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abelhas trabalho o mundo incrivel das abelhas 1

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UNIFAI- CENTRO UNIVERSITARIO DE ADAMANTINA
ROSIANE APARECIDA ROSA
O MARAVILHOSO MUNDO DAS ABELHAS
ADAMANTINA-SP
2017
ROSIANE APARECIDA ROSA
O MUNDO INCRIVEL DAS ABELHAS
Projeto desenvolvido, a fim de conhecer o mundo em que as abelhas vivem.
ADAMANTINA-SP
2017
SUMARIO
Resumo.................................................................................................................. I
Abstract.................................................................................................................II
1- Introdução.............................................................................................................1
2-Classificação cientifica..........................................................................................3
3-Anatomia das abelhas............................................................................................4
3.1-Cabeça.................................................................................................................4
3.2-Tórax...................................................................................................................6
3.3-Abdômen ............................................................................................................7
4- Classificação das Familias.....................................................................................8
4.1-Andrenidae ..........................................................................................................8
4.2-Antthophoridae ....................................................................................................9
4.3-Apidae .................................................................................................................10
4.4-Colletidae ............................................................................................................11
4.5-Halictidae ............................................................................................................12
4.6-Megachilidae .......................................................................................................13
5-Abelhas Apis mellífera	.........................................................................................14
5.1- Tipo de ninho.......................................................................................................15
5.2-Flores que são polinizadas pela Apis melífera..................................................... 17
6-Abelhas Meliponinae................................................................................................19
6.1- Tipo de ninho........................................................................................................19
6.2-Flores que são polinizadas pelos Meliponineos.....................................................21
7-Estrutura dos ninhos..................................................................................................23
8-Nidificação................................................................................................................25
9-Rainha........................................................................................................................26
9.1-Voo nupcial.............................................................................................................27
10-Comunicação das abelhas........................................................................................28
10.1-A trilha de cheiro...................................................................................................29
11- A linguagem da dança da Apis mellífera.................................................................30
12-Função das operarias.................................................................................................31
13-Ciclo de vida das abelhsa...........................................................................................32
14- Enxameagem.............................................................................................................34
15- Metodologia...............................................................................................................35
16- Objetivo.....................................................................................................................36
17-A importância das abelhas na manutenção do ecossistema........................................37
18- Razão para preocupação............................................................................................38
19-Referencias bibliográficas..........................................................................................39
LISTA DE FIGURA
FIGURA 1...........................................................................................................4
FIGURA 2...........................................................................................................5
FIGURA 3...........................................................................................................8
FIGURA 4...........................................................................................................9
FIGURA 5..........................................................................................................10
FIGURA 6..........................................................................................................11
FIGURA 7..........................................................................................................12
FIGURA 8..........................................................................................................13
FIGURA 9..........................................................................................................14
FIGURA 10........................................................................................................15
FIGURA 11........................................................................................................15
FIGURA 12........................................................................................................16
FIGURA 13........................................................................................................17
FIGURA 14........................................................................................................17
FIGURA 15........................................................................................................18
FIGURA 16........................................................................................................19
FIGURA 17........................................................................................................19
FIGURA 18........................................................................................................20
FIGURA 19........................................................................................................21
FIGURA 20........................................................................................................21
FIGURA 21........................................................................................................21
FIGURA 22........................................................................................................22
FIGURA 23........................................................................................................24
FIGURA 24.........................................................................................................27
FIGURA 25.........................................................................................................28
FIGURA 26.........................................................................................................28
FIGURA 27.........................................................................................................32
FIGURA 28.........................................................................................................32FIGURA 29.........................................................................................................32
FIGURA 30..........................................................................................................33
FIGURA 31..........................................................................................................33
FIGURA 32..........................................................................................................33
FIGURA 33..........................................................................................................38
RESUMO
As abelhas são insetos conhecido pela maioria das pessoas por causa das abelhas Apis mellifera, popularmente chamada de abelha " Europa", elas são amarelas e pretas e possuem ferrão, não são nativas do Brasil.
As nossas abelhas nativas são conhecidas como abelhas sem ferrão, ou Meliponineos, pois seu ferrão e atrofiado e elas não conseguem usa lós para se defender.
Elas geralmente não ultrapassam 3cm de comprimento, o corpo é dividido em:
CABEÇA, TORAX E ABDOMEM.
Abelhas nativas são abelhas que viviam no Brasil muito antes da introdução da estrangeira Apis mellifera.
As abelhas desse grupo, é representado por centenas de espécies, além de produzir méis diferenciados. Apesar de serem predominantemente conhecida como produtora de mel, também produzem pólen e própolis.
A mais utilizada na apicultura são as abelhas sem ferrão.
Palavras-chaves: abelhas nativas, abelhas Europeia, polinização
ABSTRACT
Bees are insects known to most people because of the bees Apis mellifera, popularly called "Europe" bee, they are yellow and black and have stingers, they are not native to Brazil.
Our native bees are known as stingless bees, or Meliponineos, because their sting and stunted and they can not use it to defend themselves.
They usually do not exceed 3cm in length, the body is divided into:
HEAD, TORAX AND ABDOMEM.
Native bees are bees that lived in Brazil long before the introduction of the alien Apis mellifera.
The bees of this group are represented by hundreds of species, in addition to producing differentiated honeys. Although they are predominantly known as honey producer, they also produce pollen and propolis.
The most used in beekeeping are stingless bees.
Keywords: native bees, European bees, pollination
	
INTRODUÇÃO
A apicultura tem uma longa existência, de aproximadamente 2.400 a.C. Sua introdução no Brasil foi atribuída aos jesuítas no século XVIII, nos territórios que hoje fazem fronteira com Brasil e o Uruguai, no noroeste do Rio Grande do Sul. Em 1839, o padre Antônio Carneiro Aureliano mandou vir colmeias de Portugal e as instalou no Rio de Janeiro. Em 1841, já havia mais de 200 colmeias na Quinta Imperial. Em 1845, colonizadores alemães trouxeram abelhas da Alemanha (Nigra, Apis melífera) e iniciaram apicultura no sul do Brasil.( Muxfeldt,2015).
