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Artigo Científico

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OS IMPACTOS NO ENSINO DA ARTE NO PERÍODO DE PANDEMIA DA COVID-19
PLACIDO, Maria do Perpétuo Socorro Peixoto, licenciando em Artes Visuais na Faveni – Faculdade Venda Nova do Imigrande
RESUMO
Essa pesquisa apresenta os impactos causados no ensino da arte, no período de pandemia da Covid 19, tendo como objetivo conhecer tais impactos no território brasileiro, bem como promover uma nova perspectiva de ensino no que tange às dificuldades enfrentadas pelos alunos. Foi realizada uma pesquisa de análise de dados com informações apresentadas por meios de comunicação, revistas e mídias sociais. Após análise realizada, foi possível constatar um avanço positivo no que tange à luta contra os impactos causados pela pandemia, principalmente no ensino da arte, pois a presença dos pais no ensino a distância (EAD), muito utilizado no período pandêmico, foi fundamental para que o problema não fosse ainda maior. Destaca-se, ainda, que é preciso reforçar as estratégias que possam combater ainda mais tais impactos, principalmente para aquelas pessoas que não tiveram acesso à internet para acompanhar as aulas na modalidade EAD, e para essas pessoas, especialistas e o poder público precisam criar políticas públicas no sentido de fornecer meios para que, em pandemias futuras, esses alunos não sejam prejudicados, como ocorreu em diversas cidades brasileiras, principalmente no interior.
Palavras-chave: Impactos na educação; Ensino a distância; Ensino da arte.
INTRODUÇÃO
Este trabalho trata dos impactos no ensino da arte no período de pandemia, considerando apontamentos considerados importantes para traçar novos caminhos para a educação brasileira. 
Sabe-se a pandemia da Covid 19 pegou toda população mundial de surpresa, e mudou consideravelmente a rotina de milhões de pessoas ao redor do mundo. Com isso, a educação passou por momentos críticos, principalmente quando falamos em disciplinas de exatas, como matemática.
Maia (2020), defende que é fundamental que é preciso lembrar que a saúde física e mental são indissociáveis, ou seja, andam lado a lado. A duração do isolamento, a falta de contato com os colegas de classe contribuiu ainda mais para o crescimento do impacto causado pela pandemia na educação, de modo geral.
O presente artigo divide-se em duas partes. A primeira, consiste em apresentar algumas informações sobre os acontecimentos relacionados à educação no período de pandemia, bem como apresentar dados dos impactos causados por ela. A segunda parte, por sua vez, lista projetos e políticas públicas que serviriam para melhorias na oferta do ensino da matemática para os alunos que não tiveram acesso no período de pandemia.
Unesco (2020), afirma que a crise causada pela Covid 19 resultou no encerramento de aulas presenciais, afetando cerca de 90% dos estudantes em todo o mundo. Ocorre que, com base nesses dados, fica a dúvida de como será no futuro, a vida acadêmica desses alunos, pois muitos não puderam acompanhar a vida estudantil obrigada pelo isolamento social.
Esta pesquisa busca, além de apresentar os impactos no ensino da matemática, oferecer contribuições às pesquisas futuras, bem como direcionar para novas políticas públicas que visem a melhoria da vida estudantil de milhares de alunos brasileiros. 
	Brasil (2020), traz discussões fundamentais no que tange aos investimentos para educação no período pandêmico, e apresenta dados em que tais investimentos precisam ser mantidos, quiçá aumentados. Brasil afirma ainda que é possível que os impactos educacionais se alastrem por décadas, caso não haja políticas públicas que tenham como foco investimentos em melhorias de infraestrutura, tecnologias, formação profissional, metodologias e salários, merenda escolar, além de acompanhamento com profissional qualificado em ensino remoto (UNESCO, 2020).
	É preciso repensar um modelo educativo, articulado entre o ensino a distância e o presencial, pois existe a necessidade de atender pessoas que não possuem acesso à internet, o que limita o modelo EAD de ensino. A educação na modalidade EAD não pode ser a única solução, uma vez que cria desigualdades sociais, simplesmente pelo fato de que nem todos os alunos possuem acesso à internet, nem possuem computador, celular ou tablet (SOUZA, 2016).
METODOLOGIA
	A presente pesquisa contempla um estudo de caso, a qual utiliza o método quali-quantitativo. Sendo desenvolvida por meio descritivo, visa reunir informações, bem como dados de como está, na atualidade, o ensino da arte pós pandemia. A pesquisa também visa encontrar as dificuldades e melhorias para o ensino da arte, e como os professores estão vivenciando as dificuldades dos alunos.
