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TRABALHO EM GRUPO QUARTO PERÍODO

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 PROTAGONISMO INFANTIL	�
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 9
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
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INTRODUÇÃO
 Existem diferenças entre protagonismo e participação? Considerando-se as práticas sociais associadas à infância, sua institucionalização, separação do "mundo adulto", será possível promover a participação real das crianças? Estas são questões que nortearam este trabalho.
protagonismo infantil
 A origem etimológica do termo remete à palavra protagonistés que, no idioma grego, significava o ator principal de uma peça teatral, ou aquele que ocupava o lugar principal em um acontecimento (Ferreira, 2004). As restrições mais comuns em relação ao uso desse termo, no jargão sociológico, se devem a fatores de ordem política, uma vez que a utilização alternativa da palavra 'participação' parece sugerir "uma abordagem mais democrática na ação social, sem colocar em destaque um protagonista singular" (Ferretti, Zibas & Tartuce, 2004, p. 3). A palavra protagonismo está relacionada ao processo de protagonizar, onde a criança é o figurante principal, o personagem principal. É alguém que representa um papel dentro de uma trama, atuando como atores sociais, representando algo para a sociedade, ou seja, país, grupos, classes. 
 Apesar da polêmica em relação ao emprego dos termos participação e protagonismo, parece haver duas vantagens óbvias quanto à utilização preferencial da palavra participação. A primeira se refere à facilidade do emprego do vocábulo por crianças, uma vez que, em uma primeira análise, a palavra participação é um termo de uso corrente na língua portuguesa. A segunda vantagem se refere a maior facilidade para explicar o que é participação (com o significado de protagonizar) para as crianças, no contexto de programas ou campanhas que visem promover o seu envolvimento nos processos decisórios para transformações sociais.
 Os princípios da Participação e do Protagonismo Infantil ganharam grande visibilidade quando, juntamente com outros dez princípios, foram dando forma ao que os autores italianos denominaram de progettazione (sem tradução para o português). Escolheram preservar a palavra original, pois, conforme Rinaldi (2012), é difícil encontrar um termo exato para descrever os processos que se dão na cidade de Reggio Emília/Itália. Alguns escritores ingleses empregaram diversas expressões para denominar a maneira como os professores em Reggio Emília trabalham e planejam com as crianças, seus colegas docentes e pais de alunos.
 O protagonismo infantil envolve uma concepção distinta da infância e de sua participação como atores sociais. Reconhecer as crianças como atores sociais, tanto em suas próprias vidas como a escala social, exige que os reconheçamos como pessoas com direitos, indivíduos com critérios, capacidades e 
valores próprios, participantes de seu próprio processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e social. Considerar a participação principal das crianças não só implica em que possam expressar livremente opiniões, sentimentos, pensamentos e necessidades. Protagonismo significa também assumir responsabilidades, contribuir e construir conjuntamente, em tal sentido o considera como ponto de união, de encontro, não compatível com nenhuma forma de separação ou dispersão. Não é um eu protagonista, é um nós; o protagonismo, como tal, tem que ser fecundo no desenvolvimento do protagonismo dos outros	
 O discurso sobre o protagonismo infantil tem início na América Latina, alimentando-se das fontes do protagonismo popular, que agrupa diversos coletivos, que lutam por uma melhoria em suas condições de vida. Alejandro Cussiánovich, que tem refletido e acompanhando experiências de participação protagonista infantil, considera que dignidade, iniciativa, poder, excelência, reconhecimento e aceitação são conceitos associados ao exercício do protagonismo de crianças 
 O protagonismo infantil entre crianças e adolescentes, não só envolve livres expressões, pensamentos, opiniões e suas necessidades. Também devem ser levados em conta, influir nas decisões, ser envolvidos por suas famílias, escolas etc.
 Já o protagonismo compartilhado é nada mais, nada menos que os dois, professor e aluno se interagirem, produzindo juntos, e que eles sejam protagonistas e não somente a criança, sendo assim, um é protagonista e o outro como coadjuvante.
