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Resumo Teoria Geral do Estado

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Resumo Teoria Geral do Estado 
 
Introdução – Noção, Objeto e Método – Ciência Política 
 
A importância da TGE no preparo dos juristas – É fazê-lo conhecer bem as instituições e os problemas da sociedade contemporânea, levando-os a compreender o papel que representam na atuação daqueles e aprenderem as técnicas requeridas para a solução destes. 
 
Bodenheimer – Certas tarefas a serem cumpridas com relação a esse aprendizado terão de ser deixadas às disciplinas não-jurídicas da carreira acadêmica do estudante de Direito. 
 
Pode-se dizer que a TGE é uma disciplina de síntese, que sistematiza conhecimentos jurídicos, filosóficos, sociológicos, políticos, históricos, antropológicos, econômicos, psicológicos, valendo-se de tais conhecimentos para buscar o aperfeiçoamento do Estado, concebendo-o, como um fato social e uma ordem, que procura atingir os seus fins com eficácia e com justiça. 
Encontra-se na antiguidade greco-romana estudos que modernamente estariam no âmbito da TGE, como ocorre nos escritos de Aristóteles, Platão e Cícero, aos quais falta o rigor científico exigido pelas modernas concepções científicas. Não há nesse escritos uma separação nítida entre o a realidade observada e a realidade idealizada, havendo somente a preocupação pela melhor forma de convivência social. 
 
Idade Média – Sto. Thomás de Aquino e Sto. Agostinho, embora opostos em muitos aspectos, têm em comum a preocupação de justificar a ordem existente, a partir de considerações de natureza teológica. 
 
A grande revolução nos estudos políticos, fazendo a separação de fundamentos teológicos e a busca de generalizações a partir da própria realidade, ocorre com Maquiável, início do Sec XVI, sem ignorar os valores humanos , inclusive os valores morais e religiosos, faz uma observação profunda de tudo quanto ocorre na sua época em termos de organização e atuação do Estado. Conjugando fato de épocas diversas, chega a generalizações universais, criando a possibilidade de uma ciência política. 
 
Por motivos interesseiros e imediatistas dos que não desejavam que fossem claramente revelados os fundamentos do poder, a obra de Maquiável sofreu restrições e deturpações durante vários séculos. 
 
Hobbes, Locke, Montesquieu e Rousseau, influenciados pelo Direito natural, mas procurando o fundamento desse Direito, assim como da organização social e do poder político, na própria natureza humana e na vida social, como verdadeiros precursores da antropologia cultural aplicada ao estudo do Estado. 
 
Sec. XIX – Desenvolve-se um trabalho de sistematização jurídica dos fenômenos políticos. 
 
Gerber – “Fundamentos de um sistema de Direito Político Alemão”. 
Jellinek – Influenciado pela obra de Gerber, criou uma Teoria Geral do Estado, como uma disciplina autônoma, tendo por objeto o conhecimento do Estado. 
 
No Brasil, os estudos relativos ao Estado foram incluídos como parte inicial da disciplina Direito Público e Constitucional. 1940 – desdobramento de TGE e Direito Constitucional. 
Através do estreitamento das relações entre as universidades brasileiras e as dos Estados Unidos da América, inúmeros professores e autores de TGE passaram a identificar esta disciplina com a Ciência Política. 
 
TGE e Direito Constitucional não se confundem, tendo cada uma seu objeto próprio, sendo mais conveniente, do ponto de vista científico e didático, mantê-las autônomas.
TGE e Ciência Política – O relacionamento entre as duas é de interesse mais acadêmico do que prático. 
 
A realidade mostra que não é possível desenvolver qualquer estudo ou pesquisa de Ciência política sem considerar o Estado. 
 
Max Weber – “A política como vocação” – conceitua a política dizendo entende-la como “o conjunto de esforços feitos com vista a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado”. 
 
Neil MacCormic – Theories and concepts of politics – “O Estado é de interesse central para a política, sendo ele próprio um locus para o exercício do poder, um produtor de decisões e a comunidade política primária para muitos seres humanos, o mundo contemporâneo”. – “Concebido como um sujeito ativo, o Estado age através de indivíduos e grupos organizados de pessoas, que tomam e implementam decisões em nome do Estado e que, ao decidir, alegam que são agentes ou órgãos do Estado”. 
 
