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EXTRA SEMANA 8

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA FEDERAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ
Processo nº
	JOÃO DA SILVA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF nº, residente e domiciliado na Rua..., vem, através do seu advogado, com fundamento no artigo 316 do CPP e 93, IX da CF, requerer a vossa excelência a REVOGAÇÃO DA PRISAO PREVENTIVA, pelos seguintes motivos:
	Em que se pese na hipótese haver q prova da existência do crime, e a até indícios suficientes de Autoria, não há qualquer dos fundamentos autorizadores do decreto prisional preventivo.
	O Réu concretamente não praticou qualquer ato indicativo de que se furtaria a aplicação da lei penal. O Ministério Público Federal apenas imaginou a possibilidade ante a situação financeira e patrimonial abastado do Réu.
	Porém, o réu não praticou qualquer conduta concreta que elevasse a crer que se homiziaria da aplicação da lei penal, tais como vendas de bens no Brasil, compra de moeda estrangeira, passagem do exterior, aquisição de vistos e etc.
	Ademais, não pode o Réu ser discriminado por ser abastado financeiramente, porque conforme preceitua o principio da Isonomia Constitucional, previsto no artigo 5º, caput, todos são iguais perante a lei, vedadas qualquer forma e modo de discriminação.
Temos o seguinte julgado:
STF - Ext 947 REPÚBLICA DO PARAGUAI 0004362-74.2004.0.01.0000 (STF)
Data de publicação: 30/10/2014
Ementa: EXTRADIÇÃO. CUMPRIMENTO DE PENA POR CRIME PRATICADO NO BRASIL. REVOGAÇAÕ DA PRISÃO PREVENTIVA. INDEFERIMENTO. PROGRESSÃO DE REGIME DE PENA. CONCESSÃO DE HABEAS CORPUS DE OFÍCIO. I – Pedido de extradição deferido, com a ressalva do art. 89 da Lei 6.815/1980. II - A peculiar situação dos autos evidencia a necessidade de se perquirir se a prisão preventiva para fins de extradição deve obstar o acesso do extraditando, condenado pela prática de crimes em solo brasileiro, a direitos cuja fruição não lhe seria negada acaso inexistente o processo extradicional. III - A exclusão do estrangeiro do sistema progressivo de cumprimento de pena conflita com diversos princípios constitucionais, especialmente o da prevalência dos direitos humanos (art. 4º, II) e o da isonomia (art. 5º), que veda qualquer discriminação em razão da raça, cor, credo, religião, sexo, idade, origem e nacionalidade. IV - Cabe ao Juízo da execução das penas a análise dos riscos de fuga peculiares à situação concreta, bem como a manutenção de frequentes contatos com o Ministério de Estado da Justiça acerca do momento mais adequado para que a extradição se efetive, evitando-se, assim, eventual colocação em regime aberto sem as cautelas aplicáveis à espécie, tais como, a título de exemplo, a utilização de tornozeleiras eletrônicas, instrumentos de monitoramento que têm se mostrado bastante eficazes. V - Situação concreta a evidenciar necessidade de concessão da ordem de habeas corpus de ofício para, afastando a vedação de progressão de regime, determinar ao juízo da execução da pena brasileira a verificação da presença dos requisitos do art. 112 da LEP.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, com fundamento no artigo 316 do CPP, requer a vossa excelência a revogação da prisão preventiva, por manifesta falta de fundamento, por ser medida de direito e de justiça.
Data
ADVOGADO
OAB

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