Buscar

SISTEMA_DESÉRTICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 169 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 169 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 169 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

*
SISTEMA DESÉRTICO
*
*
Características gerais dos desertos:
taxa de precipitação anual < 250 mm (clima árido) 
alta taxa de evaporação 
cobertura vegetal escassa ou ausente 
solos pouco desenvolvidos 
efetividade do vento como agente geológico 
precipitações infreqüentes, mas concentradas 
grandes flutuações nos ventos e temperaturas (diárias e sazonais)
*
Características gerais dos desertos:
Desertos atuais
cobrem cerca de 30% da superfície da Terra  apenas 20% são cobertos por campos de dunas
concentram-se em latitudes baixas e médias, em torno dos trópicos de Capricórnio (30° S) e Câncer (30° N)  zonas onde há grande dispersão de ventos por constituírem células de alta pressão na circulação atmosférica global
distância de zonas úmidas, no interior de grandes continentes (ex. Saara, Australiano, Gobi, Turkestan, Taclamakan)
aridez ao longo de costas onde o vento é paralelo à costa ou costa afora (ex. leste da África)
regiões com fenômeno de ressurgência-baixa precipitação (ex. Atacama e Namíbia)
*
Características gerais dos desertos:
fatores determinantes da sua distribuição:
padrão geral de circulação atmosférica
grau de afastamento do mar 
distribuição das cadeias montanhosas
*
LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS DESERTOS ATUAIS
*
Principais áreas desérticas do mundo (excluindo os desertos polares) em relação à direção dos ventos predominantes.
*
Deserto de Gobi- Mongólia
*
Desertos do passado geológico
 dimensões maiores (ex: desertos do Jurássico – afastamento do mar)
*
ELEMENTOS GEOMORFOLÓGICOS
EXTRADUNA  forma a região periférica dos campos de dunas  relacionados no tempo e no espaço c/depósitos de dunas 
 Leques aluviais
 Fluvial entrelaçado de alta energia (wadi, oued, uede)
Lacustre
Superfície de deflação (reg, serir, hammada, gobi ou gibber plains)  pavimento seixoso ou não
*
ELEMENTOS GEOMORFOLÓGICOS
Ventifactos  jateamento de areia 
Loess (finos)  levados pelo jet stream (corrente do jato = corrente de ar muito veloz que ocorre na estratosfera ou na alta troposfera; ocorrem em torno da Terra envolvendo-a e seguindo um curso ondulante; existem dois tipos de Jet stream: o jato subtropical, com altitude mais elevada e o jato polar, de menor altitude) e em zonas de baixa pressão
*
ELEMENTOS GEOMORFOLÓGICOS
CAMPO DE DUNAS (erg ou sand sea)
 Duna 
Interduna
Lençol de areia
*
Subsistemas desérticos
*
LEQUES ALUVIAIS
Principais processos deposicionais:
 fluxo de detritos (debris flow) 
fluxos torrenciais não canalizados (sheet floods) 
 fluxos torrenciais canalizados (stream floods)
*
LEQUES ALUVIAIS E DEPÓSITOS DE PLAYA
*
FLUVIAL ENTRELAÇADO
precipitações concentradas geram  correntes efêmeras c/ altas densidade de sedimentos  “oued” , “wadis”, uedes
grande poder de erosão, transporte e deposição
*
LACUSTRE
lagos efêmeros
drenagem endorréica  formação (no centro das bacias) de lagos alimentados pelas correntes de superfícies e/ou água subterrânea
 ocupam muitas vezes depressões topográficas geradas pela deflação ou por subsidência tectônica (raramente) 
processos de sedimentação de carga clástica e química  sais (“sebkha”, “playa lake”)  
*
LACUSTRE
depósitos clásticos finos  areno-síltico-argilosos, intercalados e/ou misturados c/ depósitos químicos (sais evaporíticos) – gipsita (CaSO4.2H2O) e halita (NaCl)
