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Resumo Parte Teórica AEC II

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Resumo Parte Teórica AEC II. 2014 
Esquema da tríplice contingência 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade básica que descreve o comportamento 
 
Instrumentos conceituais – Matos (1999) 
 Nível 1: R – C 
Respostas (R) sob controle de mudanças ambientais (Sr) 
Substitui explicações mentalistas (“propósito”, “vontade”) 
Fundamental porque dá espaço para determinação ambiental do comportamento 
 Nível 2: Sa – R – C 
Tríplice contingência 
Percepção, atenção 
Uma vez estabelecida uma relação de controle entre um estímulo e uma resposta, esta relação 
permanece sempre a mesma em qualquer situação? 
Por exemplo: Durante o dia, se o farol está vermelho, eu paro. Se está verde, eu sigo. No 
entanto, à noite, minha resposta de parar diante do farol vermelho é alterada (por medo de 
assalto, por exemplo) 
DISCRIMINAÇÃO CONDICIONAL 
Permite observar determinação ambiental de forma mais ampla 
 Nível 3: Scond- Sa – R – C 
 Discriminação condicional ou operantes discriminativos de segunda ordem. 
 “...as relações SD>R>SR passam a depender elas próprias de outras condições 
antecedentes.” 
Sd1 
Sd2 
Sd3 
... 
Rx 
Ry 
Rw 
... 
 
Sr 
 “Em uma situação de discriminação condicional, os estímulos discriminativos têm mais 
de uma função, isto é, a relação comportamento-conseqüência não é mais fixa.” 
 Respostas não serão sempre reforçadas se emitidas com base apenas em um único 
estímulo; são necessários mais de um estímulo (ou mais de uma propriedade de um 
estímulo) com base nos quais a resposta, se emitida, poderá ser reforçada. 
 Implica uma variação da relação entre estímulo discriminativo e resposta que muda de 
acordo com o contexto no qual os estímulos aparecem. 
 Relação mais “maleável” – funções permutáveis, dependem do contexto. 
 Contingência de quatro termos. 
“Discriminações condicionais, por permitirem o estabelecimento de relações entre 
discriminações simples, permitem o intercâmbio de funções de controle de estímulos entre 
essas discriminações.” 
 
Discriminação simples X Condicional: 
 
Simples: vermelho  R  Sr 
 verde  R  
 
Condicional: 
 vermelho  R  Sr 
  
azul 
  
 verde  R  
 
Definição de discriminação condicional 
Discriminações condicionais envolvem um estímulo condicional que funciona como um 
“seletor” de discriminações, mais do que “seletor” de respostas individuais e, portanto, seria 
visto como “exibindo uma função seletiva ou instrucional que momentaneamente fortalece 
uma discriminação particular” (Cumming & Berryman, 1965, p. 285-286). 
 
Matching-to-sample 
A1 => estímulo modelo/condicional 
 B1 B2 B3 =>estímulos de escolha/discriminativos 
 
 vermelho  R  
  
 preto 
  verde  R  Sr 
 
 
 Sr 
Na presença do estímulo modelo A1, apenas a resposta de escolher B1 é reforçada. Essa 
resposta, por tanto, está sob controle do estímulo discriminativo B1, e essa discriminação, por 
sua vez, está sob controle da presença do estímulo modelo A1. 
 
Apresentar estímulos condicionais e depois os discriminativos demonstrou ser um 
procedimento falho, pois o participante poderia estabelecer outros tipos de relação (como 
prender-se à posição, por exemplo); não há necessidade estabelecer uma relação hierárquica 
entre esses dois tipos de estímulos. 
 
Equivalência de Estímulos 
 
 Importância da área 
 Fenômenos investigados pela área 
 Desenvolvimento histórico da área 
 Estudos recentes (potencial da área) 
 
Como explicar comportamentos que não foram diretamente reforçados? 
Uma das explicações possíveis é a generalização. Explica-se o comportamento não reforçado 
pela similaridade física entre estímulos que determinam esse comportamento e que 
determinam ao mesmo tempo outros que foram diretamente reforçados. Para isso, no 
entanto, deve haver uma similaridade física, e isso nem sempre ocorre. 
 
