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03/08/17
Contratos – teoria geral dos contratos/contratos em espécie.
Paralelo da evolução do Direito Civil.
Brasil império
CLC – consolidação das Leis Civis
Código Civil 1916/Clóvis Beviláqua (época que este código foi considerado a Constituição do Direito Civil).
Código Civil 2002/Miguel Reale (coordenador e sistematizador) + colaboradores.
Metáfora – Ricardo Lorenzetti (argentino)/Direito Civil Constitucional
Fundamentos da República/CF/88
Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III,CF/88)
Solidariedade (art. 3º, I, CF/88) – Isonomia ou Igualdade (art. 5º, caput, CF/88)
Exemplos: Dignidade da pessoa humana durante o contrato a pessoa não poderá engravidar. (contrato entre PF X PJ – com clausula nula, quando no momento da celebração foi descumprido o principio constitucional).
Solidariedade – EX: esposo entra com ação de divórcio, mulher necessita de pensão alimentar – paga-se pensão mesmo que o motivo tenha sido traição.
Igualdade ou Isonomia – adequação do nível de vida. Ex: filhos – todos são iguais.
Arts.: 1890, 1829 e ad. 1790 – este foi declarado inconstitucional (caso da companheira).
Princípios estruturantes do código:
Principio da operabilidade
Principio da socialidade
Principio da eticidade
Enunciados do Conselho de Justiça Federal CJF/STF – não é jurisprudência é proposta doutrinaria. 
Conceitos:
Operabilidade – impõe soluções viáveis, em grandes dificuldades na aplicação do direito. Solucionar o caso concreto de maneira mais efetiva. Ex: aplica-se §único do art. 944 – P.Ù. se houver excessiva desapropriação entre a gravidade ou culpa, poderá o juiz reduzir, equitivamente a indenização.
Eticidade – é aquele que impõe justiça e boa-fé nas relações civis (pacta sunt servanda). No contrato, tem que agir de boa-fé em todas as fases. O juiz deixar de ser a boca da lei, valendo-se de valores sociais, morais e de clausulas gerais na aplicação da lei. Art. 422 do CC. Ex.: ao utilizar um imóvel o locatário, pinta o de preto (má-fé).
Diferença entre prescrição (arts. 189 a 206) e decadência (arts. 207 a 211).
Prescrição – perda de uma pretensão de exigir de alguém um determinado comportamento.
Decadência – perda de um direito que não foi exercido pelo seu titular no prazo previsto na lei.
Qual a visão da aplicabilidade dos Códigos?
O Código de 1916 sofreu uma despatriamolização.
PROVA – O Direito Civil sofreu uma repersonalização ou seja, a pessoa humana exerce um papel de relevo, tendo primazia sobre o patrimônio.
04/8/17
CONCEITO DE CONTRATO
Conceito clássico de contrato
O Código Civil 2002, a exemplo de CC/1916 não concentrou o contrato. A doutrina utiliza o clássico que consta no art. 1321, CC, Italiano, da forma: o contrato é um negocio jurídico bi ou plurilateral que visa a criação, a modificação ou a extensão de direitos e deveres com conteúdo patrimonial.
PROVA – todos os contratos são negócios jurídicos pelo menos bilateral, por envolver duas pessoas com vontades opostas.
Contrato Unilateral – doação, é contrato e, portanto, negocio jurídico bilateral (doador – declaratória). Porém, trata-se em regra de um contrato unilateral por trazer deveres apenas uma das partes.
Exceção – Portanto, o contrato exige alteridade (presença de 2 pessoas ao menos), sendo vedado o auto contrato ou contrato comigo mesmo. Entretanto, surge a polêmica do art. 107 do CC, onde a exceção a esta regra. O art. 685 do CC, que prevê o mandato com clausula em “causa própria” (in rem propriam ou in rem suam). Ex.: Alguém outorga poderes para outrem, para venda de um imóvel constando uma autorização para que o mandatário compre o bem.
