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LARINGOTRAQUEÍTE

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Laringotraqueíte infecciosa: a traquéia é o órgão de eleição. Basicamente, trata-se de uma traqueíte necrotizante. No início da infecção e do processo inflamatório, quando ainda se mostra íntegra a mucosa traqueal, é possível a visualização de corpos de inclusão intranucleares. Nesse momento, já ocorre notável perda cilial. Na medida em que o epitélio traqueal descama, sobrevêm as hemorragias do órgão, as quais associam-se à exsudação fibrinosa. Também nesse nível são freqüentes os heterófilos, e o achado dos corpos de inclusão, considerados patognomônicos, torna-se proporcionalmente mais difícil.
Em termos de dificuldades diferenciais diagnósticas, deve-se considerar que nenhuma das outras enfermidades respiratórias das aves determina lesão traqueal tão severa. Os corpos de inclusões intranucleares apresentam notável valor diagnóstico, já que são específicos da ocorrência, embora, como citado, nem sempre invariavelmente constantes.
LARINGOTRAQUEITE INFECCIOSA DAS AVES
É uma doença altamente contagiosa, causada por um herpesvirus. as galinhas são os principais hospedeiros
Estorninhos, pardais, corvos, pombos e patos são resistentes ao vírus
Essa doença está inclusa na lista de notificação obrigatória da OIE (doenças dos animais aquáticos e terrestres) e para o serviço oficial do brasil.
Foi primeiramente descrita em 1925, e tem sido reportada em vários países, especialmente em regiões onde há produção avícola intensa com alta concentração de pássaros de varias idades.
A transmissão viral ocorre via horizontal (de um individuo para o outro), o local de replicação primaria na mucosa traqueal e conjuntiva, onde pode causar inflamação, descarga mucosa ou serosa, tosse e dispneia. Também pode gerar diminuição na produção de ovos e queda no ganho de peso, o que gera perda econômica.
O vírus invade o nervo trigêmeo durante a fase lítica (quando o vírus insere seu material genético na célula hospedeira e passa a dominar o metabolismo dela), resultando em uma infecção latente que pode durar toda a vida do animal (tem o vírus e não apresenta os sintomas). Alguns estresses podem reativar a replicação do vírus 
Alguns estudos indicam que o vírus também pode ser detectado em outros órgãos como coração, fígado, baço, pulmão, rins, língua, timo, proventriculo, pâncreas, duodeno e intestino delgado, intestino grosso, ceco, tonsilas cecais, Bursa e cérebro.
 O alvo principal do vírus é o sistema respiratório, especificamente o epitélio da traqueia e laringe, apesar de os seios nasais e os pulmões também poderem ser infectados. O local da infecção dependerá da rota da inoculação viral.
Técnicas moleculares como a PCR tem sido utilizadas com sucesso para detecção de laringotraqueite infecciosa das aves (ILTV) em órgãos respiratórios e outros. A PCR apresenta alta sensibilidade e especificidade para detecção da doença. É capaz de detectar o DNA viral enquanto outros testes como histopatologia e imunofluorescência geram resultados negativos. A PCR prove um teste diagnóstico rápido que pode auxiliar na diferenciação entre animais vacinados ou infectados pelo vírus. 
É uma doença que causa perda econômica significativa. 
Material e métodos
Um total de 682 amostras de vários lotes, de diversas cidades do estado de SP foram analisadas. Dessas amostras, 337 derivaram da traqueia, 308 do gânglio trigêmeo, 11 dos pulmões, 6 das tonsilas cecais, 7 do trato digestivo, 2 do fígado, 2 do baço, 1 do pâncreas, 8 dos rins.
 O total de amostras positivas para laringotraqueite foi de 85 amostras das 682, 12,46% de animais positivos. 
Das amostras de traqueia 56 resultados positivos, dos 337: 16,6% de positividade.
Das amostras do gânglio trigêmeo: 19/308: 6,1%
	Órgão analisado
	Amostras positivas
	Amostras negativas
	Total de amostras 
	Traqueia
	56 (8,21%)
	281 (41,20%)
	337
	Gânglio Trigêmeo
	19 (2,79%)
	289 (42,38%)
	308
	Pulmões 
	7 (1,03%)
	4 (0,59%)
	11
	Tonsilas cecais
	1 (0,15%)
	5 (0,73%)
	6
	Trato digestivo
	1 (0,15%)
	6 (0,88%)
	7
	Fígado
	0
	2 (0,29%)
	2
	Baço
	0
	2 (0,29%)
	2
	Pâncreas
	0
	1 (0,15%)
	1
	Rins
	1 (0,15%)
	7 (1,03%)
	8
	Total
	85 (12,46)
	597 (87,54%)
	682
 
 No estudo a rinotraqueite foi detectada em 63,6% das amostras de pulmão e 16,6% das amostras de traqueia, mostrando o tropismo pelos órgãos do sistema respiratório, apesar de ser detectado no trato intestinal, tonsilas cecais e no gânglio trigêmeo.
O principal órgão em que o vírus se encontra latente é o gânglio trigêmeo, possivelmente pelo fato do nervo trigêmeo inervar o trato respiratório superior, língua e olhos, e sua parte distal estar envolvida com a inervação da traqueia. A presença do vírus foi detectada em 19 dos gânglios trigêmeos avaliados, mostrando que o vírus entrou em latência em alguns frangos.
O estudo indicou que a detecção viral foi detectada em maior número nos pulmões, traqueia e gânglio trigêmeo. Esses resultados são consistentes com estudos anteriores que indicam maior replicação viral nos órgãos respiratórios. A presença nos outros órgãos vai de acordo com os outros estudos em que o DNA viral foi detectado no coração, fígado, baço, rins, língua, timo, proventriculo, duodeno, pâncreas, intestino delgado, intestino grosso, ceco, tonsila cecal, Bursa e cérebro. Isso indica que algumas cepas circulantes do vírus podem mostrar tropismo por outros órgãos além do sistema respiratório.
O alto número de casos negativos indica um sucesso parcial do programa de vacinação, garantindo a redução da atividade viral. Entretanto as amostras positivas indicam a presença do vírus em animais saudáveis, ou que há presença de cepas não vacinais circulando entre os lotes. Isso demonstra que a patogênese da doença ainda não é bem conhecida.

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