As abelhas são insetos conhecidos pela maioria das pessoas por causa da abelha melífera, popularmente chamada de abelha “europa” ou europeia e a abelha africanizada, elas são amarelas e pretas e possuem ferrão. O que muitas pessoas não sabem é que estas abelhas não são nativas do Brasil, pois foram trazidas da Europa e da África para cá, as nossas abelhas nativas são conhecidas como abelhas sem ferrão ou meliponíneos, pois seu ferrão é atrofiado e elas não conseguem usá-lo para se defender, sendo, portanto, incapazes de ferroar.
Todas as espécies de Meliponina são eussociais, isto é, vivem em colônias constituídas por muitas operárias, que realizam as tarefas de construção e manutenção da estrutura física da colônia, de coleta e processamento do alimento, e uma rainha, que é responsável pela postura de ovos, os quais dão origem às fêmeas (rainhas e operárias) e a, pelo menos, parte dos machos (em diversas espécies, parte dos machos é filho das operárias).
As abelhas, juntamente com as formigas e vespas, pertencem à ordem Hymenoptera. Acredita-se que as vespas (Vespoidea, Sphecoidea) e as abelhas descendem de um ancestral parasita. Uma das evidências desta origem dos himenópteros aculeados (vespas, formigas e abelhas) é a ausência de conexão entre a porção mediana do intestino com sua porção final, impossibilitando a defecação da larva até sua maturidade. 
As abelhas, de forma geral, são consideradas elementos de extrema importância para a manutenção da vida no planeta; elas são responsáveis pela polinização de ecossistemas agrícolas e naturais. Apesar de tamanha relevância, elas estão em declínio por causa das diversas ações antrópicas que destroem seus ninhos, principalmente, por questões econômicas. A perda de uma espécie de abelha polinizadora pode reduzir ou mesmo 
extinguir espécies vegetais. É necessário utilizar alternativas que atendam aos interesses sociais, econômicos e, principalmente, ambientais para a preservação destes organismos (SANTOS, 2005).
As abelhas (Apis mellifera) fazem parte do grupo dos chamados “insetos sociais”. A organização de uma colmeia é exemplar e as operárias contam com o que pode ser considerado um “plano de carreira”. De acordo com a sua idade, vão mudando de função dentro do grupo, que se comporta quase como um só organismo(Muxfeld,2015).
Uma abelha pode percorrer até 12 quilômetros em busca de alimento e água. Um indivíduo visita dez flores por minuto e faz em média 40 voos por dia, tocando cerca de 240 mil flores. Com a língua, recolhe o néctar do fundo de cada flor e guarda numa bolsa localizada na garganta. Na colmeia, o néctar passa de abelha em abelha, de modo que a água que ele contém evapore, engrossando e se transformando em mel.
Cada abelha produz aproximadamente cinco gramas de mel por ano. Para produzir um quilo de mel, precisam visitar 5 milhões de flores e, para produzir um grama de cera, consomem cerca de seis a sete gramas de mel. (MUXFELD,2015).
Apenas abelhas fêmeas trabalham. O zangão morre após fecundar a rainha, que armazena os espermatozóides em um reservatório de sêmen em seu próprio organismo.
Em cada colmeia, existe uma rainha, que vive entre quatro e oito anos e, quando bem alimentada, põe de 2 mil a 3 mil ovos por dia. Além dela, há cerca de 400 mil zangões, que têm a função de fecundar a rainha. Eles morrem após a fecundação ou são mortos pelas operárias ao final da florada. E, finalmente, as grandes responsáveis pelo funcionamento da sociedade, as operárias, em um número que varia de 60 a 100 mil indivíduos, que vivem de 30 a 50 dias. 
No Brasil, são conhecidas mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam heterogeneidade em vários aspectos como cor, tamanho, forma, hábitos de nidificação e número de indivíduos em cada ninho (SANTOS, 2010). 
CLASSIFICAÇÃO CIENTIFICA
REINO- Animália 
FILO- Artrópode 
CLASSE- Insecta
ORDEM- Hymenoptera
SUBFAMÍLIA – Apoidae
TRIBO- Meliponini
Existem cerca de 20 mil espécies de abelhas descritas, distribuídas em famílias que são:
Andrenidae 
Anthophoridae
Apidae
Colletidae 
Halictidae
Megachilidae
Podem ser divididas em 2 grupo
1º- LAMBEDORAS: abelhas que lambem o néctar nas flores. Também chamadas de abelhas de língua curta (short-tongued bees):  Colletidae, Adrenidae e Halictidae.
2º- SUGADORAS: abelhas que sugam o néctar nas flores. Também chamada de abelhas de língua longa (long-tongued bees):  Megachilidae, Anthophoridae e Apidae.
ANATOMIA DAS ABELHAS
Os corpos de uma abelha geralmente não ultrapassam 3cm de comprimento, o corpo é
dividido em:
FIGURA 1: Imagem mostranco como o corpo da abelha e dividido.
FONTES: Cicco, L.H.S
3.1- CABEÇA
Na cabeça estão abrigados importantes órgãos. Nas suas duas antenas, estão localizadas as chamadas cavidades olfativas, órgãos bastante desenvolvidos, que têm a importante função de captar odores como o de floradas, por parte das operárias,ou o odor de rainhas virgens, por parte de zangões.
 Os zangões apresentam cerca de 30.000 cavidades olfativas, as operárias de 4.000 a 6.000 e a rainha cerca de 3.000.
Também na cabeça está localizado o complexo sistema visual das abelhas, que é composto por três ocelos, ou olhos simples, situados na parte frontal da cabeça, e de dois olhos compostos, localizados nas laterais da cabeça, que são constituídos por milhares de omatídeos, formando um conjunto de olhos interligados. Apesar de fixos, estes olhos são capazes de enxergar em todas as diferenças, graças ao seu grande número, e a longas distâncias.
Os zangões apresentam 13.000 omatídeos, as operárias cerca de 6.500 e a rainha, 3.000.
Ainda na cabeça estão localizadas três importantes glândulas: as mandibulares, que dissolvem a cera e ajudam a processar a geléia real que alimentará a rainha e as hipofaríngeas, que funcionam do quinto ao 12º dia de vida da operária e transformam o alimento comum em geléia real. Além das glândulas e dos órgãos de sentido, ainda estão situados na cabeça o aparelho bucal e os sacos aéreos, se interligam ao abdômen.
