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CONTABILIDADE BÁSICA

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1 
 
CONTABILIDADE BÁSICA 
AULA 1 – CONCEITOS DE CONTABILIDADE 
 
INTRODUÇÃO: 
Pode-se afirmar que a Ciência Contábil surgiu juntamente com o homem, pois desde os 
primórdios da vida humana os indivíduos sentem necessidade de controlar, de alguma forma, o seu patrimônio. Necessitam mensurar, ou seja, medir o quanto ganham, quanto o patrimônio aumenta e o destino dos seus bens. A evolução da Contabilidade como ciência ocorreu com o florescimento do comércio. Nessa época, o controle do patrimônio tornou -se essencial. Surgiram as primeiras formas realmente organizadas de empresa e era preciso, mais do que nunca, controlar o que acontecia com estas entidades. 
Analisaremos nesta aula como a Ciência da Contabilidade passou a mensurar, controlar, 
estudar e verificar o patrimônio das entidades, visando fornecer informações sobre a situação da empresa a todos os interessados ― proprietário, funcionários e fornecedores. Vamos estudar também o conceito de Contabilidade, seu objeto de estudo, finalidade e as situações em que pode ser aplicada. 
 
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NO MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS? 
É o método considerado, até hoje, como base para a Contabilidade, que afirma que toda a origem de capital deverá ter sempre uma aplicação de igual valor. 
Com o surgimento do método e as demais publicações do frei Luca Pacioli –pai da 
Contabilidade — a Ciência Contábil saiu da forma rudimentar e passou a outras formas mais organizadas como a anotação em livros, depois o emprego de meios mecânicos e, nos dias de hoje, a utilização de sistemas contábeis informatizados. 
Como vimos até aqui, após a divulgação do método das partidas dobradas, a contabilidade se desenvolveu como ciência e ganhou cada vez mais espaço. 
O vídeo a seguir mostra o funcionamento do método, de forma clara, possibilitando o maior entendimento. 
 
Você notou que o vídeo esclarece que neste método todo débito corresponde a um crédito com valor igual ao do débito e vice-versa, isto é, para cada crédito deverá haver um débito de valor igual ao do crédito? 
Essa regra tem como base a natureza das contas de Ativo e Passivo. 
E o que seria Ativo e Passivo? 
Com base no que foi visto até o momento, qual das quatro fórmulas de escrituração, 
fundamentada no método das partidas dobradas, você considera como mais comum e 
utilizada em contabilidade? 
 1) Um débito e vários créditos 
 2) Vários débitos e um crédito 
 3) Um débito para cada crédito 
 4) Vários débitos e vários créditos 
 5) Todas as alternativas 
1) Ainda que seja uma das quatro fórmulas de escrituração, esta opção não é a mais comum. 
2) Essa fórmula foi aprovada no Congresso de Contabilidade de 1924, mas não é a mais 
Comum
3) Opção correta! Essa é a fórmula mais comum e a que melhor explica o conceito do método: 
“a todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa”. 
4) Também é uma opção correta, mas não é a mais comum. 
5) Essa não é válida, pois apenas a opção “Um débito para cada crédito” atende ao que estava 
5) Essa não é válida, pois apenas a opção “Um débito para cada crédito” atende ao que estava 
5) Essa não é válida, pois apenas a opção “Um débito para cada crédito” atende ao que estava 
5) Essa não é válida, pois apenas a opção “Um débito para cada crédito” atende ao que estava sendo pedido.
Por que o contador antigamente era conhecido como guarda-livros? 
“Há muito tempo, em uma terra não muito distante, os contadores eram chamados de 
‘guarda-livros’. A origem desse estranho nome era proveniente da sua principal função que, 
até então, era a de escriturar e manter em boa ordem os livros mercantis das empresas 
comerciais”. 
 A contabilidade passou a se desenvolver a partir da necessidade de tornar a área contábil mais compreensível e dinâmica. 
No Brasil, por exemplo, a construção da contabilidade vem evoluindo desde o surgimento das escolas de contabilidade e das regulamentações contábeis.
Vamos acompanhar como aconteceu esta evolução? 
1808 
Você sabia que nesse ano o Brasil deu os seus primeiros passos para a organização contábil? 
O alvará publicado na época dizia que os contadores deveriam usar obrigatoriamente as 
partidas dobradas como método de escrituração. 
ATIVO 
Dinheiro na carteira 110,00 
Dinheiro no banco 							 1.100,00 
Salário a receber 							 5.000,00 
Valor do automóvel 						 20.000,00 
Valor da residência 							 80.000,00 
 
