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PROINTER II - FINAL SGA N2

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA POLO TANGARÁ DA SERRA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAS
CÍCERO APARECIDO BORGES DA SILVA – RA: 1711275132
PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AOS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA II - PROINTER II
RELATÓRIO FINAL
 
TANGARÁ DA SERRA / MT
2017
CÍCERO APARECIDO BORGES DA SILVA – RA: 1711275132
PROJETO INTERDISCIPLINAR APLICADO AOS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA II - PROINTER II
RELATÓRIO FINAL
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de Tecnologia (PROINTER II) no Curso Superior de Tecnologia de Processos Gerenciais, da Universidade Anhanguera UNIDERP- EAD, Polo Tangará da Serra, Mato Grosso. Sob orientação da Tutora Ead: Cinthia Maria Pedrazani Cabrera e Tutor Presencial: Jones A. Souza.
TANGARÁ DA SERRA / MT
2017
RESUMO
Produzir alimentos de modo que não prejudique a saúde e bem-estar das pessoas, é um dos sinais que apontam para o formato ambiental de administrar empresas, constantemente requisitado no mercado. O presente projeto aborda as diretrizes da norma NBR ISO 14001 para implantação de um Sistema de Gestão Ambiental em uma fábrica de temperos, molhos e condimentos, analisando nesse sentido, o processo produtivo e histórico da organização. Preocupa-se então, observar o modo que a empresa é administrada, fundamentando-se em referências, planos e ações que proporcionam a autêntica adequação da prática empresarial com os requisitos gerais dispostos sobre o tema.
Palavras-chave: Sistema de Gestão Ambiental; Fábrica de Temperos; Requisitos.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO	05	
2. APRESENTAÇÃO	06
2.1.Descrição da Empresa	06	
2.2. Razão para a escolha do nome	06
2.3. Nome e qualificação dos proprietários	06
2.4. Ameaças e Oportunidades	06
2.5. Breve histórico	07
2.6. Fundamentos da organização	07
2.7. Produtos e serviços	08
3. CONTEXTUALIZAÇÃO	10
3.1. Política Ambiental	10
3.2. Conscientização Ambiental	10
3.3. Padrões Ambientais	10
3.4. Comprometimento gerencial	11
3.5. Capacitação do pessoal	11
3.6. Resíduos provenientes de produção	11
3.7. Capacidade da Área de P&D 	11
3.8. Principais Clientes	12
3.9. Fluxograma da empresa	13
4. DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL	14
4.1. Planejamento Ambiental	14
4.2. Aspectos ambientais	14
4.3. Requisitos legais e outros	14
4.4. Objetivos, Metas e Programas	15
5. DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO	17
5.1. Estrutura e responsabilidade	17
5.2. Treinamento, conscientização e competência	17
5.3. Comunicação	17
5.4. Controle de documentos	18
5.5. Controle Operacional	18
5.6. Preparação e atendimento de Emergências	19
5.7. Verificação, ação preventiva e corretiva	19
5.8. Registros	20
5.9. Análise pela administração	20
6. RESULTADOS ESPERADOS	21
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS	23
REFERÊNCIAS	24
ANEXOS	25
1 INTRODUÇÃO
A preocupação crescente com a preservação do meio ambiente e com a melhoria na qualidade dos alimentos faz com que principalmente a indústria alimentícia busque mecanismos que visem a garantia de crescimento sustentável, aliando o progresso econômico financeiro à não agressão ao meio ambiente.
Um dos principais mecanismos utilizados é o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) cuja função principal é garantir que a organização exerça rigoroso e constante controle sobre possíveis danos ambientais ocorridos, em todas as etapas do processo de produção, começando pela aquisição da matéria prima, a qualidade na produção, destinação dos produtos e dos seus resíduos, a fim de que, tendo o controle de toda a situação, possam ser tomadas as medidas necessárias e adequadas para reduzir e controlar os impactos ambientais introduzidos pelo empreendimento.
Num cenário de normas ambientais cada vez mais rigorosas, a indústria de Alimentos não terá alternativa que não seja aderir às mudanças e implantar uma política ambiental condizente com cada atividade. Empresas como a Temperito, terão o SGA ao seu favor, como um diferencial competitivo sobre outras organizações, seja nas vendas, seja na imagem da empresa e do produto, uma vez que o consumidor final receberá um alimento de qualidade, advindo de um processo de fabricação rigorosamente de acordo com as determinações da legislação ambiental, sem degradar o meio ambiente.