Obs.: O conceito clássico do contrato relaciona o seu conteúdo a patrimonialidade, portanto, para essa visão clássica, casamento não é contrato, pois seu conteúdo é afetivo, visando uma comunhão plena de vida. Art. 1511 do CC, teoria mista ou hibrida. Pontes de Miranda.
Observação da aula: contrato em espécie – contrato em que uma pessoa se obriga a transferir a propriedade de um certo objeto a outra, mediante recebimento de soma em denominado preço. Vícios – oculto – compra e venda – pessoa jurídica. Vícios redibitórios – compra e venda – pessoa física.
Ônus da prova é de quem alega.
Contrato negocio jurídico (bi ou plurilateral).
Alteridade – presença de no mínimo 2 pessoas
Contrato unilateral – contrato de doação
Obs: contrato nasceu para ser cumprido e não respondido, pode ser revisto – falta imprevista, pode-se discutir clausulas que contrariam alguns. Casamento não é contrato – contrato é apenas o regime de bens. Art. 685 do CC. União estável – e o contrato, forma de conveniência, quantas relações de conivência. Estado civil – conivente.
10/8/17
Art. 42/art. 1723, caput. Ex. contrato de namoro. Ato nulo – não se discute, não tem validade. Ato anulável – caso invalido, que se torna valido com o decurso do tempo. Art. 496 do CC. Art. 179 – prazo de 2 anos para reclamar/a contar da data da escritura. Decadência – é de 2 anos. Art. 538 – doação/art. 548 – reserva de subsistência na doação. Namoro qualificado – união estável – período em que as pessoas adquirem bens econômicos visando a união.
	Mandato simples ou contrato de mandato
	Contrato de mandato com clausula em causa própria
	Art. 117 do CC;
	Art. 685 do CC;
	1ª pode ser revogado;
	1ª não pode ser revogado;
	2ª o mandatário precisa prestar contas ao mandante;
	2ª o mandatário não precisa prestar contas ao mandate;
	3ª extingue-se com a morte;
	3ª não se extingue com a morte;
	4ª o mandatário não poderá adquirir a coisa objeto do contrato.
	4ª mandatário poderá adquirir para si a coisa objeto do contrato.
Art. 548 do CC – nulo doar todos os bens sem presença de subsistência.
Art. 549 do CC – nulo também que a ponte pode exceder os limites, podem dispor um testamento.
CONCEITO CONTEMPORANEO OU PÓS-MODERNO DO CONTRATO (PAULO NALIM)
O contrato é uma relação intersubjetiva (teoria do 3º, art. 608) baseado no solidarismo constitucional (não faça comigo o que não querem que faça com você), e que traz efeitos existenciais e patrimoniais, mas, também em relação a terceiros. O conceito é importante pelos seguintes aspectos: preocupações constitucionais.
11/8/17
O contrato será sempre baseado na solidariedade (art. 3º, I, CF/88).
Lei 8009/90 – protege o bem de família. Obrigação procter rem – surge em razão da coisa. Beneficio de ordem – art. 827 – o fiador demandado pelo pagamento da divida tem direito a exigir, até a constituição da lide, que sejam primeiro executado os bens do devedor. Esse é o chamado beneficio de ordem, pois a responsabilidade do fiador é subsidiário (posterior) a do devedor principal.
O contrato está baseado no principio da solidariedade constitucional, art. 3º, I, CF, isso possibilita ponderação de valores constitucionais envolvendo o contrato. Ex. debates no STF a respeito da constitucionalidade do art. 8º, VI, da Lei 8009/90, sobre a penhora do bem de família do fator na locação imobiliária (entendimento STF) – O STF entendeu pela constitucionalidade do artigo e os princípios da moradia, isonomia e solidariedade foram vencidos pelo poder econômico.