O Estado é reconhecido universalmente como pessoa jurídica, que expressa sua vontade através de determinadas pessoas ou determinados órgãos. O poder do Estado é, portanto, poder jurídico, sem perder seu caráter político.
A ciência política faz o estudo da organização política e dos comportamentos políticos, sem levar em conta os elementos jurídicos. 
 
- Objeto da TGE – é o estudo do Estado em todos os seus aspectos, incluindo origem, a organização, o funcionamento e as finalidades. 
 
Miguel Reale – Culturalismo Realista – Segundo a perspectiva do culturalismo realista 
compreende o Estado na totalidade e de seus aspectos e considera indissociáveis as três ordens de apreciação: a filosófica, a sociológica e a jurídica. 
 
Groppali – Objeto da doutrina do Estado – três doutrinas – Sociológica (estuda a gênese do Estado e sua evolução) – Jurídica (se ocupa da organização e personificação do Estado) – Justificativa (cuida dos fundamentos e dos fins do Estado).
Origem da Sociedade 
 
À ideia da Sociedade Natural, fruto da própria natureza humana, quanto a que sustenta que a sociedade é, tão só, a consequência de um ato de escolha, vem tendo, através de séculos, adeptos respeitáveis, que procuram demonstrar, com farta argumentação, o acervo de sua posição. 
Teoria Naturalista 
 
Aristóteles – O homem é um ser social por natureza – “O homem é naturalmente um
animal político” – Para ele somente um indivíduo de natureza vil ou superior ao homem procuraria viver isolado dos outros homens sem que a isso fosse constrangido. Diz que quanto aos irracionais, que também vivem em permanente associação, eles constituem meros agrupamentos formados pelo instinto, pois o homem, entre todos os animais, é o único que possui razão, o sentimento do bem e do mal, do justo ao injusto. 
 
Cícero – “A primeira causa de agregação de uns homens a outros é menos sua debilidade do que certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma disposição que, mesmo na abundância de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum”. – Não seriam as necessidades materiais o motivo da vida em sociedade, havendo, independente dela, uma disposição natural dos homens para a vida associativa. 
 
Sto Tomás de Aquino – “O homem é, por natureza, animal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade”. – Reafirma-se a existência de fatores naturais determinando que o homem procure a permanente associação com outros homens, como forma normal de vida. Assim como Aristóteles, afirma que só os indivíduos de natureza vil ou superior procuram viver isolados. A vida solitária em três hipóteses: Excellentia naturae (indivíduo notavelmente virtuoso. Ex. stos eremitas), corruptio naturae (casos de anomalia mental), mala fortuna (em caso de naufrágio ou alguém perdido numa floresta).
Teoria Contratualista 
Contrato Social = Pacto Social 
Contrato social é um acordo de vontades, que significa que a sociedade humana é originada e construída de modo artificial e não natural, sendo um produto de um acordo realizado pelos homens enquanto expressão e manifestação da sua racionalidade.
 A sociedade é o produto de um acordo de vontades, de um contrato hipotético celebrado entre os homens. 
Contratualistas – Thomas Hobbes, Jhon Locke, Montesquieu e Rousseau 
 