Obs: abstração: resposta fica sob controle de uma propriedade abstrata, como “cor vermelha” 
(1 única propriedade) 
 
Exemplos: 
Criança: 
Segura uma mamadeira que foi colocada em sua boca 
Pega objetos colocados em sua frente 
Seu comportamento é controlado por objetos, pessoas que fazem parte do dia a dia da criança 
É possível identificar a história de reforçamento 
Já um adulto: 
Encomenda objetos por telefone 
Escolhe um prato com base em uma descrição fornecida pelo “maitre” 
Planeja uma viagem diferente com base no que lê em um guia 
Comportamento controlado por eventos novos diante dos quais provavelmente nenhuma das 
respostas pôde ser reforçada 
É mais difícil identificar a história de reforçamento que levou a essa comportamento. 
Esses tipos de comportamento são aqueles que caracterizam a Psicologia. 
 
Problema I: 
Psicologia privilegia estudo dos comportamentos tipicamente humanos (comportamentos 
complexos): “linguagem”, “cognição”, “criatividade” e etc.. 
Como a análise do comportamento pode explicar estes comportamentos? 
Problema II: 
Na ausência de explicações pelas contingências de reforçamento, muitas interpretações 
Mentalistas e biológicas ganharam força. 
- Ausência de determinado repertórios complexos foi explicada a partir de algum 
comprometimento na estrutura mental ou psíquica. 
- Ausência de determinado repertórios complexos foi explicada a partir de algum 
comprometimento na estrutura biológica, cerebral. 
As duas explicações trazem uma dificuldade para a possibilidade de tratamento 
 
Área de Equivalência de Estímulos 
A área de equivalência de estímulos procura fornecer uma explicação para o surgimento 
desses comportamentos sem deixar de lado: 
o a noção de determinação pelas contingências de reforçamento 
o a noção de análise funcional. 
 
Explicações para o surgimento de comportamentos novos a partir do Nível 2 de análise (De 
Rose, 1993) 
CLASSES POR SIMILARIDADE FÍSICA 
Contingências de reforço fornecidas pela comunidade verbal permitem que respostas sob 
controle de determinados estímulos também fiquem sob controle de estímulos similares. 
CLASSES POR RELAÇÕES ARBITRÁRIAS MEDIADAS POR RESPOSTAS COMUNS 
Estímulos que ocasionam uma mesma resposta fazem parte de uma mesma classe funcional 
(têm a mesma função) 
Eles se tornam funcionalmente equivalentes 
Novas respostas treinadas diante de um dos estímulos da classe podem ser controladas pelos 
outros membros da classe 
 
Mas: Estudos demonstraram que alguns estímulos podem fazer parte de uma mesma classe 
sem haver similaridade física entre eles e sem a necessidade de treinar uma resposta comum 
diante deles (e. g., Sidman, 1971). 
 
Sidman, 1971 
 Adolescente microcefálico com retardo que não aprendeu a ler com nenhum outro 
procedimento 
 Sabia escolher desenhos (B) diante de seu nome (A) 
 Não sabia escolher a palavra escrita (C) diante de seu nome – o que foi treinado 
 Testou relação entre desenho (B) e palavra escrita (C) 
 Relação emergiu sem treino direto 
 Usou matching-to-sample 
 
A = nome do objeto falado 
B = desenhos 
C = palavra escrita 
AC = relação treinada 
Relação AB não foi treinada (já fazia); BC foi testada sem treinamento prévio e emergiu mesmo 
assim. 
TESTE DAS RELAÇÕES BA, CB, AC E CA 
 
 
 