O presente estudo visa discutir a viabilidade para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental na empresa Temperito, localizada à Rua 03B, Lote 02, Quadra 09, 994, Letra W, Bairro: Vila São Pedro, Cidade: Tangará da Serra/MT, o que permitirá uma atuação perfeitamente adequada à legislação ambiental, visando maior qualidade e produtividade, mantendo, contudo, a harmonia entre as atividades produtivas e a preservação dos recursos disponíveis, reduzindo os impactos ambientais.
2. APRESENTAÇÃO
2.1 Descrição da Empresa
A empresa escolhida para realização do estudo é a JESDAN -Indústria e Comercio de Produtos Alimentícios Ltda – Me, Nome fantasia TEMPERITO, inscrita no CNPJ: 06.879.131/0001-77, IE: 13.267.807-1, Fone: (65) 3325-0108, fundada em 13 de julho do ano de 2004. Atividade econômica principal a fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos. 
2.2. Razão para a escolha do nome
O nome Temperito foi escolhido por se tratar, segundo o dicionário da língua portuguesa, do diminutivo masculino singular de tempero. E tempero nada mais é que o ato de temperar. Sendo também caracterizado como substância (sal, pimenta ou qualquer outra erva ou especiaria) que se adiciona a determinado alimento para realçar, suavizar ou acrescentar determinado sabor.
 	
2.3. Nome e qualificação dos proprietários.
	
A empresa é constituída por um proprietário e dois funcionários. O proprietário exerce a função de administrador, o qual é responsável pela gestão do negócio. Na área de fabricação de temperos, os profissionais que ali trabalham, além de atuarem na linha de produção também deverão ser os responsáveis para fazer a higienização da área produtiva da empresa.
2.4. Ameaças e Oportunidades
Algumas ameaças e oportunidades desta atividade empresarial merecem destaque.
Ameaças: Como se trata de um produto barato é necessário em grande volume de vendas para compensar os custos e gerar lucro satisfatório; Desvalorização das especiarias nacionais: segundo empreendedores do ramo os consumidores ainda acreditam que "o importado é sempre melhor".
Oportunidades: Atendimento aos consumidores de cidades e bairros periféricos que não são atendidos pelas grandes empresas, que costumam focar seus atendimentos nos grandes centros.
2.5. Breve histórico
	Fundada em 2004, a Indústria de Alimentos Temperito, é uma empresa 100% brasileira, com fabricação própria desenvolve, processa e comercializa um completo mix de Temperos, Condimentos, Molhos e Pimentas da mais alta qualidade.
2.6. Fundamentos da Organização
Missão
Atuar na área alimentícia de forma inovadora, buscando alcançar a excelência na industrialização de temperos, molhos e especiarias.
Visão
Oferecer aos consumidores produtos de qualidade com imensurável e inigualável sabor, gerando crescimento contínuo para a empresa e seus parceiros. Superar sempre as expectativas dos clientes e ser a melhor no que faz.
Valores 
Valorizamos o trabalho em equipe, o respeito mútuo, a competência, a responsabilidade, a segurança e o desempenho de nossos empregados, a fidelização de nossos cliente e aliados, bem como o respeito ao Meio ambiente.
Fatores Críticos (chaves) de sucesso: O fator chave de sucesso nesse segmento de mercado é diversificar, pois este é o ponto delimitador da barreira entre ser um empresário comum ou de sucesso, já que o processo de inovar na forma de produzir o tempero seco manterá a empresa em constante evidência junto ao consumidor. O empreendedor deverá estar sempre atento à possibilidade de descobrir novos temperos oumisturas de ervas que traduzam em novos sabores, buscando assim “sugerir” aos consumidores “outras expectativas de consumo”.
2.7. Produtos e serviços
- Produto/Serviço: Indústria e Comercio de Produtos Alimentícios.
Nome: Temperito, especializada na fabricação e distribuição de temperos e condimentos.
- Matérias-primas necessárias à produção: São vários os produtos que podem ser utilizados em uma fábrica de temperos que podem variar nas aplicações sendo que certos produtos se aplicam a culinária e outros para fins medicinais, cita-se a seguir alguns ingredientes que se utilizam na fabricação de temperos: Açafrão, Baunilha, Camomila, Canela, Coentro, Cominho, Cravo, Cúrcuma, Erva-doce, Funcho, Gengibre, Louro, Manjerona, Mostarda em pó, Noz-Moscada, Orégano, Pimenta-da-Jamaica, Pimenta-do-reino, Pimentão moído, Curry, etc.