Principio da dignidade humana – art. 1º, III, CF (baseado). O contrato também gera efeitos existenciais de personalidade relativos a dignidade da pessoa humana. Art. 1º, III, CF. A proteção da dignidade humana no contrato constitui um dos aspectos da eficácia interna, da função social dos contratos. Enunciado 23, CJF. Ex. Para Canotilho (constitucionalista português), a cláusula de não engravidar constante da contratação, p. ex. de uma executiva. A clausula é nula por respeito da função social do contrato e a dignidade humana, havendo ilicitude do objeto. Art. 421 do CC.
Requisito para o dano moral: conduta + nexo causal + dano. Art. 187 e art. 166, II, CC.
O contrato pode gerar efeito contra o 3º, sendo este, um dos aspectos da eficácia externa da função social do contrato. Enunciado 21, STF (não é jurisprudência). Ex. caso imediático envolvendo Zeca Pagodinho, Nova Skin e Brahma. Art.608. Este dispositivo traz a teoria do 3º cúmplice, pela qual o aliciador responde perante a parte contratual, por desrespeitar a função social do contrato. Art. 426 – proíbe que você venda uma herança em testamento. Pactua herança de pessoa viva. Obs. O contrato é típico negocio jurídico intervivos não se confundindo com os negócios mortis causa (causa mortis). Ex. testamento. Essa divisão consta no art. 426, pelo qual não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Arts. 157 e 166, III; são nulos. Art. 426 nulo. Art. 171 anulável. No art. 166, neste artigo nós temos a proibição do pacto sucessório ou pacta corvina, também chamado do pactos dos abutres, de origem romana. Pelo pacto sucessório podemos utilizar o art. 166, VII, por haver uma nulidade virtual.
18/8/17
Elementos constitutivos do contrato. Escada Ponteana (Pontes de Miranda) são os laços que cria o contrato.
	Plano de existência
	Planos da validade
	Planos da eficácia 
	Partes
Vontade
Objeto
Forma
Existe mas não serve para nada.
	Partes (capazes)
Vontades (livre)
Objeto (licito, possível, determinado e determinável)
Forma (prescrita ou não defesa em lei) e não proibida em lei. Art. 104
	Condição 
Termo 
Encargo ou modo (ônus em liberdade)
Inadimplemento (resolução) absoluto
Registro imobiliário (bens imóveis)
Tradição (móveis entrega dos bens).
Atos nulos e anulados.
Contrato existe, válido e eficaz 
Registro imobiliário – contrato de compra venda de bens imóveis.
Procter rem – ação regressiva.
Renuncia da propriedade em nome do comprador.
Comodato é o empréstimo de coisa infungível (imobiliário). Nulo sem consentimento dos demais. Atos anuláveis. Mútuo – empréstimo de coisa fungível. Art. 179, CC – torna válido.
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
Classificar o contrato significa buscar a sua natureza jurídica (O QUE É CONTRATO DA SEGUINTE FORMA):
Quanto aos direitos e deveres das partes ou quanto ao sinalagma:
Contrato Unilateral – traz deveres para apenas uma das partes tendo o outro apenas direitos (ganhos e perdas entre as partes). Ex. doação, comodato mútuo (em regra).
Contrato Bilateral ou Sinalagmático – traz direitos e deveres para ambas as partes de forma proporcional. As partes são credoras e devedoras entre si havendo uma obrigação complexa. Ex. compra e venda, prestação de serviço, locação.
Sinalágma – a quebra do sinalagma é igual ao desequilíbrio contratual ou onerosidade excessiva que traz o efeito gangorra na relação contratual.
Contrato Plurilateral – traz direitos e deveres para várias partes ao mesmo tempo. Ex. contrato de consórcio, seguro de vida em grupo.
