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RESUMO PARA A PRIMEIRA PROVA DE AEC II

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RESUMO PARA A PRIMEIRA PROVA
ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO (AEC) II
Percepção e Atenção
	Como forma de evitar a confusão com a Psicologia Cognitiva, os analistas do comportamento preferem trabalhar com os conceitos de Perceber e Atentar, entendendo-os como comportamentos.
	Atentar ou prestar atenção é o comportamento operante (portanto controlado pelas suas consequências e pelos estímulos antecedentes) que coloca o organismo em contato com o estímulo discriminativo de outro comportamento.
	Perceber é o comportamento de responder a certos eventos ambientais ou não, o que requer reconhecer estímulos ambientais de forma diferenciada entre si. Simplificando: perceber é o mesmo que discriminar. É influenciado pela filogênese, ontogênese (entendida como história de reforçamento) e cultura.
	De forma global, as contingências que envolvem o Perceber e o Atentar são entrelaçadas, compartilhando um estímulo com dupla função. Na cadeia comportamental, há uma resposta de observação seguida por um estímulo reforçador (para o comportamento de atentar) e discriminativo (para o comportamento de percepção), que precede uma resposta principal, seguida de outro estímulo reforçador.
	 
	
Motivação
	Usos do conceito de Motivação dentro da Psicologia hoje: uso disposicional (tendência a agir de certa forma), função adverbial (qualificação daquilo que o sujeito faz) e o uso como substantivo (estado interno que inicia uma ação, como fome). Nos três casos. Problemas: no uso disposicional não há explicitação de causa; na função adverbial e no uso substantivo, o conceito de motivação torna-se tão genérico que se inutiliza. Enfim, todos eles não são suficientes para explicar a ocorrência de um comportamento.
	Para os analistas do comportamento, é mais interessante a definição de motivação em relação ao comportamento (não ao indivíduo), tomando-a como operações que estabelecem a efetividade de uma contingência (operações estabelecedoras), principalmente do reforçamento.
	A motivação, portanto, faz parte do conjunto de causas do comportamento, juntamente ao histórico de reforçamento e as contingências atuais (a presença de estímulos discriminativos e o comportamento de atentar a eles).
	Existem três tipos de operações estabelecedoras: saciação, privação e estimulação aversiva. Cada um desses tipos pode exercer quatro funções (dentro da contingência SC-> SR -> R -> SD): estabelecer o valor reforçador/punitivo (estabelece o estimulo reforçador – SR), diretamente evocar/suprimir um operante (estabelece o comportamento – R), determinar a efetividade de um estímulo discriminativo (estabelecer a discriminação – SD) e/ou estabelecer a efetividade do reforçamento/punição condicionado (estabelece o estímulo condicionado – SC). É importante ressaltar que esses estabelecimentos se dão em forma de modulação momentânea.
Linguagem
O comportamento verbal, comparativamente ao não-verbal, é marcado por ser dinâmico e bilateral. Envolve dois papéis, um falante e um ouvinte, sendo que os comportamentos do falante repercutem nos do ouvinte que, por sua vez, retroagem sobre os do falante. Pode-se determinar que o comportamento verbal, portanto, é (1) mediado por um interlocutor (não há reforçamento mecânico/automático portanto) que (2) seja pertencente da mesma comunidade verbal. Quando no comportamento verbal, o ouvinte for também estímulo discriminativo, pode-se falar em controle pela Audiência.
Dividem-se os comportamentos verbais em dois grupos: operantes de primeira ordem (subdivididos em controle por relação formal e controle por relação temática) e operantes de segunda classe.
Os operantes de primeira ordem com relação de forma são: Ecóico, Cópia, Ditado, Leitura.
Ecóico: estímulo antecedente verbal auditivo e resposta vocal.
Ditado: estímulo antecedente verbal auditivo e resposta verbal motora-escrita.
Cópia: estímulo antecedentes verbal visual e resposta verbal motora-escrita.
Textual: estímulo antecedente verbal visual e resposta verbal vocal. (A leitura como compreensão pode ser considerada fusão de relações verbais, não é propriamente o operante textual).
Os operantes de primeira ordem com relação temática são: Tato, Mando, Intraverbal.
Tato: respostas verbais (vocais ou motoras) controladas por condições antecedentes não verbais com função discriminativa (ex: dizer “chuva” ao sentir gotas de água caindo). Extensões do tato: tato genérico (um estímulo novo está na mesma classe de um velho), tato metafórico (o novo estímulo difere do estímulo convencional) e tato metonímico (um estímulo controla o mesmo comportamento porque normalmente está acompanhado de outro estímulo, convencional).
