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Propedêutica: Quadril: Parte 1 - Importante: realizar avaliação do segmento (joelho, tornozelo e quadril e coluna pela dissipação de cargas). Por quê? A maior parte das disfunções em membros inferiores, acontecem durante o movimento, e a maior parte dos movimentos funcionais em MMII é em cadeia cinética fechada, ou seja, o modo como a carga é dissipada nas outras articulações importa para determinar a ocorrência de disfunções na articulação em que o paciente está tendo queixa. 1. O modo como o paciente pisa irá influenciar o modo em como a carga é dissipada no quadril, por isso é necessário na inspeção olhar para a passada do paciente, para entender se aquela disfunção tem origem, por exemplo, de uma pisada pronada (dissipa carga na região do compartimento medial do joelho estirando trato iliotibial e gerando a síndrome do trato iliotibial). DISFUNÇÃO + COMUM NO QUADRIL 2. É preciso olhar para força de quadríceps para entender se a disfunção do quadril do paciente tem relação com a força de quadríceps ou não. 3. É preciso também olhar para o quadril para entender se a dor no joelho do paciente tem origem em disfunções associadas ao quadril, pois ao realizar movimentos em MMII a maior parte são em cadeia cinética fechada, sendo assim, não dá para isolar e apenas olhar o quadril e não entender o que acontece em tornozelo e joelho, por exemplo: valgo dinâmico pode ter disfunção no quadril, mas também no joelho e tornozelo. Se o paciente tem limitação na mobilidade de tornozelo, principalmente em dorsiflexão que é muito comum em pacientes com o pé cavo e encurtamento da fáscia plantar, este paciente irá ter alterações na dissipação de cargas de joelho e quadril e o mesmo ocorre ao ter disfunções no quadril e isso repercute para articulações superiores. 4. Pacientes que tem hipomobilidade na coluna lombar muitas vezes aumenta a mobilidade sacro ilíaca, e assim, paciente tem dor sacro ilíaca e muitas vezes hiperativando músculos na região do quadril gerando disfunções. - Síndrome do Trato Iliotibial: Tem origem mecânica, é muito comum e prevalente, geralmente acompanhada de um diagnóstico clínico e radiológico, que chega como bursite subtrocantérica (associada a síndrome do trato iliotibial, diagnóstico médico mais comum). Associada a dissipação de carga em MMII. Teste: Step Down, descida do degrau pode ser utilizado, olha condição dinâmica (valgo dinâmico aparece em casos positivos). Mas há pacientes com glúteo médio forte e mesmo assim tem síndrome do trato ilitiobial. É aquele paciente que é corredor, e diz que não consegue mais correr devido a sentir muita dor no quadril, na região do trocanter ou na região de inserção do trato. O que fazer? - Jump Test: pular. - Hop Test: salto em um pé só (unipodal). Pois isso reproduz gestos que o paciente utiliza no dia a dia, e cada gesto com mais intensidade de sobrecarga, porque é quando produz a disfunção. - Se o paciente não tem nenhum dos testes positivos e ainda assim, sente dor, não significa que não tem disfunção, é que os testes não são capazes de avaliar a disfunção, é necessário fazer uma avaliação mais específica. Olhar se ao descer degrau aparece o valgo dinâmico, se negativo, o glúteo médio do paciente pode ser forte, mas ainda assim, pode ter fraqueza funcional na atividade que produz dor: corrida. E assim, realiza o teste de salto. - Importante: Olha-se mais para forma dinâmica do que forma estática, principalmente para disfunções com origem mecânica. Para entender por que o paciente está sentindo dor naquele gesto. - Anatomia: - Os movimentos do quadril são realizados na articulação coxofemoral. - Mas há outras articulações que compõem a região do quadril, que fazem parte da pelve: - Sínfise Púbica: comum pacientes apresentarem dor inguinal, dor púbica ou pubeite, os três designam a mesma condição, inflamação na sínfise púbica, disfunção mecânica, associada a dissipação de carga (coluna lombar e quadril) e instabilidade da região, acomete a região pélvica. - Articulação Sacroíliaca: realiza a comunicação entre pelve e região lombar, é uma região de transição entre MMII e região lombar/coluna. Muito comum, pacientes com disfunção sacroiliaca, associada a absorção de carga e alterações de mobilidade, tanto no quadril, como coluna e sua origem também é mecânica. Paciente pode ter hipomobilidade no quadril e produzir dor sacroíliaca ou hipomobilidade lombar e produzir dor sacroiliaca. - Por isso, entende-se a região de forma muito mais segmentar ao falar de disfunções de origem mecânica do que exclusivamente de região isolada, olhar isoladamente e realizar mobilização pode até resultar em alívio de dor momentânea, mas não irá tratar o paciente efetivamente, pois não está agindo na origem da disfunção e sim no sintoma. - É necessário ter musculo forte para absorver cargas laterais e integridade na estabilidade lombo pélvica para absorver cargas axiais. Por isso, glúteo médio tem grande importância na estabilidade do quadril, ao pisar (unipodal) a carga vem de baixo para cima e ao chegar no fêmur (o ângulo de implantação não é reto) irá ter dois caminhos para seguir, vertical e diagonal, é absorvida pelo glúteo médio ao descarregar peso unilateralmente. - Complexo Póstero-Lateral do Quadril: conjunto de músculos formado prioritariamente pelo glúteo médio, mas também, tem a participação do glúteo máximo e trato iliotibial (glúteo médio, tensor da fáscia lata, quadríceps e isquiotibiais). No trato ilitobial, principalmente tensor da fáscia lata, faz interligação entre quadril e joelho, tem conexão por meio de fáscia no quadríceps e isquiotibiais. - Glúteo Médio: mais importante músculo estabilizador do quadril. Se o paciente tem disfunção no quadril, sacroiliaca, dor púbica, olha-se para o glúteo médio, certamente o paciente terá hipoatividade e diminuição de força. Por exemplo: na dor púbica há a hiperatividade de adutores. Então quando se olha para o paciente com dor na região do quadril, o glúteo médio é o musculo fundamental, pois é o principal estabilizador dinâmico do quadril. - Mas, além dele, há o complexo póstero lateral do quadril: Quem são? Glúteo Médio e os músculos que formam o trato iliotibial →Glúteo médio e máximo, tensor da fáscia lata, quadríceps (vasto lateral) e isquiotibiais (bíceps femoral). - Quem estabiliza o quadril lateralmente? Gluteo médio prioritariamente, mas não sozinho, pois a sobrecarga é alta e isso é dissipado para o complexo póstero lateral do quadril. Ao correr, saltar, a carga é alta, então além do glúteo médio a carga é dissipada para o trato iliotibial que é recrutado. - Estabilidade Articular: Estabilização Muscular do Quadril - Abdutores (Glúteo Médio) ObturadorExterno+Piramidal+Pectíneo +Semitendineo+Semimembranáceo
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