	Por muitos anos, a arte tem sido um grande “bicho de sete cabeças” para milhares de alunos brasileiros. Hoje em dia, é bastante comum ver alunos com dificuldades em em compreenderem a matéria. A grande problemática é que, mesmo com grande preocupação por parte dos alunos, professores, e até mesmo família, a falta de políticas públicas que tenham como objetivo a melhoria na qualidade de oferta do ensino da arte não contempla muitos alunos da rede rural, os quais acabam por serem vítimas não só da Covid-19, mas de políticas sociais.
	Avelino e Mendes (2020), defende que o ambiente a qual o aluno está inserido, seja em casa, ou na escola, interfere diretamente na aprendizagem. No período pandêmico, o ambiente em que os alunos estavam inseridos eram as suas casas, e sem o devido apoio familiar, muitos alunos sofreram ainda mais com o ensino da arte, o que ocasionou ainda mais dificuldades para os alunos.
	Com tantos avanços tecnológicos, o Século XXI fica marcado pela criação de muitos desafios para os professores e toda comunidade escolar, e diante disso cria-se a grande necessidade de reformular propostas pedagógicas que contemplem o ensino da arte como sendo uma prioridade na vida estudantil dos alunos, principalmente com um novo modelo educativo EAD (ensino a distância), e que contemple alunos, tanto da rede urbana como rural (AVELINO, MENDES, 2020).
	É notório que com aulas remotas, a disciplina de arte tende a ser ainda mais difícil para muitos alunos, portanto é preciso que haja uma melhor interação entre professor e aluno.
BREVE HISTÓRICO DA PANDEMIA E IMPACTOS NO ENSINO BRASILEIRO
De forma clara, a pandemia deixou diversos ensinamentos, dentre eles o amor pelas pessoas que perderam suas vidas. Ocorre que, no período de pandemia, a educação brasileira e até mundial sofreu um impacto incomensurável. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), cerca de 90% dos estudantes do mundo foram afetados de forma direta, pela pandemia. (UNESCO, 2020):
“Apesar da ação rápida dos governos e de seus parceiros para garantir a continuidade da aprendizagem, o fechamento de escolas devido à COVID-19 tem dificultado o exercício do direito de crianças e jovens à educação inclusiva e de qualidade em países de todo o mundo”, disse a diretora-geral adjunta de Educação da UNESCO, Stefania Giannini. “Os exemplos incluídos neste relatório nos lembram de que o caminho para a igualdade não é uma linha reta e que ações intencionais, sustentadas e colaborativas são necessárias para nos colocar no caminho certo e reconstruir de forma igualitária”.
De forma sucinta, a educação brasileira precisou adaptar-se ao modelo de ensino a distância, o que não foi uma ideia que abrangesse todos os alunos do Brasil, uma vez que nem todos possuíam acesso à internet, nem mesmo meios para acompanhar o ensino na modalidade EAD. 
Para Souza (2016), o ensino a distância não pode ser uma única solução para cenário vivido no período pandemia, o que ocasionou desigualdades no meio educativo, principalmente para aqueles que residem em zonas rurais. Portanto, é preciso que os alunos do meio rural sejam adequados ao modelo de ensino EAD, o que não ocorreu no período pandêmico.
Existe a necessidade de adequar e fazer um nexo entre a educação a distância e a educação presencial, pois é fundamental repensar um futuro para a educação, no médio e longo prazo,levando em consideração que nem todos os alunos possuem equipamentos básicos para adequar-se ao ensino EAD. É fundamental ainda que haja preparo para os professores, pois em alguns casos, eles não possuem conhecimentos básicos para fornecer uma boa aula EAD para os alunos (Unesco, 2020).
Além da falta de requisitos mínimos para que pudessem ter acesso às aulas, não se deve esquecer que o isolamento social trouxe problemas psicológicos e físicos para os alunos. Tudo isso contribuiu para que os alunos ficassem cada vez menos ativos às aulas. (MAIA, 2020).
Para Senhoras, (2020), a Pandemia apresenta alguns efeitos críticos sobre a Educação, que se referem “aos impactos negativos manifestado pelo comprometimento do processo de ensino e aprendizagem e pelo aumento da evasão escolar” (p. 132), já que muitos estudantes não possuem acesso aos meios tecnológicos. 