Quanto ao sacrifício patrimonial das partes – 25/8/17
Gratuito/Benévolo/Beneficio – sacrifício patrimonial para uma das partes. Art. 114 – negocio jurídico benéfico e renúncia interpretou-se estritamente (nada mais além disso), não se admite interpretação extensiva. Vantagem para um, desvantagem para outro. Traz sacrifício patrimonial para uma das partes. Esses contratos não admitem interpretação ativa (art. 114,CC). Ex. doação, mútuo, comodato em regra.
Oneroso – traz sacrifício patrimonial para ambas as partes (prestação/contra prestação). Ex. contrato de compra e venda, locação. Unilateral – gratuito (em regra)/Bilateral – oneroso. Obs. Geralmente o contrato unilateral é gratuito e o bilateral é oneroso, entretanto há exceção pois o contrato pode ser unilateral e oneroso. Ex. mútuo finerativo (empréstimo de dinheiro à juros – mútuo oneroso, art. 591).
Quanto ao momento de aperfeiçoamento do contrato:
Consensual – tem aperfeiçoamento com a manifestação de vontade das partes (art.422). livre de vício. Ex. compra e venda, arras/vontade viciada você vender sua parte (por ameaça de morte – coação). (prazo de 4 anos/decadencial/comodato não se transforma em aluguel).
Real – tem aperfeiçoamento de validade com a entrada da coisa. Ex. comodato, mútuo, deposto.
31/8/17
Quanto aos riscos que envolvem a prestação:
Comutativo – as partes já sabem quais são as prestações não sendo o risco a causa do negocio. Ex. em regra contrato de compra venda.
Aleatório – o risco (probabilidade de perigo) é a causa do negocio (alea=sorte, eventualidade). Ex. jogo e apostas. Ex. contrato do seguro (para os civilistas). #Cuidado: para os autores do direito empresarial o seguro é um contrato comutativo, pois é possível a determinação do risco por calculo matemático. (Fabio Ulhoa). O contrato aleatório pode assumir formas básicas. (arts. 458 a 461).
b.1) Contrato Aleatório emptio spei – risco é total – você recebe tudo ou nada/efeito gangorra – aqui o risco é maior, pois se refere a própria existência da coisa e a quantidade, ou seja, a coisa pode não existir. Ex. pescador (pode ou não ter ou fazer uma pesca em grande quantidade).
b.2) Contrato Aleatório emptio rei speratae (a venda da coisa esperada) – aqui o risco é menor, pois é fixada um mínimo com o conteúdo no contrato, ou seja, há variação somente quanto a quantidade, pois a coisa já é esperada.
5) Quanto a previsão legal:
a) Contrato típico – tem uma previsão legal mínima com regras fundamentais. Ex. os contratos típicos do CC. (contrato em espécie).
b) Contrato atípico – não tem uma previsão legal mínima, sendo licita a sua estipulação, desde que observadas às regras gerais do CC. 
#deixo as chaves do carro/prestação de serviço(típico) + depósito(típico) = Atipico.
#se as chaves são levadas/prestação de serviço(típico) + locação(típico) = Atipico.
Segundo Álvaro Villaça: o contrato atípico geralmente é uma combinação de outros contratos típicos ou atípicos, por isso seria um contrato misto. Ex. contrato de garagem ou estacionamento. Ex. se as chaves do carro são deixadas haverá uma prestação de serviço (típico) + deposito (típico) = atípico. Ex. se as chaves do carro são levadas haverá uma prestação de serviço (típico) + locação (típico) = atípico.
*Atenção! Para parte da doutrina o contrato nominado é típico, e o inominado é atípico (nominado – que tem nome/inominado – que não tem nome). Entretanto, conforme o Prof. Villaça os conceitos não se confundem. Os expressos nominados/inominados servem para apontar se o nome do contrato consta ou não na lei. Já os termos típicos e atípicos apontam a existência ou não de uma previsão legal mínima. Ex. contrato de garagem ou estacionamento. O nome do contrato consta no art. 1º da Lei 8245/91 (Lei de Locação), não havendo qualquer outra previsão legal. Trata-se de um contrato nominado porque consta na lei e atípico porque não existe regras legais especificas na lei.