Classes de equivalência 
 Matching to sample gera, além das relações treinadas, relações que não foram 
diretamente treinadas e não podem ser explicadas por generalização (economia de tempo 
de ensino/economia de treino). 
Estudo mostra aprendizagem de linguagem, significado. 
 Significado de um símbolo deve ser buscado nas contingências de reforço e não na 
estrutura do símbolo ou na capacidade estrutural humana. 
 Equivalência é um nome emprestado da matemática (relações de reflexividade, simetria, 
transitividade e equivalência). 
 Relações emergem a partir de um treino, não há estrutura mental mediando relação. 
 Estímulos tornam-se substituíveis entre si, como se formassem uma “categoria” 
 CLASSE DE EQUIVALENCIA: ENVOLVE ESTÍMULOS SUBSTITUÍVEIS ENTRE SI 
 
Sidman usa termos matemáticos: 
A = B => B=A simetria 
A = B e B=C => A = C transitividade 
 C = A (simétrica da transitiva) 
A = A => reflexividade 
Reflexividade, simetria e transitividade são propriedades definidoras de relações de 
equivalência. 
 
Dougher, Augustson, Markham, Greenway, Wulfert (1994) 
 Estudo sobre transferência de funções respondentes em classes de equivalência 
 Explicação para o desenvolvimento de desordens de ansiedade e do medo 
Método 
 Sujeitos 
o 8 estudantes de graduação 
 Equipamento 
o computador que apresentava estímulos 
o 12 figuras abstratas 
o medidor da condutibilidade da pele 
A (PALAVRA DITADA) 
C (PALAVRA IMPRESSA) (DESENHO)B 
o gerador de “choque” 
 Procedimento 
o Treino AB, AC, AD 
o Condicionamento respondente (choque diante do estímulo B1) 
o Teste da transferência da função respondente para A1, C1 e D1 
 Resultados 
o Função se transferiu para A1, C1 e D1 e não se transferiu para A2, C2 e D2 (função 
respondente se transferiu para todos os estímulos de uma mesma classe) 
o estudo posterior extinguiu o condicionamento respondente para apenas um dos 
estímulos e todos os outros não mais eliciavam a resposta 
 
Conclusão: 
Pode-se formar classes de estímulos por: 
- Similaridade física (generalização) 
- Função (respostas em comum) 
- Equivalência (estímulos arbitrários) 
 
O procedimento matching-to-sample ou escolha de acordo com o modelo 
 Separação temporal e espacial entre os estímulos 
 Estímulo modelo é apresentado sucessivamente a cada tentativa e escolhas são 
apresentados simultaneamente. 
 Apresentação simultânea (matching simultâneo) ou atrasada (matching atrasado) do 
estímulos escolha em relação ao modelo. 
 Identidade, singularidade e arbitrária (controle por relações entre estímulos - 
comportamento simbólico, formação de conceitos)‏ 
Comportamento verbal 
Estrutura da aula 
 Considerações iniciais 
 Comportamento operante e comportamento verbal. 
 Algumas das formulações tradicionais. 
 Interpretação Skinneriana do comportamento verbal. 
 Operantes verbais. 
 Considerações finais. 
 
Considerações iniciais 
 “Linguagem” = comportamento tipicamente humano. 
 Estudo da linguagem traz implicações para a análise de qualquer comportamento humano 
(grande parte do repertório humano é adquirida por meio da “linguagem”). 
 “Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e são, por sua vez, modificados pelas 
conseqüências de sua ação.” (Skinner, 1957, p.1). 
 Comportamento verbal = comportamento operante. 
 Não há necessidade de mudar a unidade de análise. 
 Nenhum princípio novo necessitará ser utilizado para explicá-lo. 
 É regido pelas mesmas leis que regem o não verbal. 
“The ‘languages’ studied by the linguist are the reinforcing practices of verbal communities. 
When we say that also means in addition or besides ‘in English’, we are not referring to the 
verbal behavior of any one speaker of English or the average performance of many speakers, 
but to the conditions under which a response is characteristically reinforced by a verbal 
community.” 
 