- Infraestrutura e instalações: A empresa utiliza a estrutura mínima para a instalação de uma empresa de fabricação de temperos secos que gira em torno de 30m². A empresa está assim dividida: 1) Recepção e exposição dos produtos industrializados na empresa; 2). Local para preparação dos temperos; 3) Vestiário, onde o funcionário responsável pela fabricação deve se higienizar e paramentar adequadamente para adentrar a linha de produção; 4) Escritório; 5) Estoque de matéria-prima; 6) Estoque de produtos acabados.
 - Localização: Alguns aspectos são considerados como favoráveis:
A. Aspecto de infraestrutura: disponibilidade de energia elétrica, água e esgotos; serviços telefônicos na área; via de acesso ao local de produção, bem como pontos de escoamento da produção. 
B. Disponibilidade de mão-de-obra: existência de mão de obra qualificada na região. c) Incentivos Fiscais para implantação da indústria.
D. Mercado consumidor: existência de demanda para o produto na região.
- Máquinas e equipamentos necessários para a área industrial: Moinho; Pilão; Saquinhos; Rotuladora; Seladora; Estufas; Balanças; Utensílio de cozinha (faca, colheres, espátula). A fábrica de temperos investirá também em móveis para o escritório, material de expediente, veículos utilitários, etc.
- Habilidades (mão de obra): É necessária mão de obra qualificada para exercer a função. A mão de obra empregada reflete diretamente nos resultados produtivos, uma vez que o desempenho do empreendimento é impactado pela qualidade do trabalho dos funcionários que o integram. Todo pessoal envolvido no empreendimento deve ser treinado e sensibilizado para a prática das medidas de higiene e segurança dos alimentos, de modo a protegê-los das contaminações físicas, químicas e microbiológicas.
As etapas de produção na fábrica de temperos seguem o processo produtivo: secar os temperos – reduzir a matéria-prima a pó – com o volume reduzido de temperos, logo após os temperos serão embalados.
Após serem liberados pelo Controle de Qualidade, todos os ingredientes e matérias-primas são encaminhados para a Pesagem, onde o operador pesa cada insumo conforme a sequência e quantidade descritas no pedido. Na “Sala” das Misturas, os ingredientes passam por uma peneira para reter e dissolver partículas maiores e depois pelo misturador para garantir uma mistura homogênea. Depois de pronto, os produtos são empacotados e acondicionados na expedição para aguardar a liberação para o cliente.
3. CONTEXTUALIZAÇÃO
3.1. Política Ambiental
A política ambiental tem o papel de direcionar os critérios que regem o desenvolvimento normal de uma atividade empresarial, de forma que influencie todos os setores e colaboradores envolvidos. A Temperito, tem sua visão quanto adoção de um desenvolvimento sustentável, mas a impressão é rasa e ao mesmo tempo o administrador não assume uma relação mais eficiente com o meio ambiente.
Dentro da confecção de uma política ambiental, é necessário que o administrador observe a legislação brasileira e outras orientações normativas quanto a sua aplicabilidade, mesmo que a empresa possua poucos colaboradores é de suma importância, comprometer as ações que possam preservar o meio ambiente e reduzir os impactos gerados pela atividade empresarial. Assim após uma definição clara da política é necessário que a empresa informe e divulgue do melhor modo possível seja para seu público interno ou externo.
3.2. Conscientização Ambiental
Um aspecto importante para o êxito da implantação do SGA, é em relação a visão que os clientes, funcionários e fornecedores possuem do quesito meio ambiente, pois não basta somente o empresário possuir noção mesmo que mínima quanto ao assunto, o que vale é a administração da empresa se esforçar ao máximo para assumir uma excelente postura ecológica, frente aos novos desafios e as constantes pressões concernentes do tema no mundo globalizado em que está inserida.
3.3. Padrões Ambientais
Diminuir o gasto com água e energia elétrica, acondicionamento adequado das especiarias, condimentos e temperos, reciclagem do lixo inorgânico, manutenção preventiva dos equipamentos e máquinas necessárias, além da redução do ruído no processo de produção e manipulação das matérias-primas. 
3.4 Comprometimento gerencial
	Como empresa que desenvolve e produz gêneros alimentícios de excelente alcance na região do estado do Mato Grosso, o proprietário da Temperito precisa ter a responsabilidade de priorizar negócios que permitam a melhoria dos padrões de vida e do bem-estar das pessoas. 