6) Quanto a negociação do conteúdo do contrato pelas partes: (enunciado 171, CJF)
a) Paritário (exceção) – no contrato paritário o conteúdo é plenamente negociável pelas partes. Essa modalidade constitui exceção no sistema discutido pelas partes.
b) Adesão – o estipulante, geralmente a parte + forte, da relação contratual impõe o conteúdo do negocio, restando a outra parte (aderente), duas opções aceitar ou não aceitar. Teoria geral dos contratos = contratos em espécie (um esta ligado no outro/sempre andam juntos).
O contrato de adesão constitui regra ao meio social contemporâneo. Como afirma Enzo Roppo, vivemos o império dos contratos modelos. (prevalência dos contratos de adesão). Enunciado 171 CJF/STF – o contrato de adesão, mencionados nos arts. 423 e 424 do CC, não se confunde com o contrato de consumo, portanto, existem contratos que são de adesão que não soa de consumo. Locação imobiliária (particular X particular). O código civil protege o aderente vulnerável da relação contratual nos seguintes dispositivos:
Boa –fé – objetiva – conduta
 Subjetiva – intenção 
Adesão – regra exceção art. 1601, CC. LINDB – art. 10 – lei das leis.
7) Quanto a formalidades/solenidades
Para M. H. Diniz formalidade é igual solenidade. Entretanto para corrente majoritária (Venosa e Beviláqua) há diferença entre forma e solenidade. Para eles, forma é gênero, ou seja, qualquer formalidade. Ex. art. 619, CC. A fiança exige forma escrita. Já solenidadeé espécie ato publico. Ex. art. 108, CC).
Obs. É possível que um contrato seja formal e não solene. Ex. fiança precisa ser formal (escrito) e não exige escritura pública. Em regra os contratos são informais e não solenes. A escritura publica somente é necessário para os atos de disposição de imóvel com valor superior a 30 salários mínimos. Portanto, contrato pode ser informal não exige qualquer formalidade, podendo ser verbal, p. ex. mandato.
#Contrato formal – exige qualquer formalidade. Ex. fiança exige forma escrita, não pode ser prestado de forma verbal. Art. 819, CC.
#Contrato não solene – não exige escritura publica. Ex. venda de imóvel com valor = ou inferior a 30 salários mínimos não exige escritura publica. Art. 108, CC.
#Contrato solene – é aquele que exige escritura publica. Ex. imóvel + de 30 salarios mínimos exige escritura publica.
A forma e solenidade esta no plano da validade, já escritura publica também esta no plano da validade e o registro no plano da eficácia.
14/9/17
8) Quanto a independência:
Principio da gravitação jurídica: aplica-se esse principio, p. ex. contrato de locação com fiança. Portanto, se o contrato principal for considerado nulo ou anulado, o acessório, a reciproca não é verdadeira. Art. 184, CC; respaldo legal.
Contrato coligado (para os portugueses, conexos, para os italianos e contratos em rede para os argentinos). C. R. Gonçalves: são os contratos, que embora distintos, estão ligados por uma clausula acessória implícita e ou expressa, geralmente visando a mesma finalidade. Na coligação contratual, geralmente é possível identificar contrato acessório e contrato principal. Ex. contrato do jogador de futebol + contrato de uso de imagem pelo clube. Neste caso, o contrato principal é o contrato de trabalho do jogador de futebol.
Contrato principal – é o que lê que não depende de qualquer outro, quanto a existência, validade e eficácia. Ex. contrato de locação.
Contrato acessório – é aquele que tem uma relação de dependência com outro contrato. Ex. contrato de fiança.