camadas bem estratificadas, c/ finas e contínuas lâminas  laminação plano-paralela
comuns gretas de dessecação
nos lagos maiores, junto ao local de influxo de correntes podem se formar  pequenos deltas e “lobos de suspensão
*
SISTEMAS EÓLICOS
mais importante dos sistemas deposicionais desérticos
ASSOCIAÇÃO DE FÁCIES DO AMBIENTE DESÉRTICO
 a evolução de uma bacia desértica ao longo do tempo permite interestratificação das diversas fácies  fluviais, lacustres, eólicas  resposta ao deslocamento dos sub-sistemas deposicionais 
fácies eólicas ocorrem associadas à maioria dos ambientes deposicionais subaéreos  mais importantes; desértico (erg, sand seas) e costeiro 
*
SISTEMAS EÓLICOS
 Vento principal agente geológico 
 Nível de base de erosão  definido pela superfície freática  abaixo da qual o vento não tem capacidade de remover partículas
 característicos de desertos semi-áridos a hiper-áridos  macroambientes climáticos:
 PP <500mm
 chuvas ocasionais e torrenciais  alternadas com períodos de mais de 12 meses sem precipitação
*
Subsistemas desérticos
*
SUPEFÍCIE DE DEFLAÇÃO
Hammada  deserto rochoso  areias transportadas para outros lugares por deflação  embasamento rochoso cristalino
SERIR (= reg = deserto pedregoso) resultam da ação combinada  água (correntes efêmeras) + vento
ERGS  acumulações de areia (desertos arenosos) ou mares de areia  sand seas  espessuras varíaveis  centenas de m  desertos do Saara, da Namíbia e de Gobi
*
HAMMADA
*
SERIR
*
GIBBER PLAIN
*
vento fluido de baixa viscosidade  baixa capacidade de erosão  pode remover e transportar grande quantidade de sedimentos inconsolidados 
TIPOS:
 Deflação  remoção dos grãos tamanho silte e areia  pavimentos de desertos (regs)
 Abrasão  desgaste de uma superfície pelo contínuo choque de partículas carregadas pelo vento  ventifacto
EROSÃO EÓLICA
*
DEFLAÇÃO EÓLICA
*
ABRASÃO EÓLICA
*
VENTIFACTO
*
TRANSPORTE EÓLICO
Saltação
Rastejamento
Suspensão
*
TRANSPORTE DE SEDIMENTOS PELO VENTO
*
TRANSPORTE EÓLICO
 vento soprando sobre superfície arenosa  tendência de diminuição da velocidade em direção ao substrato  aproximadamente de zero
 quando a pressão de cisalhamento exercida pelo vento sobre o substrato arenoso ultrapassar um determinado valor crítico  alguns grãos começarão a mover-se para frente  chocam-se com outros grãos imóveis  grãos são arremessados para cima pelo impacto  penetram em espaços com velocidades maiores  descrevendo trajetória parabólica  ao caírem chocam-se com outros ampliando processo de saltação
*
*
TRANSPORTE EÓLICO
 choque de grãos maiores com os em saltação  rolam para frente  rastejamento (creep) 
 partículas projetadas para o ar <0,15cm  podem ser transportadas por suspensão por longas distâncias
*
Processos de transporte
superfície de rugosidade aparente (Zo)  altura abaixo da qual o ar mantêm-se parado
 
 controla a liberação de areia para o transporte 
 valor independe  da velocidade do vento 
 valores de Zo condicionados  alturas e distâncias das rugosidades da superfície
*
Processos de transporte
 superfícies arenosas  Zo = 1/30 do diâmetro médio da partícula  d médio = 1 mm  Zo = 0,03 mm 
 na presença de marcas onduladas, cristas, terraços, canais, etc.  Zo maior 
 ocorrência de vegetação  Zo = 2/3 do tamanho médio das plantas  10 a 20 cm (Carter, 1988)  propicia queda livre dos grãos da nuvem de saltação que penetram nesta camada de ar estagnada; poucos grãos conseguem ultrapassar o valor Zo e continuarão a ser transportados
*
SUPERFÍCIE DE RUGOSIDADE APARENTE
*
DEPOSIÇÃO EÓLICA
Wilson (1972)  3 diferentes hierarquias de formas de leito  sem tipos transicionais:
 marcas onduladas