Mando: respostas verbais (vocais ou motoras) controladas por antecedentes nãoverbais com função motivacional (operações estabelecedoras) (ex: dizer “água, por favor” sob estado de privação). Extensões do mando: mando supersticioso (há pequena probabilidade de reforço) e mando mágico (não há probabilidade de reforço).
Intraverbal: respostas verbais (vocais ou motoras) a estímulos verbais (vocais ou visuais) produzidos pelo comportamento de outra pessoa ou do próprio falante (ex: responder “tudo bem” a um estímulo de “como vai?”). Podem-se classificar os intraverbais em relação à função (definição, exemplificação, identificação) ou modo (formal, informal, idiossincrático).
Operantes autoclíticos: função de “requinte da linguagem”, modificar e “lapidar” o efeito das relações verbais primárias sobre o ouvinte. Atua sobre a gramática e o tom da linguagem. Autoclítico de tato: permite ao ouvinte discriminar as propriedades da resposta primária e/ou suas contingências supostos pelo falante. Autoclítico de mando: permite ao falante estabelecer função motivacional sobre o comportamento do ouvinte.
Pensamento e Criatividade
	Problemas das perspectivas mentalistas: segundo Skinner, a mente é uma invenção humana (argumenta que o mundo interno normalmente é retratado como o mundo externo introjetado ou como arquivamento), que os estudos da fisiologia do cérebro são interessantes aos comportamentalistas mas que, em relação ao comportamento propriamente dito, são insuficientes (o que se pode observar é o resultado das funções cerebrais, não uma dinâmica), e que se descarta a interação ambiental.
Para os analistas do comportamento, o pensamento é interpretado como um comportamento. Pode ser aberto ou encoberto, verbal ou não verbal. Muitas vezes Skinner identifica o pensamento como comportamento preliminar.
Comportamento preliminar ou precorrente são respostas que melhoram a eficiência do comportamento posterior, aumentando sua chance de reforço. Na maioria das vezes, os comportamentos preliminares podem ser encobertos, mas é possível alterar as contingências para explicitá-los verbalmente (p.e. uma professora que peça a um aluno não somente a resposta de uma questão, mas para que explicite os procedimentos que usou para alcançá-lo).
Em algumas linhas da psicologia, se considera o pensamento como capacidade de decisão e capacidade de resolver problemas de forma criativa.
Comportamento de decidir: não apenas emitir uma resposta possível, mas escolher entre duas respostas possíveis. Entendendo-se a “indecisão” como estimulação aversiva, pode-se considerar o comportamento de decidir como um operante (podendo, p.e., ser reforçado pela comunidade verbal).
Criatividade ou insight para resolver problemas: não a partir da racionalização, mas a partir do rearranjo ambiental. Ocorre então uma recombinação de repertórios comportamentais em posse do indivíduo, sendo que esses repertório podem ser treinados, mas não o comportamento final.
Desenvolvimento Humano
	Na análise comportamental se entende o “desenvolvimento como um processo complexo de interações entre organismos e meio no qual ocorrem mudanças progressivas da natureza das interações entre organismo e ambiente, não apenas do repertório comportamental”. Essas modificações nas relações se dão a partir de critérios filogenéticos,ontogenéticos e culturais. Tomando por exemplo a aquisição da linguagem, o estudo comportamental do desenvolvimento buscaria compreender os comportamentos de gorgeio, balbucio, emissão de palavras e emissão se frases dentro dos termos de contingência, reforço e motivação.
	Grande parte das mudanças no repertório comportamental pode se dar pelo reforço diferencial dos adultos em relação a cada comportamento de uma classe (p.e. reforçar o bebê ao se afastar de uma tomada e puni-lo quando se aproxima dela). 
	Para esse estudo é interessante se valer de crianças, porque permite traçar paralelos entre organismos humanos e não-humanos (ou, no texto, “infra-humanos”), enfraquece a variável do histórico de reforçamento (em crianças, é mais curta do que em adultos) e pode também retirar ou reduzir a variável linguagem.
Resp. Obs. -> S ref/disc -> Resp. Principal -> S ref.
	Atentar 		 Perceber
			Primeira Ordem	Relação Formal		Ecoico, Cópia, Ditado, Textual
Compt. Verbal					Relação Temática	Mando, Tato, Ext. do Tato, Intraverbal
			Segunda Ordem	Autoclíticos

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