O fechamento das escolas foram fundamentais para contenção da disseminação do vírus, proteger crianças e jovens reduzindo a chance de tornar-se vetores de dispersão na comunidade. Porém, o fechamento das escolas pode gerar alteração e perda no conteúdo programático letivo, rompimento do processo de aprendizagem, especialmente, para crianças em situação de vulnerabilidade (WORLD BANK, 2020), visto que boa parte das instituições públicas de ensino apresentam uma função social importante para potencialização das desigualdades, posto que as instituições da rede privada possuem melhor infraestrutura para minimizar os impactos sobre a aprendizagem.
Com o fechamento das unidades de ensino, necessitou-se adaptar o ensino presencial para o virtual, para Flores e Lima (2021) esse sistema não forneceu uma Educação online de qualidade, pois buscava apenas oportunizar o acesso rápido e emergencial, a qual é passível a fragilidades já que foi concebido em um momento atípico.
As ferramentas tecnológicas educacionais como a internet já eram populares, antes mesmo do distanciamento social ser adotado pelas instituições de ensino, porém ainda havia ressalva das escolas em adotar o uso em sala de aula, por conta do Projeto de Lei 2.246/07 no Art. 1º que proíbe a utilização de celulares no ambiente escolar (BRASIL, 2007). Nesse cenário, todo espaço de Educação pública tinha restrição ou proibição ao uso das tecnologias móveis, mas essa perspectiva precisou ser readaptada, levando em conta a situação de agravamento da Pandemia. Diante do ensino remoto, foi realçado a relevância das tecnologias para o processo de ensino e aprendizagem, além de tornarem-se indispensáveis para minimizar os danos gerados por conta da suspensão das aulas presenciais.
Segundo Reis (2020, 2021), não podemos ignorar as desigualdades socioeconômicas e raciais que estão intrinsecamente ligadas às desvantagens vivenciadas pelos grupos mais vulnerabilizados e, consequentemente, ao benefício de alguns grupos que impedem as transformações estruturais, coletivas e democráticas.
O Brasil é um país que convive com a desigualdade, durante o estágio vivenciado inúmeras foram as vezes que se notou como as crianças foram atingidas pela falta de condições que propiciam a educação.
Como afirma Reis (2020), a pandemia do COVID-19 resultou no aprofundamento do abismo entre grupos já marginalizados e vulnerabilizados, por suas marcações de raça/cor e classe social, em relação aos direitos sociais. Diante de uma pandemia que alargou as desigualdades, os sujeitos em situação de vulnerabilidade, negros, de comunidade, indígenas e demais grupos marginalizados, ficaram ainda mais expostos às desigualdades estruturais, ainda mais propenso a riscos, pois estes não podiam ficar em suas casas em isolamento social em razão da sobrevivência. Necessitaram, assim, furar a bolha do isolamento, devido ao descaso de governos e políticas públicas, que não contemplavam suas necessidades básicas naquele momento.
ARTE E PANDEMIA
Para muitos alunos brasileiros, as matérias de exatas acabam sedo “um pé no saco”, como muitos alunos dizem, mais especificamente a disciplina de arte. 
	Nos dias atuais, é bastante comum ver alunos que não compreendem a matéria e acabam por classificá-la como sendo uma matéria difícil e complexa, por ser pouco conhecida por muitos alunos. Ocorre ainda que, por esse motivo, a arte foi tão deixada de lado no período pandêmico, pois é comum que os alunos estudem mais aquilo que eles gostam, e deixem as outras matérias esquecidas, o que foi o caso da arte (BARRETO, 2020).
	Para Avelino e Mendes (2020, p. 57), ficou ainda mais perceptível a precariedade da educação, principalmente no que tange às estruturas de cada aluno, de forma isolada. Sem acompanhamento, estrutura, estratégias de ensino que fossem capazes de cativar a atenção dos alunos, dificultou ainda mais o ensino da arte.
“A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, com a participação e colaboração da sociedade, visando o desenvolvimento pleno, o preparo do sujeito para exercer a cidadania e para o mercado de trabalho” (LDB, 1994).
 
É evidente que o impacto não se alojou somente no corpo discente, pois os professores também foram extremamente afetados. (CAFARDO, 2020). Contudo, é fundamental refletir a cerca da necessidade de criar ferramentas metodológicas capazes de superar as dificuldades propostas pelo ensino da arte. 
No mundo, os avanços das tecnologias precisam ser entendidos como uma excelente ferramenta para a educação, principalmente no que tange à oferta de ensino de qualidade, com professores qualificados e acima de tudo, com atendimento humanizado (AVELINO e MENDES, 2020).