Interpretações tradicionais: Problema 1 
 Eventos internos explicam o comportamento (idéia explica a fala ou a fala transmite a 
idéia); costumamos interpretar a fala em função de uma idéia 
o “Se a sua asserção fosse incomum, seria por causa da originalidade ou novidade de 
suas idéias. Se a asserção parecesse vazia, era porque deveriam faltar idéias ao 
falante” (Skinner, 1957, p.5). 
o O evento causador é inferido a partir do comportamento verbal que se pretende 
explicar. 
 Ignora-se as contingências de reforçamento responsáveis pela produção do 
comportamento (noção de seleção pelas conseqüências). 
o Qual o significado de uma palavra? (pseudo-questão) 
o O significado de uma palavra não reside numa definição (que na verdade é outra 
resposta); o “significado” deve ser procurado nas contingências que produziram 
aquela resposta verbal 
 “O que está faltando é um tratamento causal e funcional satisfatório” (Skinner, 1957, p. 5). 
 
Interpretações tradicionais: Problema 2 
Terminologia 
 Fala, linguagem, comunicação já haviam sido utilizados vinculados a outras propostas 
interpretativas do fenômeno em questão (Skinner pretendia utilizar um termo que 
ignorasse as categorias tradicionais). 
- Fala = só vocal. A topografia não o diferencia de outros operantes. 
- Linguagem = descreve “práticas da comunidade lingüística e não o 
comportamento de qualquer um dos seus membros” (Skinner, 1957, p.2). 
- Comunicação = categoria mais ampla (Baum, 1999). Por mais que afete o 
comportamento de outros inclui respostas eliciadas (Ex.: pio do pássaro). 
 
Comportamento verbal: por que um tratamento à parte? 
 Comportamento verbal é “comportamento reforçado por meio da mediação de outras 
pessoas” (Skinner, 1992, p. 2). Relação com o ambiente não é direta, não é mecânica. 
“Behavior which is effective only through the mediation of other persons.” 
 Termo verbal: Pretendia abranger um grupo de comportamentos operantes que ocorresse 
“por meio da mediação de outros”. 
o Não Verbal: relação direta e mecânica com o ambiente 
o Verbal: relação indireta, livre de relações mecânicas, comportamento efetivo 
apenas por meio da mediação de outras pessoas, altera em primeiro lugar um 
outro homem. 
 Caráter especial apenas porque é reforçado pelos seus efeitos em outras pessoas. 
“Much of the time, however, a man acts only indirectly upon the environment which the 
ultimate consequences of his behavior emerge. His first effect is upon other men. Instead of 
going to a drinking-fountain, a thirsty man may simply ‘ask for a glass of water’ – that is, may 
engage in behavior which produces a certain pattern of sounds which in turn induces someone 
to bring him a glass of water. The sounds themselves are easy to describe in physical terms; but 
the glass of water reaches the speaker only as the result of a complex series of events including 
the behavior of a listener. The ultimate consequence, the receipt of water, bears no useful 
geometrical or mechanical relation to the form of the behavior of ‘asking for water’. Indeed, it 
is characteristic of such behavior that it is impotent against the physical world. (…) The 
consequences of such behavior are mediated by a train of events no less physical or inevitable 
than direct mechanical action, but clearly more difficult to describe.” 
 