Portanto, o sucesso na instalação de um SGA depende do administrador fazer a disseminação de hábitos mais saudáveis influenciando colaboradores, com adesão ao comprometimento contínuo que envolva todos, de uma maneira sólida e proveitosa com respeito aos requisitos ambientais de cada atividade desenvolvida.
3.5 Capacitação do pessoal
A área mais crítica da empresa, é o setor de produção, portanto devem ser feitos intensivamente capacitações que envolva todos os colaboradores de modo dinâmico, trazendo modificações especais nos aspectos cultural e o clima organizacional, pois através de treinamentos, os princípios e a visão ecológica do empresário podem ser mais facilmente difundidas. 
 “Treinamento na Empresa é ação de formação e capacitação de mão-de-obra, desenvolvida pela própria empresa, com vistas a suprir suas necessidades”. (TOLEDO, 1986, p.88).
3.6 Resíduos provenientes de produção
A produção dos produtos da Temperito é bem simplificada, e por se tratar de produtos naturais, quase não gera resíduos orgânicos, os mais notáveis são restos de papel sujo, restos de condimentos (partículas maiores) que muitas vezes são difíceis de se tornarem homogêneas no processo normal. De modo geral o resíduo inorgânico principal identificado são as embalagens plásticas que carregam o conteúdo (tempero) e depois são dispostos de forma incorreta pelos clientes.
3.7 Capacidade da Área de P & D
Pesquisa com funcionários, consumidores e fornecedores, depende do tipo que é realizada, adquiri informações coletadas que minimiza os impactos ineficientes à natureza operacional da empresa e propões ações corretivas no desenvolvimento das atividades de modo que os processos gerenciais utilizados são reestruturados integrando aspectos da sustentabilidade na tomada de decisão.
No entanto, empresa do ramo de fabricação de temperos e condimentos, possui uma baixa aplicabilidade em atender esses aspectos, como desenvolvimento e inovação, aliados ao êxito dos produtos. O mercado atual exige de empresas comprometidas com o meio ambiente que usem essas ferramentas, possibilitando mudanças e futuras adequações dependendo dos resultados.
3.8 Principais Clientes
Supermercados da região;
Casas de Carne (Açougue);
Pequenas Mercearias.
3.9 Fluxograma da Empresa
	Fluxograma – Processo de fabricação de Temperos e Condimentos
	Operação
	
Matéria-prima
Produto dentro da especificação?
SIM
Descarta o produto e abre uma ocorrência de não conformidade
Pesagem
NÃO
Embala o produto
Início
	Expedição
	
	TransportadoraEnvia para o cliente
	Fim
DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL
4.1. Planejamento Ambiental
Respeitando as etapas de implantação do SGA, bem como a estrutura e instruções que o compõe, observa-se que o planejamento ambiental é a terceira fase a ser desenvolvida considerada como alicerces de realização da política ambiental estabelecida. Portanto, no planejamento ambiental são observados os aspectos ambientais, os requisitos legais e os objetivos e metas.
4.2. Aspectos ambientais
Para implantação do SGA, será criada a Comissão Interna de Gerenciamento de Resíduos, e realizado um levantamento dos resíduos sólidos e líquidos na linha de produção, buscando soluções para o tratamento e o descarte dos mesmos, além da redução da emissão nas atividades futuras. Uma vez implantado, o procedimento permitirá a redução dos custos, uma vez que número significativo de resíduos na indústria é gerado pelo desperdício de matéria prima durante a produção (KRAEMER, 2004).
Coletados os dados acerca da emissão de resíduos no processo de fabricação de temperos e condimentos, serão iniciados os Procedimentos Operacionais Padrões (POP’s) objetivando a correta implantação do SGA, seguindo-se as cinco etapas anteriormente previstas.
5.3. Requisitos legais e outros
É necessário que a organização faça um levantamento das leis, normas, decretos, resoluções e instruções, inclusive alterações e atualizações, onde possam ser utilizados com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental. Assim precisa ser criado um tipo de arquivamento em mídia eletrônica (Dvd ou Pen Drive) que venha possuir as documentações.
A implantação de um SGA na empresa Temperito, deverá ocorrer em etapas pré-determinadas, e seguirá as determinações das leis federais, estaduais, municipais, e resoluções de conselhos e Agências reguladoras, tais como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e da bibliográfica especializada disponível (SEBRAE, 2013).
