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10
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Serviço social
O TRABALHO PROFISSIONAL – INSTRUMENTAÇAO PARA INTERVENÇAO
2017
O TRABALHO PROFISSIONAL – INSTRUMENTAÇAO PARA INTERVENÇAO
Trabalho de Portfólio apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral em graduação em serviço social, disciplina Gestão social e analise de politicas sociais, comunicação na pratica do assistente social, projeto de trabalho de conclusão de curso, estagio em serviço social III. 
Prof.Maria AngelaSantini; Levy Henrique B. Neto; Amanda Bosa G. Carvalho; Nelma Galli
2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
3. CONCLUSÃO
4. REFERENCIAS
	
INTRODUÇÃO
Um primeiro desafio importante à gestão social refere-se a sua própria operacionalização. Este tema nunca havia despertado grande interesse no âmbito acadêmico das escolas de gestão até recentemente e a literatura administrativa a respeito parece muito incipiente, sobretudo em se tratando de trabalhos que lidam com um conhecimento mais aplicado do assunto. 
De fato, a expressão gestão social tem sido usada de modo corrente nos últimos anos servindo para identificar as mais variadas práticas sociais de diferentes atores não apenas governamentais, mas sobre tudo de organizações não governamentais, associações, fundações, assim como, mais recentemente, algumas iniciativas partindo mesmo do setor privado e que se exprimem nas noções de cidadania corporativa ou de responsabilidade social da empresa.
Se a gestão social do ponto de vista metodológico refere- se ainda a um conceito em construção, algumas preocupações e princípios muito comuns na ação da maioria dos grupos, como a postura ética da conduta, a valorização da transparência na gestão dos recursos e a ênfase sobre a democratização das decisões e das relações na organização, sinalizam na direção de uma nova cultura política que se dissemina através dessas práticas e dessa noção. 
DESENVOLVIMENTO
Conceito de gestão social.
 A gestão social tem sido definida como sendo a construção de diversos espaços para a interação social. Trata-se de um processo que é levado a cabo numa determinada comunidade e que se baseia na aprendizagem coletiva, contínua e aberta para a concepção e a execução de projetos que respondam a necessidades e problemas do foro social.
 Quanto a gestão social, na perspectiva de Carvalho (1999), Silva (2010), Maia (2005) a gestão social se opõe à gestão tradicional pelo processo dialógico, pela participação social, que contempla esta maneira de administrar. O conceito, ora incorporado na análise da gestão social, se fundamenta com a descrição de Maia (2005):
[...] um conjunto de processos sociais com potencial viabilizador do desenvolvimento societário emancipatório e transformador. É fundada nos valores, práticas e formação da democracia e da cidadania, em vista do enfrentamento às expressões da questão social, da garantia dos direitos humanos universais e da afirmação dos interesses e espaços públicos como padrões de uma nova civilidade (MAIA, 2005, p. 78 ).
 Posto isto, a gestão social representa, por assim dizer, um intermediário através do qual a comunidade atua com espírito empreendedor para promover mudanças sociais. Nesse sentido, é necessário reforçar os laços comunitários e trabalhar em prol da recuperação da identidade cultural e dos valores coletivos da sociedade em questão.
Princípios da gestão social: descentralização, participação social e intersetorialidade.
A necessidade de reduzir as funções sociais do Estado trouxe a municipalização assentada na redução dos recursos, das competências dos municípios, como também, da sua autonomia e da diminuição do aparelho municipal através dos quais seriam satisfeitas as necessidades básicas da população. Numa perspectiva crítica tais políticas não concretizam de forma alguma a descentralização. Segundo Borja (1987) elas afastam as classes populares das instituições políticas com poder de decisão, portanto, o caráter tecnocrático e centralizador do Estado ficam intensificados. Ao problematizar o conceito descentralização é necessário identificar as reais influências de ações descentralizadas para a reprodução do capital. O ponto crucial é sabermos até que ponto o Estado (descentralizado) está sendo determinado pelo capital diante da reestruturação produtiva e das novas relações de trabalho.
O que representa uma mudança nos objetivos passa-se a ter como objetivo: agilizar as decisões e a operacionalização dos serviços públicos, tornando a administração mais eficiente e próxima dos cidadãos. Nesse sentido, concordamos com Jacobi (1990, p. 8) quando nos diz:
A descentralização significa, em teoria, a possibilidade de ampliação para o exercício dos direitos, a autonomia da gestão municipal, a participação, controle e gestão citadina no seu cotidiano, assim como a potencializarão de instrumentos adequado para o uso e redistribuição mais eficiente dos escassos recursos públicos e para reverter as tendências globalizantes dos projetos de planejamento, possibilitando a desburocratização administrativa da agenda.
