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Artigo de Energia

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USINAS HIDRELÉTRICAS DO SÉCULO XXI: EMPREENDIMENTOS COM
RESTRIÇÕES À HIDROELETRICIDADE 
Augustho Silva Message*
Letícia Gabriele Marcolino da Silva**
Resumo
Com base nos dados expostos, sabe-se que o Brasil é a sexta maior economia mundial, e
que para dar continuidade a isto, propõe-se a construção de novas usinas hidrelétricas,
sendo que o artigo discorre a respeito de projetos que contemplem também às grandes
usinas, dando suporte técnico, econômico, financeiro, político, social, jurídico e ambiental.
PALAVRAS-CHAVE: Hidrelétricas, Reservatórios, Energia Elétrica, Matriz Energética,
Hidroeletricidade. 
Abstract
Based on the above data, it is known that Brazil is the world's sixth largest economy, and
to continue to this, we propose the construction of new hydroelectric plants, and the article
talks about projects that also contemplate the large power plants, providing technical
support, economic, financial, political, social, legal and environmental.
KEYWORDS: Hydroelectric, Reservoirs, Electric Power, Energy Matrix, Hydroelectricity.
Introdução
 É dado também o conceito de barragem, sua importância para as usinas hidrelétricas e
onde se localiza a sua correlação com o desenvolvimento dos diferentes setores no
Brasil. Isso porque a construção de uma barragem pode atender à diferentes finalidades,
simultaneamente. Contudo, os investimentos nas usinas hidroelétricas foram reduzidos na
década de 80, causando reflexo no que chamamos de Crise Energética, inclusive nos
dias atuais.
*Graduando – Ciência & Tecnologia
UFERSA
E-mail: augusthomessage@yahoo.com.br
**Graduando – Ciência & Tecnologia
UFERSA
E-mail: leticiagabrielle0611@gmail.com
Justificativa 
Com um breve histórico das barragens no Brasil, é apresentado uma série de dados
acerca da potência dos parques hidrelétricos brasileiros. Onde o Brasil dispõe de um dos
maiores parques hidrelétrico de todo o mundo, com cerca de 150 milhões de quilowatts. E
com todos as informações que explanam a importância na situação econômica brasileira,
tira-se de conclusão a relevância para se investir no mesmo, principalmente para que não
ocorra os danos ambientais, relacionado à assoreamento.
Hidroeletricidade, uma necessidade social e econômica
Gráficos exemplificam a capacidade do Brasil em gerar energia, diretamente ligado à uma
grande demanda da população, isso porque conforme a qualidade de vida aumenta, a
necessidade de água e produtos que necessitam de energia elétrica também cresce.
E mais uma vez, em tópicos, retomamos a história das usinas hidrelétricas e a construção
de barragens. A primeira usina hidrelétrica construída no Brasil deu-se início por volta de
1883, denominada de Ribeirão do Inferno, no município de Diamantina, em Minas gerais.
Já na época imperial, na região do Nordeste, a construção de barragens teve seu início
somente a fim de combater a seca, mas como vimos anteriormente, ela pode atualmente
possuir diferentes finalidades. E na época de 1990, foi realizado uma redução de
investimento de barragens.
Tabela 1 – Tipos de unidade geradora X Capacidade instalada
Tipo Quantidade Potência (kw) %
Central Geradora
Hidroelétrica (CGH) 
407 239.855 0,20
Central Geradora
Eolielétrica (EOL)
84 1.886.382 1,51
Pequena Central
Hidroelétrica (PCH)
452 4.301.753 3,52
Central Geradora Solar
Fotovoltaica (SOL)
11 7.578 0,01
Usina
Hidrelétrica de 
Energia (UHE)
205 79.752.660 65,96
Usina Termelétrica de 
Energia (UTE)
1.648 32.909.108 27,15
Usina Termonuclear
(UTN)
2 2.007.00 1,66
Total 2.809 121.104.336,00 100,00
 
Fonte: Marcato(2008)
Rejeição aos grandes reservatórios das usinas hidrelétricas
 Ó tópico em questão (essa rejeição) é decorrente de uma série de erros no setor. Onde
temos exemplos a serem citados: 
- A usina hidrelétrica de Tucuruí: Que a floresta submersa, ao alagamento, começou a
liberar substancias toxicas, causando impactos ambientais e mudanças para a população.
- Usina hidrelétrica de Balbina: Inundou uma área de cerca de 2360 km², também
causando modificação na acidez da água.
 1: Usina Hidrelétrica de Balbina - Figura 2: Usina hidrelétrica de Tucuruí
formação do reservatório com inundação Fonte: Google.
de uma área de floresta.
Fonte: Google.
O grande problema apresentado hoje, na maior parte, são causados pelo mal
planejamento anterior, que não tinham percepção sob questões ambientais. Os
projetadores futuros têm dificuldade para achar uma solução para o problema pela sua
herança de praticas infelizes que hoje dificultam nos seus projetos hídricos.
