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* ROCHAS PIROCLÁSTICAS * Conceito: sedimentos vulcanoclásticos são compostos principalmente por grãos de origem vulcânica derivados de vulcanicidade contemporânea depósitos piroclásticos são produzidos por atividade vulcânica explosiva deposição subaérea ou subaquática raros em volume na crosta terrestre (instabilidade.) * Tephra: qualquer material, independente de tamanho, ejetado dos vulcões derivados do magma composto de: vidro vulcânico (podendo se apresentar em cristais); fragmentos líticos de lavas prematuras (componentes acessórios); fragmentos de rochas continentais (componentes acidentais) * Tipos de fragmentos: vítreos cristalinos líticos Fragmentos vítreos compostos de vidro sílica amorfa Fragmentos cristalinos cristais já consolidados no seio da lava Fragmentos líticos fragmentos de rochas vulcânicas * Quanto ao tamanho podem ser subdivididos em: > 64 mm Bombas fragmentos ejetados em estado fluido Blocos lava solidificada + rochas continentais < 64 mm - > 2 mm Lapilli; sedimento vulcanoclástico pedra lapilli * Quanto ao tamanho podem ser subdivididos em: < 2 mm - > 0,062 mm Cinza; sedimento vulcanoclástico tufo vítrico e lítico < 0,06 mm Poeira vulcânica; sedimento vulcanoclástico tufo cristal * Pedra-pomes (pumice) – tephra altamente vesicular porosidade >50%; quando formada de magma básico = chamada escória * I- com base no tamanho da partícula II- segundo o conteúdo de matéria vulcanoclástica III- em função do modo de formação Classificação * Aglomerados e brechas conglomerados ( > 64 mm) bombas aglomerados blocos brechas vulcânicas I- Classificação baseada no tamanho da partícula * Pedra lapilli (lapilli = 64 e 2 mm) Sedimentos arenáceos (areias piroclásticas) tufos vítrico e lítico (Cinza <2 mm e 0,06 mm) Poeira (< 0,06mm) tufo cristal I- Classificação baseada no tamanho da partícula * Tufos Sedimentos Tufosos Tufito II- Classificação baseada no conteúdo de matéria vulcanoclástica * Tufos 90% de material vulcânico rochas não ou fracamente estratificadas coloração variada muitas vezes silicificadas Origem: erupções vulcânicas em áreas tectonicamente estáveis; em geral de origem primária sem retrabalhamento Nomenclatura: brechas vulcânicas compostas de blocos e bombas tufos s.s compostos de matéria do tamanho lapilli, cinza e poeira * Sedimentos Tufosos 50 a 90% de material vulcânico + quantidade considerável de matéria sedimentar de outras origens rochas finamente estratificadas, com material sedimentar não vulcânico + restos orgânicos (as vezes) Origem: erupções vulcânicas menos intensas (com possibilidade de deposição de material clástico) ou depois de certo transporte e retrabalhamento Nomenclatura: brechas, conglomerados, arenitos siltitos e argilitos tufosos. * Tufito 10 a 50% de material vulcânico depósitos tipicamente sedimentar com pequena adição de rochas vulcânicas; possui caráter do sedimento Origem: formam-se após transporte longo do material piroclástico + sedimentar normal Nomenclatura: brechas, conglomerados, arenitos, siltitos e argilitos tufíticos. * III- Classificação em função do modo de formação A)- Depósitos de queda de piroclásticos (pyroclastic-fall deposits) formados por ejeção do tephra pela chaminé B)- Depósitos de fluxo vulcanoclástico ignimbritos fluxos de cinzas fluidizadas “base-surge deposits” fluxos de correntes carregadas de cinza “lahar deposits” fluxos de lama C)- “Hidroclastos ou hidroclastitos (hialoclastitos e hialotufos –“hyaloclastites”) lava fragmentada pelo contato com água * A) DEPÓSITOS DE QUEDA DE PIROCLÁSTICOS (pyroclastic-fall deposits) formados pela queda de fragmentos vulcanoclásticos ejetados de um orifício ou fissura resultante de explosão magmática na maioria dos casos vulcões explosivos são subaéreos podendo ocorrer também em ambientes subaquosos * A) DEPÓSITOS DE QUEDA DE PIROCLÁSTICOS (pyroclastic-fall