 Entretanto, os autores enfatizam que, na revisão bibliográfica realizada sobre o tema, encontraram diferentes interpretações dos termos protagonismo e participação, o que demonstra o verdadeiro caráter dos vários significados da expressão . Por ser um conceito passível de diferentes interpretações e relacionado com outros conceitos com o mesmo significado, como participação, responsabilidade social, identidade, autonomia e cidadania, a argumentação acerca da impropriedade de sua utilização perde o sentido. Afirmam que nem mesmo a distinção conceitual entre participação e protagonismo ficou clara na bibliografia que consultaram, concluindo que um autor pode se referir ao protagonismo em contextos em que outro falaria de participação, e vice-versa, havendo, ainda, casos em que as duas valores próprios, participantes de seu próprio processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e social. Considerar a participação principal das crianças não só implica em que possam expressar livremente opiniões, sentimentos, pensamentos e necessidades. Protagonismo significa também assumir responsabilidades, contribuir e construir conjuntamente, em tal sentido o considera como ponto de união, de encontro, não compatível com nenhuma forma de separação ou dispersão. Não é um eu protagonista, é um nós; o protagonismo, como tal, tem que ser fecundo no desenvolvimento do protagonismo dos outros	
 O discurso sobre o protagonismo infantil tem início na América Latina, alimentando-se das fontes do protagonismo popular, que agrupa diversos coletivos, que lutam por uma melhoria em suas condições de vida. Alejandro Cussiánovich, que tem refletido e acompanhando experiências de participação protagonista infantil, considera que dignidade, iniciativa, poder, excelência, reconhecimento e aceitação são conceitos associados ao exercício do protagonismo de crianças 
 O protagonismo infantil entre crianças e adolescentes, não só envolve livres expressões, pensamentos, opiniões e suas necessidades. Também devem ser levados em conta, influir nas decisões, ser envolvidos por suas famílias, escolas etc.
 Já o protagonismo compartilhado é nada mais, nada menos que os dois, professor e aluno se interagirem, produzindo juntos, e que eles sejam protagonistas e não somente a criança, sendo assim, um é protagonista e o outro como coadjuvante.
 Entretanto, os autores enfatizam que, na revisão bibliográfica realizada sobre o tema, encontraram diferentes interpretações dos termos protagonismo e participação, o que demonstra o verdadeiro caráter polissêmico da expressão. Por ser um conceito passível de diferentes interpretações e imbricado com outros conceitos igualmente polissêmicos, como participação, responsabilidade social, identidade, autonomia e cidadania, a argumentação acerca da impropriedade de sua utilização perde o sentido. Afirmam que nem mesmo a distinção conceitual entre participação e protagonismo ficou clara na bibliografia que consultaram, concluindo que um autor pode sereferir ao protagonismo em contextos em que outro falaria de participação, e vice-versa, havendo, ainda, casos em que as duas significado do objeto. Portanto, uma forma muito comum do professor promover o protagonismo infantil na sala de aula é por meio de jogos e brincadeiras. Essas brincadeiras contribuem para o desenvolvimento da criança, pois separam objeto de significado e impulsionam o alargamento da zona de desenvolvimento proximal. 
O ambiente escolar deve ser um lugar que acolha o indivíduo e o grupo, que propicie a ação e a reflexão. Uma escola ou uma creche é antes de mais nada, um sistema de relações em que as crianças e os adultos não são apenas formalmente apresentados a organizações, que são uma forma da nossa cultura, mas também a possibilidade de criar uma cultura. [...] É essencial criar uma escola ou creche em que todos os integrantes sintam-se acolhidos, um lugar que abra espaço às relações. (RINALDI, 2002, p. 77)
 Assumindo que se deseja promover a participação infantil e considerando a complexidade dos possíveis arranjos de tarefas, decisões, níveis de abstração e estado desenvolvimento mental necessários para a tomada de decisões, avaliação de consequências, exercício de competências técnicas, suprimento de necessidades econômicas, atendimento a aspectos jurídicos, entre tantos outros que poderiam ser levantados, a configuração mais provável é que haja diferentes arranjos complexos em relação à partilha de responsabilidades, compromissos e, consequentemente, o desempenho de diferentes tarefas entre crianças e adultos.
 Diferente de muitos trabalhos dos quais temos conhecimento, as crianças, nas escolas de Reggio, se comportam como protagonistas nos projetos desenvolvidos; elas não são “atores” nos trabalhos desenvolvidos mas, sim, autores. A criança, em Reggio, é vista como competente forte e rica – uma criança produtora e não apenas usuária de cultura. Essa postura ratifica e ideia de educação da infância e não educação pela infância, porque não é o adulto que faz para a criança. 
No trabalho dos professores de Reggio destaca – se, dentre outras coisas, o poder da observação como uma postura de valorização dada à criança, de validar sua curiosidade e de estimular nela o desejo de conhecer o mundo que a rodeia. Entende – se que a mais importante capacidade humana é a de imaginar, é isso, na proposta desenvolvida em Reggio, existe em abundancia. Lá, o elemento criativo é imenso a começar pelas salas de aula, que foram substituídas por grandes ateliês, ricos em objetos diversificados, que aguçam o processo criativo e aumentam as experiências das crianças. O papel do professor como o atelierista, no processo de construção e levantamento de hipóteses do pensar sobre algo é criar possibilidades de concretizar as fantasias infantis. Em Reggio, os professores se utilizam dessas fantasias, encorajando as crianças a discutirem as possibilidades de realização de novos experimentos. Com isso o professor aproveita as explicações e falas dos alunos como objeto de estudo do potencial infantil, para cultivar e promover o processo criativo, apontar a importância do respeito as ideias do outro e entender que as crianças criam verdadeiramente teorias a partir de suas observações. Dessa forma, a liberdade de poder manifestar suas ideias as leva a se expressarem de maneira extremamente poética. 
