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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO		TC 007.155/2013-1
1
GRUPO II - CLASSE I – 1ª Câmara
TC-007.155/2013-1 
Natureza: Embargos de declaração em tomada de contas especial
Órgão/Entidade/Unidade: Município de Riachão do Dantas/SE 
Responsáveis: Jacqueline do Bomfim Farias (465.963.805-72); José Lopes de Almeida (011.081.665-04); Prefeitura Municipal de Riachão do Dantas/SE (13.107.180/0001-57) 
Representação legal: Clécio Pereira de Lima (OAB/BA 21.822), representando Jacqueline do Bomfim Farias.
SUMÁRIO: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM TCE RELATIVA A RECURSOS FUNDO A FUNDO DO FNS, TRANFERIDOS AO MUNICÍPIO DE RIACHÃO DO DANTAS/SE (2004). PRELIMINAR DE NULIDADE DA CITAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OMISSÕES E CONTRADIÇÕES DIVERSAS. RECONHECIMENTO DA NULIDADE DA CITAÇÃO, ANTE A NÃO COMPROVAÇÃO DA ENTREGA DE OFÍCIO NO ENDEREÇO DA RESPONSÁVEL. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA A ENSEJAR A NULIDADE DA CITAÇÃO. CONSEQUENTE NULIDADE DA CONDENAÇÃO DA RECORRENTE, EXTENSIVA AO RESPONSÁVEL SOLIDÁRIO. RECURSO PREJUDICADO. DETERMINAÇÃO DE NOVAS CITAÇÕES A SEREM COMUNICADAS EFETIVAMENTE PELOS MEIOS E NOS ENDEREÇOS DISPONÍVEIS. 
RELATÓRIO 
Trata-se de embargos de declaração opostos por Jackeline Silva do Bomfim, por meio de seu advogado, em face do Acórdão 1.839/2017-TCU-1ª Câmara (peça 35), proferido em tomada de contas especial instaurada pelo Fundo Nacional de Saúde em desfavor de José Lopes de Almeida e de Jacqueline do Bomfim Farias (nome anterior da responsável). O primeiro, ex‑prefeito, e a segunda, a recorrente, ex‑Secretária de Saúde do Município de Riachão do Dantas/SE (2001 a 2004). O processo foi motivado por irregularidades na aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde transferidos fundo a fundo no exercício de 2004 (peça 1, p. 337-349).
2.	O acórdão atacado dispõe:
“9.2. com fundamento no art. 12, § 3º, da Lei 8.443/1992, declarar as revelias do Sr. José Lopes de Almeida (CPF 001.081.665-04) e da Srª Jacqueline do Bonfim Farias (CPF 465.963.805-72), ex‑Prefeito e ex‑Secretária de Saúde do Município de Riachão do Dantas/SE, respectivamente;
9.3. com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso III, alíneas ‘b’ e ‘c’, e § 2º, da Lei 8.443/1992 c/c os arts. 19, caput, e 23, inciso III, da mesma lei, e com os arts. 1º, inciso I, 209, inciso III, e § 5º, 210 e 214, inciso III, do RI/TCU, julgar irregulares as contas do Sr. José Lopes de Almeida (CPF 138.831.941-15) e da Srª Jacqueline do Bonfim Farias (CPF 465.963.805-72), condenando-os, solidariamente, ao pagamento das quantias constantes da tabela a seguir especificada, com a fixação do prazo de quinze dias, a contar das notificações, para que comprovem, perante este Tribunal (art. 214, inciso III, alínea ‘a’, do Regimento Interno), o recolhimento das dívidas aos cofres do Fundo Nacional de Saúde (FNS), atualizadas monetariamente e acrescidas dos juros de mora, calculados a partir das datas discriminadas, até a data do recolhimento, abatendo-se na oportunidade quantia eventualmente ressarcida, na forma prevista na legislação em vigor:
Data da ocorrência
