em particular [1] focou na acupuntura a laser e percebeu que ela é eficaz e pode reduzir consideravelmente o uso de fármaco analgésico
Principais métodos de tratameto da Medicina Tradicional Chinesa:
1. Fitoterapia chinesa (fármacos naturais);
2. Acupuntura (laserterapia) [1];
3. Tuina ou Tui Ná (massagem e osteopatia chinesa);
4. Dietoterapia (terapia alimentar chinesa);
5. Auriculoterapia (tratamento pela orelha);
6. Moxabustão;
7. Ventosaterapia;
8. Práticas físicas (respiração, circulação de energia e meditação: Chi Kung, Tai Chi Chuan e algumas artes marciais).
Referências:
1 - "Acupuntura a laser no tratamento da dor em criança com anemia falciforme. Relato de caso / Laser acupuncture to manage pain in child with sickle cell disease. Case report." Marques, Carla Verônica Paixão. Versão completa em PDF disponível em http://www.scielo.br/pdf/rdor/v15n1/1806-0013-rdor-15-01-0070.pdf;
2 - "Complicações neurológicas em anemia falciforme: avaliação neuropsicológica do desenvolvimento com o NEPSY". Nunest et al, PDF disponível em http://www.scielo.br/readcube/epdf.php?doi=10.1590/S1516-84842010005000044&pid=S1516-84842010000200021&pdf_path=rbhh/v32n2/aop44010.pdf&lang=pt;
3 - "Comparação de metodologia utilizada para a detecção de Hemoglobina S (Hb S) em doadores de sangue". Brígida et al, PDF disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v22n2/13424.pdf;
4 - Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo http://www.aafesp.org.br/o-que-anemia-falciforme.shtml

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