FIGURA 2: imagem mostrando a estrutura da cabeça da abelha.
FONTES: Cicco, L.H.S
3.2-TORAX
O tórax da abelha é formado por três segmentos: o primeiro ligado à cabeça chama- se Protórax: a mediana Mesotórax e o terceiro ligado ao abdômen Metatórax.
Os órgãos de locomoção da abelha estão situados em seu tórax: as seis pernas, divididas em seis segmentos, e seus dois pares de asas. Também estão alojados no tórax o esôfago das abelhas e os espiráculos – órgãos de respiração.
Os pares de pernas diferem entre si, possuindo cada um deles uma função pelicular. No primeiro segmento estão instaladas as pernas anteriores, as quais são forradas por pêlos microscópicos e que servem para limpar as antenas, olhos, língua e mandíbula.
No segundo estão inseridas as pernas medianas, que possuem um esporão cuja função é a limpeza das asas e a retirada do pólen acumulado nos cestos das pernas posteriores, instaladas no terceiro segmento do tórax, e que se caracterizam pela existência das cestas de pólen, pentes e espinhos, cuja finalidade é retirar as partículas de cera elaborada pelas glândulas cerígenas alojadas no ventre.
3.4- ABDOMEN
O abdômen abriga a maioria dos órgãos das abelhas. Nele estão situados a vesícula melífera (que transforma o néctar em mel e ainda transporta água coletada no campo para a colméia), o estômago das abelhas (conhecido como ventrículo), seu intestino delgado, as glândulas cerígenas (responsáveis pela produção da cera), as traquéias ou espiráculos (órgãos de respiração), e órgão exclusivos dos zangões, das operárias e da rainha.
No abdômen dos zangões está localizado seu órgão reprodutor, constituído por um par de testículos, duas glândulas de muco e pênis.
Exatamente na extremidade do abdômen está situada a arma de defesa das abelhas: seu temível ferrão. Para a abelha rainha, o ferrão nada mais é do que um instrumento de orientação, que visa localizar as células dos favos onde irá ovular, ou então de defesa, utilizado para picar outra rainha, que porventura tenha nascido ao mesmo tempo, com a qual travará uma luta de vida ou morte pela hegemonia dentro da colméia. É importante frisar que a rainha só ataca outra rainha, ou melhor, só utilizará seu ferrão contra sua oponente. Outro ponto interessante é que o ferrão da rainha é liso, ou seja, após penetrar e injetar o veneno, ele volta ao seu estado normal, funcionando somente como um oviduto, o que não acontece com as operárias. Essas abelhas têm o seu ferrão com ranhuras (em forma de serrote), que após penetrar em algo mais duro, como a pele do ser humano, fica preso puxando parte dos seus órgãos internos, o que ocasiona a sua morte logo em seguida.
Assim, para as operárias, o ferrão é uma potente arma de defesa. É por meio do ferrão que as abelhas se defendem, injetando no inimigo uma toxina que, em grandes doses, pode ser fatal. 
E também no abdômen que estão localizados os órgãos de reprodução femininos: vagina, ovários (dois), espermateca (bolsa onde a rainha armazena os espermatozóides dos zangões que a fecundaram) e a glândula de odor que tem importante papel de possibilitar a identificação entre as abelhas. É por causa deste cheiro característico que uma abelha não é aceita por uma outra colméia que não seja a sua. Cada abelha tem a sua colméia, saindo e retornando preciosamente sempre para o mesmo alvo (entrada do ninho), e também um odor todo característico. Desta forma ela nunca erra de casa, pois se isso acontecer, ela será picada e morta. Esse fato somente não ocorrerá se, na hora do pouso errado, ela estiver carregada de néctar e pólen; neste caso a abelha é muito bem recebida e integrada à família.
Finalmente, no abdômen das abelhas, ainda se localiza o coração, que comanda o aparelho circulatório, formado por vasos, pelos quais circula o sangue das abelhas, chamado hemolinfa que, diferentemente dos animais de sangue quente, é incolor e frio.
 4- CLASSIFICAÇÃO DAS FAMILIAS
 4.1- ANDRENIDAE
Abelhas solitária vivem em colônias escavadas no subsolo. O pólen e transportado seco pelas abelhas dessa família, frequentemente no fêmur e tíbia do terceiro par de pernas.
São abelhas especialistas, comuns em áreas secas. A maioria dos representantes dos Andrenidae no Brasil pertencem a subfamília Panurginae. Entre os gêneros mais comuns estão: Anthrenoides, Panurginus, Callonychium, Panurgillus, Psaenythia, Parapsaenythia e Cephalurgus. A subfamília Andreninae é quase inexpressiva na América do Sul.
FIGURA 3: Família Andrenidae
FONTE: Esteves, C. Miliponários da Paz
4.2- ANTHOPHORIDAE
E exatamente diversificada, geralmente são solitárias, mas muitas espécies vivem em agregação, os ninhos são construídos no solo ou em cavidades de madeiras, muito próximo as outras. O pólen e transportado na tíbia ou basitarso, seco ou associado a óleo. Entre os Anthophorideos estão os:
Centridini. Grupo de abelhas coletoras de óleo. Centris e Epicharis são abundantes nos trópicos úmidos, no entanto, Centris estende-se ao sul até regiões temperadas da América do Sul. Segundo SILVEIRA & CAMPOS (1995), 36 espécies de Centris ocorrem no Cerrado de Minas Gerais.
Exomalopsini. É um grupo bastante diversificado. Muitos gêneros e subgêneros são restritos a regiões temperadas da América do Sul, onde encontram-se muitas espécies endêmicas. Dentro da tribo Exomalopsini, temos outras abelhas coletoras de óleo, por exemplo: Paratetrapedia, Monoeca, Lanthanomelissa e Tapinotaspis. Espécies de Paratetrapedia (Lophopedia) são numerosas na Mata Atlântica da região sul e sudeste.
Emphorini. Tribo de abelhas exclusiva do continente americano. Ocorrem em áreas abertas e nas terras baixas.Espécies mais comuns e de ampla distribuição: Melitoma segmentaria, Ptilothrix relata e Ancyloscelis apiformis.
