Buscar

Ausculta torácica e abdominal slide

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Ausculta torácica e abdominal
Universidade Federal do Sul da Bahia
Discentes: Felipe Soares, Lorena Marinho, Luana Altoé e Natália Sobrinho.
Docente: José Lima
Introdução
 A ausculta é uma parte importante do exame físico executada com a finalidade de examinar os sistemas respiratório, circulatório e gastro-intestinal. Pode ser dividida em ausculta torácica e ausculta abdominal, de acordo com o local do corpo em que a técnica é empregada.
Ausculta Torácica- Pulmonar
	
	Os diversos sons audíveis pelo estetoscópio sugerem condições pulmonares de grande importância para o tratamento dos enfermos. Estes sons são resultados das vibrações pulmonares e das respectivas vias aéreas transmitidas à parede torácica.
Ausculta pulmonar - Sons Pulmonares
Sons Pulmonares Normais
Som traqueal (traqueia); 
Som Bronquial (manúbrio esternal e brônquios principais); 
Som Broncovesicular (região esternal e interescapular);
Murmúrio vesicular (periferia dos pulmões).
Ausculta pulmonar - sons anormais 
Os sons pulmonares anormais podem ser classificados em sibilos, crepitações e roncos ou, também, podem ser classificados pelo seu caráter contínuo e descontínuo.
Creptos ou estertores crepitantes: são sons descontínuos explosivos que são gerados durante a inspiração pela abertura ou fechamento rápido dos alvéolos.
Sibilos: são ruídos adventícios musicais contínuos com duração maior que as crepitações, estão associados à oscilação da parede brônquica e às alterações no diâmetro da via aérea.
Roncos: são sons contínuos, assim como os sibilos, audíveis na inspiração e na expiração produzido normalmente pelo estreitamento da via aérea com secreção.
Alteração dos sons pulmonares normais 
Condições “fisiológicas” com redução difusa dos sons. 
 
 Obesidade Musculatura torácica aumentada 
Alteração dos sons pulmonares 
Condições patológicas 
 - Redução Difusa:
 
 - Redução Localizada: 
 
Broncoespasmo Grave;
Edema de parede torácica; 
Enfisema pulmonar.
Atelectasias; 
Obstrução por corpo estranho;
Ressecção pulmonar;
Pneumothorax;
Derrame pleural.
Condições para uma boa performance auscultatória 
Ambiente Silencioso Paciente colaborativo Tórax desnudo 
Técnica de Ausculta Pulmonar
O examinador deve posicionar-se atrás ou lateralmente ao paciente;
O paciente deve estar sentado preferencialmente com o tórax despido para perfeito acoplamento do estetoscópio; 
Deve ser orientado a respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta e sem fazer ruído;
A ausculta deve ser realizada em linhas horizontais comparando-se os sons de cada hemitorax;
Evitar posicionar o estetoscópio em cima de saliências ósseas ou as mamas.
1 - região supraclavicular 1- região supra-escapular 8 - Axilar
2- região clavicular 2- supra espinhosa 9 - infra axilar 
3- região infraclavicular 3- infra espinhosa
4- região mamaria 4- Interescapular vertebral 
5- região inframamaria. 5- infra escapulares 
Ausculta Cardíaca
É a ausculta dos sons gerados pelo ciclo cardíaco (movimento sanguíneo pelo coração, suas artérias, veias, fechamento de vávulas).
Para realização do exame cardíaco considera-se regiões denominadas “focos”, que têm correspondência com as estruturas do coração.
As alterações encontradas serão associadas à dinâmica do sistema cardiovascular, ao funcionamento das câmaras e valvas cardíacas e ao fluxo sanguíneo.
Áreas de ausculta cardíaca
Ausculta Cardíaca
Denominam-se bulhas cardíacas os sons produzidos pelo coração.
Território venoso veias cavas átrio direito (AD) vávula tricuspide ventrículo direito (VD) válvular pulmonar artéria pulmonar capilares pulmonares veia pulmonar átrio esquerdo (AE) válvula mitral ou bicuspide ventrículo esquerdo (VE) vávula aórtica artéria aorta território arterial capilares sistêmicos.
Ausculta cardíaca
Batimentos Cardíacos Normais
B1 e B2: produzidas pelo fechamento das válvulas cardíacas (TUM-TÁ)
B1: Primeiro Batimento
Possui origem nas seguintes vibrações: fechamento das válvulas mitral e tricúspide, contração dos átrios, abertura das válvulas aórtica e pulmonar juntamente ao aumento da pressão nas artérias aorta e pulmonar.
B2: Segundo Batimento
Deve-se ao fechamento das válvulas aórtica e pulmonar, ao relaxamento da parede ventricular no início da diástole, à vibração das paredes vasculares e da coluna de sangue e, da abertura das válvulas mitral e tricúspide.
PS: A valva pulmonar às vezes apresenta um retardo a ser fechada gerando um B2 desdobrado (quando presente, é audível apenas sobre a área pulmonar).
Outros Batimentos Cardíacos
B3 e B4, geralmente patológicas.
Sons de Galope: Ocorre em disfunção miocárdica por súbita desaceleração do fluxo sanguíneo ao penetrar nos ventrículos. Indica sofrimento miocárdico ou insuficiência cardíaca.
Estalidos e Cliques: Causado pela pressão alta no átrio esquerdo com o deslocamento súbito de uma válvula mitral rígida(ex: cardiopatia reumática).
Sopros: causados por fluxo turbulento de sangue, fluxo sanguíneo regurgitante por não eficiência de vávula.
Atrito: na pericardite, um som de rangido áspero que pode ser ouvido tanto na sístole quanto na diástole.
Ciclo Cardíaco
Durante o ciclo cardíaco são produzidos diferentes sons com freqüências distintas, os quais podem variar na ausculta de acordo com os tecidos presentes.
A ausculta cardíaca é a ausculta dos sons produzidos a partir do movimento sanguíneo pelo coração, suas artérias e veias.
Ausculta Abdominal
Ausculta abdominal
	
