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REY-Parasitologia-Capitulo-01

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1
PARASITOLOGIA 
MÉDICA
1. CONCEITOS GERAIS
Complemento multimídia dos livros “Parasitologia” e “Bases da Parasitologia 
Médica”. Para a terminologia, consultar “Dicionário de termos técnicos de
Medicina e Saúde”, de
Luís Rey
Fundação Oswaldo Cruz
Instituto Oswaldo Cruz
Departamento de Medicina Tropical
Rio de Janeiro
2
Conceito de parasitismo
3
Interação ecológica entre indivíduos de espécies
diferentes, em que os parceiros (hospedeiro e parasito)
estabelecem entre si relações íntimas e duradouras com
certo grau de dependência metabólica.
Geralmente o hospedeiro proporciona ao parasito todos
ou quase todos os nutrientes e as condições fisiológicas
requeridas por este.
Um processo de adaptação recíproca, de compati-
bilidade ou de baixa virulência do parasitismo, asseguram
a sobrevivência de ambas as espécies.
O parasito só poderá seguir existindo se não destruir
toda a população de seus hospedeiros ou não impedir a
reprodução destes; caso contrário a espécie parasitária
desapareceria.
Que é parasitismo ?
4
Especificidade parasitária
Segundo as necessidades particulares de cada
parasito (sejam elas de ordem metabólica ou de outra
natureza), ele exigirá apenas determinada espécie de
hospedeiro ou um grupo de diferentes espécies ou,
ainda, grande variedade e gêneros distintos.
Se o parasito exigir apenas
uma espécie de hospedeiro
para completar seu ciclo
biológico, será dito monoxeno
e, se a espécie for sempre a
mesma, será considerado
estenoxeno, como o Ascaris
lumbricoides que só parasita
a espécie humana.
5
São aqueles que necessitam passar obrigatoriamente por
dois ou mais hospedeiros.
Um deles é o hospedeiro definitivo e os demais são
considerados hospedeiros intermediários, para que os
parasitos possam completar seu ciclo biológico. Assim, a
tênia do porco (Taenia solium) e a do peixe
(Diphyllobothrium latum) só parasitam o homem na fase
adulta.
Parasitos heteroxenos
6
Parasitismo e patogenicidade
A patogenicidade não é caráter obrigatório dos
parasitos, que podem ser inofensivos, como muitas amebas
e flagelados do intestino humano, que aí habitam sem
causar danos.
Entretanto, numerosas doenças são causadas por
determinados parasitos normalmente patogênicos ou por
outros, ditos parasitos oportunistas, que só causam danos
ao organismo em condições especiais, como, p. ex., nos
indivíduos com imunodeficiência de qualquer natureza.
As lesões produzidas dependem da espécie de parasito,
de sua localização no organismo humano e de como este
responde a sua presença.
7
Relações parasito-hospedeiro
Os parasitos que causam
distúrbios no organismo po-
dem fazê-lo mecanicamente,
ao crescerem e comprimirem
as estruturas em torno.
Ou obstruir ductos, canais
ou vasos, causando sintoma-
tologias as mais variadas,
que serão analisadas adiante
em cada caso.
Podem exercer ação
tóxica, devido aos produtos
de seu metabolismo ou de
algum simbionte associado
ao parasito.
Mas, com freqüência,
provocam uma resposta do
sistema imunológico com
diferentes resultados:
a) destruição do próprio
parasito e cura da infecção
dentro de certo prazo;
b) limitação da população
parasitária, assegurando
equilíbrio nas relações
parasito-hospedeiro;
c) causando respostas
alérgicas ou inflamatórias
que levam seja à necrose do
tecido em torno, seja a uma
fibrose difusa ou à formação
de granulomas.
Fenômenos esses que
alteram a fisiologia do
hospedeiro em grau menor
ou maior (doença) ou deter-
minam sua morte em curto
ou em longo prazo.
8
O sistema imunológico
A partir de células fundamentais
pluripotentes, de sua multiplicação
e posterior diferenciação, formam-
se linfócitos T e B, monócitos, basó-
filos, eosinófilos e neutrófilos, que
participam do sistema imunológico.
Eles produzem anticorpos contra
os antígenos de parasitos, desen-
volvem a fagocitose de protozoários
ou outros corpos estranhos e
secretam diversas substâncias
ativas que desencadeiam reação
inflamatória nociva aos parasitos.
A esse sistema devem-se alguns
dos principais mecanismos com que
o organismo hospedeiro resiste ao
parasitismo.