 dunas
 draas
Formam-se em função (Lancastar, 1988):
 regime de vento
 taxa de acumulação de areia
 tamanho do grão
*
FORMAS DE LEITO EÓLICAS
*
DEPOSIÇÃO EÓLICA
Cada forma de leito responde dinamicamente a um componente do regime de vento em uma área e tem período de tempo característico  tempo de reconstituição ou relaxação (Allen, 1974)  sobre o qual a forma de leito se ajustará às mudanças de condições
*
DEPOSIÇÃO EÓLICA
 marcas onduladas  desenvolvimento controlado pela naturezados eventos dinâmicos individuais de curta duração  hora ou dias
 dunas  variações sazonais na velocidade e no sentido dos ventos  tempo de reconstituição =10 a 100 anos
 draas  mudanças no regime geomorfológico geral, são insensíveis às mudanças locais nas condições do fluxo  tempo de reconstituição = 1.000 a 100.000 anos
*
MARCAS ONDULADAS
Marcas de leito centimétricas geradas pela movimentação, por saltação ou rastejo:
 de grãos de areia  marcas onduladas de areia (sand ripples)
 de grânulos  marcas onduladas de grânulos (granule ripples)
Desenvolvem-se :
 em lençóis de areia 
 regiões interdunas 
 no dorso e na face frontal de dunas e draas
*
Subsistemas desérticos
*
MARCAS ONDULADAS EÓLICAS
Marcas onduladas
de grânulo (granule
ripples)
Marcas onduladas
de areia (sand ripples)
*
MARCAS ONDULADAS
Cavalgam umas sobre as outras  ficando cada forma de leito preservada sob a forma de  estrato transladante cavalgante
Variação do ângulo de cavalgamento:
 volume de sedimento
 taxa de migração da marca ondulada
Tipos:
supercritico, crítico e subcrítico
Ângulo de cavalgamento supercrítico:
 ângulo de cavalgamento (α) > ângulo de inclinação do dorso da marca ondulada precedente  possibilitando deposição tanto na face frontal quanto no dorso da forma de leito  lâminas podem ser traçadas ininterruptamente entre os sets de estratos cruzados
*
CAVALGAMENTO DE MARCAS ONDULADAS EÓLICAS
*
MARCAS ONDULADAS
Ângulo de cavalgamento crítico:
 ângulo de cavalgamento (α) = ângulo da superfície de dorso da marca ondulada  s/erosão do dorso da marca ondulada precedente conjunto de estratos cruzados acaba por representar a forma de leito inteira
Ângulo de cavalgamento subcrítico:
 ângulo de cavalgamento (α) < ângulo ângulo de inclinação do dorso da marca ondulada precedente  ocorre erosão significativa das porções superiores da forma de leito  preservação de uma pequena fração das sua altura original
*
CAVALGAMENTO DE MARCAS ONDULADAS EÓLICAS
*
DIFERENÇA ENTRE MARCAS ONDULADAS EÓLICAS
E SUBAQUÁTICAS
*
DUNAS
Dunas  H = 0,1 – 100m; L = 3 – 500m;
 apresentam estratos cruzados internos  formados por diferentes processos deposicionais:
 processos trativos  marcas onduladas eólicas 
 processos gravitacionais na face frontal  depósitos de fluxo de grãos (grain flow) + queda livre de grão (grain fall)
*
FLUXO DE GRÃO
*
ESTRATIFICAÇÕES
EÓLICAS
EM DUNAS ATUAIS
*
DUNAS
 Estratos de fluxo de grãos 
 gerados pela avalanche de areia não-coesiva ao longo da face de deslizamento (slipface)  sempre que a acumulação de areia exceder ao ângulo crítico de repouso da areia seca (cerca 34°) 
 depósitos correspondem a processo de ressedimentação  atinge as areias já depositadas (normalmente por queda livre de grão) ao longo da face de deslizamento
*
DUNAS
 Estratos de fluxo de grãos 
 se areia encontra-se seca  depósitos formam corpos com geometria de línguas
 com certo grau de umidade (de coesão interna)  transporte ocorre por deslizamento (slide) e escorregamento (slump) de blocos arenoso ao longo da superfície de deslizamento  feições deformativas  brechas, dobras, falhas, etc.)