PASSIVO 
Lojas americanas 						 400,00 
Plano de saúde 							 430,00 
Faculdade 								 1.200,00 
Mercado 								 500,00
Cartão de crédito 							 650,00 
Patrimônio líquido 103.030,00
1850 
Em 25 de junho de 1850, o Imperador Pedro II promulgou o primeiro Código Comercial 
Brasileiro. Essa promulgação tornou obrigatória a escrituração contábil, além da elaboração anual do balanço. 
 
1880 
Nesse ano, a escola politécnica do rio de janeiro passou a oferecer as primeiras disciplinas de direito administrativo e contabilidade. 
 
1902 
Porém, somente após doze anos do oferecimento das disciplinas direito administrativo e 
Contabilidade pela escola politécnica do rio de janeiro que surgiu a escola de comercio Álvares Penteado. 
Essa escola, três anos depois, passou a ter o reconhecimento do curso de guarda-livros e 
também de perito-contador. 
 
1946 
A USP criou nesse ano a Faculdade de Ciências Contábeis, que coincide com a criação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). (O conselho criado pelo decreto-lei nº 9295/43 é o órgão que orienta, fiscaliza e normatiza a profissão contábil no brasil através dos conselhos regionais de contabilidade (CRCs) 
1964 
Em 1964, houve a promulgação da Lei nº 4.230 que instituiu as principais normas para a elaboração e controle de orçamento da União, Estados, Municípios e Distrito Federal. 
 
1976 
Esse ano é marcado por um grande acontecimento para Contabilidade no Brasil: a criação da Lei nº 6.404 ou Lei das Sociedades por Ações. Em 1976 também houve a Criação da Comissão de Valores Mobiliários (CMV). (Responsável pela disciplina e funcionamento do mercado de valores mobiliários no Brasil.) 
 
2007
Nesse ano ocorreu uma revolução na Contabilidade através da promulgação da Lei nº 11.638, que alterou diversos dispositivos da Lei das Sociedades Anônimas e aproximou a Contabilidade brasileira do modelo que vem sendo adotando mundialmente.
 
A partir daí o Brasil passou a utilizar os princípios das IFRS (Trata-se de um conjunto de pronunciamentos contábeis que trazem normas internacionais de contabilidade adotadas no sistema brasileiro.) Visando a melhor apresentação e compreensão das normas e demonstrações contábeis. 
 
Mas afinal, o que é Contabilidade? 
Definida como a ciência responsável pelo estudo dos fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, a Contabilidade é a responsável, portanto, pelo registro, classificação e demonstração dos fatos ocorridos no patrimônio das entidades, através da escrituração contábil (técnica que consiste em registrar de forma ordenada tudo o que ocorre nas empresas.). 
A Contabilidade também fornece informações para a análise e interpretação dos fatos obtidos mediante a escrituração contábil, e possibilita que sejam evidenciadas, ou seja, que sejam conhecidas as variações através dos períodos em que houve alteração no patrimônio. 
No que diz respeito ao patrimônio das entidades, pode-se dizer que a Contabilidade atua em três campos: 
 
ECONOMICO
 
Imagine a seguinte situação: 
Uma empresa que compra sempre à vista e realiza suas vendas sempre a prazo acabapor ter sua operação de geração de capital: 
 Prejudicada, pois não consegue gerar capital em função de vendas a prazo e pagamentos à 
(x) Prejudicada, pois não consegue gerar capital em função de vendas a prazo e pagamentos à vista; 
(x) Favorecida, pois não parcela, nem cria dívidas em cima das suas compras.
 Favorecida, pois não parcela, nem cria dívidas em cima das suas compras. 
Toda vez que uma entidade apura o seu resultado do exercício, ela faz um resumo de sua situação econômica, e isso não necessariamente reflete em uma boa situação patrimonial. 
FINANCEIRO 
Acredite: 
 