Para Barreto (2020, p. 57), o estudo exclusivo em casa apresenta diversas dificuldades, principalmente no que tange à questão estrutural, tais como iluminação, local de estudos e até mesmo o apoio por parte dos pais, entre outros fatores indispensáveis à educação. É importante salientar que a educação especial, nesse caso, é a mais prejudicada. A inclusão social, os direitos de igualdade, entre outros foram os diversos problemas que afetaram a educação especial. 
Diante dos decretos relativos à educação emergencial que foram sendo publicados, as/os professoras/es da escola básica e do ensino superior tiveram que encarar um grande desafio. 
O ensino remoto, adotado como método para atender o ensino que antes era presencial, acabou por deixar muitas lacunas na educação infantil. Como Arndt e Cruz (2020) afirmaram em suas pesquisas, nessa etapa as/os professoras/es apenas repassaram orientações e atividades aos familiares, que se tornaram corresponsáveis por educar as crianças em casa. 
Alguns impasses apontados pelas/os professoras/es na pesquisa de Arndt e Cruz (2020) foram a necessidade do contato impossibilitado da criança com o/a educador/a, assim como sua interação entre criança-criança, impactando diretamente na aprendizagem significativa dessas crianças. 
As/os educadoras/es que antes planejavam suas aulas ou vivências para o ensino presencial tiveram que repensar metodologias e práticas pedagógicas para que elas fossem readequadas para o ensino remoto. Sabe-se que muitas/os delas/es nunca cursaram durante suas graduações disciplinas que orientassem para a mediação on-line, o que resultou na necessidade de aprendizado coletivo, para dar conta do novo contexto.
DECLINE EDUCACIONAL NO PERÍODO 2019 A 2022
Cerca de 04 milhões de brasileiros desistiram de continuar a sua formação básica (ensino fundamental e médio), e superior no Brasil, em meados de 2019 a 2022, segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, o que representa, em média, 9% da população educacional brasileira (UNESCO, 2020).
De acordo com a pesquisa, dentre os diversos motivos que levaram ao abandono da educação, por parte de milhares de alunos, foi a questão financeira, e principalmente a falta de acesso à internet, para participar de aulas remotas, ambientes virtuais. 
A pesquisa mostra, ainda, que o maior abandono e precariedade ocorreu no ensino superior, onde os números chegam a mais 16%. O decline educacional pode ainda estender-se por pelo menos 04 anos, afirmaa referida pesquisa.
Mesmo com os diversos recursos tecnológicos presentes na vida do aluno, o processo educacional leva vários anos, e é preciso fazer bom uso dessas tecnologias para que o ensino aprendizagem possa ocorrer da melhor forma possível, e o uso dessas ferramentas digitais não se limita apenas ao aluno, mas a toda comunidade escolar (ARTIGUE, 2010). O modelo atual de educação, mais precisamente a educação presencial, não estava preparada para sofre uma “avalanche” de mudanças no seu método. Os alunos precisaram adaptar à nova rotina, a nova forma em que o ensino passou a ser transmitido, e muitos não se adaptaram ao novo sistema, o que gerou frustrações, notas baixas e alunos abandonando escolas. 
Com o isolamento, a implantação da tecnologia como sendo um fator fundamental para a educação passou a ser uma saída por parte do pedagógico, em diversas disciplinas, e na matemática tornou-se uma necessidade ainda maior (GOOS, 2014).
ENSINO REMOTO – APOSTA PARA O FUTURO	
É fundamental refletir a cerca de um ensino que sobreviva a futuras pandemias, e que principalmente abrace os alunos de diferentes posições sociais. No entanto, é preciso criar políticas públicas viáveis que atendam a demanda, principalmente para os alunos menos favorecidos, como do setor rural. 
Por conta da pandemia, as atividades educacionais sofreram impactos em todo o mundo, o que causou o fechamento de muitas escolas, até que fosse pensado uma forma em que o processo educacional fosse capaz de suportar o isolamento social, a partir de então, o ensino home-office passou a ser a solução (MOREIRA E ROCHA, 2020).
	A criação de normas excepcionais, no intuito de facilitar a oferta de ensino por meio da nova proposta educativa possibilitou que as atividades pedagógicas utilizassem as tecnologias como sendo uma saída para a situação vivenciada no momento. Muitos foram os nomes dados à nova forma de ensino no período de pandemia, tais como “ensino remoto”, “aula remota”, “ensino a distância”. Todos os conceitos chegavam apenas a um resultado, que era levar o ensino aos lares de milhares de alunos que não podiam sair de suas casas, por conta do isolamento social (OLIVEIRA, 2020).