*
ESTRATIFICAÇÕES
EÓLICAS
EM DUNAS ATUAIS
*
FLUXO DE GRÃO
*
DEPÓSITOS DE FLUXO DE GRÃOS
Prof. Luiz. J. Tomazzeli-UFRGS
*
DEPÓSITOS DE
ESCORREGAMENTO
Prof. Luiz. J. Tomazzeli-UFRGS
*
McKee, 1979
*
DUNAS
 Estratos de queda livre de grãos 
 deposição ocorre através do assentamento de grãos arenosos  quando penetram em zonas abrigadas onde o ar se encontra sem movimento  face frontal da duna 
  desenvolve-se zona de separação de fluxo de ar  ao transporem a crista grãos em suspensão e saltação penetram nesta zona desprotegida  perdem momentum (massa x velocidade) e se depositam por queda livre 
  acumulam-se ao longo da face frontal da duna  moldando-se concordantemente com a topografia preexistente
*
ESTRATIFICAÇÕES
EÓLICAS
EM DUNAS ATUAIS
*
DEPÓSITOS DE FLUXO DE GRÃOS
E QUEDA LIVRE DE GRÃOS
Prof. Luiz. J. Tomazzeli-UFRGS
*
CLASSIFICAÇÃO DE DUNAS EÓLICAS
Denominadas com base em dois esquemas de classificação independentes entre si:
 morfológico (McKee, 1979)
 morfodinâmico (Hunter et al., 1983)
*
CLASSIFICAÇÃO DE DUNAS EÓLICAS
Classificação morfológica (McKee, 1979)
 baseada nas características geométricas:
 sinuosidade da linha de crista
 números de faces frontais
 presença ou ausência de dunas superpostas
TIPOS: linear, crescente e estrela
*
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS
*
DUNAS CRESCENTES
 assimetria bem definida
 superfície de barlavento com mergulho suave  < 12°
 acentuada inclinação da face frontal
*
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS
*
DUNAS LINEARES
 simétricas
 cristas retas e onduladas 
DUNAS ESTRELAS
 diferentes cristas partindo de um ou dois picos centrais
*
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS
*
Todas as fotos foram tiradas no 
Deserto da Namíbia. As localidades
das fotos estão indicadas na 
imagem acima, com exceção das
fotos A (Costa do Esqueleto) e
B (Vale do Rio Huab)
D) Dunas
Lineares
C) Dunas
estrelas
simples
E) Duna estrela complexa
F) Duna linear simples
B) Duna crescente
simples, crista sinuosa
Dunas
Crescentes
Dunas Lineares
Draa estrela
Dunas lineares
Deserto da
Namíbia
A) Dunas crescentes
isoladas
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA
DE DUNA EÓLICAS: EXEMPLO
DO DESERTO DA NAMÍBIA
*
*
*
*
Nomes mais especializados:
 dunas com formato em U (dunas parabólicas)  vinculadas a sistemas parcialmente estabilizados pela vegetação 
 dunas de baixo relevo (zibars; baixo relevo, H <10m; L = 0,5km)  associadas a sedimentos de granulometria grossa
*
Tipos de formas de leito relacionadas ao número de superfícies de deslizamento (McKee, 1979)
*
CLASSIFICAÇÃO DE DUNAS EÓLICAS
Classificação morfodinâmica (Hunter et al. 1983)
 baseada no posicionamento das formas de leito em relação ao vetor médio dos ventos de uma determinada área (= vetor resultante da direção de transporte):
TIPOS: 
 longitudinais  linha de crista orientada paralelamente ao vetor médio dos ventos 
 oblíquas  linha orientada entre 15° e 75°
 transversais  linha orientada ortogonalmente
*
 Obs: esta dupla classificação é necessária porque os tipos morfológicos e morfodinâmicos nem sempre coincidem
*
*
Tipos de formas de leito relacionadas ao número de superfícies de deslizamento (McKee, 1979)
*
DRAAS
Draas  H = 20 – 450m; L = 300 – 550m  com dunas superpostas migrando no seu dorso ou na sua face frontal (Kocurek, 1981a)
*
CLASSIFICAÇÃO DRAAS
Draa composto  mesmos tipos de dunas superpostos  dunas crescentes menores superpostas em dunas crescentes menores 
Draa complexo  diferentes tipos de dunas superpostos  dunas crescentes superpostas a grandes dunas lineares
*
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS
*
Definição: Depressões entre dunas eólicas e draas
Controles da extensão e geometria das interdunas:
1) Saturação de areia do sistema eólico
2) Tipos de dunas eólicas
extensão pode ser maior, igual ou menor ao L de onda das dunas
Depósitos de Interdunas: controlado pela natureza superfície deposicional (interdunas secas, encharcadas e úmidas)
ÁREAS DE INTERDUNAS
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
*
Subsistemas desérticos
*
SATURAÇÃO DE AREIA DO VENTO
A área de interdunas diminui de zonas metasaturadas para zonas saturadas
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
Seção esquemática da margem ao centro de um erg mostrando zonas saturadas, metasaturadas e subsaturadas de areia, (Wilson, 1971)
*
ÁREAS INTERDUNAS
Geometria controlada pelo tipo da duna
 campos dedunas crescentes  área de interdunas alinhadas paralelamente a linha de crista mas desconectadas lateralmente
 dunas lineares  interdunas alongados paralelamente à linha de crista
 dunas estrelas  mosaico de interdunas sem orientação definida
*
Dunas eólicas crescentes
crista curva
Interdunas
descontínuas
*
Dunas eólicas lineares – corredores de interdunas contínuos
*
Dunas eólicas estrelas –interdunas descontínuas
*
ÁREAS INTERDUNAS
Podem ser caracterizadas por deflação ou deposição
 interdunas deflacionárias  formadas em zonas saturadas  onde os sedimentos de interdunas são remobilizados e disponibilizados para a construção de dunas eólicas
 interdunas deposicionais  ocorrem em zonas metasaturadas e podem ser subdivididas em 3 tipos  com base na interpretação dos processos sedimentares associados à superfície de interduna
 depósitos de interdunas secas superfície deposicional seca
 depósitos de interdunas encharcadas  lençol freático ou franja capilar encontram-se próximos à superfície
 depósitos de interdunas úmidos  inundações periódicas por fluxos fluviais ou o lençol freático é alto  afogamento da região
*
SATURAÇÃO DE AREIA DO VENTO
A área de interdunas diminui de zonas metasaturadas para zonas saturadas
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
Seção esquemática da margem ao centro de um erg mostrando zonas saturadas, metasaturadas e subsaturadas de areia, (Wilson, 1971)
*
Interduna úmida e encharcada
Duna
*
DEPÓSITOS DE INTERDUNAS SECAS
Constituídos dominantemente de estratos de marcas onduladas eólicas:
 estratos transladantes cavalgantes  formadas sob condições uniformes de sedimentação
 formas de leito isoladas  espessuras 1 – 10cm  de areia grossa e grânulos (granule ripples) condições de fluxo menos uniforme + diferenças granulométricas marcantes entre as regiões de dunas e interdunas
*
DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS
Estruturas de adesão  adesão de areia a uma superfície úmida
 marcas onduladas de adesão
 domos de adesão  
 estruturas de adesão de leito plano
*
DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS
Marcas onduladas de adesão 
 formam cristas milimétricas alongadas transversalmente ao vento
 apresentam deposição no dorso pela adesão de grãos de areia em saltação  acresção de dorso da forma de leito + migração e cavalgamento destas estruturas no sentido do vento  estratos transladantes cavalgantes de adesão onde lâminas individuais são corrugadas
*
ESTRUTURAS
DE ADESÃO
*
MARCAS ONDULADAS DE ADESÃO
*
DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS
Domos de adesão
 estruturas irregulares e arqueadas  gerando uma série de formas convexas distribuídas aleatoriamente na superfície de interduna
 gênese associada a fortes ventos com variações constantes de sentido  impedindo a migração lateral e o cavalgamento da estrutura de adesão