Mesmo que uma entidade tenha prejuízo, ou seja, acabe vendendo por menos do que 
comprou, ela pode ter dinheiro em caixa suficiente, oriundo de outras operações bem 
sucedidas, para pagar suas contas. 
PATRIMONIAL 
Estes três elementos representam a entidade como um todo, ou seja, o que ela tem como 
patrimônio. 
O patrimônio é a garantia de todo o desenvolvimento e até mesmo da continuidade da 
entidade. 
BENS - Você pode entender por bens todas aquelas coisas que são capazes de atender às necessidades das pessoas físicas ou jurídicas e que podem ser mensuradas, ou seja, têm valor econômico.
DIREITOS - Direitos podem ser entendidos como os valores que determinada entidade tem a receber de terceiros.
O exemplo mais comum neste grupo são os clientes, que são indivíduos para quem a empresa vendeu, garantindo, assim, no futuro, o direito de receber o pagamento.
OBRIGAÇÕES - As obrigações, ou passivos exigíveis, são dívidas que a empresa assumiu com terceiros, ou seja, com pessoas alheias à entidade. 
Notou que a palavra chave na contabilidade é: patrimônio? 
Na verdade, o campo de estudo principal da contabilidade é o patrimônio, que pode ser uma pessoa física – por exemplo, você mesmo – ou pessoa jurídica – entidade que pode ser formada por uma ou mais pessoas. 
Pessoa física 
Considera-se pessoa física toda pessoa natural que é registrada em cartório e que possui bens, direitos e obrigações junto ao Estado. 
A pessoa física responde individualmente por seus atos e só terá fim quando decretada a sua morte. 
Pessoa jurídica 
Trata-se da composição de uma ou mais pessoas físicas, por meio de um contrato que deverá ser registrado em cartório, na Receita Federal ou junta comercial
Mas se a pessoa jurídica é formada por uma ou mais pessoas físicas, por que devemos 
considerar que entidade é igual à pessoa jurídica?
Na verdade os responsáveis pela pessoa jurídica são as pessoas físicas que a formaram e seu término será dado por um acordo entre estas pessoas ou por decisão judicial.
No caso de constituição por pessoa física, os dois tipos mais comuns são as sociedades 
limitadas e as sociedades anônimas, sendo que para as limitadas o documento de nascimento é o Contrato Social e para as anônimas é o Estatuto Social. 
 
E quanto ao patrimônio líquido, qual é a sua funcionalidade?
Patrimônio líquido nada mais é do que a soma de tudo o que a empresa tem (bens), tudo o que ela tem para receber (direitos) menos as suas obrigações. Desta forma, o que sobra no caso de liquidação de dívidas é o que realmente é da propriedade.
Para entender melhor, voltemos ao que já foi dito sobre Ativo e Passivo. 
 
Questão:
Sócio de uma empresa de sapatos, você se tornou o responsável direto na parte de 
escrituração contábil e percebeu que este ano o total do Ativo foi R$35.000,00 e o do Passivo foi R$70.000,00. 
(x) A sua empresa teve um ano produtivo com patrimônio líquido de R$35.000,00.
(x) A conta para saber o valor do patrimônio líquido do ano é R$70.000,00 – R$35.000,00 = 
(x) A conta para saber o valor do patrimônio líquido do ano é R$70.000,00 – R$35.000,00 = R$35.000,00.
(x) Na verdade a empresa fechou com o patrimônio líquido negativo ou passivo a descoberto, uma vez que o passivo é R$35.000,00 a mais que o ativo.
Opção certa. Sendo o valor do passivo maior do que o valor do ativo, a empresa fechou com o patrimônio líquido negativo ou passivo a descoberto. 
Você já ouviu falar em contrato social e estatuto social?
 