A participação social nos anos 90 tornou-se um dos princípios organizativos exclusivamente para a formulação de políticas públicas e deliberação democrática fomentando a participação de diferentes atores políticos.
Pode-se reafirmar que a participação é parte integrante da realidade social na qual as relações sociais ainda não estão cristalizadas em estruturas. Sua ação é relacional; ela é construção da/na transformação social. As práticas participativas e suas bases sociais evoluem, variando de acordo com os contextos sociais, históricos e geográficos. 
Os debates sobre a participação dos cidadãos no Brasil são múltiplos: agências internacionais, programas de reforma do Estado, políticas de descentralização, reivindicação de movimentos sociais (MILANI, 2008). No entanto, faz-se necessário um esclarecimento do conceito de participação. De acordo:
[...] em geral, a participação pode ser entendida como interações sociais (uma única partida ou um caminho mais complexo): a) em que os cidadãos estão envolvidos, ou representantes de grupos / associações de algum tipo e as autoridades responsáveis pelo assunto discutido; b) que são baseados no uso da palavra (e não o confronto físico), c) que são abordados de alguma forma para resolver uma situação percebida como problemática ou tomada de uma decisão de interesse coletivo (LEWANSKI (2007, tradução nossa).
Entende-se por participação social cidadã a intervenção individual e coletiva, conforme apresenta o autor, supõe redes de interação complexas e variadas, sendo a participação social derivada da cidadania ativa, ou seja, inclusão/exclusão tendo sempre presente as relações de conflito.
Entendemos que o processo de descentralização está eivado de dimensões históricas e culturais, pois a mesma é um processo construído entre sujeitos em contextos político-econômicos, culturais diversos e no espaço de uma temporalidade.
 A intersetorialidade surge como princípio e estratégia de gestão adequada às políticas públicas de promoção e defesa de direito. Entretanto, a efetiva implementação da intersetorialidade como estratégia de gestão depende ainda de muitos fatores, cuja análise é um hoje desafio.
Podemos considerar a intersetorialidade como um modelo de gestão de políticas públicas que se baseia basicamente na contratualização de relações entre diferentes setores, onde responsabilidades, metas e recursos são compartilhados, compatibilizando uma relação de respeito à autonomia de cada setor, mas também de interdependência (SANTOS,2011, p. 26).
 A intersetorialidade se anuncia como uma das formas de operacionalização da gestão social viável que se apoia em uma articulação possível entre os diversos atores sociais (gestores, técnicos e usuários).
 As mudanças na estratégia de gestão pública tornam-se pré-requisito para o desenvolvimento, pois propor resolutividade para o enfrentamento das expressões da questão social é um desafio para as políticas sociais. A gestão social traz consigo abordagens e incorpora algumas estratégias, como a descentralização, a participação, o controle social e a intersetorialidade. 
O trabalho do assistente social enquanto gestor.
 Historicamente a atuação dos profissionais Assistentes Sociais se consolida em espaços de instituições públicas, privadas, entidades socioassistenciais. Sendo o Estado o maior empregador de profissionais assistentes sociais (Iamamoto, 2011:425). No âmbito do Estado, os profissionais atuam nas esferas municipais, estaduais e nacionais, tal espaço foi conquistado pela profissão principalmente a partir da década de 1990. Inicialmente, as (os) profissionais eram contratadas(os) apenas para a operacionalização das políticas públicas/sociais, dado o amadurecimento e reformulação que o Serviço Social passou no sentido da sua perspectiva teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativo as(os) profissionais se deslocaram ao âmbito do planejamento e gestão das políticas públicas.
 O debate do assistente social enquanto gestor ainda é recente e tem ecoado principalmente com a organização da política de assistência social em um sistema descentralizado e participativo que é o SUAS. Com sua organização e padronização em serviços, programas, projetos e benefícios, os cargos de gestão protagonizam importante papel na consolidação da política pública de assistência social.
É importante destacar que a Administração e o Serviço Social são dois campos de objetos distintos, pois o Serviço Social tem como seu objeto a questão social e suas múltiplas expressões e a Administração, ou gestão, define-se como [...] modo racional e calculado de ordenar os meios para atingir resultados (Nogueira, 2007:30).
[...] o fundamento da gestão ou da administração é a noção de racionalidade, isto é, o uso da inteligência, da razão, para encontrar os meios mais adequados com vista à realização de resultados. Estes são definidos como objetivos a alcançar, ao passo que os meios dizem respeito às pessoas, aos modos e aos recursos que garantem a conquista dos objetivos (NOGUEIRA, 2007:31).