Xylocopini. Esta tribo inclui as abelhas carpinteiras do gênero Xylocopa que fazem ninhos em madeira. Popularmente também conhecidas como mamangavas, são boas polinizadoras das flores de maracujá.
Parasitas. Há uma grande diversidade de abelhas parasitas entre os Anthophoridade, com diferentes estratégias de parasitismo.
FIGURA 4: Família Anthophoridae 
FONTE: Esteves,C. Meliponario da Paz	
4.3- APIDAE
Possuem estrutura especial para transporte de pólen, a corbícula localizada na tíbia do terceiro par de pernas, sendo semelhante a um cesto. O pólen e transportado nessa estrutura em associação com néctar e óleo.
Os ninhos podem sem construídos livres ou em cavidades
Com seus hábitos generalistas e sua condição social, a família Apidae apresenta o maior número de indivíduos. Esta família possui alta diversidade em zonas quentes de baixas latitudes (trópicos úmidos) e há uma clara redução dos seus representantes de norte a sul. Na Mata Atlântica em São Paulo foram encontradas 40 espécies. Entreos representantes da família Apidae estão os Meliponinae, os Bombinae e Euglossinae.
Os Euglossinae estão mais ligados a áreas de mata e o número de espécies da região sudeste para o sul diminui drasticamente. Machos de Euglossini visitam orquídeas para coleta de fragrância.
O gênero Bombus da subfamília Bombinae é mais diversificado no hemisfério norte, porém algumas espécies são bastante freqüentes no Brasil: B. morio, B. atratus e B. brasiliensis. Também são conhecidas como mamangavas, as abelhas do gênero Bombus fazem ninhos no chão.
Os Meliponineos são abelhas eusociais sem ferrão com distribuição principalmente tropical. Segundo Moure há 2 grupos principais de abelhas sem ferrão: os Meliponini e os Trigonini.
 
FIGURA 5: Família Apidae 
FONTE: Esteves,C. Meliponario da Paz 
4.4- COLLETIDAE
Considerada a mais primitiva das famílias das abelhas. Os ninhos são construídos no solo, ou em cavidades em talo de plantas, ou em fresta de madeira.
O pólen e transportado em associação com néctar ou seco, frequentemente no fêmur e tíbia do terceiro par de pernas e ocasionalmente no trocanter dessa mesma perna.
São abelhas solitárias e geralmente especializadas nas plantas que visitam. Representantes desta família Colletidae são abundantes e mais diversificados na Austrália e na parte temperada da América do Sul. No sul do Brasil 44 espécies de Colletinae são conhecidas. Abelhas da tribo Paracolletini são comuns na região das Araucárias, e abundantes e morfologicamente diversas na parte sul do leste da América do Sul (sul do Brasil e Argentina). Poucas alcançam o norte e as áreas áridas do nordeste do Brasil. Gêneros mais comuns: Colletes, Hylaeus, Ptiloglossa, Tetraglossula (que visitam preferencialmente flores de Ludwigia), Perditomorpha (visitantes de flores de Malvaceae).
FIGURA 6: Familia Colletidae
FONTE: Esteves, C. Meliponario da Paz 
4.5-HALICTIDAE
Possuem diferentes níveis de sociabilidade que vão de solitários ao subsocial. Possui brilho metálico verde, azul, avermelhado ao mesmo negro, são importantes na polinização das orquídeas Brasileiras.
O pólen e transportado seco, frequentemente no fêmur e tíbia do terceiro par de pernas
A família Halictidae é uma das mais diversificadas no Brasil. A tribo Augochlorini está bem representada nas áreas de floresta tropicais, possui sua maior diversidade no Sul do Brasil e Argentina. Como exemplos de espécies de Halictidae bastante comuns e bem distribuídas nas regiões sul e sudeste do Brasil podemos citar: Augohlora amphitrite, A. semiramis, Augohlorella ephyra, Augochloropsis cupreola, A. cleopatra, A. sparsilis, Dialictus opacus, Pseudagapostemon pruinosus, Pseudaugochloropsis graminea, Neocorynura oiospermi, entre outros.
FIGURA 7: Família Halictidae 
FONTE: Esteves,C. Meliponario da Paz 
4.6- MEGACHILIDAE
São abelhas de vida solitária, constroem ninhos com pedaços de folhas ou resto vegetais, são encontradas com alta frequência em áreas abertas.
O pólen e transportado seco, exclusivamente na parte ventral do metassoma.
A família Megachilidae também é bastante numerosa. Visitantes freqüentes das flores de Asteraceae e Fabaceae, o gênero Megachile é os mais diversos do grupo.
FIGURA 8: Família Megachilidae 
FONTE: Esteves, C. Meliponario da Paz
 
5-ABELHAS Apis melífera
A abelha europeia (Apis mellífera), e uma abelha social, de origem europeia, cujas obreiras medem de 12mm a 13mm de comprimento e apresentam pelos no tórax mais escuros. Também conhecida como abelha-da- europa, abelha-de-mel, oropa, etc.
Vivem em colônias permanente, formado por uma rainha, obreiras entre 500 e 1500, zangãos que são os machos. As fêmeas deferência- se dos zangões (machos) por possuírem ferrão.
FIGURA 9: Imagem ilustrada, mostrando a diferença de tamanho entre a Rainha, Zangão e Operaria.
FONTE: Cicco, L.H.S
As abelhas vivem em colmeias, que podem ser artificiais ou naturais. A rainha ocupa-se exclusivamente de pôr ovos: cerca de 3 mil ovos por dia, as larvas desse ovos recebem uma alimentação (mel e pólen) especial e convertem-se em rainha. Como em cada comunidade só pode haver uma rainha, gera-se uma disputa pelo poder, sendo as vencidas expulsas da colmeia.
Os zangões são os elementos improdutivos da colônia, e a sua principal função e fecundar a rainha.
Normalmente, todos os anos, cada colônia libera um ou mais enxames, sempre contendo uma rainha que se instala noutro lugar, com abundância de flores, onde funda uma nova colônia. E assim que a espécie se propaga.
5.1-TIPO DE NINHO
FIGURA 10: Colmeia de abelha no alto de uma arvore.