ESTATUTO SOCIAL 
O Estatuto Social é o documento pelo qual são constituídas as sociedades anônimas. 
No caso destas sociedades, é feita uma assembleia que deverá representar, no mínimo, 
metade do capital social, ou seja, o capital da empresa.
•Nome; 
•Prazo de duração; 
•Localização da empresa; 
•Objeto social (ou seja, o que ela terá como atividade); 
•Seu capital social; e 
•Outros dados primordiais para o nascimento da entidade
•Nome; 
•Prazo de duração; 
•Localização da empresa; 
•Objeto social (ou seja, o que ela terá como atividade); 
•Seu capital social; e 
•Outros dados primordiais para o nascimento da entidade
Nome;
Prazo de duração;
Localização da empresa;
Objeto social (ou seja, o que ele terá como atividade);
Seu capital social; e
Outros dados primordiais para o nascimento da entidade.
CONTRATO SOCIAL 
O Contrato Social é o documento de nascimento de uma entidade com fins lucrativos e não anônima.
Este documento não pode conter nenhum tipo de emendas, rasuras ou qualquer tipo de entrelinha. Além disso, o documento deverá designar o objeto da sociedade e o nome desta.
É possível que você esteja se perguntando... 
... já que o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades, onde eu, profissional da área de Contabilidade, posso atuar? 
Atualmente há uma lista ampla e bem diversificada de áreas em que você poderá atuar. 
Vamos ver alguns exemplos: 
Contador: É a forma independente que assume a contabilidade. Atualmente, o profissional que deseja trabalhar nesta área precisa fazer o exame de suficiência do CRC e obter o registro junto ao órgão para exercer a profissão. Um profissional que deseja atuar como contador pode ter seu próprio escritório, desenvolvendo funções generalistas com relação a uma empresa. 
 O contador pode ser também analista ou assistente, atuando na área tributária, de custos, gerencial, de controladoria, entre outras.
Perito Contábil: A profissão de perito contábil é prerrogativa exclusiva do contador, ou seja, somente o bacharel em Ciências Contábeis, devidamente habilitado (com CRC), poderá atuar nesta área. 
Este profissional atua com a indicação de juízes ou partes envolvidas em processos e é 
responsável pela elaboração de laudos que serão utilizados para a tomada de decisão 
judicial, em casos de dissolução de entidades, pensão alimentícia, recálculo de encargos 
financeiros com Sistema Financeiro Habitacional, com bancos em geral, entre outros. 
Controller: É aquele profissional que atuará como gestor de uma determinada entidade, trabalhando para fazer a gestão de forma eficaz
Tributarista: Levando-se em conta a complexidade do sistema tributário brasileiro, esta é uma área que possui uma vasta demanda de profissionais. 
O contador pode trabalhar de forma independente, ou seja, oferecendo consultoria nesta área, ou atuar dentro de uma empresa, planejando quais as melhores formas de tributação para aquela entidade. 
A figura do leão faz referência a uma das mais famosas tributações: o imposto de renda.
Auditor: Assim como o perito contábil, somente o profissional formado em Ciências Contábeis, devidamente habilitado, poderá atuar como auditor. Este profissional é responsável por analisar as demonstrações contábeis, bem como trabalhar para que os controles internos sejam respeitados e para que isso seja feito de forma eficiente
Lembrando que a auditoria está dividida em duas modalidades:
Auditoria Interna: Que é aquela realizada dentro das entidades para a verificação dos procedimentos internos;
Auditoria Externa: É aquela normalmente requerida por uma sociedade anônima para a verificação da veracidade de suas demonstrações contábeis.
Contador Público: É aquele profissional que prestou concurso e trabalha na área pública. As entidades públicas por possuírem patrimôniotambém são objeto da Contabilidade
Pesquisador e Professor: Assim como em todas as profissões, o profissional graduado em Ciências Contábeis poderá atuar na área da docência ou pesquisa
Mas, se você não se encaixou em nenhum desses perfis, não se desespere. Além das áreas citadas, existem outras possibilidades de atuação para o profissional contábil. 
Porém, antes de escolher a área que se deseja atuar, é muito importante entender que o objetivo da Contabilidade é fornecer informações sobre a composição do patrimônio e como funcionam as suas variações. A partir daí, é possível pensar na área que se quer seguir. Outro ponto que pode ajudar na decisão da carreira a seguir é o pensamento voltado para as finalidades da Contabilidade, pois, atualmente, a sua principal função é o planejamento que serve de base para a análise de situações futuras e o controle do que acontece com as instituições. 
Você consegue imaginar quem são os possíveis usuários da contabilidade? Qual o 
interesse destes na informação contábil? 
Os usuários da contabilidade são divididos em dois tipos:
Agentes Internos: Os agentes internos podem ser apresentados aos usuários que têm algum tipo de relação direta com a entidade e que, por consequência, têm facilidade de acesso às informações contábeis.
 Os interessados e seus respectivos interesses são:
Gerente: utilizam a informação para tomar decisões;
Funcionários: utilizam as informações da empresa para saber se receberão ou não seus salários, férias e benefícios, quando definidos na política da empresa.
 