Hobbes – Leviatã - O homem vive inicialmente em “estado de natureza”, este estado de natureza, para Hobbes, traria situações de desordem, caso não seja reprimido pela razão ou por instituições políticas eficientes. Ele chama aatenção para o perigo da situação, considerando o homem – em estado de natureza – uma ameaça, acarretando uma permanente “guerra de todos os homens contra todos”. Esta situação gera um cenário de total desconfiança, surgindo, assim, a celebração do contrato social, passando o homem a agir racionalmente. 
Elabora duas leis fundamentais da natureza – a) cada homem deve esforçar-se pela paz, enquanto tiver a esperança de alcança-la; e quando não puder obtê-la, deve buscar e utilizar todas as ajudas e vantagens da guerra; b) cada um deve consentir, se os demais também concordam, e quanto se considere necessário para a paz e a defesa de si mesmo, em renunciar ao seu direito a todas as coisas, e a satisfazer-se, em relação aos demais homens, com a mesma liberdade que for concedida com respeito a si próprio. 
Tomados conscientes dessas leis os homens celebram o contrato social, cuja a existência depende de um poder visível, que mantenha os homens dentro dos limites e os obrigues a realizar seus compromissos e à observância das leis da natureza, esse poder visível é o Estado. 
Ele chega à conclusão de que, essa comunidade deve ser preservada a qualquer custo por causa da segurança que ela dá aos homens, que mesmo que ocorra um mau governo, é melhor do que o estado de natureza.
Locke - Difere consideravelmente da teoria de Hobbes. Locke em “Segundo tratado sobre o governo civil” acredita que os homens no estado de natureza viviam em relativa harmonia e paz. Nesse momento, os homens eram dotados de razão e tinham sua propriedade. Propriedade para o autor, em uma primeira acepção, significava: vida, liberdade e bens. A segunda acepção de propriedade faz relação aos bens móveis adquiridos pelos indivíduos. 
Para o pensador a terra é um direito comum a todos, já que, foi dada por Deus e a partir do trabalho o homem a torna sua propriedade privada. Sendo esta terra sua, ele atribui um direito próprio excluindo todos os outros de possuí-la. O estado de guerra para Locke se dá a partir do 
momento em que há uma violação da propriedade privada fazendo-se necessário a criação de um contrato social. A finalidade principal do contrato era proteger a propriedade privada e preservar os direitos que cada um possuía no estado de natureza. Este acordo, para Locke, levou os homens a unirem e estabelecerem livremente o que ele vai chamar de “contrato de consentimento” diferentemente do “contrato de submissão” denominado por Hobbes.
Montesquieu - Embora contratualista, Montesquieu se opõe ao modelo de contratualismo de Hobbes. Refere-se também ao homem em “estado natural”, anterior ao estabelecimento das sociedades. Entretanto, diz que o homem sentiria, antes de tudo, sua fraqueza e estaria constantemente atemorizado. Ninguém procuraria atacar e a “paz seria a primeira lei natural”. Traçou em sua obra, “O Espírito das Leis”, leis naturais que levam o homem a escolher a vida em sociedade, quais sejam: 
1ª. O desejo de paz; 
2ª. O sentimento das necessidades, experimentado principalmente na procura de alimentos; 
3ª. Atração natural entre os sexos opostos;
4ª. Desejo de viver em sociedade, resultante da consciência que os homens têm de sua condição e de seu estado. 
Justifica que, levados por essas leis, os homens se unem em sociedade, passando a se sentir fortes, a igualdade natural havida entre eles desaparece e o estado de guerra começa, ou entre sociedades, ou entre indivíduos da mesma espécie. 
Montesquieu não chega a mencionar expressamente o contrato social, embora use a observação de que “sem um governo nenhuma sociedade poderia subsistir”, passando à apreciação das leis do governo, sem fazê-las derivar de um pacto inicial.
Rousseau - No “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” Rousseau diz que os homens no estado de natureza são amorais, não tem conhecimento do que é bom ou mau, entretanto não conseguem ver seu semelhante sofrer. Não fala como se deu o processo do estado da natureza para a sociedade civil, entretanto, afirma que o pacto social foi injusto, já que, iludidos pelo discurso de homens ambiciosos, homens grosseiros e inocentes perderam sua liberdade natural para a servidão. Ou seja, os indivíduos abriram mão da sua liberdade em troca do trabalho, da servidão e da miséria. 
No Contrato Social, Rousseau propõe condições de possibilidade de um pacto legítimo, ao mesmo tempo em que, os homens, ao abrirem mão da sua liberdade natural, não se submetam à servidão, pelo contrário, que ganhem em troca a liberdade civil. 
O corpo soberano surgido após o pacto possui condições de elaborar as leis, já que, é um agente ativo e passivo das mesmas.
 Há na concepção de Rousseau uma relação de liberdade e obediência e, ademais, uma prevalência da vontade geral sobre a particular. O corpo administrativo do Estado, seja qual for, deve ser um órgão limitado pelo povo soberano, deve ser submisso à população. 
