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Aula 8 Vacinações e Vacinas

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Aula 8: Vacinações e Vacinas
Sanidade Avícola
Professor: Huarrison
Características 
•	Biosseguridade; 
•	Pessoal; 
•	Vacinação Coletiva/Individual; 
•	100% de Imunização (Impossível - Falhas); 
Temos dois tipos de vacinação na Avicultura: 
•	Coletiva – Água de bebida (principalmente), spray, ração. 
A grande vantagem da vacinação coletiva é, teoricamente, causar um menor stress pela não manipulação das aves. Apesar disso, deve-se fazer um jejum hídrico prévio para que todas bebam a água depois, o que também gera stress. Por outro lado, o resultado de reação à vacinação é heterogêneo pois não tem como dar a mesma dose para todas as aves, tendo respostas imunológicas diferentes.
•	Individual – Vacinação ave/ave. Só ocorre quando as aves estão na gaiola, nunca no solo. 
Geralmente aves de postura como matrizes e avós. O grande problema é o stress da manipulação, o que pode alterar a produtividade. A vantagem, porém, é uma resposta homogênea à vacinação, onde todas as aves receberão a mesma dose de vacina. 
Indústria Avícola Moderna 
•	Alta competitividade; 
•	Diminuição de custos sem redução da qualidade; (ex.: subdose de vacina). 
•	Vacinação eficaz – muito importante; 
Tipos de Vacinas 
•	Vacinas de vírus vivo 
•	Vacinas atenuadas (estocagem, promovac) – largamente utilizadas, capazes de causar infecção e não doença. Usada para primo vacinação. Fundamental para causar a memória imunológica do animal. Utilizada na vacinação em massa, por exemplo, na água de bebida. Pode ser estocada em nitrogênio líquido e, algumas, em temperatura de geladeira. 
•	Vacinas inativadas (adjuvantes oleosos e aquosos) – só podem ser inoculadas, não se faz vacinação em massa pois tem absorção praticamente zero. 
•	Vacinas de Subunidades/Vetoriais 
A primeira vacinação é com 18 dias de incubação. Então o pintinho já nasce vacinado com uma vacina viva atenuada (Marek, Bouba e DIB). Quando eclode na sala que separa os pintinhos, vacina-se para bronquite. Muitas vezes ele não sofre mais nenhuma vacinação até o abate, dependerá da realidade epidemiológica da granja. Vacinação viva ou atenuada geralmente dá uma imunidade mais rápida e forte. Os anticorpos passivos tendem a cair até o 21º dia. Os anticorpos ativos da primeira vacinação do ovo tendem a crescer até próximo ao 14º dia e depois caem até o 28º dia. 
 
Supondo que tenha NewCastle na região da granja: 
Aos 14 dias, faz-se vacinação com vacina inativada (portanto, injetada) com adjuvante oleoso e aquoso que limita a absorção da vacina pelo organismo (“é como fizesse todo dia uma micro dose da vacina, absorve aos poucos”). Obtém-se então como se fosse um platô de imunidade em vista da absorção em escala da vacina e a ave fica imune por semanas.
Vacinas de subunidades/vetoriais 
Utilizam apenas uma “parte” do antígeno capaz de gerar a resposta imunológica, retirando outras subunidades responsáveis por reações indesejáveis. 
Interferência na resposta vacinal 
• Manejo – vacinação/fatores estressantes 
• Doenças imunodepressoras – Marek, DIB, Newcastle, Influenza, Anemia Infecciosa, Leucoses, Aflatoxicoses, etc. 
• Influência Genética
• Fatores nutricionais: Vitamina E, zinco, cálcio, etc... 
 