5.4. Objetivos, Metas e Programas
A partir da análise dos aspectos e impactos ambientais verificados nas atividades desenvolvidas pela Temperito e com levantamento das leis atribuídas a esse procedimento, é possível definir as ações a serem realizadas no empreendimento, com o seu devido tempo de execução. 
Os objetivos estão relacionados com critérios observados no levantamento normal de uma política ambiental, baseada na pesquisa de campo, pois como se pode notar o trabalho concretiza através de um estudo de caso, no qual busca sistematizar o projeto de SGA na referida empresa.
Quadro 01 – Objetivos e metas para o SGA.
	Objetivos
	Metas
	Aperfeiçoar o sistema físico de tratamento de efluentes.
	Ajustar o sistema atual para remover sólidos até 50% do normal.
	Reduzir o consumo de água
	Instalar novas torneiras e adequar com um sistema que possa reaproveitar diariamente para limpeza de calçadas e banheiros.
	Criar um padrão de gerenciamento dos resíduos sólidos
	Conscientizar os funcionários através de palestras e instalação de um espaço específico para separação dos resíduos
	Economia de energia elétrica
	Após implantação do SGA, procurar economizar até 15% comparado ao ano de 2016.
Fonte: Elaborado por Cícero, 2017.
Em continuidade do Quadro 01, destaca-se que através de aspectos e impactos ambientais na indústria, estabeleceu de imediato alguns objetivos e suas respectivas metas, visando alcançar a eficácia quanto a aquisição de uma política ambiental.
As atividades envolvidas nesses processos abrangem a iluminação do ambiente, embalagem descartada e desprezadas incorretamente, limpeza e desinfecção da fábrica, produção e segurança do trabalhador, disciplinando o correto descarte dos resíduos, evitando a contaminação do solo, água e até mesmo da matéria prima.
DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO
5.1. Estrutura e responsabilidades
O quadro de funcionários da empresa, é composto por apenas três pessoas como citado anteriormente, apesar disso é possível definir e distribuir as responsabilidades de cada um dentro do SGA, pois o sistema deve ser envolvido não isoladamente por um setor ambiental, mas também por todos participantes da empresa.
A elaboração, manutenção, treinamento, supervisão e acompanhamento gerencial do SGA, deverá ser realizado pelo proprietário, que é o administrador. Responsabilidades como definir metas e objetivos a serem atingidos, também é de responsabilidade do administrativo. No entanto, a questão do acompanhamento de das fases envolvidas, é necessário que todos colaboradores participem efetivamente, contribuindo assim com a qualidade do processo.
 
5.2. Treinamento, conscientização e competência
Para o êxito do programa ambiental referido, nota-se que o treinamento dos colaboradores é fundamental para capacitá-los quanto ao exercício das atividades, norteadas assim literalmente em meio a técnicas e padrões operacionais, alinhados com a nova política ambiental.
Os treinamentos precisam ser presididos pelo administrativo, podendo ser realizados em cada bimestre, por intermédio de palestras, reuniões, conferências e atividades gerais desenvolvidas, conforme necessidade aparente.
Essa prática abrange também a empresa abordar a prática em folhetos impressos explicativos sempre que achar conveniente, auxiliando na cultura empresarial voltada para excelentes ações ambientais em todos os aspectos.
5.3. Comunicação
Foi explicado que a comunicação e exposição do Sistema de Gestão Ambiental dentro da organização, deve ser realizada a fim de alcançar plenamente os colaboradores com textos explicativos, reuniões, documentos oficiais, cartazes, e-mails, relatórios, formulários, informativos, palestras, cursos e dinâmicas aproximando desse modo a compreensão de cada colaborador com a visão ambiental aderida pela empresa.
Já no quesito divulgação para a sociedade, ou basicamente o público externo da Temperito, a instrução é que sejam criados canais de comunicação dessas práticas tanto na mídia impressa quanto na mídia televisiva. Se possível a cada quatro meses através da edição de um boletim informativo expor as principais mudanças e relatórios com a adoção do SGA.