Rousseau defende que este corpo administrativo tem que ser limitado, pois a vontade particular é um perigo para a população, visto que a vontade particular visa seus próprios interesses, logo a vontade geral tem de vigiar e combater esta. 
A representação política não deve estar no nível de uma soberania. Na verdade Rousseau deseja no lugar de uma democracia representativa, uma democracia direta aos moldes das antigas Roma e Grécia. Haveria apenas um representante que colocasse em prática as leis criadas pelo povo soberano. Rousseau não crê em um retorno ao estado de natureza, pois o ser humano já perdeu a sua bondade e a pureza, infiltrado cada vez mais dentro da sociedade moderna. 
A SOCIEDADE E SEUS ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS 
Elementos necessários para um agrupamento, que possa ser reconhecido como sociedade: 
a) Finalidade social; 
b) Manifestações de conjunto ordenadas; 
c) O poder social. 
FINALIDADE SOCIAL 
Quando se afirma que alguém ou alguma coisa tem uma finalidade a atingir, essa afirmação pressupõe uma ato de escolha, um objetivo consciente estabelecido. 
Deterministas – negam possibilidade de escolha – O homem está inevitavelmente submetido a uma série de leis naturais, sujeitas ao princípio da causalidade. Consequência mais grave do determinismo é a voluntária submissão a leis consideradas inevitáveis, não se fazendo nada para mudar, aceitando e acomodando-se. 
Para os deterministas não há um objetivo a atingir, havendo, uma sucessão natural de fatos, que o homem não pode interromper. 
Finalistas – opondo-se aos deterministas, sustentam que há uma finalidade social, livremente escolhida pelo homem. Essa finalidade deverá ser algo, um valor, um bem, que todos considerem como tal. Daí a conclusão de que finalidade social é o bem comum. 
“O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana”. 
O PODER SOCIAL 
É considerado o núcleo de todos os estudos sociais. 
Características gerais: Socialidade (o poder é um fenômeno social) e bilateralidade (o poder é sempre correlação de duas ou mais vontades). 
Anarquistas – Negam a necessidade do poder social, embora cm diferentes fundamentos e preconizando comportamentos diversos. 
ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO 
Denominação – Situação permanente de convivência e ligada à sociedade política. – 
“O príncipe” de Maquiável. 
À sociedade política dotada de certas características bem definidas. 
Estado = as sociedades políticas que, com autoridade superior, fixaram as regras de convivência.
Três posições fundamentais: 
a) O Estado, assim como a própria sociedade sempre existiu, pois desde que o homem vive sobre a terra, acha-se integrado numa organização social, dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento de todo o grupo. 
b) A Sociedade humana existiu sem o Estado durante certo período. Foi constituído para atender às necessidades ou às conveniências dos grupos sociais. 
c) O Estado à sociedade política dotada de certas características muito bem definidas.Teorias originárias: 
a) Teorias que afirmam a formação natural ou espontânea, não havendo entre elas uma coincidência quanto à causa, mas tendo em todas em comum a afirmação de que o Estado se formou naturalmente; 
b) Teorias contratuais de formação dos Estados, apesar de divergirem, a crença em que foi por vontade do homem ou da maioria deles, que levou a criação do Estado.
Teorias não contratualistas 
Origem familial – Cada família primitiva se ampliou e deu origem a um Estado; 
Origem em atos de força, de violência ou de conquista – Sustentam que a superioridade de força de um grupo social permitiu-lhe submeter um grupo mais fraco, nascendo o Estado dessa conjunção de dominantes e dominados; 
Origem em causas econômicas ou patrimoniais – O Estado teria sido formado para aproveitarem os benefícios da divisão do trabalho, integrando-se diferentes atividades profissionais, caracterizando-se assim o motivo econômico.
Heller – A posse da terra gerou o poder e a propriedade gerou o Estado. 
Marx e Engels – “A origem da família, da propriedade privada e do Estado” o Estado “é 
antes um produto da sociedade, quando ela chega a determinado grau de desenvolvimento”. 
Separação dos Estados – Ocorre quase que por meios violentos, é uma separação da parte territorial de um Estado, para constituir um novo Estado. 
O Estado que teve seu território diminuído pelo fracionamento, continua a existir e a parte desmembrada constitui um novo Estado. 
União dos Estados – por formação derivada, desaparecendo os Estados preexistentes que aderiram à união de Estados, unem-se para constituir um novo Estado.
3) O espaço político não corresponde necessariamente ao geográfico, mesmo que às vezes coincidam. Ele é fragmentado em diversos espaços de discussão, persuasão, de decisão que ora se recortam, ora se confundem, ora se opõem. 
 