Valor original (R$)
2/1/2004
600,00
6/1/2004
921,00
6/1/2004
548,61
14/1/2004
2.000,00
14/1/2004
2.500,00
14/1/2004
2.500,00
14/1/2004
2.666,36
15/1/2004
6.695,00
15/1/2004
1.500,00
21/1/2004
1.700,00
21/1/2004
1.300,00
23/1/2004
1.000,00
26/1/2004
2.000,00
30/1/2004
100,00
9/2/2004
1.348,20
9/2/2004
2.700,00
10/2/2004
855,00
10/2/2004
70,00
10/2/2004
160,00
12/2/2004
504,45
12/2/2004
2.000,00
12/2/2004
378,30
12/2/2004
150,00
13/2/2004
10.750,00
16/2/2004
1.056,70
17/2/2004
1.348,20
17/2/2004
500,00
25/2/2004
500,00
1/3/2004
500,00
3/3/2004
278,00
5/3/2004
400,00
10/3/2004
2.000,00
15/3/2004
2.500,00
16/3/2004
900,00
16/3/2004
1.200,00
18/3/2004
500,00
24/3/2004
500,00
25/3/2004
294,98
14/4/2004
1.348,20
14/4/2004
2.500,00
14/4/2004
855,00
19/4/2004
1.348,20
26/4/2004
641,25
5/5/2004
409,73
5/5/2004
19.667,00
6/5/2004
1.638,92
6/5/2004
5.551,09
11/5/2004
3.500,00
11/5/2004
1.500,00
12/5/2004
37,50
12/5/2004
21.600,00
12/5/2004
6.960,00
13/5/2004
3.900,00
14/5/2004
350,14
26/5/2004
750,00
1/6/2004
270,00
9/6/2004
1.805,12
9/6/2004
2.000,00
9/6/2004
1.000,00
15/6/2004
1.282,50
15/6/2004
1.342,20
15/6/2004
1.623,70
15/6/2004
1.942,45
15/6/2004
1.957,40
16/6/2004
324,90
16/6/2004
1.348,20
16/6/2004
1.348,20
16/6/2004
150,00
16/6/2004
700,00
18/6/2004
1.000,00
21/6/2004
1.000,00
21/6/2004
900,00
25/6/2004
813,96
25/6/2004
192,50
25/6/2004
813,96
9/7/2004
342,00
9/7/2004
149,00
9/7/2004
2.000,00
14/7/2004
3.900,00
14/7/2004
1.600,00
14/7/2004
2.500,00
14/7/2004
2.000,00
14/7/2004
1.500,00
15/7/2004
342,00
16/7/2004
837,80
16/7/2004
1.381,20
16/7/2004
1.381,20
18/7/2004
555,00
19/7/2004
500,00
21/7/2004
400,00
22/7/2004
800,00
27/7/2004
110,00
29/7/2004
200,00
30/7/2004
600,00
13/8/2004
851,81
13/8/2004
1.930,00
13/8/2004
1.300,00
13/8/2004
1.348,20
13/8/2004
2.000,00
16/8/2004
572,85
16/8/2004
2.000,00
16/8/2004
1.348,20
16/8/2004
500,00
18/8/2004
1.942,45
18/8/2004
308,80
18/8/2004
1.942,45
18/8/2004
1.400,00
18/8/2004
300,00
18/8/2004
3.000,00
18/8/2004
4.100,00
18/8/2004
600,00
18/8/2004
700,00
1/9/2004
200,00
1/9/2004
200,00
14/9/2004
2.293,68
15/9/2004
2.355,08
15/9/2004
50,00
17/9/2004
300,00
20/9/2004
1.348,20
20/9/2004
2.000,00
20/9/2004
386,00
20/9/2004
2.000,00
20/9/2004
3.050,00
21/9/2004
579,00
21/9/2004
587,46
21/9/2004
600,00
22/9/2004
140,00
27/9/2004
87,50
14/10/2004
414,23
14/10/2004
21.539,92
14/10/2004
1.638,92
18/10/2004
30.288,00
18/10/2004
7.540,00
18/10/2004
5.850,00
22/10/2004
5.551,09
26/10/2004
1.500,00
14/11/2004
750,00
16/11/2004
1.000,00
17/11/2004
2.000,00
17/11/2004
1.500,00
17/11/2004
1.399,89
18/11/2004
4.077,82
18/11/2004
1.000,00
24/11/2004
1.124,67
24/11/2004
2.000,00
24/11/2004
2.500,00
24/11/2004
308,80
24/11/2004
1.500,00
24/11/2004
1.700,00
25/11/2004
1.136,70
25/11/2004
1.136,70
25/11/2004
414,95
25/11/2004
1.300,00
25/11/2004
772,00
25/11/2004
1.300,00
26/11/2004
241,00
29/11/2004
3.600,00
30/11/2004
684,24
30/11/2004
167,00
30/11/2004
357,05
30/11/2004
892,00
30/11/2004
167,00
30/11/2004
357,05
7/12/2004
340,00
17/12/2004
7.540,00
21/12/2004
1.638,92
23/12/2004
21.539,92
