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SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO..................................................................................................
	03
	2
	DESENVOLVIMENTO......................................................................................
	04
	2.1
	ASSUNTOS DISCUTIDOS NA LEI NO 10.639/2003......................................................................................................
	
04
	2.2
	IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR A LEI NO 10.639/2003 NAS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO.................................................
	
05
	2.3
	A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE PARA MINIMIZAR O PRECONCEITO RACIAL NA SOCIEDADE.....................................................
	
06
	2.4
	A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR PARA CONTEMPLAR OS PRESSUPOSTOS DA LEI................................................
	
07
	3 
	CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................
	08
	4
	REFERÊNCIAS................................................................................................
	09
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INTRODUÇÃO
O presente estudo é uma produção textual interdisciplinar que possibilita estudos e reflexões sobre o eixo integrador “ Organização do Espaço Educativo nos Anos Iniciais do Ensino fundamental ”, cujos conhecimentos irão subsidiar a formação e atuação profissional do pedagogo. Os aportes teóricos foram abordados durante o 5º e 6º semestre. 
O trabalho tem objetivo conhecer e refletir sobre as aplicações acadêmicas da lei nº 10.639/2003 no espaço educativo. Essa lei determina que todas as instituições de ensino devem adaptar suas ementas curriculares para que se contemple o objeto da lei, “história e Cultura afro-Brasileira”, em todo o Território nacional.
Assim, o presente estudo é de suma importância, pois na atual conjuntura educacional brasileira, essa proposta apresenta para nós professores a possibilidade de elaboração de um trabalho interdisciplinar com temas recorrentes.
DESENVOLVIMENTO
2.1 ASSUNTOS DISCUTIDOS NA LEI NO 10.639/2003
A pluralidade cultural é um tema que vem sendo estudado atualmente por várias áreas de conhecimento, visando à abordagem da diversidade e das várias manifestações culturais presentes na sociedade. O intercâmbio entre as várias culturas pode propiciar a troca e vivências sobre práticas, costumes, regras de conduta, formas de alimentação, artes, enfim, ampliar o repertório de conhecimentos entre municípios, estados e países.
 Em nosso país, possuímos uma cultura afro-brasileira que faz parte da nossa raiz histórica e que não pode ficar afastada do sistema educacional. Resgatar esta cultura significa valorizar e enriquecer o patrimônio cultural brasileiro trazendo a tona aos nossos alunos toda construção coletiva historicamente criada pela humanidade, de uma forma contextualizada e centrada na criticidade.
 Em 2003 foi sancionada a Lei nº. 10.639, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº. 9394/1996) e tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio. Face à existência desta lei, faz-se necessário a proposição de atividades ou estratégias de ação para viabilizar o incremento desta temática a partir de vivências no âmbito escolar.
 A inclusão deste tema no currículo escolar propicia a possibilidade de um trabalho integrado entre as diversas disciplinas que o compõe, enriquecendo e dando um maior significado à aprendizagem dos alunos, bem como, propiciando a abordagem do tema transversal conhecido como pluralidade cultural.
 A Lei nº 10.639/2003 alterou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB - 9.394 / 1996), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" e dá outras providências, como incluir o dia 20 de novembro como "Dia Nacional da Consciência Negra"; prevê expressamente no caput do artigo 26 - A que, "Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira" (BRASIL, 2003). 
 O parágrafo primeiro afirma que: "O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil". No segundo parágrafo consta que: "Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras" (BRASIL, 2003). 
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2.2 IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR A LEI NO 10.639/2003 NAS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO
A Escola, como espaço privilegiado de análise e produção de conhecimento, deve subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que se tornem sujeitos capazes de interpretar com olhar crítico, o mundo que os cerca. A problemática que se coloca aos alunos do Ensino Fundamental e Médio é descobrir, investigar, quais são as formas de se buscar a superação dos preconceitos e discriminação, de reconhecer as diferenças para a partir daí construir identidades e então efetivar uma igualdade, tanto de condições, como de direitos e deveres. Ao buscar entender estas diferenças, o aluno consegue visualizar perspectivas de uma história, ampliando seu senso crítico frente às representações e conceitos que lhes são transmitidos historicamente acerca dos povos constituintes deste país, entre estes os africanos, que com seu conhecimento, tanto tecnológico, como intelectual e cultural, imprimiram uma autenticidade e uma Africanidade na forma de ser dos brasileiros.
Integrar culturas é seguir por um caminho “pedregoso”, porém não intransponível. O propósito neste caso é tornar visível socialmente à importância da cultura africana no decorrer da formação étnica brasileira. É fixar na sociedade a reflexão histórica a respeito da significância da influência africana na formação dos pilares étnico-sociais do país. Este exercício social passou a ser defendido tardiamente no Brasil, devido não somente a grande extensão territorial, mas principalmente pela indiferença intencional oferecida a esta questão.
Esta preocupação associada à educação se explica pelo fato desta ser a única capaz de construir este novo comportamento social, ou seja, somente através de um sistema educacional integrado com a realidade social é possível se chegar às causas que levam esta deturpação social.
2.3 A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE PARA MINIMIZAR O PRECONCEITO RACIAL NA SOCIEDADE