*
ESTRUTURAS
DE ADESÃO
*
DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ENCHARCADAS
ESTRUTURAS DE ADESÃO DE LEITO PLANO
 geradas pela aderência de grãos de areia a uma superfície encharcada  sem desenvolvimento de marcas onduladas ou estruturas dômicas
 lâminas individuais  são planas e apresentam uma rugosidade incipiente que as diferenciam de outros tipos de laminações plano-paralelas  raramente excedem 2 – 3m 
 
*
ESTRUTURAS
DE ADESÃO
*
DEPÓSITOS DE INTERDUNAS ÚMIDAS
Subdivididas em 2 tipos:
 evaporíticas  compostas por precipitação de calcita, dolomita, gipsita e anidrita  interdunas sujeitas a inundações periódicas seguidas por dessecação  ex: Deserto da Arábia
 siliciclásticas  caracterizadas por depósitos lacustre e fluvial + feições deformativas (laminações contorcidas e brechadas) e de bioturbação  ex: Deserto da Namíbia
*
Costa do Esqueleto, Deserto da Namíbia
Interação Fluvial-Eólica em Áreas de Interdunas
*
Hoanib River
*
*
*
Mapa dos Depósitos do Rio Hoanib
*
Modelo esquemático de
interação do rio Hoanib
e o Campo de Dunas da
Costa do esqueleto
*
*
LENÇÓIS DE AREIA EÓLICOS
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
*
LENÇÓIS DE AREIA
 Áreas cobertas por areias eólicas sem dunas com faces de escorregamento bem desenvolvidas
 modernos ocorrem em ampla variedade de ambientes deposicionais  regiões de margem de ergs, zonas costeiras ou em planícies aluviais arenosas de clima árido
*
LENÇÓIS DE AREIA
Fatores que favorecem desenvolvimento:
 limitada disponibilidade de areia para a construção de dunas  lençol freático próximo à superfície deposicional ou à cimentação
 ocorrência de inundações periódicas que limitam tempo disponível para a formação de dunas
 fração granulométrica > areia grossa  dificulta a formação de dunas
 presença de vegetação  diminui disponibilidade de areia + altera o fluxo
*
LENÇÓIS DE AREIA
Feições sedimentares:
 marcas onduladas eólicas arenosas e de grânulos
 estruturas de adesão
*
LENÇÓIS DE AREIA EÓLICOS
*
DESENVOLVIMENTO DE ERGS
 regiões dos desertos atuais cobertas por dunas eólicas  mares de areia (sand seas)
 englobam 90% das dunas eólicas do globo
 longa história deposicional  alternância de períodos deposicionais e erosivos
*
ERG - 
PENÍNSULA
ARÁBICA
*
ERG - DESERTO
MARZUQ (LÍBIA)
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
*
Taxa de alteração
Cobertura vegetal
Tipo de rocha da
área fonte
Tipo de sistema
fluvial
Padrão geral de
drenagem
Lençol freático
Cobertura vegetal
Direção do vento em
relação aos sistemas
aluviais ou costeiros
Fração granulométrica
depositada pelos 
sistemas fluviais e
marinhos
Posição da bacia em
relação aos padrões
de circulação atmos-
féricos globais
Disposição dos mares
e continentes
Efeitos orográficos
regionais
Influxo
Sedimentar
Clima, Tectônica e Nível Relativo do Mar
Disponibilidade
de Areia
Energia dos
Ventos
Regime de Sedimentos
DESENVOLVIMENTO DO ERG
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
*
*
ACUMULAÇÃO EÓLICA
Deposição total de sedimento através do tempo  gerando corpo tridimensional de estratos 
 Acumulação  migração + cavalgamento de dunas em relação à superfície de acumulação
 ângulo de cavalgamento  medido em relação à superfície de acumulação 
 configurações  crítico, supercrítico e subcrítico
 quase totalidade representadas por estratos transladantes cavalgantes subríticos  taxa de deposição < taxa de migração
*
ACUMULAÇÃO EÓLICA
Qe = entrada de sedimentos
Qs = saída de sedimentos
ACUMULAÇÃO
Qe > Qs
 A acumulação é gerada pelo sucessivo cavalgamento de dunas
 eólicas, formando um corpo tri-dimensional de estratos.