5.4 Controle de documentos
Os documentos precisam ser controlados de modo rigoroso, através de um banco de dados que possa ser acessível aos colaboradores integrantes do SGA, mas que sejam atualizados todos os dias. Os documentos precisam conter dados quanto aos relatórios confeccionados em cada departamento da fábrica, bem como de resíduos, relatórios de consumo de matéria prima, dados financeiros e cópias das informações divulgadas pela empresa, todas devem ser normatizadas seguindo as diretrizes do sistema de gestão, a política e leis de cunho ambiental, bem como as licenças de operação e outros documentos que integram o cotidiano da Temperito.
O controle deve ser realizado de maneira transparente, objetivo e disponível para acesso, os arquivamentos dos mesmos podem ser ainda arquivados em dispositivos digitais.
5.5 Controle Operacional 
Esse procedimento visa realizar um controle alinhado como os aspectos observados durante a implantação e desenvolvimento da política ambiental e legislação vigente, verificando a utilização adequada das matérias primas e insumos, o gerenciamento dos resíduos sólidos dentre outros aspectos relevantes.
 Esse controle operacional precisa ser feito pelo coordenador do SGA, envolvendo toda a cadeia produtiva e respectivos setores, verificando a percepção técnica inicial descrita no Quadro 1.
5.6 Preparação e atendimento de Emergências
Vale lembrar que é de extrema importância que a Temperito contrate temporariamente uma empresa terceirizada da área de segurança do trabalho, para juntamente com o técnico responsável desenvolver um plano de ação que atenda todas as necessidades de segurança averiguadas no espaço fabril bem como os impactos ambientais levantados no processo.Através de um plano de ação emergencial, a empresa se reserva de possíveis complicações e riscos de acidente do trabalho. Uma espécie de simulação e treinamento com toda a equipe de colaboradores, feitas mensalmente ajudará eliminar erros futuros diante da realidade.
5.7. Verificação, ação preventiva e corretiva
A fabricação dos temperos envolve aspectos e ações com potencial de geração de impactos ambientais, os mesmos são acompanhados e determinadas ações tanto de correção, quanto pervença no papel de permitir um controle e progresso da melhora nas condições ambientais de produção.
Portanto, as medidas a serem tomadas precisam ser baseadas em investigação in loco, certas de que causará melhorias.
Espaço físico – Foi verificado que o ambiente precisa de maior ventilação, a temperatura não está contra as normas para esse tipo de atividade econômica, mas pode ser melhorado. Foi orientada ação preventiva, manter janelas abertas todos as horas que os produtos estiverem sendo produzidos. Foi orientada ação corretiva, em trocar as janelas atuais por outras maiores e de material Blindex, além de instalar mais um aparelho climatizador evaporativo industrial.
Resíduos sólidos – Foi verificado disposição inadequada dos resíduos sólidos, além de não possuir reciclagem de lixo inorgânico. Ação preventiva: Treinar e capacitar colabores quanto ao destinação e gerenciamento dos resíduos. Ação corretiva: Instalação de programa interno de coleta seletiva com depósito de lixos recicláveis para cada tipo de material, além de firmar parceria com a Allata Reciclagem, empresa na cidade, a fim de coletarem os materiais recicláveis, reduzindo os impactos ambientais provocados pela má gestão dos mesmos.
5.8. Registros
Segundo (CAJAZEIRA, 1997) os registros ambientais serão feitos junto ao banco de dados do SGA. Nele devem conter todas as informações relevantes sobre o processo produtivo, entre as quais estão as seguintes planilhas:
Monitoramento dos aspectos ambientais;
Relatório de não conformidade;
Relatório de reclamações;
Relatório de ações de emergência;
Informações sobre processo produtivo e produtos;
Treinamento dos funcionários;
Relatório de auditoria interna e externa;
Relatório da análise da administração;
5.9. Análise pela administração
O próprio administrativo da empresa, é o mesmo que coordenará o Sistema de Gestão Ambiental, portanto precisará a cada seis meses reunir com os colaboradores para avaliar as atividades realizadas como um todo a fim de buscar melhoria contínua dos processos, ações e investimentos realizados, aderindo então a um projeto que realmente proporcione vantagens no processo produtivo e gerencial. Todas as etapas dessa análise conforme a ISO 14001 precisam estar devidamente documentadas.
Dentre os aspectos a serem analisados no contexto pós instalação do SGA, precisam compreender adequação à legislação, compromisso com objetivos e metas determinados, análise dos relatórios de auditoria, programas de treinamento dos funcionários, análise financeira e demais relatórios desenvolvidos durante o desenvolvimento do SGA.
Essa prática também visa fortalecer e ampliar a política de um modo eficaz e participativo dos colaboradores.