FONTE: Embrapa, USP, WebBee e Wikipédia
:
FIGURA 11: Caixa de Abelha, apiculturas.
FONTE: Mais Mel
FIGURA 12: Imagem mostra enxame de abelhas construindo seu ninho no telhado de uma residência.
FONTE: Veiga, S.
5.2- FLORES QUE SÃO POLINIZADAS PELAS ABELHAS Apis melífera
FIGURA 13: Abelha fazendo a polinização no maracujazeiro 
FONTE: GEA (Grupo de estudo de abelhas)
FIGURA 14: Operária de Apis mellifera em flor de café
FONTE: Menezes, C. ( Meio Ambiente)
FIGURA 15: Abelha visitando uma flor
FONTE: blogger (Cultivo orgânico)
6- ABELHAS Meliponinae
Conhecida como abelha indígena ou nativa sem ferrão.
Existem mais de 300 espécies diferentes, algumas das quais frequentemente criada para a produção de mel. As abelhas dependem das flores para sobreviver.
No desenvolvimento da larva, os ovos e posto em uma célula construída com cerume (mistura de cera e resina coletada nas plantas), o alimento larval e depositado nas células pelas operarias imediatamente antes da postura dos ovos.
Seus ninhos são construídos em ocos encontrados em troncos de galhos de arvores vivas ou secas, ou fazem seus ninhos subterrâneos
 6.1- TIPO DE NINHOS
FIGURA 16: Entrada do ninho da abelha sem ferrão
FONTE: Abelhas do mato
FIGURA 17: Ninho de abelha sem ferrão entres as cascas das arvores 
FONTE: Frigieri, F.F; 2014
FIGURA 18: meliponario (abelha sem ferrão)
FONTE: Abelhas do Sul
Os meliponíneos constroem seus ninhos com materiais que podem ser obtidos na natureza como as resinas vegetais (própolis), o barro, fibras vegetais, sementes etc. Outros materiais utilizados na construção são produzidos ou processados no interior da colônia como a cera, cerume, batume e o geopropólis.
6.2- FLORES QUE SÃO POLINIZADAS PELAS ABELHAS Meliponineos
 
FIGURA 19: A) flor de morangueira FIGURA 20: B) Flor de morangueiro não
 Polinizada. Polinizada.
FONTE: Silva, P.N. (Embrapa)
FIGURA 21: Abelha sem-ferrão polinizando flor do morango
FONTE: Menezes,C. (Embrapa)
FIGURA 22: Abelha sem ferrão fazendo a polinização na planta flor de cosmo.
FONTE: Lucena, R.
7- ESTRUTURA DOS NINHOS
Os locais procurados pelas abelhas para construírem seus ninhos são geralmente ocos de troncos ou ramos de árvores, moirões de cercas, esteios etc, enfim, cavidades fechadas. Algumas, porém, como Trigona spinipes e outras espécies de Trigona (Irapuá, abelhas-cachorro) constroem seus ninhos completamente expostos. Em espécies de Partamona os ninhos são semi-expostos, podendo ser construídos em cavidades amplas, moitas de sabambaias ou ainda em ninhos de pássaros abandonados. Existem também os ninhos subterrâneos, das mulatinhas-do-chão (Schwarziana quadripunctata), mirim-do-chão (Paratrigona spp), Mandaçaia-do-chão (Melipona quinquefasciata) e mombuca (Geotrigonaspp) que podem ser construídos em formigueiros abandonados ou cavidades existentes entre as raízes de plantas. As Jataís (Tetragonisca angustula), Iraís (Nanotrigona testaceicornis) e algumas mirins (Plebeia spp), que nidificam preferecialmente em troncos, podemser encontradas também em muros de concreto, cavidades de barranco, construções, etc. Outras que também nidificam em troncos como mandaçaia (Meliponaquadrifasciata), pé-de-pau (Melipona bicolor) e mesmo a Jataí tem sido encontradas em cupinzeiros, que é o local preferencial de Apis melífera.
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Para construir os favos, potes de alimentos, o invólucro, a maioria das espécies utiliza cera e rezina vegetal (cerúmen); algumas como Mosquito (Leurotrigona muelleri) e Trigonisca sp utilizam cera pura. Aquelas que constróem ninhos expostos como Trigona spinipes, utilizam frequentemente matérias vegetais macerados resina; e as de ninhos semi-expostos como Partamona, utilizam barro e fezes.
O ninho apresenta uma entrada de cera ou barro que tem um papel importante na orientação das abelhas. É seguida por um canal de própolis que leva aos potes de alimento. Em Partamona, entre a entrada e o ninho propriamente dito, há um falso ninho, chamado de vestíbulo, que tem função de defesa; desorientando predadores e parasitas. Em meliponíneos potes de alimento são geralmente ovalados e quando o ninho contém muito alimento os potes são muitos, lembrando um cacho de uvas. A moça-branca (Frieseomelita varia) constrói seus potes de pólen alongados, como cones, e os de mel ovalados. Em Apis mellifera, o alimento e armazenado em favos idênticos aos da cria.
FIGURA 23: Imagem mostra o desenho de um falso ninho, chamado de vestíbulo.
FONTE: Scielo (Meliponini neotropicais: o gênero Partamona Schwarz, 1939 (Hymenoptera, Apidae, Apinae) - bionomia e biogeografia)
Os favos de cria podem ser verticais, como em Apis melífera e em um único meliponíneo. As demais espécies apresentam favos horizontais como Jataí, Partamona, Iraí, etc, ou em cacho como em moça-branca, mocinha-preta (Frieseomellita silvestrii), mosquito (Leurotrigona muelleri). Existem também favos que apresentam uma transição entre horizontais e em cachos, as vezes espiralados, como em mirim-preguiça (Friesella schrotckyi). Pilares de cerúmem mantém os favos suspensos, sem contato com o chão do ninho. Algumas espécies apresentam um invólucro de cerúmem formadas por várias lamelas, que tem função termorreguladora, como em Partamona, Jataí, etc.
8- NIDIFICAÇÃO
A construção dos ninhos das abelhas, é extremamente importante, visto que ali passarão a maior parte da vida, a rainha realizará postura e as abelhas cuidaram da cria imatura.