4) Legitimidade do discurso político: legitimidade não é legalidade. O discurso político que tem legitimidade é aquele que não é arbitrário, mas consentido pela sociedade, então: 
 
• Poder legítimo: consentido pela sociedade 
• Poder legal: poder da lei 
• Poder ilegítimo: imposto, arbitrário. 
 
5) Para Max Weber, o poder legítimo é classificado em: 
• Tradicional (monarquias) 
• Carismático (Estadistas, como Lula, Getúlio, etc) 
• Racional (obedece as normas – pacto social) 
6) Existem dois tipos de discurso: 
• Discurso de ideias: baseado em verdades pessoais, dogmas, convicções. 
• Discurso de poder: baseado em critérios que podem ser falsos ou verdadeiros. É dito o que é possível para atrair o público e não o que é verdadeiramente pensado ou sentido.
Estado: É a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público/comum, com governo próprio e território determinado.
(Formação natural, que afirma que o Estado se formou naturalmente e não por ato voluntário; Formação contratual, afirmando que um acordo de vontades de alguns homens ou de todos que levou à criação do Estado.)
(Elementos constitutivos do Estado: Povo + Território + Soberania + Finalidade)
(Elementos integrativos do estado: Poder Político + Governo + Nação)
Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. É elemento constitutivo do estado, que representa o poder de submeter a todos que nele se encontrem e se relacionem igualmente. É o poder supremo do estado fazendo valer as suas leis, decisões, dispondo de meios para impô-las se não obedecidas. 
 
• Hobbes defende uma soberania absolulista (teoria divina / teocrática = Rei) 
• Locke e Rousseau defendem o Estado liberal, limitado pelos direitos naturais, em que os Estados salvaguardam os direitos do povo.
Fontes do Poder Soberano: 
• Teorias carismáticas ou teocráticas: direito divino (sobrenatural ou providencial) dos reis. O poder vem de Deus e se concentra na pessoa sagrada do soberano. 
• Teoria democrática: a soberania provém da vontade do povo (teoria da soberania popular) ou da nação propriamente dita (teoria da soberania nacional). Para as escolas alemã e vienense, a soberania provém do Estado, como entidade jurídica dotada de vontade própria (teoria da soberania estatal).
Território é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a validade de sua ordem jurídica. Não existe Estado sem território. É o local onde o Estado exerce seu poder soberano. 
Partes: solo, subsolo, espaço aéreo, mar territorial (12 milhas). 
Passagem inocente (trânsito): Aeronave ou navio que passa pelo espaço aéreo / marítimo onde o destino final é outro. 
Povo é um conjunto de cidadãos que possuem um vínculo jurídico com o estado (votando e sendo votado). Elemento humano que constitui o Estado.
População: conjunto de pessoas nacionais ou estrangeiras que residem no país (dados econômicos, geográficos). 
 
Nação: conjunto de pessoas que possuem um vínculo sentimental, étnico, religioso, linguístico. É identidade cultural, os costumes.
Formas de Governo antigas (Aristóteles): 
a) Puras – monarquia, aristocracia e democracia 
b) Impuras – Tirania, oligarquia e demagogia
Formas de Governo antigas (Platão): 
a) Governo de um só – Monarquia 
b) Governo do grupo – República, Aristocracia e Democracia 
Formas de Governo atuais: 
a) Monarquia: Hereditariedade, Vitaliciedade, Irresponsabilidade política do chefe de Estado (Rei), ou seja, não deve explicações ao povo ou qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa orientação política. 
- Monarquia Absolutista: poder ilimitado, poder incontestável do Rei, origem divina, poder soberano do rei, soberania teocrática. 
- Monarquia Parlamentarista: Chefe de Estado é o Rei; Chefe de Governo é o primeiro ministro (chefe do Executivo). 
 