deposits) Feições características: diminuição gradual da espessura da camada e do tamanho do grão a medida que se afasta do local da erupção (boa seleção) bombas, blocos e rochas continentais são depositadas próximas da chaminé cinzas carreadas por dezenas de km da cratera poeira por centenas de km camadas podem mostrar gradação normal em alguns casos observa-se gradação inversa de pedra-pome e clastos líticos presença de grandes fragmentos de pedra-pome no topo das camadas quando deposição ocorre em ambiente subaquoso * A) DEPÓSITOS DE QUEDA DE PIROCLÁSTICOS (pyroclastic-fall deposits) geometria em manta cobrindo qualquer topografia original podem ser retrabalhados por vento ou chuva em ambientes subaéreos ou por ondas e marés em ambientes submarinos importantes em correlações estratigráficas representam geologicamente deposição rápida podendo cobrir vastas áreas para a interpretação e distinção dos de fluxos vulcanoclástico e autoclástico utiliza-se análise granulométrica * Sequência métrica de material piroclástico fino da base do Complexo vulcano-sedimentar com estratificação cruzada e vários níveis erosivos (Fonte do Vale do Álamo) Autor:Francisco Miguel Viegas Lopes * B)- Depósitos de fluxo vulcanoclástico 1- IGNIMBRITOS fluxos de cinzas fluidizadas 2- “BASE-SURGE DEPOSITS” fluxos de correntes carregadas de cinza 3- “LAHAR DEPOSITS” fluxos de lama * B)- Depósitos de fluxo vulcanoclástico 1- IGNIMBRITOS fluxos de cinzas fluidizadas também denominados tufos soldados são fluxos piroclásticos subaéreos provenientes da fluidização de gases magmáticos, ou seja, fluxos de cinzas fluidizadas sendo a fluidização originada pela expansão dos gases liberados do magma e do ar são componentes do tipo de erupção denominada nuvem ardente podem percorrer grandes distâncias (> 10km) sobre terreno plano derivados de magmas ácidos e de difícil distinção de lavas riolíticas * B)- Depósitos de fluxo vulcanoclástico podem ser depositados subaquosamente erupções submarinas Feições características: aparência homogênea com pouca seleção estratificação interna ausente (podem desenvolver acamadamento em regiões mais distais) presença de gradação normal se clastos grossos estão presentes; ou inversa se grandes fragmentos de pedra-pome ocorrerem não acompanham a topografia tendem a acompanhar vales e terrenos baixos * B)- Depósitos de fluxo vulcanoclástico podem apresentar espessuras consideráveis fluxos individuais têm de 10m a mais evidência de fluxo é mostrada pela presença de fragmentos de vidro e pedra-pome alongados e achatados (“fiamme”) pedras-pomes podem se concentrar no topo de um ignimbrito após deposição as partículas de cinza quentes e plásticas, ocorrentes na parte central, se soldam originando uma rocha densa * B)- Depósitos de fluxo vulcanoclástico partes inferiores e superiores são usualmente não soldadas e porosas (devido perda mais rápida de calor) seqüência de camada pode mostrar variações de soldadura, espessura e tamanho do grão normalmente associados com cinzas finas depositadas por processos de queda de piroclásticos unidades basais pode esta representadas por “base-surge deposits” podem ser intrusivos em fluxos piroclásticos depositados anteriormente * 2- “BASE-SURGE DEPOSITS” fluxos de correntes carregadas de cinza “base-surge” = mecanismo onde fluxos consistem de vapor carregado de cinza deslocando-se por furacões ou a grandes velocidades são fluxos subaéreos formados por erupções freáticas ou freático-magmáticas (onde o magma está em contato com a água) mistura turbulenta de movimento rápido de partículaspiroclásticas, água e gás (vapor) freqüentemente associados com vulcões que entram em erupção em lagos (tipo “maar”) * 2- “BASE-SURGE DEPOSITS” fluxos de correntes carregadas de cinza Feições distintivas: presença de estratificações plana e cruzada comum presença de acamamento cruzado de antiduna espessura da camada e tamanho dos grãos diminuem a medida que se afasta da fonte espessura máxima < 1m * BASE SURGE DEPOSITS * 3- DEPÓSITOS DE FLUXO DE LAMA (“LAHAR DEPOSITS”) ocorrem nas encostas de alguns vulcões subaéreos o fluxo de lama se origina devido a chuva forte sobre cinza inconsolidada “lahar frio”; ou da erupção de cinza dentro de um lago de cratera “lahar quente”; ou quando fluxos piroclásticos entram num lago, rio, etc. apresentam textura semelhante a dos depósitos de fluxo de lama de leques aluviais mal selecionados e com fábrica suportada por matriz * DEPÓSITO DE FLUXO DE LAMA * C)- “Hidroclastos ou hidroclastitos (hialoclastitos e hialotufos –“hyaloclastites”) lava fragmentada pelo contato com água Podem ser conhecidos como: hialoclastitos (“aquagene tuffs”) mas ocorre distinção entre hialoclastitos “stricto sensu” formados por fragmentação não explosiva da lava pela água hialotufos resultantes da interação explosiva entre magma/água formados quando a lava entra em contato com a água sofre rápido resfriamento e se fragmenta * C)- “Hidroclastos ou hidroclastitos (hialoclastitos e hialotufos –“hyaloclastites”) lava fragmentada pelo contato com água Podem ser produzidos também: onde a lava derrama diretamente dentro da água ou por uma lava proveniente de erupção subaérea que flui para dentro da água ou de erupção glacial * C)- “Hidroclastos ou hidroclastitos (hialoclastitos e hialotufos –“hyaloclastites”) lava fragmentada pelo contato com água em água rasa a fragmentação se dá por resfriamento ou liberação dos gases dos magma vesiculação hialoclástícos constituídos por pequenos fragmentos (mm a cm) de lava vesicular fragmentos são lascas de vidro que em ambiente marinho se alteram para palagonita (alteração de vidro vulcânico de composição traquítica, cor marron-alaranjado) e são cimentados por zeólitos ou calcita muitos depósitos não apresentam estratificação aparente ou grau de seleção * C)- “Hidroclastos ou hidroclastitos (hialoclastitos e hialotufos –“hyaloclastites”) lava fragmentada pelo contato com água quando retrabalhados em águas rasas (por ondas e correntes) podem apresenta estruturas podem ser transportados em águas profundas por escorregamentos e correntes de turbidez originando camadas gradadas em água profunda quando a pressão hidrostática excede a pressão de confinamento dos gases no magma ocorre fragmentação da lava por resfriamento súbito brecha vulcânica consistindo de clastos de tamanho variável de “pillow lava” * BRECHA VULCÂNICA * * BRECHA PIROCLÁSTICA * TUFO VULCÂNICO * Diagênese vidro vulcânico meta-estável não se preserva nas rochas antigas, encontrado a partir do Terciário Médio Vidro é devitrificado substituído durante diagênese e intemperismo Produtos de alteração mais comuns: Minerais argilosos Zeólitos Palagonita em sedimentos vulcanoclásticos basálticos submarinos modernos. * Diagênese Minerais argilosos -esmectitas — (montimorilonita e saponita) em cinzas mais básicas -Caulinitas — em cinzas feldspáticas -Cloritas — substituição em tufos básicos Bentonitas camadas de argilas ricas em esmectitas, derivadas da alteração da cinza vulcânica. Tonsteins argilitos ricos em caulinita, originadas de cinza vulcânica * Diagênese Zeólitos analcina, clinoptilolita, phillipsita, lanmontita e mordenita geralmente criptocristalinos e ocasionalmente fibrosos formados quando a cinza se deposita em lagos alcalinos; * Diagênese Substituição dos Tufos por Sílica e Calcita Sílica sílica liberada durante alteração vidro para argilominerais e zeólitos precipitação como chert por substituição ou como cimento Porcelanita ou Halleflinta = tufos completamente silicificados Calcita ocorre como cimento ou substituindo os grãos vulcânicos. * Diagênese Aplicação Prática Tufos cenozóicos empregados na construção , devido à porosidade e brancura do material. * FLUXO PIROCLÁSTICO * MATERIAL PIROCLÁSTICO
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