Os processos de construção variam na medida em que consideramos níveis de sociabilidade mais distantes evolutivamente.
Das espécies solitárias as subsociais não encontramos diferenças marcantes nos hábitos de nidificação. A escolha do local para a construção do ninho, vai depender de um substrato adequado, fontes de polem, néctar e água e algumas vezes de certos tipos de plantas para fornecer folhas, fibras ou resina.
As abelhas solitárias geralmente nidificam no solo, algumas espécies escavam canais em gravetos e ramos ou na madeira sólida. Podem também utilizar buracos ou frestas e ninhos abandonados por outras abelhas ou vespas.
A parte principal do ninho (muitas vezes é o próprio ninho) é a célula onde a abelha deverá se desenvolver. Ela tem geralmente formato ovalado e pode ser impermeabilizada em seu interior com secreções glandulares da sua construtora antes de receber as provisões e o ovo. O número de células e variável; elas apresentam-se interligadas por um canal que conduz a saída do ninho.
Na família Apidae, a subfamília Euglossinae também apresenta comportamento solitário ou parassocial. As células, porém, podem apresentar-se em agregado; semelhante a um favo.
A subfamília Bombinae, primitivamente eussociais, já apresentam em seus ninhos estruturas para a estocagem de alimento consumido pelos adultos do ninho. Fazem seus ninhos em buracos próximos a superfície do solo. Utilizam cera e polem para a construção do ninho. Uma característica diferenciada é o fato de em apenas uma célula vários ovos serem postos juntos. Amedida em que as larvas eclodem e vão crescendo, as operárias vão aumetando o tamanho da célula, até que cada uma teça seu próprio casulo.
Os ninhos mais complexos estão nas subfamílias Apinae e Meliponinae que são altamente eussociais, cuja estruturas locais de nidificação são bastante variados e já foram discutidas.
9- RAINHA
As funções das rainhas são a postura de ovos e a manutenção da ordem social na colmeia, apesar de a rainha não dizer a todos o que fazer, ela faz as coisas funcionarem, apenas por estar presente.
A rainha atinge seu objetivo de manter a ordem social através da liberação de substancia químicas chamadas de Ferormônios. Essas substanciam informam os outros membros da colmeia de que existe uma rainha presente, além de inibirem a produção de outras rainhas.
Ela é quase duas vezes maior do que as operarias e é a única fêmea fértil da colmeia, com um sistema reprodutivo bastante desenvolvido. Os ovos fertilizados produzem operarias e rainhas, o que determina se o ovo formara uma rainha ou operaria é o alimento oferecido a larva do próprio ovo (SANTOS,2007).
As larvas que se alimenta exclusivamente da geleia real se desenvolvem em rainhas. As que se alimente de geleia de operaria, transformam se em operarias.
Ovos não fertilizados se desenvolvem em zangão 
As rainhas vivem cerca de 3 a 6 anos, a partir do terceiro e quarto ano a sua fecundidade decai. 
Na verdade, a rainha nada mais e do que uma operaria que atingiu a maturidade sexual, ela e criada em uma capsula denominada realeira, na qual e alimentada pelas operarias com a geleia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais.
A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer e, a partir de então acompanhada pelas as operarias, encarregadas de garantir a alimentação e o bem-estar.
Após o quinto dia de vida, a rainha começa a fazer voos de reconhecimento em torno da colmeia. E a partir do nono dia, ela já está preparada para realizar o seu voo nupcial.
A rainha escolhe dias quentes e ensolarados, sem ventos fortes, para realizar o voo nupcial.
9.1-VOO NUPCIAL
FIGURA 24: Foto tirada durando o voo nupcial da abelha
FONTE: Cicco, L.H.S
O voo nupcial que a rainha faz e o único na sua vida, ela jamais sairá novamente da colmeia, a não ser para acompanhar parte do enxame que abandona a colmeia para formar uma nova.
Se no voo a rainha e devorada por um pássaro sua colmeia de origem fica irremediavelmente fadada a extinção.
Somente os zangões mais fortes e rápidos conseguem alcançar- la após detectar o feromônios, os vários zangões que conseguirem alcança-la terão morte certa e rápida, pois seus órgãos genitais ficarão presos no corpo da rainha.
Em média a rainha e fecunda de por 6 a 8 zangões, estes sêmens, coletado durante o voo nupcial será o mesmo durante toda sua vida.
Uma ocasião grave e quando elas percebem que a mãe de todos já não tem a mesma energia, então concluem que e hora de chamar a vida uma nova rainha. Numa colmeia sempre já realeiras em construção, e uma questão de sobrevivência.
Tendo garantida uma ou mais princesa em formação, e necessário eliminar a velha mãe, abelhas comuns elas nunca ferroam uma rainha, então elas formam uma bola em torno da idosa e ali a vão sufocando até a morte
Terminada essa etapa, começam a nascer as novas princesas, e a primeira que merge logo procura as outras realeiras para destruir.
Outra situação diferente e quando a colmeia se torna pequena para a população de abelhas, um grupo de operarias começam a construir várias realeiras onde a rainha e levada para depositar ovos fecundados.
Passado o período normal de incubação a primeira princesa nasce e seu instinto força a destruir as outras realeiras.
O objetivo não e substituir a mestra, e sim dividir a família em um ou mais enxames.
10-COMUNICAÇÃO DA ABELHA
As abelhas se comunicam através de toque, movimentos, sons e cheiros. Quando uma abelha quer informar as suas companheiras de colmeia sobre uma fonte rica emnéctar ou pólen elas iniciam uma dança circular.
Esse tipo de dança indica que a fonte de alimento encontra se próximo, a menos de 100 metros da colmeia
Já quando a fonte de alimento encontra se a mais de 100 metros de distância da colmeia, as abelhas utilizam se de outro tipo de dança a “dança do requebrado”.
Quanto maior a distância entre a colmeia e a fonte, maior o número de vibrações ( requebrados). A distância e ensinada pela abelha dançarina através de números de vibrações realizadas e pela intensidade do som emitido durante a dança.