A seguir apresenta-se a tabela 3, com referência aos grandes reservatórios de Usinas
Hidrelétricas do Nordeste.
Tabela 2 – Usinas Hidrelétricas x Área dos Reservatórios
Usinas Hidrelétricas Estado Área (Km²)
Sobradinho BA 4214
Itaparica BA/PE 834
Boa Esperança PI/MA 352
Orós CE 350
A. R. Gonçalves RN 186
Pedra do Cavalo BA 186
IMPACTOS AMBIENTAIS
O projeto de uma usina hidrelétrica exige varias etapas, mais o estudo inicial é a mais
importante, pois quando se domina o assunto pode-se construir e desenvolver as demais
etapas. O desenvolvimento desse estudo abrange diversas áreas da engenharia e, a
partir da conferência de Estocolmo, em 1972, ocorreu a conscientização em frente a
relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades presentes sem
comprometer as gerações futuras.
Os reservatórios do curso d'água apresenta grandes impactos no meio ambiente, tanto
positivo quanto negativo, veja a seguir:
A. Impactos Ambientais – Positivos:
1. Produção de Energia;
2. Conservação da Água no Local;
3. Fonte de Água Potável;
4. Maior abundância por parte das populações locais;
5. Aumento do Turismo;
6. Proteção contra Cheias;
7. Aumento da Pesca;
8. Armazenamento de Água para os períodos de Seca;
9. Geração de Empregos;
10. Controle de Enchentes;
B. Impactos Ambientais – Negativos:
1. Emigração Populacional Excessiva;
2. Deterioração das condições populacionais original;
3. Problemas de saúde pela propagação de doenças hidricamente transmissíveis;
4. Perda de espécies nativas de peixes de rios, de terras férteis e de madeira;
5. Degradação da qualidade hídrica local;
6. Redução da temperatura e do material em suspensão nas vazões liberadas para
jusante;
7. Redução do oxigênio no fundo e nas vazões liberadas (zero em alguns casos);
8. Perda de valiosos recursos hídricos e culturais;
9. Aumento da emissão de gases do efeito estufa, principalmente em represas em que a
floresta nativa não foi desmatada.
10. Necessidade de compensação pela perda de terras agrícolas, locais de pesca e
habitações, bem como peixes, atividades de lazer e de subsistência;
TURBINAS TIPO BULBO – TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL 
Basicamente trata-se de uma unidade geradora composta de uma turbina Kaplan de eixo
horizontal acoplada a um gerador, também horizontal, envolto por uma cápsula metálica
(bulbo), ver figuras 3 e 4. A cápsula por sua vez fica imersa no fluxo d'água, isto acarreta
um equipamento que exige uma vedação mais minuciosa, o que implica num espaço
menor para o acesso de manutenção. Opera em quedas abaixo de 20 m. Essas turbinas
possibilitam a exploração do potencial hídrico da Amazônia, com menores impactos
ambientais, por permitir o aproveitamento de baixas quedas e altas vazões. Como o fluxo
é axial, ou seja, paralelo ao eixo, as passagens hidráulicas das unidades bulbo são mais
simples.
Figura 3 – Vista das pás de uma turbina Figura 4 – Esquema de uma 
tipo bulbo. Turbina tipo Bulbo.
Usina Hidrelétrica de Santo Antônio Usina Hidrelétricade Santo Antônio
Fonte: Google Fonte: Google
IMPACTOS DE USINAS HIDRELÉTRICAS: PÓS-IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO 
Os impactos ambientais das usinas hidrelétricas é motivo de polêmica nas discussões
atuais sobre desenvolvimento sustentável. Como praticamente qualquer atividade
econômica, as hidrelétricas causam impactos negativos ao ambiente.
Os primeiros impactos ambientais acontecem durante a construção das hidrelétricas.
Como já foi visto, para que a usina funcione é necessário um reservatório. Sua construção
acaba afetando consideravelmente a fauna e flora local. De uma hora para outra, a
floresta vira lago. Essa mudança, se não for bem orientada, pode acabar com a flora
local. Além do corte das árvores, muitas espécies acabam submersas e,
consequentemente, morrem, criando uma espécie de limbo. Já as espécies aquáticas
sofrem um impacto ainda maior. Como a hidrelétrica é composta de uma barragem, o
fluxo natural dos peixes acabam sendo interrompido drasticamente. A conseqüência é a
proliferação de determinadas espécies em relação a outras. 
Outro problema é a mudança climática que os lagos podem causar. Afinal, como já foi
dito, aonde havia floresta agora há um lago, o que pode elevar a temperatura ambiente e
mudar o ciclo de chuvas. 
Durante suas construções e funcionamento, as usinas hidrelétricas emitem gás carbônico
(CO2) e metano (CH4), dois dos principais causadores do aumento prejudicial do efeito
estufa.