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
Superfície deposicional (de acumulação plano que une as depressões de interdunas  superf. de equilíbrio 
*
ACUMULAÇÃO
EÓLICA
X
SUPERSUPERFÍCIES
Acumulação = balanço sedimentar
positivo
Supersuperfície = balanço sedimentar
neutro ou negativo
*
 TIPOS DE SISTEMAS EÓLICOS
Sistema eólico seco
Sistema eólico úmido
SISTEMAS EÓLICOS
*
ACUMULAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS SECOS
Acumulação de sistemas eólicos secos
é restrita a zonas saturadas
Prof. Claiton Scherer-UFRGS 
*
Acumulação
em Sistemas
Eólicos 
Secos
 A acumulação
 ocorre
 em depressões
 topográficas
Ex, Ergs do Saara
*
Características Gerais – Sistemas Eólicos Secos
*
ACUMULAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS ÚMIDOS
Migração e cavalgamento de dunas eólicas/ interdunas em sistemas eólicos úmidos
Lençol freático
Interdigitação
Estruturas
de adesão
Onlap
Feições sedimentológicas mostrando a contemporaneidade entre depósitos de dunas eólicas e de interdunas 
Dunas
Eólicas
A acumulação em sistemas eólicos úmidos está invariavelmente
associada a uma subida do lençol freático
*
Diferentes configurações estratigráficas resultantes da variação do ângulo de cavalgamento. O ângulo de cavalgamentoé controlado pela relação entre a taxa de subida do lençol freático e a taxa de migração das dunas eólicas.
ACUMULAÇÃO
EM
SISTEMAS
EÓLICOS
ÚMIDOS
*
Características Gerais – Sistemas Eólicos Úmidos
*
TRANSIÇÃO DE
SISTEMAS EÓLICOS
ÚMIDOS PARA 
SECOS
*
PRESERVAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS
SISTEMAS EÓLICOS
 Sistemas eólicos úmidos espaços de acumulação e preservação coincidem  controlados pelo lençol freático
 Sistemas eólicos úmidos espaços de acumulação e preservação não coincidem  acumulação pode ocorrer acima do espaço de preservação  poucas possibilidades de ser incorporado no registro estratigráfico
*
PRESERVAÇÃO
DE SISTEMAS
EÓLICOS
 Preservação é a 
 incorporação da 
 acumulação
 no registro geológico.
*
PRESERVAÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS
SISTEMAS EÓLICOS
Fatores que promovem a preservação de sistemas eólicos:
incorporação da acumulação na zona saturada  vinculada à mudança relativa do nível freático por: subsidência ou p/mudanças absolutas por alterações climática ou variações do nível do mar
Desenvolvimento de superfícies de estabilização  crescimento de vegetação ou influência de qualquer outro fator que aumente a resistência à erosão
Subsidência da acumulação abaixo no nível base de erosão  tectonismo, carga sedimentar e/ou compactação
 
*
Preservação da acumulação eólica
*
SISTEMAS EÓLICOS NO REGISTRO GEOLÓGICO
SISTEMAS EÓLICOS
RECONHECIMENTO DE LENÇÓIS DE AREIA
RECONHECIMENTO DE DUNAS EÓLICAS
DEPÓSITOS DE INTERDUNAS 
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES
RECONSTRUÇÃO MORFOLÓGICA E MORFODINÂMICA
 DE DUNAS EÓLICAS
RECONSTRUÇÃO DE SISTEMAS EÓLICOS
ESTRATIGRAFIA DE EVENTOS EÓLICA
*
SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO
RECONHECIMENTO DE LENÇÓIS DE AREIA
 Pacotes tabulares
Estratos horizontais ou de baixo ângulo
Marcas onduladas de grânulos, laminações transladantes cavalgantes, estruturas de adesão, fluxos subaquáticos
*
MARCAS ONDULADAS EÓLICAS
Marcas onduladas
de grânulo (granule
ripples)
Marcas onduladas
de areia (sand ripples)
*
DEPÓSITOS DE LENÇÓIS DE AREIA
*
Estruturas de Adesão