O preconceito é tão forte que ainda levam nossos alunos e alunas ao fracasso e a evasão escolar mesmo com uma lei que os ampare de toda intolerância racial (Lei nº 12.288 de julho de 2010), que garante à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. A lei existe e dá aos negros todos os direitos que qualquer cidadão deve possuir. O problema é que a mesma não é cumprida, vemos a existência de preconceito todos os dias sem distinção de idade e sexo. 
Muitas vezes os pais dos alunos negros não estão preparados para lidar adequadamente a situação de discriminação racial, ou não estão devidamente munidos para orientar seus filhos perante as situações preconceituosas que lhes vão aparecer constantemente. Diante disso, os professores tem um papel fundamental no sentido de preparar as crianças de formaepistemológica, tendo em vista que a escola é um espaço social privilegiado de construção do conhecimento e luta contra todo tipo de preconceito, especialmente o racial. 
O preconceito acontece diariamente em nossa sociedade e raramente as pessoas se assumem como preconceituosas. Oliveira (2007) corrobora com esta fala afirmando em seus relatos que em uma dada escola uma dada escola uma aluna se autodescreve como preta do cabelo duro, sendo discriminada por seus colegas de classe, aonde nem mesmo a sua professora a “enxergava”. O relato continua dizendo que essa aluna era pouco participativa, apesar de ser atenta ao que estava ocorrendo. Segundo o autor, esse seria um ponto de partida para se trabalhar o preconceito nessa sala de aula e não foi utilizado (OLIVEIRA, 2007). Pode-se afirmar que fatos como esse vêm ocorrendo há muito tempo no ambiente escolar; apesar de ocorrerem com frequência discussões e estudos sobre o preconceito, racismo, pluralidade cultural entre todos os temas relevantes que menosprezam as pessoas em vários setores da sociedade em geral.
O professor tem o papel fundamental de utilizar recursos didáticos e metodologias de ação para dirimir tais preconceitos em sala de aula, pois a escola é um ambiente privilegiado para se iniciar o processo de conhecimento da diversidade cultural brasileira e promoção de respeito a todas as diferenças decorrentes desta pluralidade, uma vez que é um espaço onde convivem crianças de varias etnias, classes sociais, crenças e culturas distintas; podendo direcionar o aprendizado ao respeito mútuo e o convívio democrático com a diferença.
2.4 A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR PARA CONTEMPLAR OS PRESSUPOSTOS DA LEI
O conceito de interdisciplinaridade é fundamental na educação contemporânea, porém a sua compreensão persiste em um desafio para os educadores. A ideia enfatizada é a de que a interdisciplinaridade seria uma prática a ser desenvolvida através de projetos instigantes no currículo.
 A interdisciplinaridade insinua uma maneira de produção do conhecimento que implica uma troca de teorias e metodologias, produzindo então novos conceitos, procurando assim atender a natureza múltipla de complexidades fenomenológicas, tratando da importância de averiguar a pertinência e a relevância das diversas áreas do conhecimento a serem ensinados e estimulados no currículo escolar.
Com o advento da lei 10.639/2003, há a necessidade de inserir “novos” conteúdos em todas as disciplinas da grade curricular, destacando a inserção de caráter imediato na historia, artes e literatura, mas principalmente, repensar criticamente os “antigos conteúdos” de forma a garantir a diversidade. Desta forma o estudo da história e a cultura dos africanos e do negro no Brasil, precisa ser trabalhada nas aulas de matemática, ciência, biologia, na educação infantil, repensando metodologias e conteúdos, a serem inseridos através de jogos, brincadeiras, danças, músicas, e na história da humanidade. Isso significa, que não somente a história do negro deverá ser repensada, mas toda a história do Brasil e da humanidade. Transversalizar a temática das relações étnico-raciais no âmbito de todo currículo, é entender que nem sempre é necessária a criação de um novo projeto, mas que esta temática seja inserida nos projetos já existentes.
considerações finais
A formação cultural brasileira se caracteriza pela síntese de etnias e culturas, pela diversidade de fisionomias e pela multiplicidade de visões sobre a miscigenação, algumas ainda presas à desinformação e ao preconceito. Essa junção de características gera conflitos em casa, na rua, no trabalho e na escola. 
A superação do racismo ainda presente em nossa sociedade é uma necessidade moral e uma tarefa política de primeira grandeza e a educação é um dos terrenos decisivos para que sejamos vitoriosos nesse esforço.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico- Raciais. Brasília: MEC, 2004.
​​​​_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".
CAVALLEIRO, Eliane. Racismo e Anti-Racismo na educação: Repensando nossa Escola. São Paulo: Selo Negro, 2001.
OLIVERA, Ivone Martins de. Preconceito e Autoconceito: Identidade e Interação na sala de aula. São Paulo: Papirus, 2007.
REZENDE, Maria Alice; SILVEIRA, Cláudio Carvalho; SISS, Ahyas. Educação e cultura: pensando em cidadania. Rio de Janeiro: Quartet, 1999.
SILVA, Tomaz Tadeu da; LOURO, Guacira Lopes.(Tradução). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
Adélia de britto ribeiro
Adriana meira ribeiro
ana maria geambastiani nascimento
jussara guimarães do nascimento
márcia souza dos santos
rosinete nascimento santos
talita caroline souza santos
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
JEQUIÉ/BA
2017
Adélia de britto ribeiro
Adriana meira ribeiro
ana maria geambastiane nascimento
jussara guimarães do nascimento
márcia souza dos santos
rosinete nascimento santos
talita caroline souza santos
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Organização e Didática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Avaliação da Aprendizagem e Ação Docente; Ensino de Ciências Naturais e Saúde Infantil; Educação de Jovens e Adultos; Prática Pedagógica Interdisciplinar: Ensinar e aprender na educação de Jovens e Adultos; Estágio Curricular obrigatório I: Educação Infantil; Seminário Interdisciplinar VI;.
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Orientador (es): Prof. (es) Edwylson de L. Marinheiro, Mari Clair Moro Nascimento, Maurílio Bergamo, Andréia Zômpero, Adriana Haruyoshi Biason, Tatiane Mota Santos Jardim, Vilze Vidote Costa, Renata de Souza França Bastos de Almeida e Márcia Bastos.
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JEQUIÉ/BA
2017

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