 A finalidade deste projeto educacional [...] é produzir uma criança reintegrada, capaz de construir seus próprios poderes de pensamento através de uma síntese de todas as linguagens expressivas, comunicativas e cognitivas. Contudo, a criança reintegrada não é um investigador solitário. Ao contrario, os sentidos e a mente da criança precisam da ajuda de outros para perceberem a ordem e a mudança e descobrirem os significados das novas relações. A criança é um protagonista. (EDWARDS e FORMAN,1999, p. 303)
 A participação é um dos eixos fundamentais para promover o protagonismo da infância. Desde o paradigma do protagonismo infantil, fala-se na participação que reconhece a infância em sua capacidade e possibilidade de perceber, interpretar, analisar, questionar, propor e agir em seu ambiente social, comunitário e familiar.
 Uma abordagem sociocultural construtivista nos permite, assim, compreender o próprio desenvolvimento do conceito de infância no contexto das sociedades e valorizar a capacidade das crianças em participar dos processos decisórios. É necessário, pois, refletir de forma mais profunda em como a adoção dos critérios de infância poderá promover maior aproximação entre crianças e adultos e suas formas de compartilhar projetos, responsabilidades e compromissos. Superar a concepção da incapacidade e da incompletude será fundamental aspecto para que a participação infantil se torne uma realidade social.
 Desta forma, compreender a criança protagonista remete-nos a entendê-la como sujeito ativo e produtora de cultura. A Educação Infantil é um espaço de criação das culturas infantis, a criança é protagonista nesse sistema de relações e trocas com os demais sujeitos, que as possibilita viver experiências ricas e diversificadas em interação com a realidade social, cultural e natural.
considerações finais
 Assim é importante promover o protagonismo desde cedo é a leitura ou a contagem de histórias. A leitura e a escuta estão totalmente ligadas e permite uma viagem a outro mundo, promovendo a invenção de outras realidades onde as crianças embarcam no faz de conta. Esta brincadeira contribui para o desenvolvimento da capacidade de representar simbolicamente a realidade. Já que no protagonismo infantil a criança é um ator, vemos ainda mais sentido em utilizar deste meio para incentivar o aprendizado. 
Concluímos então que ambos são os meios de promover o protagonismo infantil, modificamos apenas alguns desses meios de acordo com a fase de desenvolvimento em que a criança se encontra.
REFERÊNCIAS
A participação infantil na visão de Manoel Sarmento, Natália Soares e Catarina Tomás.Disponível em Http://ipfp.pt/cdrom/C%EDrculos%20de%20Discuss%E3o%20Tem%E1tica/02.%20Inf%E2ncia/msarmentonsoaresctomasiminho.pdf acesso em 29/10/2015
EDWARDS, Carolyn, FORMAN, George. Para onde vamos agora? In: EDWARDS, C.; FORMAN, G. As cem linguagens da Criança. A abordagem de Régia Emilia na Educação da primeira Infância. Por Alegre: Artmed, 1999
FERRETTI, C. J., ZIBAS, D. M. L., & TARTUCE, G. L. B. P. Protagonismo juvenil na literatura especializada e na reforma do ensino médio. (2004)Cadernos de Pesquisa, 34, 411-423 . (2004)
RINALDI, Carlina. Reggio Emilia: a imagem da criança e o ambiente em que ela vive como princípio fundamental. In: GANDINI, Lella; EDWARDS, Carolyn (Org.). Bambini: a abordagem italiana à educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
Vídeo: Gabriel Junqueira Filho fala sobre o protagonismo compartilhado. 
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=45fug0nE7j0. acesso em 29/10/2015
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
alice maria diniz das graças 
ana carolina de souza
Miryanne Camilla da Silva Alves
Nubia Cristina do Nascimento Araujo
Rachel Souza dos Santos
Rosilene Soares Jorge
protagonismo infantil
Ribeirão das Neves
2015
alice maria diniz das graças 
ana carolina de souza
Miryanne Camilla da Silva Alves
Nubia Cristina do Nascimento Araujo
Rachel Souza dos Santos
Rosilene Soares Jorge
protagonismo infantil
Trabalho de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Organização e Didática na Educação Infantil; Arte, Educaçãoe Música; Ludicidade e Educação: Prática Pedagógica Interdisciplinar: .Infância e suas Linguagens; Seminário Interdisciplinar IV.
Orientador: Prof. Edilaine Vagula, Tatiane Jardim, Marlizete Bonafini Steinie, Rosely Montagnini, Raquel Corrêa Lemos.
Ribeirão das Neves
2015

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