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ASCARIDÍASE 
(Ascaridose , ascaríase e ascaridiose)
	
. É o parasitismo desenvolvido no homem por um grande nematóide, Ascaris lumbricoides (da família Ascarididae). Popularmente, os áscaris são conhecidos por “lombrigas ou bichas”.
. Esta é a mais cosmopolita e a mais frequente das helmintíases humanas. Na maioria dos casos a infecção é leve e clinicamente benigna, se bem que um único helminto possa responder por acidentes graves, de natureza obstrutiva, exigindo tratamento cirúrgico de urgência. 
. Estima-se em seis a média de áscaris por pessoa, mas há registros na literatura de casos com 500 a 700 parasitos. As crianças pequenas são as mais pesadamente atingidas, razão pela qual a ascaridíase constitui importante problema pediátrico e social.
MORFOLOGIA DOS VERMES ADULTOS:
. Os áscaris são vermes longos, cilíndricos e com extremidades afiladas, sobretudo na região anterior. 
. Machos e fêmeas apresentam diferenças morfológicas e de tamanho (dimorfismo sexual). As fêmeas são maiores e mais grossas, tendo a parte posterior retilínea ou ligeiramente encurvada. Os machos são facilmente reconhecíveis pelo enrolamento ventral, espiralado, de sua extremidade caudal. Quando o parasitismo é pequeno, o desenvolvimento torna-se maior, chegando as fêmeas a 30 ou 40 cm de comprimento e os machos a 15 ou 30 cm. Porém, quando muitas dezenas ou centenas de vermes ocupam o mesmo habitat, as dimensões dos machos e das fêmeas reduzem-se ficando estas últimas com 10 a 15 cm apenas.
HABITAT
. Cerca de 90% dos espécimes localizam-se ao longo das alças jejunais, encontrando-se os restantes no íleo. Poucos são vistos no duodeno ou no estômago. Mas, nas infecções intensas, todo o intestino delgado encontra-se povoado.
. Os áscaris mantêm-se em atividade contínua, movendo-se contra a corrente peristáltica. Algumas vezes fixam-se momentaneamente à mucosa, por meio de seus lábios. Migrações mais extensas dos vermes adultos podem ocorrer, de preferência nas crianças mais fortemente parasitadas, não sendo muito rara a eliminação de vermes pela boca ou pelas narinas.
CICLO BIOLÓGICO:
	
. A fêmea pode ser fecundada repetidas vezes pelo macho, e os espermatozóides desprovidos de flagelos ficam acumulados nos úteros, onde os ovos são fertilizados à medida que por aí passem. 
. Cada fêmea elimina aproximadamente 200.000 ovos por dia. Quando postos pelo helminto, os ovos férteis contêm a célula germinativa não-segmentada, com citoplasma finalmente granuloso, envolvidos por uma casca grossa. 
. A forma dos ovos férteis é oval ou quase esférica. As fêmeas não fecundadas podem liberar ovos inférteis e, portanto incapazes de evolução posterior, tendo uma morfologia mais alongada. Estes ovos aparecem nas fezes quando fêmeas jovens e ainda não-fecundadas começam a ovipor, ou quando a proporção de fêmea por macho é muito grande. 
. O embrionamento dos ovos dá-se no meio exterior e requer a presença de oxigênio, pois nesta fase o parasito queima suas reservas lipídicas e apresenta metabolismo aeróbio. Outros fatores que influem o desenvolvimento larvário são: a temperatura e a umidade, se bem que a grossa casca ovular assegure certa proteção contra as condições adversas do meio e permita a propagação da ascaríase em regiões bastante áridas. Em temperaturas ótimas, que estão entre 20 e 300C, o embrionamento pode fazer-se em duas semanas. A larva formada (L1) requer uma semana para fazer a primeira muda no interior do ovo(L2(L3. Só depois disso adquire a capacidade de infectar um novo hospedeiro, quando esse ovo for ingerido.
. Após a ingestão, dá-se a eclosão que é desencadeada por estímulos fornecidos pelo hospedeiro, dentre os quais a concentração de CO2.
. A larva L3 que sai do ovo é aeróbia e não consegue desenvolver-se na mucosa intestinal, onde terá que percorrer um longo percurso até chegar ao seu habitat definitivo. Cai na circulação atingindo o pulmão. 
. No pulmão, as larvas L3 encontram-se um meio favorável para continuar sua evolução, transformando em L4, em que o sexo já e reconhecível. As larvas L4 chegam aos bronquíolos, onde são arrastados com o muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem pela traquéia e laringe, para serem finalmente deglutidos com as secreções brônquicas e alcançarem o estômago e o intestino. 
. Durante o processo de deglutição as larvas L4 transformam-se em L5 que são aeróbios facultativos. No intestino, quando alcançam 3 a 6 mm de comprimento ocorre a transformação em adultos jovens. 
. O desenvolvimento sexual completa-se em cerca de dois meses e, em geral, aos dois meses e meio as fêmeas começam a pôr ovos. O verme adulto tem uma longevidade de 2 anos. No ciclo do Ascaris é observada uma típica fase pulmonar, denominada de ciclo de Loss. 
TRANSMISSÃO
. Pode ocorrer através da ingestão de alimentos ou água contaminadas com ovos contendo a larva infectante (L3). Poeira e insetos (moscas e baratas) são capazes de veicular mecanicamente ovos infectantes. Trabalhos recentes têm mostrado material presente abaixo da unha com ovos deste parasito em escolares de alguns estados brasileiros. Estes achados estão relacionados com a faixa etária e o nível social do indivíduo. 
 PATOGENIA
Por larvas:
. Em infecções de baixa intensidade, normalmente não se observa nenhuma alteração; em infecções maciças encontraremos lesões hepáticas e pulmonares. 
. No fígado, quando são encontradas numerosas formas larvares migrando pelo parênquima, podem ser vistos pequenos focos hemorrágicos e de necrose, que depois se tornam fibrosados. 
. Nos pulmões ocorrem vários pontos hemorrágicos na passagem das larvas para os alvéolos. Na realidade, a migração das larvas pelos alvéolos pulmonares, dependendo do número de formas presentes, pode determinar um quadro pneumônico. 
. Há edemaciação dos alvéolos com infiltrado parenquimatoso eosinófilo, manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia. Na tosse produtiva (com muco), o catarro pode ser sanguinolento e apresentar larvas de helmintos.
Por vermes adultos:
. Em infecções de baixa intensidade, três a quatro vermes, o hospedeiro não apresenta alteração alguma. Já nas infecções médias, 30 a 40 vermes, ou maciças, 100 vermes ou mais, podemos encontrar: ação tóxica: causando edema, urticária; ação espoliadora: Os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídeos e vitamina A e vitamina C, levando o paciente à subnutrição.
. Ação mecânica: causam irritação na parede ou podem enovelar-se na luz intestinal, levando à obstrução e localização ectópica.
DIAGNÓSTICO:
. Os quadros clínicos não permitem distinguir a ascaríase de outras verminoses intestinais, e suas complicações obstrutivas assemelham-se às produzidas por outras causas. 
. Muitas vezes, é a eliminação espontânea de algum espécime, pelo ânus ou pela boca, que esclarece o caso.
. Radiografias: o perfil dos áscaris é facilmente reconhecível em radiografias contratadas do estômago, intestino, ou da vesícula biliar.
. Exame de fezes: Busca de ovos nas fezes. Utiliza-se métodos de contagens como o de Stoll ou o de Kato-Katz
TRATAMENTO
. Pirantel, Mebendazol, Levamisol e Piperazina.
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