6. RESULTADOS ESPERADOS
Abaixo são definidas as políticas em modo sintético da organização para cada área funcional, considerando a política ambiental planejada no presente trabalho.
Fonte: Elaborado por Cícero. Adaptado de DIAS, Reinaldo.
Todo procedimento realizado por mais inovador que seja, possui expectativas e busca alcançar resultados, isso não é distinto com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental, portanto nota-se alguns resultados pretendidos:
Adequação dos processos industriais com uma política ambiental;
Economia de água e energia elétrica;
Correto gerenciamento dos resíduos sólidos;
Política Ambiental como parte integrante da empresa;
Credibilidade e maior valor competitivo no mercado;
Adequação das atividades operacionais com um desenvolvimento sustentável;
Disposição correta de lixo reciclável;
Promoção da saúde e segurança do trabalhador;
Preservação do meio ambiente;
Melhorias na infraestrutura da sede empresarial.
Abaixo definimos as políticas em modo sintético da organização para cada área funcional, considerando a política ambiental planejada no presente trabalho.
Promoção da saúde e segurança do trabalhador;
Preservação do meio ambiente;
Melhorias na infraestrutura da sede empresarial.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É possível concluir como este trabalho que não basta apenas a empresa apresentar interesse em aderir uma política ambiental ou uma certificação ISO 14001, o importante está no empresário tomar a iniciativa e se comprometer com a causa ambiental, fazendo com que suas atividades alinhem paulatinamente ao desenvolvimento sustentável pela implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
Em consideração ao atendimento dos requisitos legais abordados com este projeto experimental, é possível identificar os diversos fatores que podem ajustar a gestão empresarial com uma gestão ambiental, o mais interessante observado, é que o sistema poder ser aplicado em qualquer setor, ou seja, todas as empresas independentes do ramo de atuação precisam encarar os desafios e manter o uso racional dos recursos.
Para tanto é preciso efetivar uma análise adequada de modo intenso e espontâneo visando esclarecer os aspectos e impactos ambientais na atividade econômica da Temperito, associados em seus processos produtivos com o propósito de disciplinar as ações com a norma ISO 14001.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, R. O. B.; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, A. Barreiras de gestão ambiental: enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books, 2004.
ANVISA. Regulamento técnico referente ao padrão de identidade e qualidade. 2015. Disponível em: < http:// portal.anvisa.gov.br/wps/... /Consolidado_Estoque_Regulatório_Geral.xlsx?>. Acesso em: junho de 2017.
CAJAZEIRA, J. E.R. ISO 14001: Manual de implantação. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.
CARBONARI, Maria E. E.; PEREIRA, Adriana C.; SILVA, Gibson Z. Sustentabilidade na Prática: Fundamentos, Experiências e Habilidades. São Paulo: Saraiva, 2011.
DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
FRANCO, Décio Henrique; RODRIGUES, Edna de A.; CAZELA, Moisés M. et al. Tecnologias e Ferramentas de Gestão. Campinas: Átomo, 2011. 
KRAEMER, M. E. P. Gestão ambiental: um enfoque no desenvolvimento sustentável. 2004. Disponível em: < http://www.gestiopolis.com/gestao-ambiental-um-enfoque-no-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: junho de 2017.
KRAEMER, M. E. P. Gestão ambiental: um enfoque no desenvolvimento sustentável. 2004. Disponível em: < http://www.gestiopolis.com/gestao-ambiental-um-enfoque-no-desenvolvimento-sustentavel/>. Acesso em: junho de 2017.
MILAGRE, J. A. Panorama jurídico e normativo da política de TI verde. 2008. Disponível em <http://webinsider.uol.com.br/2008/02/28/o-panorama-juridico-e-normativo-da-politica-de-ti-verde>. Acesso em: junho de 2017.
SEBRAE. Fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos. 2013. Disponível em: < http://segmentos.sebrae2014.com.br/ideiasdenegocios/fabricacao-de-especiarias-molhos-temperos-e-condimentos/?id=7180&t=4/wp-admin/install.php>. Acesso em: junho de 2017.
TOLEDO, Flávio de. Recursos humanos: crises e mudanças. São Paulo: Atlas, 1986.
SEBRAE/SC. Temperos e condimentos. Disponível em: <http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=1689&%5E%5E>. Acesso em: junho de 2017.
ANEXOS
LOGOMARCA DA EMPRESA
Fonte: desenvolvido pela empresa.

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