FIGURA 25: Dança circular
FONTE: Silva, H. 2015
FIGURA 26: Dança do requebrado ou dança do oito
FONTE: Silva, H. 2015
As abelhas possuem em sua maioria uma capacidade notável de se comunicarem uma campeira ou forrageira que sai para coletar alimento, pode se utilizar de vários artifícios como: recursos sonoros, químicos, visuais ou contatos físicos; para informar as demais
campeiras sobre a existência de uma determinada fonte.
Em Meliponíneos, temos espécies onde as campeiras chegam com alimento correndo em zigue-zague e produzindo um som que estimula a saída de outras abelhas que vão procurar pela fonte que tenha o mesmo odor do alimento trazido pelas primeiras. Isso ocorre em Jataí, Mirim e Mosquito. Em Bombus, a coletora chega com o pólen e as outras campeiras comem parte desse pólen presente em sua corbícula. Depois saem para procurar uma fonte de pólen com mesmo odor.
Abelhas do gênero Trigonisca, Frieseomelitta, Jataí e Duckeola, informam sobre a fonte de alimento correndo e batendo nas companheiras; dispersando o cheiro do alimento.
A Iraí também reparte o alimento produzindo um som característico, e enquanto um grupo de aproximadamente 50 abelhas já "conhece" o odor do alimento e o som, este grupo sai em busca da fonte.
Em espécies de Partamona, a campeira vai até a colmeia, estimula a saída de outras campeiras e vai guiando-as até a fonte liberando uma substância produzida por uma glândula mandibular para orientá-las.
Outras espécies podem guiar-se pelo som, para indicar a distância da fonte a colmeia como Melipona, ou guiar-se apenas pelo odor da amostra de alimento trazida pela primeira coletora.
10.1- A TRILHA DE CHEIRO
O mecanismo mais complexo de orientação até a fonte de alimento em Meliponíneos é o das trilhas de cheiro, observadas em Mandaguari, Caga-Fogo e Mombuca, dentre outras. A coletora que encontra a fonte, volta a colméia fazendo marcas na vegetação com secreção de sua glândula mandibular. As outras coletoras se guiam então pelo odor de sua secreção.
10.2-A LINGUAGEM DA DANÇA Apis mellifera
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As operárias de Apis mellífera informam sobre a fonte de alimento realizando danças. Quando a fonte está localizada em até 25 metros da colmeia, a coletora realiza a "dança em círculo". Ela gira várias vezes no sentido horário e anti-horário fazendo círculos estimulando as abelhas que estão próximas a ela a dançar também. Essas novas recrutas tocam a dançarina com as antenas e recebem dela algumas gotas de néctar coletado para conhecer o odor do que devem procurar.
Quando a fonte se localiza a mais de 100 metros da colmeia, a coletora realiza a "dança do requebrado”. Nesta dança ela gira para um lado, fazendo um semi-círculo, anda em linha reta sacudindo seu abdome e depois gira para o outro lado fazendo outro semi-círculo. O ângulo formado entre a caminhada em linha reta da coletora com a vertical tem o mesmo valor do ângulo formado entre as retas que vão da colmeia ao sol, e da colmeia à fonte de alimento. Como na dança em círculos, a dançarina também dá alimento as abelhas mais próximas que acompanham a dança.
Existem também danças intermediárias ou em foice, para quando a distância da colmeia até a fonte está entre 25 e100 m. As danças, portanto indicam que há uma fonte abundante de alimento, os movimentos indicam a distância e a orientação, e o néctar ou pólen passado para as recrutas ajudam a reconhecer a fonte pelo odor do alimento.
11-FUNÇOES DAS OPERARIAS
Todo trabalho para a manutenção da colmeia e realizada pelas operarias, conforme a idade
1° ao 5° dia
Realizam a limpeza dos ovéolo e de abelhas recém-nascida (faxineiras)
5° ao 10° dia
São chamados de abelhas nutrizes, porque cuidam da alimentação das larvas em desenvolvimento.
11° ao 20° dia
Produz cera para construção de favos, quando necessário (engenheiras)
18° ao 21° dia
Realizam a defesa da colmeia (guardiãs)
22° ao 21° dia
Realizam a coleta de néctar, pólen, resinas e agua, quando são denominadas campeiras
12- CICLO DE VIDA DAS ABELHAS
Ovo => Larva => Pupa => Adulto
FIGURA 27: A abelha rainha deposita o ovo em um ovéolo de cera
FONTE: art blog, Helpinsect,2013
FIGURA 28: A operaria alimenta a larva que saiu do ovo
FONTE: art blog, Helpinsect,2013
FIGURA 29: A larva atinge o desenvolvimento completo
FONTE: art blog, Helpinsect,2013
FIGURA 30: As operarias fecham o ovéolo com cera
FONTE: art blog, Helpinsect,2013
FIGURA 31: A larva troca o casulo e se transforma e pupa
FONTE: art blog, Helpinsect,2013
FIGURA 32: A abelha adulta sai do ovéolo
FONTE: art blog, Helpinsect,2013
13- EMXAMEAGEM
Processo pelo qual a colônia se reproduze e envolve uma rainha virgem e parte das operárias de sua corte.
Algumas destas operárias deixam a colônia original e procuram um local adequado para construção de novo ninho. Ao encontrá-lo, sua localização é informada às demais abelhas do grupo, através do processo de comunicação, típico para cada espécie, e parte dessas operárias migram para esse local levando cerume, retirado da colônia original, e iniciam a construção do novo ninho. Inicialmente, todo o material utilizado (cerume, resina e alimento) é retirado do ninho materno. Quando o novo ninho está em condições de receber a nova colônia para ele migram a rainha e muitas operárias. O vínculo com a colmeia materna se mantém ainda por algum tempo, durante o qual as operárias da nova colônia continuam frequentando o ninho original e daí transportando para o novo ninho, alimento e cerume. Após a migração, a rainha da nova colônia realiza o vôo nupcial, durante o qual é fecundada e algum tempo depois inicia postura. (Nogueira-Neto, 1950; apud, Nogueira-Neto, 1970).
Os machos são reproduzidos em grandes números em certa época do ano e podem realizar, esporadicamente, algumas tarefas dentro da colônia, além de fecundar as rainhas durante o voo nupcial. Normalmente após emergirem os machos que não são mortos são expulsos da colmeia.