Ex: Se um livro for escrito e ninguém ler, é comportamento verbal? 
Sim, porque no passado essa resposta foi reforçada por meio da mediação com outras 
pessoas; o comportamento verbal deve ser definido pela história anterior, pela forma como o 
comportamento foi constituído, e não pelas conseqüências futuras. 
Animais tem comportamento verbal? 
Necessário refinar mais... 
 Mediação típica do comportamento verbal é aquela que foi especialmente produzida para 
afetar o comportamento do outro. 
 “Condicionamento especial do ouvinte é o X do problema. Comportamento verbal é 
modelado e mantido por um ambiente verbal - por pessoas que respondem a 
comportamentos de certa maneira em função de práticas do grupo do qual sãomembros” 
(Skinner, 1957, p. 226). OUVIINTE ESPECIALMENTE TREINADO. 
E no caso dos animais domésticos que são treinados, há comportamento verbal? 
Não se trata de comportamento verbal, pois o repertório deles é muito limitado e não há 
crescimento (evolução) dele. 
O que caracteriza o comportamento verbal é a complexidade da comunidade verbal e a grande 
possibilidade de adaptação/evolução e a flexibilidade desse comportamento no ser humano. 
“Comportamento verbal é reforçado por meio da mediação de outra pessoa, mas apenas 
quando a outra pessoa está se comportando de maneiras que foram modeladas e mantidas 
por um ambiente verbal que evoluiu, ou linguagem” (Skinner, 1987, p.90). 
 
O que deve ser analisado? 
 Variáveis ambientais de controle presentes na produção do comportamento verbal a partir 
da tríplice contingência (Sd – R – C). 
 Episódio verbal = interação entre o comportamento do falante e o do ouvinte. 
 Resposta emitida pelo falante (aquele que emite a resposta verbal). 
 Conseqüência provida por um Ouvinte (aquele que consequencia a resposta verbal do 
falante). 
 
Classificação dos operantes verbais em função das diferentes contingências que o produzem 
(Skinner, 1957): 
(baseada na análise da função da resposta) 
 Tato 
 Mando 
 Ecóico 
 Textual 
 Transcrição 
 Intraverbal 
 Autoclítico 
 
Mando 
 Resposta verbal é emitida sob controle de condições específicas de privação ou da 
presença de estimulação aversiva 
 Não tem relação específica com um estímulo antecedente 
 Resposta verbal geralmente “especifica” o reforçador 
 Respostas tradicionalmente chamadas de ordens, pedidos, avisos. 
 
Tato 
 Resposta verbal é emitida sob controle de um estímulo antecedente não verbal (Ex.: 
Objeto). 
 Resposta verbal geralmente produz como conseqüência um estímulo reforçador 
condicionado generalizado. 
 Respostas tradicionalmente vistas com função de informar. 
Ecóico, Textual, Transcrição e Intraverbal 
 Costumam ser agrupados em uma mesma categoria porque são operantes verbais que 
envolvem uma resposta verbal sob controle de um estímulo antecedente verbal (produto 
do comportamento verbal de alguém). São diferenciados pelo tipo de estímulo 
antecedente. 
 Envolvem estímulo reforçador condicionado generalizado 
Ecóico 
 Estímulo antecedente verbal vocal (sonoro) controla a resposta vocal (sonoro) que 
reproduz o estímulo antecedente vocal (Ex.: repetir a palavra ditada). 
Textual 
 Estímulo antecedente verbal impresso ou escrito controla a resposta vocal que mantém 
correspondência ponto-a-ponto arbitrariamente estabelecida com estímulo antecedente 
(Ex.: Ler, não necessariamente com compreensão). 
Transcrição 
 Estímulo antecedente verbal vocal ou impresso controla a resposta escrita que mantém 
correspondência ponto-a-ponto arbitrariamente estabelecida com estímulo antecedente 
(Ex.: cópia e ditado). 
Intraverbal 
 Estímulo antecedente verbal vocal ou escrito controla a resposta vocal ou impressa sem 
que haja correspondência ponto-a-ponto entre estímulo e resposta (Ex.: Conhecimento 
sobre fatos históricos). 
 
Autoclítico 
 De ordem superior ou comportamento verbal secundário. 
 Não pode ser emitido isoladamente, apenas em conjunção com algum outro operante 
verbal. 
 Aspectos da resposta verbal do falante alteram o efeito do comportamento verbal do 
falante sobre o comportamento do ouvinte. 
 Ex.: entonação, “por favor” 
 
COMPORTAMENTOS VERBAIS (OU QUAISQUER OUTROS) QUE TEM A MESMA TOPOGRAFIA 
NÃO NECESSARIAMENTE TEM A MESMA FUNÇÃO! 
 