9.4. aplicar, individualmente, ao Sr. José Lopes de Almeida (CPF 138.831.941-15) e à Srª Jacqueline do Bonfim Farias (CPF 465.963.805-72) a multa prevista no art. 57 da Lei 8.443/1992 c/c os art. 267 do Regimento Interno do TCU, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), fixando o prazo de quinze dias, a contar da notificação, para que comprove, perante este Tribunal (art. 214, inciso III, alínea ‘a’ do Regimento Interno), o recolhimento da dívida aos cofres do Tesouro Nacional, atualizada monetariamente desde a data deste acórdão até a do efetivo recolhimento, se for paga após o vencimento, na forma da legislação em vigor; 
9.5. autorizar, desde logo, nos termos do art. 28, inciso II, da Lei 8.443/1992, a cobrança judicial das dívidas, caso não atendidas às notificações; 
9.6. remeter cópia deste acórdão, bem como das peças que o fundamentam, ao Fundo Nacional de Saúde (FNS);
9.7. remeter cópia deste acórdão, bem como das peças que o fundamentam, à Procuradoria da República no Estado de Sergipe, para ajuizamento das ações civis e penais que entender cabíveis em face do disposto no § 3º, art. 16, da Lei 8.443/1992; e
9.8. autorizar, com fundamento no art. 169, inciso III, do RI/TCU, a Secex/SE a proceder ao arquivamento do presente processo após as comunicações processuais cabíveis, o trânsito em julgado deste acórdão e a instauração de cobrança executiva, se necessária”.
3.	Preliminarmente, a recorrente sustenta, quanto à admissibilidade, que há omissão, contradição e obscuridade no acórdão atacado, o que pode ser remediado pela via dos embargos. Defende também a tempestividade,já que teria sido notificada em 28/04/2017, e que a decisão lhe causou dano efetivo, donde o interesse recursal. 
4.	Alega também nulidade da citação, visto que foi citada por edital, já que o ofício citatório pessoal retornou ao remente por duas vezes (por algum equívoco dos Correios), sem que tenha havido entrega efetiva em seu endereço, de há muito conhecido. Alega também que o TCU não efetuou os esforços regulamentares para sua efetiva localização, em especial considerando que, na qualidade de Secretária Municipal de Saúde há anos, tem endereço profissional conhecido e cadastro atualizado no Ministério da Saúde.
5.	No mérito, sustenta, em síntese, terem havido no julgado atacado as seguintes omissões, contradições e obscuridades:
- omissão no acórdão por dele não constar o critério quanto à fixação da multa;
- contradição, por aplicar a mesma multa para a ex‑secretária e o ex‑prefeito, que é o titular da administração municipal;
- omissão quanto à comprovação de que a ex‑secretária geria recursos do FNS;
- omissão por não terem sido juntados aos autos os extratos bancários que teriam servido de prova dos repasses realizados; e
- omissão do acórdão em relação à análise das provas produzidas nos autos e quanto à análise de possível aproveitamento pelo município.
6.	Protesta, também, contra o fato de, treze anos após ter deixado o cargo, não ter como acessar a documentação pertinente, muito menos para defender-se em apenas 15 dias.
7.	Os pedidos da recorrente são no sentido do conhecimento dos embargos, para saneamento das omissões e contradições e, consequentemente, da obscuridade do julgado questionado, com atribuição de efeitos modificativos, para esclarecimento dos “pontos indicados”.
	
	É o relatório. 
PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO
Como visto, trata-se de embargos de declaração opostos por Jackeline Silva do Bomfim, em face do Acórdão 1.839/2017-TCU-1ª Câmara, proferido em TCE instaurada pelo Fundo Nacional de Saúde em desfavor de José Lopes de Almeida e de Jacqueline do Bomfim Farias (nome anterior da recorrente), respectivamente ex‑Prefeito e ex‑Secretária de Saúde de Riachão do Dantas/SE, em razão de irregularidades na aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde transferidos fundo a fundo no exercício de 2004.
2.	No que importa, o acórdão atacado declara as revelias dos responsáveis, julga irregulares suas contas, condena-os, solidariamente, ao ressarcimento do erário, em diversos valores, e aplica-lhes individualmente a multa prevista no art. 57 da Lei 8.443.
3.	Preliminarmente, a recorrente defende, além do cabimento do recurso, a nulidade de sua condenação, por vício na citação, que ocorreu por edital, após o retorno ao remetente, por duas vezes, por equívoco dos Correios, sem entrega efetiva em sua residência. O seu endereço, sustenta, há muito é de amplo conhecimento, já que a recorrente sempre foi Secretária Municipal de Saúde e tem endereço profissional conhecido, além de cadastro sempre atualizado no Ministério da Saúde. O TCU não teria realizado o esforço regulamentar para notificá-la da citação.
4.	No mérito, sustenta, em apertada síntese, a existência de omissões e contradições no acórdão, quais sejam, falta de critério para fixação da multa, idêntica para prefeito e secretário municipal; não comprovação de que a recorrente praticou atos de gestão; não juntada aos autos de extratos bancários; falta de análise das provas produzidas e do possível aproveitamento pelo município das verbas objeto da TCE. Protesta, ademais, contra o fato de, treze anos após ter deixado o cargo, não ter como acessar a documentação pertinente, para defender-se em apenas 15 dias.
5.	No mérito, o pedido é o saneamento das omissões e contradições e, consequentemente, da obscuridade, com atribuição de efeitos modificativos, para esclarecimento dos “pontos indicados”.
6.	Assiste razão à recorrente em relação à nulidade de sua citação e, portanto, de sua condenação. Observo que, embora o ofício citatório tenha sido adequadamente endereçado, para a residência da responsável, os Correios não lograram êxito em entregar-lhe, efetivamente, a comunicação processual. Numa das vezes, o endereço foi tido como insuficiente, por não existir o número indicado. Na outra ocasião, foi lançada a informação “não procurado” no cartão de aviso de recebimento.
7.	Assim, comprovadamente, a citação não foi entregue no endereço da responsável. Observo que o endereço estava completo, tanto que era nele que a responsável recebia outras correspondências. Também é fato que a situação “não procurado” se mostra, a princípio incompatível com a localização do imóvel, que se situa na região central da cidade, e, também, com o fato de não haver anotações no cartão de AR referentes às visitas de carteiro à residência da destinatária.
8.	Entendo aplicar-se à espécie os entendimentos externado quando da edição do Acórdão 2999/2016 - TCU - Plenário, no sentido de que a melhor interpretação da Resolução TCU 170/2004, omissão em relação à situação “não procurado”, é a de que essa informação não caracterizada a condição de “inacessível” do responsável, que autorizaria a citação ficta. Como ficou assentado no precedente que menciono, o Tribunal, para assegurar a ampla defesa, “deve buscar ao máximo outros meios possíveis para comunicar o responsável, nos limites da razoabilidade, fazendo juntar aos autos documentação ou informação comprobatória dos diferentes meios experimentados que restaram frustrados, como também da impossibilidade em localizá-lo, demonstrando, quando for o caso, que ele está em lugar ignorado, incerto ou inacessível.” 
9.	No caso presente, não foi realizada qualquer pesquisa em sites, processos, órgãos parceiros, cadastros públicos e privados, ao contrário do que prescreve o art. 6º da sobredita Resolução 170/2004.
	
10. 	Assim, forçoso reconhecer ex‑officio, como matéria pública que é, a nulidade da citação e, por conseguinte, da condenação que lhe sobreveio, ficando prejudicados os embargos de declaração.