	O ensino remoto, proposta idealizada durante a pandemia, serviu para que se cumprisse o ano letivo de milhares de alunos, os quais precisaram adequar-se a novas rotinas, tanto de estudo, quanto de atividades de casa, uma vez que eles se encontravam isolados socialmente. A ideia inicial não era criar um novo modelo de ensino, mas adequar o modelo EAD para ser utilizado até que a crise humanitária fosse controlada (MOREIRA, 2020, p.13).
	Para Araújo (2007, p. 376), a informática foi o principal influenciador do avanço dos recursos tecnológicos do século, e irá ainda mais adiante. Hoje, os recursos possibilitados pelas tecnologias tornam-se um potencial educativo para muitos alunos, capaz de ressignificar o ensino, exercendo um papel fundamental no que tange a formação de milhares de alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No início da pesquisa, constatou-se que conhecer os impactos causados pela pandemia da Covid 19 na educação, principalmente no ensino da arte, seria de suma importância, para traçar novos rumos à educação brasileira, seja ela presencial ou ensino à distância.
Por conta disso, esta pesquisa teve como objetivo geral, não só conhecer os impactos no ensino da arte, mas propor ideias para pesquisas futuras que sirvam de embasamento para novas políticas públicas viáveis, no sentido de oferta regular de ensino, estratégias educacionais, investimentos para preparo dos profissionais de educação, e acima de tudo, preparar a população brasileira para futuros enfrentamentos, e com isso, utilizar o método EAD como sendo uma ferramenta efetiva de ensino.
Ademais, os objetivos específicos iniciais eram apresentar dados relativos ao declive educacional causado pela pandemia, principalmente no que tange à arte.
A educação implementada e vivenciada de forma remota nos aponta a duas constatações ligadas ao que vivemos na pandemia: a emergência de novas formas de interação com a criança e configurações do processo educativa mediadas pelas tecnologias; e o quanto é necessário garantir o acesso igualitário de todas as crianças às tecnologias, mesmo essas não sendo capazes de dar conta das práticas pedagógicas entre educadoras e crianças e entre elas mesmas.
A pesquisa partiu da hipótese de que a educação no Brasil vivenciou o seu pior momento, assim como em diversas áreas, o declive causado foi exorbitante. O número de alunos sem aula, por questões sociais, por questões de locomoção e principalmente pela questão territorial (pessoas que residem na zona rural), foi ainda maior no intenso período de pandemia.
Entende-se que as políticas públicas devem propiciar o fim das desigualdades sociais, e de quaisquer naturezas, seja por raça/cor, gênero e classe, e não as escancarar, pois pouco adianta propor ações pontuais e momentâneas e não mudar efetivamente as dinâmicas. A falta de eficiência das políticas públicas resulta em segregação, exclusão e abismos ainda maiores no pós-pandemia.
No que tange a metodologia utilizada para colher dados, percebe-se que poderia ser sido mais ampla, ocorre que por questões de tempo e locomoção, acabou sendo inviável.
REFERÊNCIAS
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MAIA, B. R.; DIAS, P. C. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o impacto da COVID-19. Estudos de Psicologia (Campinas), Campinas
OLIVEIRA, Michelly Queiroga de. Docência na educação básica em tempos de pandemia: ações, estratégias pedagógicas e desafios enfrentados no ano letivo de 2020 da escola integral professora Ana Cristina Rolim Machado. Research, Society And Development, [s. l.], v. 9, n. 12, p. 1-16, 30 dez. 2020.
SOUZA, S.; FRANCO, V. S.; COSTA, M. L. F. Educação a distância na ótica discente. Educação e Pesquisa, São Paulo, 2016, v. 42, n. 1, p. 99-114
SENHORAS, E. M. Coronavírus e educação: análise dos impactos assimétricos. Boletim de Conjuntura, Boa Vista, v. 2, n. 5, p. 128-136, 2020
UNESCO. A Comissão Futuros da Educação da Unesco apela ao planejamento antecipado contra o aumento das desigualdades após a COVID-19. Paris: Unesco, 16 abr. 2020. Disponível em: https://pt.unesco.org/news/comissao–futuros–da–educacao–da–unesco–apela–ao–planejamento–antecipado–o–aumento–das

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