4ª aula 
Autocontrole 
Controle do próprio comportamento; escolher um comportamento em detrimento de outro. 
Mas como, se o controle está no ambiente? 
Você mesmo causa mudanças no ambiente para controlar seu comportamento 
“Controla-se precisamente como controlaria o comportamento de qualquer outro através de 
manipulação de variáveis das quais o comportamento é função.” 
 Escolha de ações que são “sábias” ou melhores em uma situação específica 
S vocal 
S escrito R escrita 
R vocal 
ecóico 
transcrição 
textual 
ditado 
(ex: sair da sala ao invés de enforcar o chefe) 
 Associado ao que chamamos de “força de vontade”, “caráter” 
 
Autocontrole: reforço imediato que parece melhor, mas não será tão bom no futuro. O 
reforçador que virá posteriormente vai ser “melhor”. 
 
Podemos dizer que a “força de vontade” é uma característica da personalidade? 
 As pessoas podem mostrar força de vontade em alguns aspectos da vida, em alguns 
contextos, e não em outros (ex: aluno estuda o fim de semana todo para a prova, mas não 
consegue parar de fumar.) 
 É uma aprendizagem! 
 
“O organismo pode tornar a resposta punida menos provável alterando as variáveis das quais é 
função. Qualquer comportamento que consiga fazer isso será automaticamente reforçado. 
Denominamos autocontrole esse comportamentos.” 
“As conseqüências positivas e negativas geram duas respostas relacionadas uma à outra de 
modo especial: uma resposta, a controladora, afeta variáveis de maneira a mudar a 
probabilidade da outra, a controlada.” 
 Segundo Skinner, autocontrole é um conjunto de resposta que os sujeitos emitem para 
alterar a probabilidade de seu próprio comportamento; conjunto de respostas que mudam 
o ambiente para controlar outra resposta. 
 Respostas controladoras: Respostas que mudam (controlam) o ambiente do que as 
respostas controladas são função (ex: parar o carro longe da estrada) 
 Respostas controladas: Respostas cuja probabilidade é mudada pela emissão das respostas 
controladoras 
“Para explicar a existência e a probabilidade de emissão do comportamento controlador 
indicamos as circunstâncias reforçadoras que se originam quando a resposta é controlada. (...) 
As respostas controladoras evitam as conseqüências negativamente reforçadoras da resposta 
controlada.” 
 Em resumo: 1) AS RESPOSTAS CONTROLADORAS MUDAM O AMBIENTE 2)ESSA MUDANÇA 
MUDA A PROBABILIDADE DE EMISSÃO DA RESPOSTAS CONTROLADAS (ex, aumenta ou 
diminui a frequência, duração, etc) 
Alguns tipos ou formas de respostas controladoras 
 Restrição física 
 Mudança de estímulos 
 Privação ou saciação 
 Manipulação das condições emocionais 
 Uso de estimulação aversiva 
 Drogas 
 Auto-reforço 
 Fazer alguma outra coisa 
Restrição física 
 Manipulamos o ambiente impossibilitando a ocorrência da resposta. Ex: desligar a internet 
e o telefone para estudar. Elimino os operandos do ambiente que permitem a ocorrência 
do comportamento. Pode-se também mudar o ambiente totalmente. 
Mudança de estímulos 
 Remover ou apresentar estímulos discriminativos ou condicionados do ambiente 
associados (que antecedem) as respostas controladas. Ex: esconder os cigarros. Quebra-se 
a relação com o estímulo discriminativo para que não ocorra a resposta. 
“Exceto fazer uma resposta possível ou impossível, podemos criar ou eliminar ocasiões para 
ela. Para isso, manipulamos o estímulo eliciador ou discriminativo.” 
Privação/Saciação 
 Privar-se ou saciar-se do reforçador, o que altera sua eficácia como reforçador. Ex: beber 
antes da balada pra não gastar em bebida, ou não comer nada antes de um rodízio ou 
jantar. 
Fazer outra coisa 
 Evitar a “tentação” focando a atenção em outra coisa. Ex: estudo do Mischel: crianças 
cantavam, batiam palmas... 
 De alguma forma, todos os comportamentos controladores são arranjos para produzir 
“outros comportamentos”. A diferença é o tipo de manipulação realizado: barreiras físicas, 
punição ou simplesmente “ocupar” o espaço e tempo da resposta controlada. 
 Resposta controladora sempre aumenta a probabilidade de um comportamento e diminui 
a de outro; uma resposta em detrimento de outra 
“Uma técnicade autocontrole que não tem paralelo no controle pelos outros baseia-se no 
princípio de prepotência. O indivíduo pode evitar de se empenhar em um comportamento que 
leve à punição empenhando-se energicamente em alguma outra coisa.” 
Auto-punição e auto-reforço 
 O indivíduo fornece a conseqüência para suas respostas: as “controladas” são reforçadas e 
as “descontroladas” são punidas 
 Na prática é difícil implementá-las como respostas controladoras. 
 É mais eficaz garantir que a punição ou os reforçadores sejam fornecidos por outros 
Drogas 
 Drogas mudam estados internos. Ex: tomar café para permanecer acordado. 
 