A etapa de ausculta tem dois focos principais: a avaliação da motilidade da frequência dos ruídos hidroaéreos e a ausculta dos vasos abdominais em busca de sopros.
	É primeiro realizado a inspeção, seguido da ausculta, percussão e por último a palpação.
Ausculta no indivíduo adulto com queixa de tosse 
Causa número 1 de procura dos serviços de Atenção Primária à Saúde.
Conhecimento epidemiológico - Mais comum para o de menor ocorrência.
Principal sistema do corpo relacionado com o sintoma= Sistema Respiratório - divide-se em vias aéreas superiores e inferiores 
O exame físico das vias aéreas inferiores pode ser realizado de melhor forma utilizando-se da técnica de ausculta.
A ausculta é a fase do exame do tórax que fornece mais informações.
https://www.youtube.com/watch?v=O8OC7EiqBKQ gente o0lha 
Ausculta no indivíduo adulto com queixa de tosse
Paciente sentado
Tórax desnudo
Evitar auscultar sobre saliências ósseas e mama. (Dica: Realizar ausculta na parte posterior do tórax e pedir que o paciente cruze os braços e coloque as mãos sobre os ombros)
Orientar respiração pausada e profunda e com a boca entreaberta para neutralizar sons nasais (Dica: Se o profissional auscultar roncos e estiver na dúvida se são de transmissão, posicionar estetoscópio sobre a bochecha do paciente) 
Realizar ausculta pulmonar bilateralmente (uma lado e outro) comparando os sons em cada hemitórax
Ausculta no indivíduo adulto com queixa de tosse
Não identificado nenhum anormalidade na ausculta pulmonar, prosseguimos com a ausculta cardíaca.
Ausculta-se cada foco a fim que identificarmos bulhas, ritmo e frequência.
Curiosidade
	Como contrapartida a todos estes benefícios citados anteriormente, vale lembrar que o estetoscópio pode ser um potencial vetor de microorganismos e um dos responsáveis pela contaminação de outros pacientes auscultados.
	Em um total de 300 estetoscópios analisados por Maluf et al, 87% estavam contaminados e destes 96% apresentaram mais de um microorganismo.
Referências
Carvalho VO, Souza GE. O estetoscópio e os sons pulmonares: uma revisão da literatura. Rev Med (São Paulo). 2007;86(4):224-31
BATES, B. Propedêutica Médica. 8ª ed. Guanabara Koogan, 2004. 
TALLEY, N.J., O’CONNOR, S. Exame Clínico – Um guia do diagnóstico físico. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando