Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* SISTEMA DESÉRTICO * * Características gerais dos desertos: taxa de precipitação anual < 250 mm (clima árido) alta taxa de evaporação cobertura vegetal escassa ou ausente solos pouco desenvolvidos efetividade do vento como agente geológico precipitações infreqüentes, mas concentradas grandes flutuações nos ventos e temperaturas (diárias e sazonais) * Características gerais dos desertos: Desertos atuais cobrem cerca de 30% da superfície da Terra apenas 20% são cobertos por campos de dunas concentram-se em latitudes baixas e médias, em torno dos trópicos de Capricórnio (30° S) e Câncer (30° N) zonas onde há grande dispersão de ventos por constituírem células de alta pressão na circulação atmosférica global distância de zonas úmidas, no interior de grandes continentes (ex. Saara, Australiano, Gobi, Turkestan, Taclamakan) aridez ao longo de costas onde o vento é paralelo à costa ou costa afora (ex. leste da África) regiões com fenômeno de ressurgência-baixa precipitação (ex. Atacama e Namíbia) * Características gerais dos desertos: fatores determinantes da sua distribuição: padrão geral de circulação atmosférica grau de afastamento do mar distribuição das cadeias montanhosas * LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS DESERTOS ATUAIS * Principais áreas desérticas do mundo (excluindo os desertos polares) em relação à direção dos ventos predominantes. * Deserto de Gobi- Mongólia * Desertos do passado geológico dimensões maiores (ex: desertos do Jurássico – afastamento do mar) * ELEMENTOS GEOMORFOLÓGICOS EXTRADUNA forma a região periférica dos campos de dunas relacionados no tempo e no espaço c/depósitos de dunas Leques aluviais Fluvial entrelaçado de alta energia (wadi, oued, uede) Lacustre Superfície de deflação (reg, serir, hammada, gobi ou gibber plains) pavimento seixoso ou não * ELEMENTOS GEOMORFOLÓGICOS Ventifactos jateamento de areia Loess (finos) levados pelo jet stream (corrente do jato = corrente de ar muito veloz que ocorre na estratosfera ou na alta troposfera; ocorrem em torno da Terra envolvendo-a e seguindo um curso ondulante; existem dois tipos de Jet stream: o jato subtropical, com altitude mais elevada e o jato polar, de menor altitude) e em zonas de baixa pressão * ELEMENTOS GEOMORFOLÓGICOS CAMPO DE DUNAS (erg ou sand sea) Duna Interduna Lençol de areia * Subsistemas desérticos * LEQUES ALUVIAIS Principais processos deposicionais: fluxo de detritos (debris flow) fluxos torrenciais não canalizados (sheet floods) fluxos torrenciais canalizados (stream floods) * LEQUES ALUVIAIS E DEPÓSITOS DE PLAYA * FLUVIAL ENTRELAÇADO precipitações concentradas geram correntes efêmeras c/ altas densidade de sedimentos “oued” , “wadis”, uedes grande poder de erosão, transporte e deposição * LACUSTRE lagos efêmeros drenagem endorréica formação (no centro das bacias) de lagos alimentados pelas correntes de superfícies e/ou água subterrânea ocupam muitas vezes depressões topográficas geradas pela deflação ou por subsidência tectônica (raramente) processos de sedimentação de carga clástica e química sais (“sebkha”, “playa lake”) * LACUSTRE depósitos clásticos finos areno-síltico-argilosos, intercalados e/ou misturados c/ depósitos químicos (sais evaporíticos) – gipsita (CaSO4.2H2O) e halita (NaCl) camadas bem estratificadas, c/ finas e contínuas lâminas laminação plano-paralela comuns gretas de dessecação nos lagos maiores, junto ao local de influxo de correntes podem se formar pequenos deltas e “lobos de suspensão * SISTEMAS EÓLICOS mais importante dos sistemas deposicionais desérticos ASSOCIAÇÃO DE FÁCIES DO AMBIENTE DESÉRTICO a evolução de uma bacia desértica ao longo do tempo permite interestratificação das diversas fácies fluviais, lacustres, eólicas resposta ao deslocamento dos sub-sistemas deposicionais fácies eólicas ocorrem associadas à maioria dos ambientes deposicionais subaéreos mais importantes; desértico (erg, sand seas) e costeiro * SISTEMAS EÓLICOS Vento principal agente geológico Nível de base de erosão definido pela superfície freática abaixo da qual o vento não tem capacidade de remover partículas característicos de desertos semi-áridos a hiper-áridos macroambientes climáticos: PP <500mm chuvas ocasionais e torrenciais alternadas com períodos de mais de 12 meses sem precipitação * Subsistemas desérticos * SUPEFÍCIE DE DEFLAÇÃO Hammada deserto rochoso areias transportadas para outros lugares por deflação embasamento rochoso cristalino SERIR (= reg = deserto pedregoso) resultam da ação combinada água (correntes efêmeras) + vento ERGS acumulações de areia (desertos arenosos) ou mares de areia sand seas espessuras varíaveis centenas de m desertos do Saara, da Namíbia e de Gobi * HAMMADA * SERIR * GIBBER PLAIN * vento fluido de baixa viscosidade baixa capacidade de erosão pode remover e transportar grande quantidade de sedimentos inconsolidados TIPOS: Deflação remoção dos grãos tamanho silte e areia pavimentos de desertos (regs) Abrasão desgaste de uma superfície pelo contínuo choque de partículas carregadas pelo vento ventifacto EROSÃO EÓLICA * DEFLAÇÃO EÓLICA * ABRASÃO EÓLICA * VENTIFACTO * TRANSPORTE EÓLICO Saltação Rastejamento Suspensão * TRANSPORTE DE SEDIMENTOS PELO VENTO * TRANSPORTE EÓLICO vento soprando sobre superfície arenosa tendência de diminuição da velocidade em direção ao substrato aproximadamente de zero quando a pressão de cisalhamento exercida pelo vento sobre o substrato arenoso ultrapassar um determinado valor crítico alguns grãos começarão a mover-se para frente chocam-se com outros grãos imóveis grãos são arremessados para cima pelo impacto penetram em espaços com velocidades maiores descrevendo trajetória parabólica ao caírem chocam-se com outros ampliando processo de saltação * * TRANSPORTE EÓLICO choque de grãos maiores com os em saltação rolam para frente rastejamento (creep) partículas projetadas para o ar <0,15cm podem ser transportadas por suspensão por longas distâncias * Processos de transporte superfície de rugosidade aparente (Zo) altura abaixo da qual o ar mantêm-se parado controla a liberação de areia para o transporte valor independe da velocidade do vento valores de Zo condicionados alturas e distâncias das rugosidades da superfície * Processos de transporte superfícies arenosas Zo = 1/30 do diâmetro médio da partícula d médio = 1 mm Zo = 0,03 mm na presença de marcas onduladas, cristas, terraços, canais, etc. Zo maior ocorrência de vegetação Zo = 2/3 do tamanho médio das plantas 10 a 20 cm (Carter, 1988) propicia queda livre dos grãos da nuvem de saltação que penetram nesta camada de ar estagnada; poucos grãos conseguem ultrapassar o valor Zo e continuarão a ser transportados * SUPERFÍCIE DE RUGOSIDADE APARENTE * DEPOSIÇÃO EÓLICA Wilson (1972) 3 diferentes hierarquias de formas de leito sem tipos transicionais: marcas onduladas dunas draas Formam-se em função (Lancastar, 1988): regime de vento taxa de acumulação de areia tamanho do grão * FORMAS DE LEITO EÓLICAS * DEPOSIÇÃO EÓLICA Cada forma de leito responde dinamicamente a um componente do regime de vento em uma área e tem período de tempo característico tempo de reconstituição ou relaxação (Allen, 1974) sobre o qual a forma de leito se ajustará às mudanças de condições * DEPOSIÇÃO EÓLICA marcas onduladas desenvolvimento controlado pela naturezados eventos dinâmicos individuais de curta duração hora ou dias dunas variações sazonais na velocidade e no sentido dos ventos tempo de reconstituição =10 a 100 anos draas mudanças no regime geomorfológico geral, são insensíveis às mudanças locais nas condições do fluxo tempo de reconstituição = 1.000 a 100.000 anos * MARCAS ONDULADAS Marcas de leito centimétricas geradas pela movimentação, por saltação ou rastejo: de grãos de areia marcas onduladas de areia (sand ripples) de grânulos marcas onduladas de grânulos (granule ripples) Desenvolvem-se : em lençóis de areia regiões interdunas no dorso e na face frontal de dunas e draas * Subsistemas desérticos * MARCAS ONDULADAS EÓLICAS Marcas onduladas de grânulo (granule ripples) Marcas onduladas de areia (sand ripples) * MARCAS ONDULADAS Cavalgam umas sobre as outras ficando cada forma de leito preservada sob a forma de estrato transladante cavalgante Variação do ângulo de cavalgamento: volume de sedimento taxa de migração da marca ondulada Tipos: supercritico, crítico e subcrítico Ângulo de cavalgamento supercrítico: ângulo de cavalgamento (α) > ângulo de inclinação do dorso da marca ondulada precedente possibilitando deposição tanto na face frontal quanto no dorso da forma de leito lâminas podem ser traçadas ininterruptamente entre os sets de estratos cruzados * CAVALGAMENTO DE MARCAS ONDULADAS EÓLICAS * MARCAS ONDULADAS Ângulo de cavalgamento crítico: ângulo de cavalgamento (α) = ângulo da superfície de dorso da marca ondulada s/erosão do dorso da marca ondulada precedente conjunto de estratos cruzados acaba por representar a forma de leito inteira Ângulo de cavalgamento subcrítico: ângulo de cavalgamento (α) < ângulo ângulo de inclinação do dorso da marca ondulada precedente ocorre erosão significativa das porções superiores da forma de leito preservação de uma pequena fração das sua altura original * CAVALGAMENTO DE MARCAS ONDULADAS EÓLICAS * DIFERENÇA ENTRE MARCAS ONDULADAS EÓLICAS E SUBAQUÁTICAS * DUNAS Dunas H = 0,1 – 100m; L = 3 – 500m; apresentam estratos cruzados internos formados por diferentes processos deposicionais: processos trativos marcas onduladas eólicas processos gravitacionais na face frontal depósitos de fluxo de grãos (grain flow) + queda livre de grão (grain fall) * FLUXO DE GRÃO * ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS EM DUNAS ATUAIS * DUNAS Estratos de fluxo de grãos gerados pela avalanche de areia não-coesiva ao longo da face de deslizamento (slipface) sempre que a acumulação de areia exceder ao ângulo crítico de repouso da areia seca (cerca 34°) depósitos correspondem a processo de ressedimentação atinge as areias já depositadas (normalmente por queda livre de grão) ao longo da face de deslizamento * DUNAS Estratos de fluxo de grãos se areia encontra-se seca depósitos formam corpos com geometria de línguas com certo grau de umidade (de coesão interna) transporte ocorre por deslizamento (slide) e escorregamento (slump) de blocos arenoso ao longo da superfície de deslizamento feições deformativas brechas, dobras, falhas, etc.) * ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS EM DUNAS ATUAIS * FLUXO DE GRÃO * DEPÓSITOS DE FLUXO DE GRÃOS Prof. Luiz. J. Tomazzeli-UFRGS * DEPÓSITOS DE ESCORREGAMENTO Prof. Luiz. J. Tomazzeli-UFRGS * McKee, 1979 * DUNAS Estratos de queda livre de grãos deposição ocorre através do assentamento de grãos arenosos quando penetram em zonas abrigadas onde o ar se encontra sem movimento face frontal da duna desenvolve-se zona de separação de fluxo de ar ao transporem a crista grãos em suspensão e saltação penetram nesta zona desprotegida perdem momentum (massa x velocidade) e se depositam por queda livre acumulam-se ao longo da face frontal da duna moldando-se concordantemente com a topografia preexistente * ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS EM DUNAS ATUAIS * DEPÓSITOS DE FLUXO DE GRÃOS E QUEDA LIVRE DE GRÃOS Prof. Luiz. J. Tomazzeli-UFRGS * CLASSIFICAÇÃO DE DUNAS EÓLICAS Denominadas com base em dois esquemas de classificação independentes entre si: morfológico (McKee, 1979) morfodinâmico (Hunter et al., 1983) * CLASSIFICAÇÃO DE DUNAS EÓLICAS Classificação morfológica (McKee, 1979) baseada nas características geométricas: sinuosidade da linha de crista números de faces frontais presença ou ausência de dunas superpostas TIPOS: linear, crescente e estrela * CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS * DUNAS CRESCENTES assimetria bem definida superfície de barlavento com mergulho suave < 12° acentuada inclinação da face frontal * CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS * DUNAS LINEARES simétricas cristas retas e onduladas DUNAS ESTRELAS diferentes cristas partindo de um ou dois picos centrais * CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS * Todas as fotos foram tiradas no Deserto da Namíbia. As localidades das fotos estão indicadas na imagem acima, com exceção das fotos A (Costa do Esqueleto) e B (Vale do Rio Huab) D) Dunas Lineares C) Dunas estrelas simples E) Duna estrela complexa F) Duna linear simples B) Duna crescente simples, crista sinuosa Dunas Crescentes Dunas Lineares Draa estrela Dunas lineares Deserto da Namíbia A) Dunas crescentes isoladas CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNA EÓLICAS: EXEMPLO DO DESERTO DA NAMÍBIA * * * * Nomes mais especializados: dunas com formato em U (dunas parabólicas) vinculadas a sistemas parcialmente estabilizados pela vegetação dunas de baixo relevo (zibars; baixo relevo, H <10m; L = 0,5km) associadas a sedimentos de granulometria grossa * Tipos de formas de leito relacionadas ao número de superfícies de deslizamento (McKee, 1979) * CLASSIFICAÇÃO DE DUNAS EÓLICAS Classificação morfodinâmica (Hunter et al. 1983) baseada no posicionamento das formas de leito em relação ao vetor médio dos ventos de uma determinada área (= vetor resultante da direção de transporte): TIPOS: longitudinais linha de crista orientada paralelamente ao vetor médio dos ventos oblíquas linha orientada entre 15° e 75° transversais linha orientada ortogonalmente * Obs: esta dupla classificação é necessária porque os tipos morfológicos e morfodinâmicos nem sempre coincidem * * Tipos de formas de leito relacionadas ao número de superfícies de deslizamento (McKee, 1979) * DRAAS Draas H = 20 – 450m; L = 300 – 550m com dunas superpostas migrando no seu dorso ou na sua face frontal (Kocurek, 1981a) * CLASSIFICAÇÃO DRAAS Draa composto mesmos tipos de dunas superpostos dunas crescentes menores superpostas em dunas crescentes menores Draa complexo diferentes tipos de dunas superpostos dunas crescentes superpostas a grandes dunas lineares * CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS * Definição: Depressões entre dunas eólicas e draas Controles da extensão e geometria das interdunas: 1) Saturação de areia do sistema eólico 2) Tipos de dunas eólicas extensão pode ser maior, igual ou menor ao L de onda das dunas Depósitos de Interdunas: controlado pela natureza superfície deposicional (interdunas secas, encharcadas e úmidas) ÁREAS DE INTERDUNAS Prof. Claiton Scherer-UFRGS * Subsistemas desérticos * SATURAÇÃO DE AREIA DO VENTO A área de interdunas diminui de zonas metasaturadas para zonas saturadas Prof. Claiton Scherer-UFRGS Seção esquemática da margem ao centro de um erg mostrando zonas saturadas, metasaturadas e subsaturadas de areia, (Wilson, 1971) * ÁREAS INTERDUNAS Geometria controlada pelo tipo da duna campos dedunas crescentes área de interdunas alinhadas paralelamente a linha de crista mas desconectadas lateralmente dunas lineares interdunas alongados paralelamente à linha de crista dunas estrelas mosaico de interdunas sem orientação definida * Dunas eólicas crescentes crista curva Interdunas descontínuas * Dunas eólicas lineares – corredores de interdunas contínuos * Dunas eólicas estrelas –interdunas descontínuas * ÁREAS INTERDUNAS Podem ser caracterizadas por deflação ou deposição interdunas deflacionárias formadas em zonas saturadas onde os sedimentos de interdunas são remobilizados e disponibilizados para a construção de dunas eólicas interdunas deposicionais ocorrem em zonas metasaturadas e podem ser subdivididas em 3 tipos com base na interpretação dos processos sedimentares associados à superfície de interduna depósitos de interdunas secas superfície deposicional seca depósitos de interdunas encharcadas lençol freático ou franja capilar encontram-se próximos à superfície depósitos de interdunas úmidos inundações periódicas por fluxos fluviais ou o lençol freático é alto afogamento da região * SATURAÇÃO DE AREIA DO VENTO A área de interdunas diminui de zonas metasaturadas para zonas saturadas Prof. Claiton Scherer-UFRGS Seção esquemática da margem ao centro de um erg mostrando zonas saturadas, metasaturadas e subsaturadas de areia, (Wilson, 1971) * Interduna úmida e encharcada Duna * DEPÓSITOS DE INTERDUNAS SECAS Constituídos dominantemente de estratos de marcas onduladas eólicas: estratos transladantes cavalgantes formadas sob condições uniformes de sedimentação formas de leito isoladas espessuras 1 – 10cm de areia grossa e grânulos (granule ripples) condições de fluxo menos uniforme + diferenças granulométricas marcantes entre as regiões de dunas e interdunas * DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS Estruturas de adesão adesão de areia a uma superfície úmida marcas onduladas de adesão domos de adesão estruturas de adesão de leito plano * DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS Marcas onduladas de adesão formam cristas milimétricas alongadas transversalmente ao vento apresentam deposição no dorso pela adesão de grãos de areia em saltação acresção de dorso da forma de leito + migração e cavalgamento destas estruturas no sentido do vento estratos transladantes cavalgantes de adesão onde lâminas individuais são corrugadas * ESTRUTURAS DE ADESÃO * MARCAS ONDULADAS DE ADESÃO * DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS Domos de adesão estruturas irregulares e arqueadas gerando uma série de formas convexas distribuídas aleatoriamente na superfície de interduna gênese associada a fortes ventos com variações constantes de sentido impedindo a migração lateral e o cavalgamento da estrutura de adesão * ESTRUTURAS DE ADESÃO * DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS ESTRUTURAS DE ADESÃO DE LEITO PLANO geradas pela aderência de grãos de areia a uma superfície encharcada sem desenvolvimento de marcas onduladas ou estruturas dômicas lâminas individuais são planas e apresentam uma rugosidade incipiente que as diferenciam de outros tipos de laminações plano-paralelas raramente excedem 2 – 3m * ESTRUTURAS DE ADESÃO * DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ÚMIDAS Subdivididas em 2 tipos: evaporíticas compostas por precipitação de calcita, dolomita, gipsita e anidrita interdunas sujeitas a inundações periódicas seguidas por dessecação ex: Deserto da Arábia siliciclásticas caracterizadas por depósitos lacustre e fluvial + feições deformativas (laminações contorcidas e brechadas) e de bioturbação ex: Deserto da Namíbia * Costa do Esqueleto, Deserto da Namíbia Interação Fluvial-Eólica em Áreas de Interdunas * Hoanib River * * * Mapa dos Depósitos do Rio Hoanib * Modelo esquemático de interação do rio Hoanib e o Campo de Dunas da Costa do esqueleto * * LENÇÓIS DE AREIA EÓLICOS Prof. Claiton Scherer-UFRGS * LENÇÓIS DE AREIA Áreas cobertas por areias eólicas sem dunas com faces de escorregamento bem desenvolvidas modernos ocorrem em ampla variedade de ambientes deposicionais regiões de margem de ergs, zonas costeiras ou em planícies aluviais arenosas de clima árido * LENÇÓIS DE AREIA Fatores que favorecem desenvolvimento: limitada disponibilidade de areia para a construção de dunas lençol freático próximo à superfície deposicional ou à cimentação ocorrência de inundações periódicas que limitam tempo disponível para a formação de dunas fração granulométrica > areia grossa dificulta a formação de dunas presença de vegetação diminui disponibilidade de areia + altera o fluxo * LENÇÓIS DE AREIA Feições sedimentares: marcas onduladas eólicas arenosas e de grânulos estruturas de adesão * LENÇÓIS DE AREIA EÓLICOS * DESENVOLVIMENTO DE ERGS regiões dos desertos atuais cobertas por dunas eólicas mares de areia (sand seas) englobam 90% das dunas eólicas do globo longa história deposicional alternância de períodos deposicionais e erosivos * ERG - PENÍNSULA ARÁBICA * ERG - DESERTO MARZUQ (LÍBIA) Prof. Claiton Scherer-UFRGS * Taxa de alteração Cobertura vegetal Tipo de rocha da área fonte Tipo de sistema fluvial Padrão geral de drenagem Lençol freático Cobertura vegetal Direção do vento em relação aos sistemas aluviais ou costeiros Fração granulométrica depositada pelos sistemas fluviais e marinhos Posição da bacia em relação aos padrões de circulação atmos- féricos globais Disposição dos mares e continentes Efeitos orográficos regionais Influxo Sedimentar Clima, Tectônica e Nível Relativo do Mar Disponibilidade de Areia Energia dos Ventos Regime de Sedimentos DESENVOLVIMENTO DO ERG Prof. Claiton Scherer-UFRGS * * ACUMULAÇÃO EÓLICA Deposição total de sedimento através do tempo gerando corpo tridimensional de estratos Acumulação migração + cavalgamento de dunas em relação à superfície de acumulação ângulo de cavalgamento medido em relação à superfície de acumulação configurações crítico, supercrítico e subcrítico quase totalidade representadas por estratos transladantes cavalgantes subríticos taxa de deposição < taxa de migração * ACUMULAÇÃO EÓLICA Qe = entrada de sedimentos Qs = saída de sedimentos ACUMULAÇÃO Qe > Qs A acumulação é gerada pelo sucessivo cavalgamento de dunas eólicas, formando um corpo tri-dimensional de estratos. Prof. Claiton Scherer-UFRGS Superfície deposicional (de acumulação plano que une as depressões de interdunas superf. de equilíbrio * ACUMULAÇÃO EÓLICA X SUPERSUPERFÍCIES Acumulação = balanço sedimentar positivo Supersuperfície = balanço sedimentar neutro ou negativo * TIPOS DE SISTEMAS EÓLICOS Sistema eólico seco Sistema eólico úmido SISTEMAS EÓLICOS * ACUMULAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS SECOS Acumulação de sistemas eólicos secos é restrita a zonas saturadas Prof. Claiton Scherer-UFRGS * Acumulação em Sistemas Eólicos Secos A acumulação ocorre em depressões topográficas Ex, Ergs do Saara * Características Gerais – Sistemas Eólicos Secos * ACUMULAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS ÚMIDOS Migração e cavalgamento de dunas eólicas/ interdunas em sistemas eólicos úmidos Lençol freático Interdigitação Estruturas de adesão Onlap Feições sedimentológicas mostrando a contemporaneidade entre depósitos de dunas eólicas e de interdunas Dunas Eólicas A acumulação em sistemas eólicos úmidos está invariavelmente associada a uma subida do lençol freático * Diferentes configurações estratigráficas resultantes da variação do ângulo de cavalgamento. O ângulo de cavalgamentoé controlado pela relação entre a taxa de subida do lençol freático e a taxa de migração das dunas eólicas. ACUMULAÇÃO EM SISTEMAS EÓLICOS ÚMIDOS * Características Gerais – Sistemas Eólicos Úmidos * TRANSIÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS ÚMIDOS PARA SECOS * PRESERVAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS SISTEMAS EÓLICOS Sistemas eólicos úmidos espaços de acumulação e preservação coincidem controlados pelo lençol freático Sistemas eólicos úmidos espaços de acumulação e preservação não coincidem acumulação pode ocorrer acima do espaço de preservação poucas possibilidades de ser incorporado no registro estratigráfico * PRESERVAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS Preservação é a incorporação da acumulação no registro geológico. * PRESERVAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS SISTEMAS EÓLICOS Fatores que promovem a preservação de sistemas eólicos: incorporação da acumulação na zona saturada vinculada à mudança relativa do nível freático por: subsidência ou p/mudanças absolutas por alterações climática ou variações do nível do mar Desenvolvimento de superfícies de estabilização crescimento de vegetação ou influência de qualquer outro fator que aumente a resistência à erosão Subsidência da acumulação abaixo no nível base de erosão tectonismo, carga sedimentar e/ou compactação * Preservação da acumulação eólica * SISTEMAS EÓLICOS NO REGISTRO GEOLÓGICO SISTEMAS EÓLICOS RECONHECIMENTO DE LENÇÓIS DE AREIA RECONHECIMENTO DE DUNAS EÓLICAS DEPÓSITOS DE INTERDUNAS SUPERFÍCIES LIMÍTROFES RECONSTRUÇÃO MORFOLÓGICA E MORFODINÂMICA DE DUNAS EÓLICAS RECONSTRUÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS ESTRATIGRAFIA DE EVENTOS EÓLICA * SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO RECONHECIMENTO DE LENÇÓIS DE AREIA Pacotes tabulares Estratos horizontais ou de baixo ângulo Marcas onduladas de grânulos, laminações transladantes cavalgantes, estruturas de adesão, fluxos subaquáticos * MARCAS ONDULADAS EÓLICAS Marcas onduladas de grânulo (granule ripples) Marcas onduladas de areia (sand ripples) * DEPÓSITOS DE LENÇÓIS DE AREIA * Estruturas de Adesão Laminações Cavalgantes Transladantes Depósitos Fluviais Estruturas de Adesão DEPÓSITOS DE LENÇÓIS DE AREIA * SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO RECONHECIMENTO DE DUNAS EÓLICAS * ect ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS etc - estratos transladantes cavalgantes * ect gradação inversa ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS etc - estratos transladantes cavalgantes * fg - fluxo de grãos qlg - queda livre de grãos etc - estratos transladantes cavalgantes ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS qlg fg ect etc fg fg qlg * ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS * ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS * DEPÓSITOS DE ESCORREGAMENTO * Identificação de estratificações eólicas em perfil * SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO RECONHECIMENTO DE INTERDUNAS * Interdigitação de estratos cruzados e dunas e depósitos de interdunas * Detalhe dos depósitos de interdunas * Níveis pelíticos dentro dos estratos cruzados de dunas eólicas * Níveis pelíticos dentro dos estratos cruzados de dunas eólicas - detalhe * Feições Associadas à Superfície de Interdunas: superfície corrugada por deflação eólica lençol freático próximo da superfície deposicional (Superfície de Stokes) * Sucessão vertical de fácies de interdunas * * Identificação de sets de dunas eólicas e interdunas em perfil * SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO SUPERFÍCIES LIMÍTROFES sets e cosets de estratos cruzados são separados por uma hierarquia de superfícies limítrofes que têm as suas gêneses vinculadas a diferentes processos migração e cavalgamento 3 diferentes tipologias de superfícies enumeradas de forma hierárquica de 1ª, 2ª e 3ª ordem * SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS * SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO SUPERFÍCIES LIMÍTROFES 3ª ordem ocorrem dentro de um set de estratificações cruzadas efeito da erosão seguida de nova deposição flutuações locais na direção e velocidade do vento superfícies de reativação truncadas por superfícies de 1ª e 2ª ordem * SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS * SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO SUPERFÍCIES LIMÍTROFES 2ª ordem migração de dunas na face frontal de um draa mergulham paralela ou obliquamente ao sentido de migração do draa inclinações variáveis truncadas na base e no topo por superfícies de 1ª ordem * SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS * SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO SUPERFÍCIES LIMÍTROFES 1ª ordem representam movimentação do draa marcado pela migração de regiões de interdunas sobre depósitos de dunas eólicas planas, sub-paralelas cortam todas as estruturas subjacentes mergulham em baixo ângulo (<5°) em sentido oposto à migração da duna eólica sobrejacente * SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS * Superfícies de 1a. Ordem * Hierarquia de superfícies em depósitos de dunas eólicas Superfícies de 1a. e 2a. ordem * RECONSTRUÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS EÓLICAS 2) Presença de superfícies de 2a. Ordem indica dunas composta ou complexas. 1) Orientação dos estratos cruzados 3) O ângulo entre o sentido de mergulho das superfície de 2a. Ordem e o sentido de mergulho dos estratos cruzados indica a relação entre as dunas superpostas e a forma de leito principal * Reconstrução de Draas * POTENCIAL ECONÔMICO Petróleo (reservatório) areias eólicas bem selecionadas mas, por serem muito finas a permeabilidade é baixa Aquífero Botucatu
Compartilhar