Manipulação de respostas emocionais 
 Apresentamos ou removemos um estímulo que elicia uma emoção. Alterar ambiente para 
alterar emoção que gera ocorrência de um operante. Ex: escutar música energizante para 
fazer exercícios. Desligar o rádio quando uma música triste está tocando e não queremos 
nos deprimir. 
“...removendo estímulos que adquirem o poder de evocar reações emocionais por causa dos 
eventos que ocorreram em conexão com eles. Por vezes evitamos o comportamento emocional 
eliciando respostas incompatíveis com estímulos apropriados, como quando mordemos a 
língua para parar de rir em uma ocasião solene.” 
Autocontrole como um problema de escolha (entre um comportamento ou outro) 
 Podemos caracterizar todo comportamento de controle como uma situação em que o 
sujeito escolhe um comportamento em detrimento de outro. Escolhemos entre duas 
conseqüências boas ou ruins. 
 
Autocontrole: uma questão temporal (temporalidade do reforço) 
 Em geral é feita uma escolha entre um reforçador imediato e outro demorado. Escolher 
reforçador “melhor” ou maior demorado sobre um “pior” ou menor imediato, ou entre 
punidor menor imediato ou maior demorado. 
 Comportamento é em sua maior parte controlado pelas conseqüências imediatas do que 
pelas demoradas. 
 Principal variável é o tempo; é um problema de temporalidade do reforçador. 
 Escolha entre algo ruim imediato e pior demorado. A resposta mais “sensata”, 
autocontrolada seria escolher o ruim imediato, mas em geral as pessoas fazem o oposto. 
 Chamamos de “falta de autocontrole” ou impulsividade, quando a pessoa escolhe o 
reforçador imediato, porém “pior”. 
 Em geral, nosso comportamento é controlado por conseqüências imediatas (nos 
esquivamos do que é aversivo no momento) 
 
Resposta de compromisso 
 Uma resposta de compromisso é uma resposta controladora que diminui a possibilidade 
de respostas alternativas diferentes daquela que queremos controlar. Ex: contrato pré-
nupcial para controlar comportamento na separação 
 As emitimos freqüentemente quando os reforçadores ou punições são muito demorados 
 
É a sociedade que determina quais comportamentos não são aceitáveis e portanto quais os 
comportamentos que serão punidos (“impulsivos”) e quais serão reforçados (autocontrole).

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