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ONDAS CURTAS (OC): MAGNETISMO: Tales de Mileto – Magnesia (Ásia Menor) – pedra de cor preta: magnetita (imã natural). Daí deriva o nome da propriedade “magnetismo” Uma corrente elétrica gera sempre um campo magnético à sua volta Diatermia: Aquecimento por meio de Conceito de Ondas Curtas: Forma de corrente alternada de alta freqüência (27,12 MHz), com comprimento de onda eletromagnética de 11,062 metros, onde a polaridade muda de posição tão rapidamente que não chega a estimular nervos motores podendo, contudo, transformar-se em energia térmica nos tecidos. • As ondas de rádio com comprimento de onda curtos ficam entre as microondas e as ondas de rádio de comprimento médio no espectro eletromagnético • A diatermia terapêutica usa a faixa de 27,12 MHz, com comprimento de onda de 11 metros (as outras freqüências são usadas na área de telecomunicação) • Na verdade foram usadas três bandas de alta freqüência para uso médico e as ondas curtas fazem uso de uma dessas três freqüências. • Uma corrente elétrica alternada iniciará a produção de um campo magnético o que levará a produção de uma corrente elétrica • Durante a aplicação de OC o paciente torna-se parte do circuito elétrico através do uso de eletrodos • Isso faz com que as moléculas do corpo vibrem o que gera calor Produção de Calor nos Tecidos: • Vibração dos íons • Os tecidos contem vários íons, que são os transportadores de carga quando uma corrente flui pelos tecidos. Na freqüência de 27,12 do OC esses íons oscilam muito rápido levando a um aquecimento dos tecidos. • Rotação de Dipolos: • Os tecidos são compostos em grande parte por água e esta possui um comportamento polar, sendo chamadas de dipolos por possuírem cargas positivas e negativas. Quando se aplica a essas moléculas polares uma energia em alta freqüência elas tendem a rodar para um lado e para o outro, essa energia rotacional gera calor Produção de Calor nos Tecidos: • Distorção Molecular: • As moléculas que não tem carga também podem ser afetadas pelo campo elétrico de alta freqüência pois seus elétrons que estão em órbita são distorcidos, ou seja a medida que o campo elétrico muda de direção um lado se torna mais positivo e outro mais negativo de modo que a posição da “nuvem” de elétrons se altera, sendo atraída pelo lado positivo e repelida do lado negativo. • Isso não causa movimento das moléculas mas há interação com as moléculas vizinhas o que leva a um movimento aleatório dessas partículas gerando calor(pouco). A distorção molecular leva a pouca perda de energia na forma de calor. Ex: plástico, tecido adiposo. • Transferência de Energia ao Paciente: • A terapia por OC pode ser contínua ou pulsada • A transferência de energia pode ser feita através de eletrodos do tipo capacitativo ou pelo uso de uma bobina indutiva • Transferência Capacitativa: A região tratada é colocada entre duas placas capacitativas que podem ser: - Placas metálicas flexíveis - Discos metálicos rígidos (eletrodos de Schliephack) ELETRODO SCHILIEPHACK USO DE CAPACITORES BOBINAS DE INDUÇÃO • Aplicação - Colocam - se duas camadas de toalhas entre o capacitor e a pele ou, em equipamentos, indutivos mantem-se a distância segurança de 3 cm do corpo do paciente. Quando o paciente estiver o mais confortável possível, deve se conectá-lo ao circuito oscilatório da unidade. A dosagem é subjetiva variando de calor leve, moderado e intenso. • Transferência Indutiva: • Usa uma pequena bobina chata de metal envolta em um tambor plástico ou se usa um condutor longo envolto por uma borracha espessa que pode ser enrolado ao redor da área a ser tratada. Entre a pele e o cabo se coloca uma toalha Diretrizes para escolha e colocação do eletrodo: Os eletrodos devem ser de tamanho igual (o eletrodo menor concentrará mais energia que o maior e portanto aquecerá mais) • Devem ser um pouco mais largo do que a parte do corpo que será tratada • Tem que ficar em ângulo reto com a pele • Manter uma distância entre o eletrodo e a pele de 2 a 4cm, o que permite uma distribuição mais uniforme do campo (distância a partir da placa de metal) e conseqüentemente uma maior profundidade de penetração • Não podem ficar muito próximos um do outro (o tratamento se torna muito superficial) • Evitar áreas pontiagudas, como proeminências ósseas, pois essas áreas concentram mais energia • Os fios não podem cruzar • Arranjo dos Eletrodos (método capacitativo): • Contraplanar (dos três métodos é mais superficial) • Coplanar • Longitudinal – mais profundo, tecidos em paralelo e a corrente seguirá a via de menor resistência (melhor condução como músculos) • Dosagem: • Pedir ao paciente que relate a sensação térmica (“sensação leve de calor”) • Atenção: sentimos “melhor” a sensação térmica em tecidos mais superficiais (pele) que em profundos – risco de queimaduras profundas! • Delpizzo e Joyner (1987) dividiram as doses do OC em 3 categorias – alta, média e baixa: • Alta- claro aumento no calor • Média – efeitos térmicos fracos, porém aparentes • Baixa – efeitos térmicos não observáveis • Efeitos do OC: • Térmicos – aumento do fluxo sg, aumento na extensibilidade tecidual, diminui rigidez articular, alívio do espasmo muscular e da dor, diminui viscosidade do líquido sinovial, ... • Não-térmico – proteínas da membrana plasmática das células podem sofrer alteração na sua conformação devido ao campo eletromagnético o que levaria a um maior transporte de substancia para o interior da célula (Tsong e Westerhoff et al, 1986), alteração da distribuição iônica dentro da célula afetando de alguma forma a atividade celular (Frohlich, 1988), alteração da síntese de DNA (Hiskenkamp et al,1978;Takahashi et al, 1986) Procedimentos para o Tratamento: • Examinar a sensibilidade térmica do paciente • Excluir contra-indicações • Remover objetos metálicos • Pele do paciente seca • Pedir que o paciente relate imediatamente qualquer sensação de aumento de calor ou dor • Objetos metálicos a uma distância de pelo menos 3 metros do aparelho de OC • Fisioterapeuta deve ficar a uma distância de pelo menos 1 metro do aparelho de OC (McDowell e Lunt, 1991) • Pedir para o paciente não se movimentar durante a aplicação • Não deixar o paciente sozinho durante o tratamento • Riscos: • Queimaduras • Alastramentos de tumores ou bactérias • Interferência com marcapassos cardíacos • Contraindicações: • Marcapassos • Implantes metálicos (concentra o campo magnético – super aquecimento) • Sensação térmica comprometida • Pacientes com distúrbios mentais que não cooperam e não entendem o tratamento • Gestação • Áreas hemorrágicas • Tecido isquêmico • Trombose venosa • Paciente com febre • Alguns dados: • Kallen, Malmquist e Moritz (1982) mostraram em um estudo entre fisioterapeutas na Suécia uma incidência acima do normal de morte ou malformação em bebês nascidos de mulheres envolvidas na operação de OC
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