E ainda tem o problema que é o desenvolvimento de algumas doenças de veiculação
hídrica nas populações locais.
Percepção da Bacia Hidrográfica
O ambiente que possui uma bacia hidrográfica é composto em duas partes, sócio-
eocnômica-cultural e biogeofísica, haja vista que o homem seja parte destas porções, é
posto como se o mesmo não fosse e mesmo assim tenhas em sua posse.
O grande uso do solo resulta na diminuição de terras, e este fator faz com que o homem
siga duas variáveis, a saber:
 A procura por terras novas que geralmente possam gerar grandes quantidades de
alimentos, para que assim haja o sustento humano.
 Uso de tecnologias que permita o atendimento das atividades, favorecendo a
permanência em um mesmo lugar assim como facilitar a produção de alimentos,
fibra, couro entre outros, para a continuação da sua vida.
O uso do solo de forma correta ou não, esta diretamente ligado à melhora tecnológica. As
bacias hidrográficas possuem muitos recursos naturais, e a compreensão de suas
limitações diante do domínio físico, social, econômico, são formas de averiguar o mau ou
bom uso desses recursos.
Existem outras maneiras de mostrar o mau uso da terra, segundo Figueiredo, a saber:
 Avanço das indústrias para as cidades e consequentemente da população, mas
sem haver um aumento nos instrumentos urbanos.
 Terras divididas de forma errônea, sendo muitas delas concentradas nas mãos de
poucos.
 O governo evitar a presença do homem, seja habitação ou indústria, em baixadas,
encostas, com o objetivo de proteger o ambiente e não gerar áreas de risco.
Considerações finais
Os problemas sociais e ambientais podem ser diminuídos com implantação de áreas de
conservação, programas sustentáveis, relocação de propriedades, mitigação sobre riscos
a saúde, desmatamento, recuperação de ecossistema, manejo da fauna terrestre e
aquática.
Se nota a sustentabilidade quando se compara área alagada e potencia (tabela 2), assim
a matriz e função da quantidade de agua armazena nos reservatórios das hidrelétricas, e
a utilização de bulbo que possibilita a exploração do potencial hídrico, com menos
impactos , pois permite um aproveitamento do nível baixo de quedas e de altas.
O maior problema de uma usina vem desde a atração de milhares de homens para
trabalhar nas obras e o desmatamento pra implanta-la.
Tabela 3- Área alagada, potencia firme e fator de capacidade das usinas no SIN:
Usina 
elétrica de 
energia
Área 
alagada 
Km²
Potência 
MW
Km²/MW Potencia 
firme MW
F.C.%
Itaipu 1350 14000 0,1 11620 83
Furnas 1406,3 1216 1,16 598 49
Três 
Marias
4059 1980 2,05 - -
CONCLUSÃO
O plano decenal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão do Ministério de Minas
e Energia, que planeja a expansão do sistema, indica que das 47 novas usinas
hidrelétrica na região norte, onde se encontra o maior potencial inexplorado do Brasil, e
desse total, 30 usinas hidrelétricas não terão barragens.
O resultado disso é a perda/redução na capacidade de armazenar/gerar energia. Nos
anos 70 a água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas assegurava mais
de 20 meses de energia, mesmo sem uma gota de chuva; no presente o armazenamento
aguenta cerca de 5 meses, e a previsão para o futuro, isto é, 2019 é de apenas 3,5
meses.
Com este trabalho, pretendeu-se mostrar alguns dos aspectos positivos e negativos de
uma política energética brasileira cuja função primeira seria desenvolver o país,
beneficiando a maioria da população, sem distinção de classes sociais e prestar um
serviço de qualidade. É necessário compreender que a energia se constitui em um bem
de interesse público pela sua importância no desenvolvimento econômico e social. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. Disponível em <http://maua.br/files/artigos/artigo-usinas-hidreletricas.pdf> Acessado em
09/03/2016.
2. CRUZ, P. T. 100 barragens brasileiras: casos históricos, materiais de construção,
projeto. São Paulo. Oficina Textos, 1996. 647p.
3. FIGUEIREDO, R. B. Engenharia Social: soluções para áreas de risco. Makron Books,
São Paulo, SP, 1994.
4. HINRICHS, R; KLEINBACH, M. Energia e meio ambiente. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003
5. Disponível em <http://www.infoescola.com/meio-ambiente/conferencia-de-estocolmo/>
Acessado em 09/03/2016.
6. ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Disponível em
<http://www.aneel.gov.br/area .cfm?id_area=105> Acessado em 04/08/2006
7. BERMANN, Célio 2002. O Brasil não precisa de Belo Monte. Disponível em
<http://www.socioambiental.org/esp/bm/esp.asp> Acessado em 09/08/2006.
8. BRANCO, Adriano Murgel. As concessões de serviços públicos n Brasil. In :Política 
Energética e crise de Desenvolvimento. Adriano Murgel Branco (organizador). São Paulo: 
Paz e Terra, 2002

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