Direito Civil (Contratos em Espécie) Aula 081

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Extensivo semanal | Disciplina: DIREITO CIVIL 
Aula: 08| Data: 05.04.2017 
 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
 1. CONTRATOS EM ESPÉCIE 
 
GUIA DE ESTUDO 
 
 1. COMPRA E VENDA, Artigos 481 e seguintes: 
 1.1. Conceito de compra e venda: a compra e venda é um contrato em que o vendedor, 
compromete-se a transferir ao comprador a propriedade de um bem móvel ou imóvel, mediante o 
pagamento de certo preço em dinheiro. 
 Artigo 1245 do CC, venda de propriedade imobiliária transfere-se entre vivos no registro do 
título translativo. 
 Artigo 533 do CC, no contrato de permuta, aplica-se a regra da compra e venda. 
 2. Elemento essencial da compra e venda: 
 Agentes (partes) – o comprador e o vendedor 
 Coisa (objeto líquido, possível, lícito e determinável), alienável, (ex.: bens gravados com 
cláusula de inalienabilidade, bens públicos (o de uso comum do povo, ruas praças 
avenidas e os bens público especial, (delegacia, hospital) é inalienável os alienáveis são 
os bens públicos dominicais (aquele que não tem destinação específica (Está fechado, 
não tem uso, não tem serventia). 
 Preço: pode ser fixado em moeda estrangeira, ouro ou cotação em bolsa, artigo 486 e 
487 do CC, mas na hora de pagar tem que converter em dinheiro brasileiro. 
Cuidado: para não confundir com o artigo 315 e 318 do CC, que fala sobre pagamento e que é nulo o 
pagamento em ouro ou moeda estrangeira. 
Obs.: Pode ter compra e venda sem preço? 
Resposta: sim, fundamento no artigo 488 do CC, (Forma tabela oficial) ou pelo preço habitual do 
vendedor, ou se mesmo assim não tem o preço o juiz fixará o termo médio. 
Preço de avaliação: pode ser deixado ao arbítrio de um terceiro, nomeado pelas partes. 
 
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Não se pode deixar o preço ao arbítrio exclusivo de uma das partes (cláusula pague o que quiser), não 
pode. O código veda. Artigo 489 do CC. 
 Vontade: deve ser isenta de vício. 
 
 3. Restrições à compra e venda 
 É anulável a venda de ascendente para descendente, artigo 496 do CC. Prazo 2 anos, 
salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem 
consentido. Exceção no regime de separação obrigatória, artigo 1641 do CC. 
 Venda entre cônjuge, artigo 499 do CC. Só é possível os bens excluídos da união. Os bens 
que não se comunicam. 
 Vedação de compra por quem deve zelar pelos interesses do vendedor, artigo 497. (Por 
juízes, peritos, servidores públicos, etc. Contrato é nulo. 
 Venda da coisa em divisa em condomínio. Tem que dar o direito de preferência aos 
demais condôminos, exige proposta, valor e condição. 
 4. Vendas especiais 
 Venda “Ad corpus”, (de corpo inteiro), coisa certa, determinada. Ex.: a venda da fazenda 
Primavera. Não importa o tamanho. 
 Venda “Ad mensuram”, (por medida de extinção). A venda é por metro quadrado, 
hectare, alqueire, se vier tamanho menor cabe ação “Ex-empto”, (Ação para 
complementação de área). Tem prazo para propositura da ação é de um ano, contados 
do registro do imóvel. 
 Venda conjunta: o artigo 503 estabelece que o defeito oculto em uma delas não autoriza 
a rejeição de todas 
 5. “Pacta Adjeto”, (Cláusulas especiais de compra e venda) 
 Retrovenda: é a cláusula que autoriza o vendedor recomprar o imóvel num prazo 
máximo de 3 anos. Retrovenda só para imóveis. Esse direito de o vendedor recomprar o 
imóvel não pode ser maior que 3 anos. 
 Venda a contento: é aquela que está condicionada ao agrado da coisa pelo comprador. 
 Venda sujeita a prova: é aquela que está subordinada a prova das qualidades 
asseguradas. 
 Preempção (Preferência). 
 
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 Venda com reserva de domínio: é aquela em que a propriedade só será transferida após 
o pagamento integral do preço. Só será aplicada após o pagamento integral do preço. 
Neste caso, só para bens móveis. 
 Venda sobre documentos: é aquela em que se troca a entrega do bem por um título 
representativo. Ex.: vale presente. 
 Comodato e mútuo: são espécies de empréstimos. 
Qual a diferença? Comodato é o empréstimo de bens infungíveis e o mútuo é o empréstimo de bens 
fungíveis. 
Obs.1: comodato “Ad pompam vel ostentationen” (ex.: objetos para exposição, ornamentação). É o 
empréstimo de bem fungível que se torna infungível por disposição das partes. 
Obs.2: Empréstimo é um contrato gratuito, se oneroso vira locação. 
Exceção: empréstimo oneroso, é o “mútuo feneratício”. É o empréstimo de dinheiro. 
Obs.3: quando a o perecimento da coisa, deve-se analisar se houve culpa ou não. Sendo que para os 
casos com culpa no perecimento da coisa, cabe pedido de indenização. Quando sem culpa, aplica-se a 
regra do “Res perit domino”, a coisa perece para o dono. (Cai na prova).