Vários machos expulsos de várias colônias, inclusive da colônia-mãe vão se concentrando próximos ao novo ninho, esperando que a nova saia para realizar o voo nupcial. Ela copula com apenas um macho e depois de fecundada, seus ovários se desenvolvem e ela começa a pôr ovos.
Mesmo depois do estabelecimento do novo ninho as operárias podem continuar transportando matérias da colônia-mãe por algum tempo.
Em Apis mellífera o processo é bem diferente. Rainhas adicionais são criadas e antes que estas nasçam (ainda em estágio de pupas) a rainha velha, parte da operárias e zangões deixam a colmeia voando em enxame e procuram um novo abrigo para se instalarem. Das rainhas produzidas pela colônia-mãe, uma permanece nesta, acasala-se e põe ovos. As demais podem partir com outros enxames no período de uma semana.
A saída do enxame é precedida de "corridas de zumbidos". As operárias correm em linha reta, pelo favo, vibrando e tocando outras abelhas que também iniciam corridas de zumbido ocasionando uma perturbação e excitação generalizada que leva à saída do enxame. Parte das abelhas que sai como enxame retornam à colônia-mãe, e apenas metade delas continua. Os ferormônios produzidos pelas glândulas das operárias são responsáveis por guiar o enxame no voo e no pouso; e os produzidos pelas glândulas mandibulares da rainha (o ácido 9-oxo-trans-2-decenóico é oprincipal), são responsáveis por manter a coesão do enxame.
Quando uma escoteira (abelha que voa no enxame) descobre um bom local para o movimento,comunica às demais com uma dança semelhante àquela que informa sobre a fonte de alimentos.
14- METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho foi feita a consulta de trabalhos acadêmicos
(Monografias, dissertações, teses); artigos científicos, livros, cartilhas informativas, 
Relatórios de pesquisas, disponíveis nas bibliotecas do Centro Universitário de Adamantina FAI. Os principais termos de busca foram: meliponicultura, abelhas nativas, abelhas sem ferrão, abelhas indígenas, polinização.
15- OBJETIVO
Conhecer o papel funcional ecológico da meliponicultura para o funcionamento dos ecossistemas e conservação da biodiversidade através de revisão bibliográfica da ecologia dos meliponíneos
16- A IMPORTANCIA DAS ABELHAS NA MANUTENÇÃO DO ECOSSISTEMA
A vida das abelhas e crucial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas, já que, na busca de pólen (sua refeição) estes insetos polinizam plantações frutíferas, legumes e grãos, esta polinização e indispensável, pois e através dela que cerca de 80% das plantas se reproduz (transferência do material genético masculino para o feminino).
Sem abelhas não há polinização, sem polinização não há reprodução de flora, sem há flora não há animais, sem animais não haverá raça humana
As abelhas afetam nossa vida diariamente sem que nós percebemos isso, ao nível alimentar aproximadamente dois terços dos alimentos que ingerimos são produzidos com ajuda da polinização das abelhas.
Além do papel de polinizar, algumas espécies de abelhas também são responsáveis pela produção de mel, que além de ser um alimento saboroso, e uma fonte de renda para diversa região do pais.
As abelhas podem ser indicadores biológicos do equilíbrio ambiental, muito útil no esforço da conservação, da biodiversidade e na exploração sustentável do meio ambiente. É na polinização das flores que as abelhas mais contribuem, dando origem aos frutos de inúmeras espécies e chegando a aumentar a produtividade de plantas cultivadas em até 500%. 
As flores são os órgãos reprodutivos das plantas, cujo objetivo é desenvolver as sementes que darão início a uma nova geração de plantas. Quando os óvulos presentes nas flores são fecundados, ou seja, quando a eles se unem as células masculinas, substâncias químicas são liberadas para estimular o crescimento do fruto e das sementes. Como a polinização é uma etapa anterior à fecundação, sem a primeira não há a possibilidade da segunda e, nem tampouco, do desenvolvimento de frutos e sementes. A polinização é, portanto, um momento crítico na reprodução sexual das plantas. 
A polinização nada mais é que a transferência do pólen da estrutura reprodutiva masculina de uma flor (estame), para a estrutura reprodutiva feminina (o pistilo) da mesma flor ou de outras flores. A transferência do pólen da antera para o estigma poderá ocorrer pela ação da gravidade, do vento, da água ou de animais. Os animais que realizam essa transferência são conhecidos como polinizadores e podem ser insetos (abelhas, besouros, moscas, borboletas, vespas e mariposas), aves (beija-flores e periquitos) e, mamíferos de pequeno porte (morcegos e roedores). Dentre esses animais, as abelhas merecem destaque como polinizadoras porque como dependem das plantas para a alimentação tanto de seus adultos quanto das crias, elas visitam constantemente as flores; elas possuem pilosidade por todo o corpo, o que facilita a aderência e o transporte de grãos de pólen; e apresentam uma enorme diversidade de espécies.
 17- RAZÃO PARA PREOCUPAÇÃO
A utilização excessiva de pesticidas ou agrotóxicos destinados a matar alguns animais que afetam a agricultura, tem vindo igualmente a matar a abelha. De forma semelhante outros químicos utilizados para promover um maior crescimento das plantas, prejudicando a polinização colocando em risco o próprio ecossistema. O pólen e contaminando em média por nove pesticidas e fungicidas diferentes, mas cientista já chegaram a descobrir 21 agrotóxicos numa única amostra
A manutenção da vegetação natural e a redução do uso de produtos químicos na lavoura são estratégia importante que permitem a conservação dos polinizadores e das biodiversidades do planeta.
Para a parte perigosa, muitas pessoas têm alergia do ferrão podendo ter complicações sérias, podendo levar até a morte. Quando a abelha ferroa, o ferrão é deslocado do abdômen com uma parte do intestino ficando na vítima devido à estriações do ferrão, fazendo com que o animal morra logo em seguida. Já o ferrão das vespas não se fixa na pele por ser liso igual a uma agulha.
FIGURA 33: Imagem de abelha Apis melífera no momento que que esta ferroando uma pessoa.
FONTE: Vidovix, T. 2014
18- REFERENCIAS BIBLIOGRAFIA
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