Agentes Externos: Os agentes externos são aqueles que não possuem uma relação direta com a entidade, mas que, mesmo assim, mantém algum tipo de relacionamento com esta.
Bancos: Utilizam a informação contábil para a concessão ou não de financiamentos, empréstimos e créditos em geral.
Concorrentes: Utilizam a formação para tornarem-se competitivos nos mercados cada vez mais acirrados. 
Governo: É o principal interessado, pois está sempre buscando informações relativas às despesas e receitas. São elas que geram o resultado para atingir o objetivo do governo: a tributação das entidades.
Fornecedores: Seu principal interesse é a capacidade de pagamento das entidades, ou seja, querem saber se poderão continuar ou não vendendo a prazo e se vão continuar recebendo.
Clientes: Apesar de não ser uma informação percebida diretamente da Contabilidade, os clientes têm interesses ligados aos prazos de recebimento de suas compras, ao tipo de atendimento e querem detalhes de como podem fazer a devolução de um produto, por exemplo.
Investidores: No caso das sociedades de capital aberto, o principal interesse é o desempenho das entidades em que investem, para saber se podem manter seu dinheiro nelas. No caso de investidores que ainda não investiram, o maior interesse é saber se vale a pena investir seu dinheiro e deixá-lo aplicado em determinada entidade, o que ela trará de retorno e como estão as perspectivas dessa entidade para o futuro.
Você já parou para pensar como seria se cada um fizesse as coisas do jeito que quisesse? Se não houvesse normas para executar cada tarefa? E na Contabilidade? Como seria se cada um fizesse o registro das informações contábeis do jeito que quisesse?
 Se cada um decidisse o que deveria ou não registrar? 
 
Para que haja uma padronização, é preciso que existam órgãos responsáveis pela 
normatização contábil. No Brasil as normatizações são de responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários (Responsável pela padronização do mercado de valores mobiliários nacional. CVM) e do Conselho Federal de Contabilidade (Órgão responsável pela emissão de normas profissionais contábeis e normas técnicas que servem para regulamentar os procedimentos contábeis. CFC)
A resolução de nº 750/93, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade, definiu alguns princípios contábeis com o intuito de padronizar a Contabilidade.
Alguns autores dividem os princípios contábeis em três categorias: 
Postulados: Conhecido como “Pilares da Contabilidade”, os Postulados são considerados a base da teoria contábil e se divide em Postulados Entidade e Postulados da Continuidade, onde o primeiro estabelece o patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade e o segundo prevê que o processo contábil deve ser considerado sem prazo estimado de duração.
Princípios: É a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos 
Profissionais, com o intuito de normatizar os lançamentos e relatórios, para um melhor 
controle do patrimônio da entidade. 
No Brasil, os princípios contábeis são os estabelecidos pela Resolução CFC 750/93. 
Tais princípios servem como padrões a serem seguidos na contabilização dos fatos contábeis.
Convenções Contábeis: Conceitos que servem como um guia para o profissional da área contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como: objetividade, conservadorismo, materialidade e evidenciação. 
ATENÇÃO 
 
O mais comum é a utilização da padronização com base na Resolução nº 750/93, 
atualizada pela Resolução nº 1.282/10, sem a separação por categorias. 
 
Chegamos ao fim da primeira aula. 
 
Nela foi possível ver a evolução da Contabilidade e sua normatização, explicando, 
minuciosamente, que suas regras e procedimentos devem ser respeitados para que haja uma padronização e, com isso, melhorarmos o entendimento de forma geral.

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