b) República: Eletividade (eleito pelo povo) e temporariedade (por prazo determinado) 
- República Parlamentarista: responsabilidade política do chefe de governo, que vem a ser o Primeiro Ministro. 
- República Presidencialista: Irresponsabilidade política do chefe de governo. 
Maquiavel: Sustentava a existência de ciclos de governo, ou seja, o ponto de partida é um estado anárquico, inicio da vida humana em sociedade. Para se defenderem melhor os homens escolheram o mais robusto e valoroso, nomeando-o chefe e obedecendo-o. Não dando certo, mudaram as características para o mais justo e sensato, tendo esta monarquia eletiva se tornado hereditária, sendo que algum tempo depois os herdeiros começaram a degenerar, surgindo a tirania. Para coibir seus males, os que tinham mais riquezas organizaram conspirações e se 
apoderaram do governo, instaurando a aristocracia, orientada no bem comum. Contudo, os descendentes dos governantes aristocratas, despreocupados com o bem comum, passaram a utilizar o governo em proveito próprio convertendo a aristocracia em oligarquia. 
O povo não suportando mais esta situação destituiu os oligarcas e resolveu governar a si mesmo, surgindo o governo popular ou a democracia. Mas o próprio povo sofreu um processo de degeneração e cada um passou a utilizar em proveito pessoal a condição de participante no governo, gerando a anarquia e voltando-se ao estágio inicial e recomeçando-se o ciclo que já 
foi cumprido várias vezes na vida de todos os povos. Assim, a única maneira de se quebrar o ciclo, segundo Maquiavel, seria a conjugação da monarquia, da aristocracia e da democracia em um só governo.
 
Montesquieu: apontou três espécies de governo: o governo republicano, o monárquico e o despótico, tendo grande influência prática. Para ele, o governo republicano é aquele que o povo, como um todo, ou somente uma parcela do povo possui poder soberano; a monarquia é aquela em que um só governa, mas de acordo com leis fixas e estabelecidas; e no governo despótico, uma só pessoa governa sem obedecer a leis e regras, realiza tudo por sua vontade e seus caprichos. 
A tripartição das funções (ou separação dos poderes) já havia sido estudada por Aristóteles, em sua obra ‘Política’, através da qual vislumbravaa existência de três funções distintas exercidas pelo poder soberano (Legislativo, Executivo, Judiciário). Montesquieu, partindo deste pressuposto, aperfeiçoou a teoria de Aristóteles em “O Espírito das Leis” e contribuiu com o denominado SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, em que um poder controla o outro e em que cada órgão exerce as suas competências. Na atualidade não se pode admitir a divisão rígida, uma vez que os órgãos são obrigados a realizar atividades atípicas. A tripartição, portanto, é a técnica pela qual o poder é contido pelo próprio poder, um sistema de freios e 
contrapesos (...), uma garantia do povo contra o arbítrio e o despotismo”. 
A Constituição brasileira adotou o sistema de freios e contrapesos como pode ser visto, por exemplo, no art. 84 do texto fundamental, onde permite ao Chefe do Executivo elaborar Decretos. Invadindo, desta forma, a competência do Poder Legislativo, sem violá-la, uma vez que há previsão legal. 
O Sistema de Freios e Contrapesos (check and balance) garante que nenhum dos 3 poderes da união seja mais forte que o outro. E que mesmo a independência de cada um seja constitucional, pois a própria constituição determina pequenas, mas importantes intervenções de um sobre os outros. Por exemplo, nomeação de cargos no Judiciário por indicação do executivo e ainda com autorização do legislativo. 
Direito a veto ou sanção do chefe de estado sofre o legislativo (embora seja direito
do legislativo derrubá-lo) e assim por diante. Isso faz com que cada um seja independente do outro, mas que todos tenham a mesmo objetivo comum. O bem do Estado. Isso permite a harmonia e o equilíbrio. 
John Locke sistematizou os poderes em quatro funções: 
Função Executiva – compete ao Rei 
Função Federativa – declarar guerra ou celebrar a paz. 
Função legislativa – compete ao parlamento 
Função prerrogativa – O Rei tem a competência de promover o bem.

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