Não efetuar vacinação 
•	Desconforto térmico 
•	Doença no plantel 
•	Aves medicadas 
•	Aves movidas/vacinadas 
•	Após debicagem 
Regras para evitar falhas vacinais 
•	Vacinas sob refrigeração 
•	Manutenção de vacinas congeladas 
•	Manuseio da vacina na aplicação 
•	Número de doses/número de aves 
•	Registro e número de lote da vacina 
•	Procedimento do fabricante 
•	Ritmo normal de vacinação 
•	Vacinação via água sem desinfetantes 
•	Combinação ou não de vacinas 
Vias de vacinação 
1.	Em incubatórios 
Vacinação “in ovo” – vacinação feita por máquinas. Realizada quando o ovo sai da câmara de incubação aos 18 dias. Bastante eficiente, vacinação de 100% das aves. Alto custo de instalação. 
Vacinação subcutânea (Marek, Bouba e DIB) – consiste em vacinas os pintos, um por um, na região do pescoço. Pode haver falha de vacinação em até 3% do lote. O diluidor da vacina geralmente possui pigmentante, permitindo que os pintos vacinados fiquem marcados. 
Vacinação por spray (Bronquite) – realizada no final das atividades da sala de pintos. A vacina é aspergida sobre cada caixa de transporte. Se vacina por caixa. 
Realizada no momento da transferência
 Vacinação de toda a bandeja de incubação ao mesmo tempo
 Método bastante eficiente: vacinação de 100% das aves 
 Realização da transferência e vacinação na mesma ocasião
 Alto custo de instalação
2.	Nos galpões 
Via água de bebida (Newcastle, DIB, Bronquite e Encefalomielite) – método mais utilizado. É o método mais utilizado por ser o mais prático e rápido. A eficiência desta via de vacinação dependerá do tempo de jejum hídrico e do estímulo para que as aves bebam água Precauções: limpeza dos bebedouros e onde corre água 3 dias antes, tentando eliminar o máximo possível de contaminação. Geralmente utiliza-se ácido cítrico para retirar matéria orgânica dos bebedouros. Depois água sem desinfetante (ou 2,5g de leite em pó/1l de água quando a água é clorada). Corrigir o pH da água 5,5 – 7,2. Volume de solução vacinal de acordo com a idade das aves, existem tabelas, x volume para cada 1000 aves de determinada idade. Número de doses de vacina correspondente ao número de aves, não fazer sub dose. Restrição de água entre 1 – 2 horas. Máximo de 2 horas em locais frios e 1 hora em locais quentes para não desidratar as aves e virem a óbito. Duração da vacina no máximo de 2 horas, não adianta deixar muito tempo num bebedouro com incidência solar, etc. Simulação de vacinação, colocar corante e depois olhar a língua das aves para ver se beberam, para ter noção da quantidade de volume ingerido. 
Fatores que interferem na vacinação pela água (Base de uma boa vacinação): Administração, Vacina de boa qualidade e todo o cuidado desde onde vai comprar, como vai ser transportada e armazenada, como será manipulada e como será administrada. E um plantel de boa qualidade, diminuindo possibilidades de intercorrências. 
Vacina: Estabilidade do vírus na água, Disseminação do vírus vacinal, Imunogenicidade da vacina, Tempo de vacinação, Concentração do vírus na solução vacinal.
Resposta da ave: Imunocompetência, Consumo de água, Níveis de anticorpos maternos, Ordem social, Doenças intercorrentes.
3. Vacinação subcutânea: (Marek, Bouba Aviária, DIB) 
 Método mais utilizado
 Consiste em vacinar os pintos, um a um, na região do pescoço
 Pode haver falha de vacinação de até 3% do lote.
 O diluidor de vacina geralmente possui pigmentante, permitindo que os pintos vacinados fiquem marcados.
Vacinação via ocular (Newcastle, DIB, Bronquite) – método bastante eficiente, consiste em pingar gotas de vacina diretamente nos olhos das aves. Exige tratamente e prática para não causar danos às aves. Utilização em avós e matrizes. 
4. Vacinação por spray (Bronquite e Encefalomielite) – consiste em aspergir solução vacinal sobre todo o lote. Tem que ser um plantel bastante hígido. Preferência para a vacinação em água de bebida. Em galpões onde não existem bicos aspersores a solução vacinal pode ser aplicada utilizando-se uma bomba costal
Vacinação realizada ao final das atividades da sala de pintos, Separar o lote que será vacinado dos outros existentes na sala de pintos, evitando contaminação de lotes que não sejam vacinados, a vacina é aspergida sobre cada caixa de transporte
Ao utilizar esta via de vacinação devemos ficar atentos para alguns detalhes como: Esgotar toda água da tubulação – evitar o contato da vacina com água clorada e Fechar as cortinas do galpão – evitando que a vacina seja levada com o vento
Cuidados na vacinação:
 - Altura: 0,80 a 1,20 metros sobre a ave
 - Volume: 0,5ml/ave
 - 5% de glicerina a 50%
 - Tamanho da gota: Grossa – 100 a 150 micras
 Fina –40 a 60 micras
Vacinação intramuscular (DIB, Bronquite, Newcastle, Reovírus, Rinotraqueíte) – método utilizado exclusivamente para produtoras de ovos e reprodutoras. Aplicar a vacina com seringa. A pistola tem uma solução desinfetante na qual passa a agulha depois de injetar em uma ave, permitindo sua reutilização com menores riscos de contaminação. Requer treinamento pra evitar danos às aves, Associação de vacina para várias doenças, Vacinas aplicadas são oleosas. 
Vacinação na membrana da asa (Bouba, Encefalomielite e Anemia) – exclusivamente para avós e matrizes. Perfurar a membrana da asa com uma agulha que foi submersa em solução vacinal. Requer treinamento pra evitar danos às aves, Associação de vacina para várias doenças.

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