9) Classificação quanto ao momento de cumprimento do contrato:
a) Contrato instantâneo ou de execução imediata: Art. 331, CC. Compra e venda à vista. É aquele contrato que deve ser cumprido imediatamente. Esse instituto constitui regra em nosso sistema jurídico, quando há silencio no contrato (sobre a forma de pagamento, art. 331, CC). Ex. compra e venda a vista.
b) Contrato de execução diferida (de uma vez só no futuro): o cumprimento ocorre de uma vez só no futuro. Ex. cheque pós datado.
10) Quanto a pessoalidade:
a) Contrato impessoal: a pessoa com quem se contrata não é essencial ao negocio, ou seja, não é a sua causa. Ex. garçom que te atende é indiferente, prestação de serviço.
b) Contrato personalíssimo: intuito personae, a pessoa com quem se contrata é essencial para o negocio. Ex. divida sem obrigação – obrigação natural – o jogo. É uma divida que você não tem obrigação de pagar. Gorjeta 10%.
Geralmente porque o contrato está baseado na confiança. Art. 836, CC. A fiança (morrendo fiador extingue o contrato de fiança), responsável pela força pelos limites da herança (inventario); fiança é personalíssima. Em que falecendo o fiador a sua condição não para os herdeiros, mas, apenas obrigações vencidas enquanto era vivo o fiador. Até os limites das forças da herança. Obrigação sem divida – fiança.
11) Quanto a definitividade:
a) Contrato preliminar – é o negocio preparatório de outro contrato que sera celebrado no futuro. Art. 462 a 466 do CC. Ex. compromisso de compra e venda.
b) Contrato definitivo – é aquele que não depende de qualquer outro quanto no futuro. Ex. compra e venda geral.
15/9/17
Princípios contratuais:
Introdução:
O Enunciado 167 do CJF/STJ, salienta a forte aproximação principiologica entre o CC e o CDC, eis que ambos são incorporadores de uma nova teoria geral dos contratos.
Essa aproximação ocorre pelos princípios contratuais.
Principio da autonomia privada, função social do contrato e principio da boa-fé objetiva. Essa aproximação principiológica possibilita a plicaçao da teoria do dialogo das fontes (Claudia Lima Marques), ou seja, teoria CC e CDc não se excluem, mas se complementam. (Dialogo de complementariedade).
Principio da autonomia privada: esse principio substitui o modelo liberal da autonomia da vontade pelas seguintes razões apontadas por Enzo Roppo: mitigação da vontade (crise da vontade): a regra no atual sistema, é a prevalência dos contratos de adesão é a regra, como afirma o Enzo Roppo, vivemos a era dos contratos modelos, que prevalece em larga escala. (contrato de adesão ou adesivo)- não tem prevalência no sistema. Muitas vezes o conteúdo do contrato é imposto pela lei ou pelo estado (dirigismo contratual). Ex. art. 1521, CC. Ex. CDC, CLT, CC/02, que protege o aderente contratual como parte vulnerável da relação contratual nos arts. 423 e 424 do CC. Retenção: norma restritiva da autonomia privada: não admite analogia ou interpretação extensiva. O pai quer hipotecar o imóvel a favor de um filho. Para tanto haverá necessidade dos demais filhos? Não, pois o art. 496 do CC, faz essa exigência na compra e venda, que é norma restritiva da autonomia privada não se aplicando por analogia a hipoteca nesse sentido: M. H. Diniz, C. R. Gonçalves e Venosa. Art. 496 – autorização. Art. 1962 – deserdação. Deserdação – norma de autonomia privada declarada indigna.
Principio da função social do contrato (art. 2035, CC): alqueires 10m² - SP/alqueires 8m² - MS.