Isso pode significar um problema para os analistas sociais, mas para o pensamento administrativo é uma virtude, pois [...] idealmente, burocracia é administração profissional que visa, por meio da racionalização e do controle do trabalho, a eficiência e maximização de resultados (Nogueira, 2007:78).
A importância da comunicação na pratica do assistente social.
 Entender a relação da Comunicação com o Serviço Social é perceber, assim, que esta vem se estreitando no decorrer dos anos. Afinal, hoje, o Serviço Social deve apreender a importância da comunicação como direito e como espaço fundamental e estratégico de ação política a ser materializada no lócus profissional, bem como se trata de um campo indispensável para a socialização da informação e transformação da sociedade.
 A comunicação consiste, numa das mediações que devem integrar doravante a formação e a atuação do assistente social, como requisito do tempo presente e futuro [...] trata-se também do cultivo de necessidades radicais no profissional do serviço social (SALES e RUIZ, 2009,p.26).
 Observa-se, deste modo, que a comunicação, em todas as suas formas, constitui-se num meio para convívio em sociedade, desde a fala até as mais diferenciadas mídias utilizadas hoje. Assim, quem a utiliza para dar visibilidade ao trabalho desenvolvido deve entender que neste meio é essencial que se esteja por dentro do seu desenvolvimento continuo devido às mudanças tecnológicas, que são rápidas e processuais. Urge, portanto, um repensar no agir profissional dos assistentes sociais devido às transformações tecnológicas da informação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um primeiro desafio importante à gestão social refere-se a sua própria operacionalização. Praticamente inexistem enfoques prescritivos do tema e as metodologias de gestão social encontram-se exatamente num momento de elaboração, fruto da ação dos grupos que empreendem uma verdadeira práxis neste âmbito, ou seja, refletem e discutem permanentemente sua ação e promovem encontros e seminários para compartilhamento das experiências. 
Se a gestão social do ponto de vista metodológico refere-se ainda a um conceito em construção, algumas preocupações e princípios muito comuns na ação da maioria dos grupos, como a postura ética da conduta, a valorização da transparência na gestão dos recursos e a ênfase sobre a democratização das decisões e das relações na organização, sinalizam na direção de uma nova cultura política que se dissemina através dessas práticas e dessa noção.
 De um lado, superar uma cultura política tradicional que permeia o mundo das organizações sociais e empreender parcerias efetivas entre sociedade civil e poderes públicos que reconheça e estimule o real potencial dos grupos implicados, para além de uma mera atitude de instrumentalização da ação. Do outro, a necessidade de construção de um arcabouço metodológico que preencha os requisitos básicos de uma gestão genuinamente comprometida com o social. 
Em primeiro lugar, é importante reconhecer que a gestão social refere-se a algo que se elabora num espaço público, seja ele estatal ou societário, ou mesmo, na confluência entre eles, representado na articulação entre Estado e sociedade. A gestão social supõe antes de tudo uma ação política das organizações no sentido de atuarem ou agirem num espaço público. Se esta noção permite não reduzir o político ao governamental, o mesmo ela o faz com a dimensão econômica, não reduzindo-a ao mercadológico. Na maioria dos casos estes são oriundos dos próprios poderes públicos sob a forma de subsídios, mas também das mais variadas práticas de reciprocidade e solidariedade representadas pelo trabalho voluntário e as diversas formas de dádiva. De fim em si mesmo, o aspecto econômico se transforma num meio para a consecução de outros objetivos (sociais, políticos, culturais, ecológicos...). Além de vocação, este é um dos ensinamentos que pode nos oferecer esta noção de gestão social, deixando assim as sementes para uma nova cultura política cidadã e democrática nas organizações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAIA, Marilene. Gestão Social: reconhecendo e construindo referências. In: Revista Virtual
Textos & Contextos, n 4, dez. 2005.
BORJA, Jordi. Manual de gestion municipal democrática. Barcelona: Instituto de Estúdios de Administração Local, 1987.
JACOBI, Pedro. Descentralização, Participação e Democracia. Educação Municipal. São Paulo: UNDIME, v. 3, nº 6, p. 8. jun. 1990.
LEWANSKI, R. La democrazia deliberativa: Nuovi orizzonti per la politica. Aggiornamenti.
NOGUEIRA. A. M. Teoria da Administração para o século XXI. São Paulo: Ática Universidade, 2007.
IAMAMOTO, Marilda Villela. SERVIÇO SOCIAL EM TEMPO DE CAPITAL 
FETICHE: Capital Financeiro, trabalho e questão social. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2011.
RUIZ, Jefferson Lee de Souza Ruiz. Comunicação como direito humano. In. SALES, Mione Apolinario; RUIZ, Jefferson Lee de

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