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Taxa Selic

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Na 1ª decisão pós-eleição, BC surpreende e sobe juros a 11,25% ao ano170
Do UOL, em São Paulo – 29/10/14
A Selic é uma taxa de referência para o mercado e remunera investimentos com títulos públicos, por exemplo. Não representa os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos. A taxa média de juros cobrada das pessoas na vida real em setembro, embora tenha caído, chegou a 102,59% ao ano, segundo a ANEFAC, associação de executivos de finanças.
Taxa de juros é ferramenta para tentar combater inflação
A nota oficial distribuída pela BC após a reunião diz que a preocupação foi a inflação "O Copom – Comitê de Política Monetária, decidiu elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela manutenção da taxa Selic em 11%. Para o Comitê, desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável. À vista disso, o Comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016", diz o comunicado. A inflação oficial, medida pelo ÍIPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 6,75% em 12 meses até setembro, estourando o limite máximo da meta do governo, que é de 6,5%. A meta do Banco Central é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas são aceitos dois pontos percentuais para cima ou para baixo (ou seja, variando de 2,5% a 6,5%, o chamado teto da meta). A Selic é usada pelo BC para tentar controlar o consumo e a inflação, ou estimular a economia. Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair, controlando a inflação, em tese. Por outro lado, juros altos seguram a economia e fazem o PIB (Produto Interno Bruto) ficar baixo.
Se os juros estão elevados, as empresas investem menos, porque fica caro tomar empréstimos para produção, e as pessoas também reduzem seus gastos, porque o crediário fica mais alto. Essa situação deixa a economia com menos força. O lado bom é que investimentos baseados em juros são beneficiados e rendem mais para o aplicador. Por outro lado, com juros mais baixos, há mais consumo e mais risco de inflação, porque as pessoas compram mais e nem sempre a indústria consegue produzir o suficiente. Quando há falta de produtos, a tendência é que eles fiquem mais caros. A taxa básica de juros orienta o restante da economia, mas há pouco impacto na vida prática de quem precisa usar o cheque especial ou cartão de crédito. Analistas dizem que essas taxas são tão altas que pequenas variações na Selic são incapazes de aliviar ou pesar no bolso no dia a dia.
Além de inflação, o país enfrenta recessão técnica, que ocorre quando o PIB (Produto Interno Bruto) tem resultados negativos em dois trimestres seguidos. A economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre e 0,2% no primeiro trimestre. Recessão significa redução de consumo, menos produção e risco de desemprego.
Entenda o Copom – Comitê de Política Monetária
O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros, mas a Selic já era usada como indicador desde 1986. As reuniões do Copom ocorrem a cada 45 dias em Brasília.

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