Finalidade coletiva. Função social é igual a finalidade coletiva. Trata-se de um principio de ordem publica. (norma de cunho privado e norma de cunho publico – tem proteção legal. Não pode ser contrariado pelas partes – art. 2035; regra de ordem publica é a norma inafastável pela vontade das partes. As regras de ordem publica existem no direito publico, bem como no direito privado. Temos como ex. no direito privado os impedimentos no casamento). Art. 2035, P.Ú. pelo qual o contrato deve ser necessariamente interpretado de acordo com o contexto da sociedade. O principal efeito do principio é a mitigação da força obrigatória do contrato (pacta sunt servanda) não se pode + admitir que o contrato seja uma bolha que isola as partes do meio social.
Eficácia interna – Enunciado 360 CJF
Eficácia externa – Enunciado 21 CJF
Eficácia interna da função social do contrato – Enunciado 360 CJF/STJ:
Proteção da parte vulnerável no contrato. Ex. art. 423 e 424, CC e Art. 54 do CDC.
Proteção da dignidade humana no contrato: art. 1º, III, CF.
Vedação de onerosidade excessiva (gera o desequilíbrio contratual ocasionando 
Nulidade das clausulas antissociais: vai contra a função social e a sociedade. Sumula 302 STJ. (Art. 166, II e art. 187, CC). Ex. clausula de antissocial sumula 302 do STJ. Em contrato de plano de saúde é nula a causa que limita a internação.
Tendência de conservação contratual. Enunciado 22 do CJF. Art. 421, CC. Ex. a extinção do contrato é a ultima ratio que reforça o principio de conservação do contrato. 
Eficácia externa da função social do contrato: Enunciado 21 CJF. O contrato gera efeitos perante 3º e condutas de 3º repercutem no contrato.
Proteção dos direitos difusos e coletivos não podendo no contrato prejudica-los. O contrato deve haver função sócio ambiental.
Tutela externa do credito. Ex. a vitima de acidente de transito pode demandar diretamente a seguradora do culpado mesmo não havendo relação contratual entre eles.
Principio da boa-fé objetiva: (intenção da boa-fé subjetiva – saiu dos planos de intenções. Quero saber da boa conduta objetiva – agir com lealdade). Trata-se da evolução do conceito de boa-fé que saiu do plano intencional (boa-fé subjetiva) para o plano de conduta de lealdade das partes(agir com probidade), não basta ser bem intencionado, pois de pessoa bem intencionada o inferno esta cheio.
Boa-fé subjetiva – estado psicológico: é uma boa intenção. Ex art. 1201, Cc. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vicio, ou o obstáculo que impede aaquisição da coisa. §único. O possuidor com justo titulo tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrario, ou quando a lei admite expressamente não admite esta presunção. Ação de imissão de posse (petitória-ação) – propriedade e usucapião.
Boa-fé objetiva (agir com lealdade) – é uma boa conduta. Ex. art.422, CC. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé (deveres anexos). A boa-fé objetiva esta relacionada aos deveres anexos ou laterais de conduta que são deveres inerentes a qualquer contrato sem a necessidade de previsão no instrumento. Não colocar nas clausulas contratuais as seguintes ações: as partes devem agir com honestidade, transparência, as partes devem informar, as partes devem ser honestas, agir com lealdade. Obs. A queda dos deveres anexos gera a violação modalidade no inadimplemento em que a responsabilidade é objetiva; a responsabilidade subjetiva: a comprovação de que houve dolo ou culpa por parte do agente. Que houve a intenção aquela que depende da existência de dolo ou culpa por parte do agente delituoso. Responsabilidade objetiva: é sem culpa, naquelas situações nas quais sua comprovação inviabiliza a indenização para a parte que foi lesada. Ex. credor não retira o nome do devedor de cadastro de inadimplentes após o acordo ou pagamento da divida viola positivamente o contrato por quebra da boa-fé na fase pós contratual surgindo uma responsabilidade de indenizar – post pactum finitum.
Funções da boa-fé objetiva – três são as funções da boa-fé objetiva:
Função de interpretação (art.113, CC) os contratos devem ser interpretados conforme a boa-fé, ou seja, de maneira mais favorável a quem esteja de boa-fé. Na compra e venda de uma fazenda com geo-referenciamento a divergia quanto a metragem, neste caso será interpretado conforme a boa-fé, costumes e os usos de sua local celebração conforme o art. 113, CC.