Mas, por vezes, a reação imune
pode tornar-se desfavorável ao
hospedeiro e vir a ser a verdadeira
causa da doença, como na auto-
imunidade, na produção de acentua-
da fibrose intestinal, hepática,
pulmonar etc.
9
Outros mecanismos protetores
A pele, as mucosas, as
conjuntivas e suas secreções
podem constituir barreiras à
penetração de parasitos.
Mas, em alguns casos, che-
gam a ser as portas de entrada,
como na ancilostomíase e na
esquistossomíase.
A temperatura do corpo, o
pH, a tensão do O2 etc. podem
não ser adequados a determi-
nado parasito, que não se
instalará aí.
Igualmente a falta de algum
nutriente essencial a ele.
A ativação do sistema
complemento pelo parasitismo
chega a ser letal para alguns
parasitos.
Também, a falta de meca-
nismos para a eclosão dos
cistos e ovos; ou a falta de
receptores celulares para a
aderência e invasão dos tecidos
do hospedeiro.
A molécula de óxido nítrico
(NO) produzida a partir da
arginina, por uma arginina
sintase, em macrófagos e
outras células estimuladas, tem
efeito microbicida e tumoricida.
10
Fatores que 
condicionam 
a saúde ou a 
doença
A resistência ou a
tolerância aos parasi-
tos varia segundo uma
gama contínua.
Ela depende da
influência que os vários
mecanismos fisiológicos
possam estar exercendo
em cada caso.
O esquema mostra os
resultados favoráveis à
saúde, assim como os
níveis de patogenicida-
de que podem contribuir
para causar doença.
11
Foco elementar de uma parasitose
Os parasitos são encontra-
dos, de forma persistente,
apenas onde se reúnem
condições favoráveis para
que se feche seu ciclo
biológico e sua transmissão.
Esses lugares podem ser
muito limitados, como, p. ex.,
o peridomicílio, no caso da
ascaríase, ou a casa de
taipa, para a tripanosso-
míase americana (ou doença
de Chagas).
Tais lugares constituem os
focos elementares de deter-
minada endemia.
Habitação rústica infestada de
insetos triatomíneos e habitada por
pacientes com a doença de
Chagas.
12
Foco natural de uma parasitose
O foco natural de uma
parasitose é o conjunto de
seus focos elementares.
Área endêmica é a re-
gião onde uma parasitose
ocorre permanentemente,
como a área de malária na
Amazônia.
O controle das endemias
exige, em geral, conheci-
mento detalhado das condi-
ções locais, em cada foco,
e dos fatores que mantêm
sua condição de foco endê-
mico, inclusive os hábitos
da população e o comporta-
mento dos indivíduos que aí
vivem.
Sem risco
Baixo risco
Médio risco
Alto risco
Áreas endêmicas de malária
no Brasil
13
Risco de infecção
É a probabilidade de ocorrer determinada infecção
no ambiente ou meio onde circula o agente infeccioso.
Mesmo que vivam no âmbito de um foco natural de
certa doença, nem todos os indivíduos adoecem, seja
devido a mecanismos protetores naturais e ao
desenvolvimento de imunidade, seja devido às
condições pessoais relacionadas com fatores sócio-
econômicos, culturais ou mesmo comportamentais.
São exemplos: as condições de moradia, a
qualidade da água utilizada e o saneamento, a
alimentação e o modo de preparo dos alimentos, os
hábitos higiênicos, o uso de calçado, as formas de
lazer etc.
14
Risco de infecção
Populações que não
dispõem de água
potável correm alto
risco de infecções
(Foto OMS).
15
Educação e saúde
Algumas das principais condições predisponentes para muitas
doenças evitáveis decorrem do desconhecimento muito freqüente
dos fatos básicos relacionados com o corpo humano e com seu
funcionamento.
Assim como a ignorância sobre os principais fatores de risco para
a saúde presentes no ambiente e sobre as maneiras de evitá-los.
Por isso, as parasitoses, como outras doenças, são mais
freqüentes entre populações com baixo nível cultural.
Donde a importância da educação e, em particular, da educação
para a saúde, que tende a reduzir esses riscos e deveria ser
prioritária no currículo escolar.
16
Avaliação de risco
A avaliação dos riscos compreende:
Identificaçãodo risco, isto é, o reconhecimento
do possível agente parasitário responsável por
determinado problema de saúde, sua ação, a
população-alvo e as condições de exposição a
esse risco.
Caracterização do risco: descrição dos efeitos
sobre a saúde e a freqüência com que ocorrem
tais efeitos.
Avaliação da exposição e sua quantificação,
isto é, a probabilidade estatística de ocorrer
determinada infecção parasitária em uma dada
população ou grupo na área de risco.
17
Controle de risco
O controle do risco de infecção leva em consideração
tudo que foi dito para o planejamento das ações a
desenvolver com o objetivo de proteger a saúde da
comunidade ou do indivíduo.
Mas considera também a maneira como o risco é por eles
percebido e interpretado.
Em cada caso, além das ações objetivas (como inquéritos
epidemiológicos, saneamento, desinsetização, medicação
etc.), é necessário promover a compreensão, a aceitação e
uma atitude emocional favorável por parte dos habitantes a
todas as medidas de controle, inclusive às modificações
comportamentais convenientes ou indispen-sáveis.
Em geral, é necessário começar a agir promovendo essas
últimas medidas.
18
Causas globais de morte
A OMS mostrou que
as principais causas de
morte no mundo (1997)
eram as doenças infec-
ciosas e parasitárias,
responsáveis por 33%
de todos os óbitos.
Vinham, em 2º lugar,
as doenças do sistema
circulatório (29%) e,
em 3º, os cânceres
(12%).
As causas peri-
natais correspon-
diam a mais 7%
dos óbitos e as
respiratórias, a
6% de mortes.
19
Mortalidade segundo o 
desenvolvimento
Os óbitos por causas infecciosas e parasitárias (segundo a OMS)
baixou, nos países desenvolvidos, de 5% em 1985 para 1% em 1997.
No 3º Mundo, passou de 45% para 43% no mesmo período.
Mas, como a população cresceu, também os óbitos aumentaram.
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20
Principais doenças parasitárias
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Casos novos Óbitos Prevalência
estimada
_______________________________________________________________________________
Malária .................... 300-500 milhões 1,5-2,7 milhões ...
Tricomoníase .......... 170 “ ... 113.000.000
Amebíase ................ 48 “ 70 mil ...
Leishmaníases:
tegumentares ...... 1,5 “ ... 9.500.000
viscerais .............. 500 mil 80 “ 2.500.000
Tripanossomíases:
americana ........... 300 “ 45 “ 18.000.000
africana ............... 150 “ 100 “ 400.000
Ascaríase ............... ... 60 “ 250.000.000
Ancilostomíase ...... ... 65 “ 151.000.000
Oncocercíase ......... ... 45 “ 17.700.000
Esquistossomíases ... 20 “ 200.000.000
_______________________________________________________________________________
A OMS (1997) estimou ocorrerem no mundo:
21
Conclusão
Nos últimos 50 anos, a prevalência das
parasitoses pouco ou nada mudou, no 3º
Mundo, o que mostra a importância que aí
continuam tendo, na atualidade:
– os conhecimentos científicos
– e as ações a serem desenvolvidas no
campo das doenças parasitárias, que
afligem grande parte da humanidade e o
Brasil, em particular.
22
Leituras complementares
ANCELE, T.; HENNEQUIN & PAUGAM, A. – Decision en
Parasitologie et Médecine Tropicale. Paris, Vigot, 1994 [338
páginas].
MINISTÉRIO DA SAÚDE, FUNASA – Doenças Infecciosas e
Parasitárias. Brasília, MS/FUNASA, 2000 [219 páginas].
PEREIRA, M. G. – Epidemiologia. Teoria e prática. Rio de Janeiro,
Guanabara-Koogan, 1995.
REY, L. – Bases da Parasitologia. 2a edição. Rio de Janeiro,
Guanabara-Koogan, 2002 [380 páginas].
REY, L. – Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde. 2a
edição, ilustrada. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2003
[950 páginas].
REY, L. – Parasitologia. 3a edição. Rio de Janeiro, Guanabara-
Koogan, 2001 [856 páginas].
ROUQUEIROL, M. Z. & ALMEIDA FILHO, N. – Epidemiologia e
Saúde. Rio de Janeiro, Ed. Médica e Científica, 1999.
VAZ, N.M. & FARIA, A.M.C. – Guia Incompleto de Imunologia. Belo
Horizonte, COOPMED Editora, 1993.
	PARASITOLOGIA MÉDICA
	Conceito de parasitismo
	Número do slide 3
	Especificidade parasitária
	 
	Parasitismo e patogenicidade
	Relações parasito-hospedeiro
	O sistema imunológico
	Outros mecanismos protetores
	Fatores que condicionam a saúde ou a doença
	Foco elementar de uma parasitose
	Foco natural de uma parasitose
	Risco de infecção
	Risco de infecção
	Educação e saúde
	Avaliação de risco
	Controle de risco
	Causas globais de morte
	Mortalidade segundo o desenvolvimento
	Principais doenças parasitárias
	Conclusão
	Leituras complementares

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