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Transformação do músculo em carne Letícia Gomes de Morais Amaral ESTRUTURA MUSCULAR ESTRUTURA MUSCULAR HOMEOSTASE •Situação de funcionamento muscular: condições fisiológicas limitadas: pH, temperatura, concentração de O2 e produção de energia (homeostase). •Esse balanço permite que o organismo opere e sobreviva sob as mais adversas condições externas (variações na temperatura, falta de oxigênio e estresse fisiológico). VIA GLICOLÍTICA VIA GLICOLÍTICA VIA GLICOLÍTICA ABATE •Após o abate inicia-se ocorrem diversos processos para tentar manter a homeostase; •Essa alterações transformam o músculo em carne; •Após a sangria, cerca de 50% do sangue é removido; •Com a falta de sangue cessa o suprimento de O2. TRANSFORMAÇÃO DO MÚSCULO EM CARNE •Metabolismo anaeróbio – formação ácido lático – manutenção da produção de energia, permitindo manter por um tempo adicional a integridade da estrutura celular. ACIDIFICAÇÃO DO MÚSCULO •Em vida - ácido lático produzido volta ao fígado (resíntese de glicose e glicogênio, ou coração metabolizado em CO2 e água); •Sem circulação – acúmulo no músculo. •Ocorre até a depleção do glicogênio muscular ou até que o pH muscular se torne tão baixo que as enzimas glicolíticas se tornam inativas (Rigor mortis). QUEDA PÓS-MORTE DO PH Taxa de declínio e a extensão da queda: variáveis. Suíno : ~ 7,4 para 5,6 a 5,7 (6 a 8 horas pós morte) até pH final de 5,3 a 5,7 em 24 horas. Rigor mortis •Após a sangria - temperatura corporal aumenta ligeiramente como resultado do metabolismo (?) – depende do nível de metabolismo e quantidade de energia produzida. •Queda rápida do pH (glicólise rápida) - maiores quantidades de energia e redução na velocidade de resfriamento. •O tamanho e a localização dos músculos, e a quantidade de gordura (isolamento) também influenciam o aumento de temperatura e a taxa de dissipação da energia. RESOLUÇÃO DO RIGOR MORTIS •Com a depleção de creatina fosfato e glicogênio usados na formação de ATP, as pontes de actomiosina começam a se formar e o músculo começa a perder a extensibilidade; QUEDA PÓS MORTE DE PH •Um dos fatores mais importantes no processo de transformação muscular. •Ativação da proteólise muscular através das enzimas Ca dependentes (Calpaína e Calpastatina); • Influencia na maciez, cor, capacidade de retenção de água, textura, etc; PROTEÓLISE MUSCULAR •Queda de pH – quebra da integridade das células; • Liberação do Ca contido no retículo sarcoplasmático; •Ativação das proteases Ca dependentes (Calpaínas e calpastatina) • m-calpaína – (1 a 2 mM) • -calpaína (50 1 100 M) • Degradação da linha Z, tropomiosina e titina) • Inibidas pela Calpastatina) DEGRADAÇÃO DO DISCO Z •Primeira alteração post-morten observada na integridade da fibra muscular • Degradação proteolítica das proteínas associadas com o disco, notadamente a desmina e possivelmente a titina. •Várias outras proteínas da miofibrila são degradadas durante o período post-mortem, com exceção da actina e da miosina. •Esse processo de degradação das proteínas da miofibrila e a relação com a maciez da carne ainda não está totalmente esclarecido. QUEDA PÓS MORTE DE PH •A taxa de declínio e a extensão da queda são variáveis, sendo vários os fatores que interferem com este processo. •Temperatura •Nível de glicogênio muscular •Estresse do animal •Estimulação elétrica da carcaça, etc. EFEITO DA TEMPERATURA NA QUEDA DO PH •A temperatura tem papel fundamental no processo de desnaturação proteica. A queda normal de temperatura e pH podem acontecer sob condições normais (pH24 entre 5,2 e 5,4), após o resfriamento total da carcaça, sem que haja uma desnaturação significativa das proteínas. EFEITO DA TEMPERATURA NA QUEDA DO PH QUEDA PÓS MORTE DO PH •O acúmulo de ácido lático na fase inicial do período pós morte é indesejado pois irá causar um efeito contrário na qualidade da carne. •O desenvolvimento de condições ácidas no músculo, antes que o calor corporal e a energia do metabolismo anaeróbico sejam dissipados, irá ocasionar a desnaturação das proteínas musculares. Efeito Da Concentração Inicial De Glicogênio E Final De Lactato No Músculo Sobre O Ph Final (Phu) Fonte: Warris et al., 1984 PROBLEMAS NA QUEDA DO PH •Queda do pH tende a desnaturar proteínas; •Perda da capacidade de retenção de água (CRA); •Actina/miosina atingem seu ponto isoelétrico; •Aumento das perdas dos fluídos das fibras musculares; •Alteração da coloração; •Redução da solubilidade; PROBLEMAS NA QUEDA DO PH Alguns animais irão apresentar uma ligeira queda (alguns décimos de pH) dentro da primeira hora e a seguir o pH permanecerá elevado finalizando um pH24 ao redor de 6,5 a 6,8 (prováveis DFD). Outros animais irão apresentar uma queda acentuada dentro da primeira hora, caindo rapidamente para 5,4 a 5,5 finalizando com um pH24 ao redor de 5,3 a 5,6 (prováveis PSE). PROBLEMAS NA QUEDA DO PH PÓS-MORTE QUEDA DO PH •Queda rápida de pH •Músculo de cor pálida •Baixa CRA •Bastante comum em suínos (PSE – Palid, soft, exudative). QUEDA LENTA DO PH •pH final alto (maior que 5,8) •Cor escura e de aparência seca na superfície em razão da água estar firmemente ligada às proteínas. •DFD (Dry, firm & dark) – Seca, rija e escura) EFEITO DO PH SOBRE A COR DA CARNE
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