Função controle (art. 187,CC) aquele viola a boa-fé objetiva no exercício de um direito contratual comete abuso de direito, modalidade de ilícito previsto no art. 187, CC.
Função da integração (art.422) a boa-fé objetiva deve integrar todas as fases contratuais: fase pré contratual, fase contratual e fase pós contratual, enunciado 25, CJF. Exs. A) ex. da boa-fé objetiva na fase pré contratual: jurisprudência TJ/RS caso dos tomates CICA. A cica distribuía sementes a agricultores gaúchos com compromisso implícito de aquisição da produção. Assim fazia de forma sucessiva e continuada adquirindo a produção ate quebrar a confiança. Os agricultores ingressaram em juízo e foram indenizados pela perda da safra, pois a cica não cumpriu o compromisso pré contratual, o que gerou a violação positiva do contrato.
Ex. de boa-fé na fase contratual – sumula 308 STJ. A hipoteca firmada entre a construtora e ao agente financeiro, anterior ou posterior a celebração do compromisso de compra e venda. Essa hipoteca não, tem a eficácia perante terceiros adquirentes do imóvel que estejam de boa-fé. Pelo teor da sumula a boa-fé objetiva caracterizada pela pontualidade contratual vence a hipoteca que deixa de ter efeitos erga omnes (contra todos) e passando a ter efeitos interpartes (entre partes).
Ex. de boa-fé objetiva pós contratual: julgado do TJ/RJ o contrato de locação previa que o locatário deveria devolver o imóvel pintado cujo a clausula contratual não previa a cor, o locatário devolveu o imóvel pintado de preto pelo péssimo relacionamento entre as partes com violação da boa-fé objetiva. O contrato foi cumprido mas houve quebra de da boa-fé.
Conceitos parcelares da boa-fé objetiva:
Supressio – é a perda de um direito ou de uma posição jurídica pelo seu não exercício no tempo.
Surrectio – é o outro lado da moeda. E o surgimento de um direito diante de praticas, usos e costumes. Art. 330. O pagamento reiteradamente em outro local faz presumir renuncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Ex. o teor do artigo acima traz uma supressio contra o credor e uma surrectio a favor do devedor, quanto ao local do pagamento. O TJ/MG já aplicou os dois conceitos quanto ao aluguel em contrato de locação. Houve uma adequação ao valor locatário as condutas das partes, pois apesar do contrato mencionar que o aluguel seria R$ 1000,00 o locatário sempre pagou R$ 500,00.
Tu quoque – até tu Brutus? Frase de Julio Cesar, não fala com outro o que não falei concretizo. É a regra de ouro do católico cristão qual seja, não faço contra outro o que você faria a si mesmo.
Exceptio doli (art. 476) nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumpridos a sua obrigação pode exigir implemento do outro: é a defesa contra o dolo alheio. Ex. o teor do artigo acima, trata da exceção do contrato não cumprido. Em um contrato bilateral uma parte não pode exigir da outra, cumpra sua obrigação se não cumprir com a própria.
Venire contra factum proprium nom protest: ex. dever de mitigar as próprias perdas, informativo 439 STJ. A boa-fé objetiva impõe ao credor o dever de mitigar as próprias perdas. Ex. contrato bancário havendo inadimplemento, o banco credor não entra imediatamente com ação de cobrança, isso para que a divida cresça como uma bola de neve com altos juros. É a vedação do comportamento contraditório que a tutela próprios atos. Ex. mulher assina como testemunha o contrato de compra e venda do imóvel do casal, o que é possível de a relação, 7 anos depois ela ingressa com ação de nulidade que não concordou com a venda do imóvel. Justifica e contesta o 1º confrontamento dela com ação tácita da venda.

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