11.	Por fim, considerando que a eventual defesa a ser apresentada pela responsável pode impactar no débito apurado nestes autos, entendo que deva também ser anulada a condenação atinente ao Sr. José Lopes de Almeida, devendo ser reanalisada sua responsabilidade quando do novo julgamento de mérito dos autos.
	Diante do exposto, manifesto-me por que o Tribunal adote a deliberação que ora submeto à consideração do Colegiado.
	
TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 20 de junho de 2017.
AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI 
Relator
ACÓRDÃO Nº 4851/2017 - TCU – 1ª Câmara
1. Processo TC-007.155/2013-1
2. Grupo: II - Classe: I - Assunto: Embargos de declaração (tomada de contas especial). 
3. Interessados/Responsáveis/Recorrentes:
3.1. Responsáveis: Jacqueline do Bomfim Farias (465.963.805-72); Prefeitura Municipal de Riachão do Dantas/SE (13.107.180/0001-57).
3.2. Recorrente: Jacqueline do Bomfim Farias (465.963.805-72).
4. Órgão/Entidade/Unidade: Município de Riachão do Dantas/SE.
5. Relator: Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti.
5.1. Relator da deliberação recorrida: Ministro-Substituto Augusto Sherman Cavalcanti.
6. Representante do Ministério Público: Procurador Sergio Ricardo Costa Caribé.
7. Unidade técnica: Secretaria de Controle Externo no Estado de Sergipe (Secex/SE).
8. Representação legal: Clécio Pereira de Lima (OAB/BA 21.822), representando Jacqueline do Bomfim Farias.
9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de tomada de contas especial, instaurada pelo Fundo Nacional de Saúde, em desfavor de José Lopes de Almeida e de Jacqueline do Bomfim Farias (nome anterior da responsável), respectivamente ex‑Prefeito e ex‑Secretária de Saúde de Riachão do Dantas/SE, em razão de irregularidades na aplicação de recursos do Sistema Único de Saúde transferidos fundo a fundo no exercício de 2004, que tratam, na presente fase, de embargos de declaração, 
ACORDAM, os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão da Primeira Câmara,ante as razões apresentadas pelo Relator, em:
9.1. declarar, de ofício, a nulidade da citação de Jacqueline do Bomfim Farias (CPF 465.963.805-72) (peça 29), assim como dos atos dela decorrentes, incluindo-se a do Acórdão 1.839/2017-TCU-1ª Câmara (peça 36), estendendo os efeitos dessa deliberação a José Lopes de Almeida (CPF 011.081.665-04), que responde solidariamente pelo débito apontado nestes autos;
9.2. determinar à Secex/SE que promova a citação pessoal de ambos os responsáveis, na forma definida na Resolução TCU 170/2004, objetivando a efetiva comunicação da medida ora determinada, comprovando-se nos autos, se necessária a citação ficta, a realização, nos limites da razoabilidade, dos esforços para a localização dos responsáveis;
9.3. julgar prejudicados os embargos de declaração interpostos por Jacqueline do Bomfim Farias (peça 52), por perda de objeto; e
9.4. enviar cópia do presente Acórdão, bem como das peças que o fundamentam, aos responsáveis, à Procuradoria da República no Estado da Bahia e ao Fundo Nacional de Saúde, para as providências que entenderem pertinentes.
10. Ata n° 21/2017 – 1ª Câmara.
11. Data da Sessão: 20/6/2017 – Ordinária.
12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-4851-21/17-1.
13. Especificação do quorum: 
13.1. Ministros presentes: Walton Alencar Rodrigues (Presidente), Bruno Dantas e Vital do Rêgo.
13.2. Ministro-Substituto convocado: André Luís de Carvalho.
13.3. Ministro-Substituto presente: Augusto Sherman Cavalcanti (Relator).
(Assinado Eletronicamente)
WALTON ALENCAR RODRIGUES
(Assinado Eletronicamente)
AUGUSTO SHERMAN CAVALCANTI
Presidente
Relator
Fui presente:
(Assinado Eletronicamente)
RODRIGO MEDEIROS DE LIMA
Procurador

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