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QUESTOES DE PENAL AV3

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POSSÍVEIS QUESTÕES DE PENAL I
João atira em determinada pessoas, mas erra o alvo, atingindo apenas outra que vem a falecer. Como deve ser responsabilizado?
R: Deve ser responsabilizado por erro de execução, uma vez que tem a intenção de matar quando por erro ou por acidente no uso dos meios de execução, mesmo que venha não atingir a pessoa pretendida e atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela.
Daniel e Ivo, na intenção de efetuar o sequestro de um rico empresário, conseguem que Heitor empreste-lhes uma pequena casa localizada no interior do Estado para servir de cativeiro, sendo que o mesmo sabia da pretensão dos amigos. Daniel, sem o conhecimento de Ivo, mata o refém. Assim, analisando o concurso de pessoas, defina responsabilidade penal de Heitor, Daniel e Ivo.
R: Heitor – partícipe do crime de sequestro. Daniel - co-autor do sequestro e autor do homicídio. Ivo - co-autor do sequestro.
Heitor é classificado como partícipe do crime de sequestro, pois sua atividade é acessória, ou seja, que contribui de qualquer modo para determinada infração penal, sem praticar elementos do tipo.
Daniel é co-autor do crime de sequestro já que agiu conjuntamente com Ivo na determinada pratica, também responderá como autor do crime de homicídio qualificado dado que Ivo não sabia das suas intenções e não participou da execução do ato e não previu que tal consequência poderá ocorrer.
Ivo é co-autor do crime de sequestro conjuntamente com Daniel e responderá pela pratica determinada.
Daniel sendo agredido por um louco, poderá reagir em legítima defesa?
R: Como Daniel poderia saber que tal pessoa é louca, se não o conhece? Então sim, pois a legítima defesa é uma repulsa a agressão injusta atual ou eminente, desde que se utilize moderadamente dos meios necessários.
Daniel, após a agressão terminada, fosse atras do louco e o acertasse com algumas pauladas, haveria legítima defesa?
R: Não, seria uma agressão injusta, uma vez que Daniel ciente do que se trata de uma pessoa mentalmente debilitada e Ainda assim tem a intenção de agredir, típica e ilícita, não haverá descriminante e por outro lado o mesmo estará presente e sem culpabilidade.
Uma empresa de produtos químicos é autuada em flagrante por despejar num rio lixo tóxico sem devido tratamento, configurando crime. Porém a empresa, foi condenada criminalmente pelo delito, está correta a decisão? Uma pessoa jurídica pode responder criminalmente?
R: É divergente, pois embora a lei permita a responsabilidade penal da PJ só em crime ambiental, há entendimento que viola o atual modelo de ato penal, pois não há ação final, dolo, culpa ou culpabilidade.
Corrija a seguinte frase, apontando seus erros e justificando a correção: “a coação moral” como causa excludente da tipicidade, ocasiona sempre a absolvição do coato, só sendo punível o co-autor”.
R: “ a coação moral irresistível, como causa de excludente de culpabilidade, ocasiona sempre a absolvição do coato, só sendo punível o co-autor”. 
A coação moral pode ser resistível ou irresistível, quando é irresistível exclui a culpabilidade em relação ao coato, nesse caso a conduta do coato o crime subsiste. 
Caso concreto CORRIGIDO – Policiais militares ingressaram num coletivo que ia do município de Salgueiro para o município Arcoverde. ... Dos fatos, Cleosvaldo restou denunciado em processo-crime pela pratica do delito d tráfico de drogas. A partir dos estudos realizados sobre a teoria do erro, responda às questões formuladas.
A) Identifique as espécies de erro, responda de forma objetiva e fundamentada.
R: Erro de tipo essencial, acidental e de proibição.
Essencial recai sobre elementares ou circunstâncias do tipo, sem as quais o crime não existiria. Falsa percepção da realidade faz com que o agente desconheça a natureza criminosa do fato. Pode ser invencível ou vencível.
Acidental recai sobre circunstâncias acessórias, secundárias da figura típica. Incide sobre elementos acidentais do delito ou sobre a conduta de sua execução. O agente atua a consciência do fato, errando a respeito d um dado não essencial de delito ou quanto a maneira de execução.
Tendo suas espécies erro sobre o objeto, sobre a pessoa, na execução r resultado diverso de pretendido.
E de proibição recai sobre a possibilidade do agente compreender a ilicitude do fato. Se for invencível afasta a culpabilidade e se for vencível o agente responde criminalmente mas com uma diminuição de pena.
B) Qual teve defensiva a ser apresentada por Cleosvaldo?
R: Na questão, houve erro do tipo essencial invencível, o que afasta o dolo e a culpa, afastando a tipicidade.
Cleomar e Ricardo acordaram previamente a pratica de um roubo contra um taxista. ... e a vítima entregou a carteira com dinheiro e documentos pessoais a Ricardo, que saiu correndo e Cleomar permaneceu no veículo por mais alguns instantes, ferindo gravem ele a vítima, a qual veio a falecer. ... De acordo com a legislação penal vigente, a partir dos estudos realizados sobre o tema ‘concurso de oessoas’, identifique a responsabilidade jurídico penal dos agentes, as teorias adotadas e os respectivos dispositivos legais.
R: De acordo com o nexo de causalidade, iguala-se as causas do crime uma vez que, os culpados acordaram previamente em praticá-los, porém Ricardo, comprovado que apenas desejou participar do roubo, mas sendo previsível o resultado, será condenado na pena de roubo na forma simples, a qual poderá sua pena ser aumentada até a metade.
Segundo nossos estudos sobre dolo e culpa, disserte sobre o dolo, apontando e explicando seus elementos constitutivos, em qual elemento do crime ele se encontra, segundo a escola finalista adotada no brasil.
R: Dolo é a consciência e vontade de realizar o fato típico. Seus elementos são cognitivos e vocativos e se encontra no fato típico.
Em fevereiro de 2007, entrou em vigor uma lei que criminaliza o inadiplemento d pagamento de cartões de crédito. ... Tendo o juiz recebido denúncia oferecida pelo MP, o que pode ser alegado em defesa de Aline, considerando os princípios gerais do direito penal.
R: A lei viola o princípio da subsidiariedade, em razão da última ratio do direito penal que pode ser solucionado por outras áreas do direito.

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