Laminações Cavalgantes Transladantes
Depósitos Fluviais
Estruturas de Adesão
DEPÓSITOS DE LENÇÓIS DE AREIA
*
SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO
RECONHECIMENTO DE DUNAS EÓLICAS
*
ect
ESTRATIFICAÇÕES
EÓLICAS
etc - estratos transladantes cavalgantes
*
ect
gradação inversa
ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS
etc - estratos transladantes cavalgantes
*
fg - fluxo de grãos
qlg - queda livre de grãos
etc - estratos transladantes
cavalgantes
ESTRATIFICAÇÕES
EÓLICAS
qlg
fg
ect
etc
fg
fg
qlg
*
ESTRATIFICAÇÕES EÓLICAS
*
ESTRATIFICAÇÕES
 EÓLICAS
*
DEPÓSITOS DE ESCORREGAMENTO
*
Identificação de estratificações eólicas em perfil
*
SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO
RECONHECIMENTO DE INTERDUNAS
*
Interdigitação de estratos cruzados e dunas e depósitos de interdunas
*
Detalhe dos depósitos de interdunas
*
Níveis pelíticos dentro dos estratos cruzados de dunas eólicas
*
Níveis pelíticos dentro dos estratos cruzados de dunas eólicas - detalhe
*
Feições Associadas
 à Superfície de Interdunas:
 superfície corrugada por deflação
eólica
lençol freático próximo da superfície
deposicional (Superfície de Stokes)
*
Sucessão vertical de fácies de interdunas
*
*
Identificação de
sets de dunas eólicas
e interdunas em perfil
*
SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES
 sets e cosets de estratos cruzados são separados por uma hierarquia de superfícies limítrofes que têm as suas gêneses vinculadas a diferentes processos
 migração e cavalgamento  3 diferentes tipologias de superfícies  enumeradas de forma hierárquica de 1ª, 2ª e 3ª ordem
*
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS
*
SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES
3ª ordem  ocorrem dentro de um set de estratificações cruzadas  efeito da erosão seguida de nova deposição  flutuações locais na direção e velocidade do vento  superfícies de reativação  truncadas por superfícies de 1ª e 2ª ordem
*
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS
*
SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES
 2ª ordem  migração de dunas na face frontal de um draa 
 mergulham paralela ou obliquamente ao sentido de migração do draa 
 inclinações variáveis
 truncadas na base e no topo por superfícies de 1ª ordem
*
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS
*
SISTEMA EÓLICO NO REGISTRO GEOLÓGICO
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES
 1ª ordem  representam movimentação do draa marcado pela migração de regiões de interdunas sobre depósitos de dunas eólicas
 planas, sub-paralelas
 cortam todas as estruturas subjacentes
 mergulham em baixo ângulo (<5°) em sentido oposto à migração da duna eólica sobrejacente 
*
SUPERFÍCIES LIMÍTROFES EÓLICAS
*
Superfícies de 1a. Ordem
*
Hierarquia de 
superfícies em 
depósitos de 
dunas eólicas
Superfícies de
1a. e 2a. ordem
*
RECONSTRUÇÃO MORFOLÓGICA DE DUNAS EÓLICAS
2) Presença de superfícies de 2a. Ordem indica dunas
composta ou complexas.
1) Orientação dos estratos cruzados 
3) O ângulo entre o sentido de mergulho das superfície
de 2a. Ordem e o sentido de mergulho dos estratos 
cruzados indica a relação entre as dunas superpostas
e a forma de leito principal 
*
Reconstrução de
Draas
*
POTENCIAL ECONÔMICO
 Petróleo (reservatório)  areias eólicas bem selecionadas mas, por serem muito finas a permeabilidade é baixa
 Aquífero  Botucatu

Outros materiais