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Aula 6 Sabrina Dourado

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1 
 
 
 
 
 
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2 
O recurso pode ser definido como o instrumento de impugnação das decisões judici-
ais, de uso facultativo, com o objetivo de alcançar a reforma, invalidação ou integra-
ção (esclarecimento) do provimento emitido. 
Verifique que, a teor do que dispõe o artigo 1.001 do NCPC, não cabe recurso para im-
pugnar despachos! 
 
Vejamos suas finalidades: 
 
Reformar: aqui denuncia-se o erro in judicando, ou seja, o modo equivocado de aprecia-
ção dos atos processuais, de forma a desaguar na errônea ou injusta decisão. (ex: decisão 
baseada em laudo pericial desqualificado, quando as provas testemunhais foram demasi-
adamente claras acerca dos pontos controvertidos); 
 
Invalidar: a invalidação pretende apontar o error in procedendo, ou seja, o desatendimento de fórmula legal na 
condução do procedimento. (ex: negativa de oitiva de testemunha, causando cerceio ao direito de defesa da par-
te); 
 
Integração: o objetivo, neste caso, é pleitear o ajuste de um provimento emitido com defeito (obscuro, omisso ou 
contraditório), visto que decisão eivada de vício é equivalente à ausência da mesma, fator inadmissível diante do 
princípio do amplo acesso (exemplo: postulados os danos morais e materiais, a sentença apenas apreciou o pri-
meiro pleito, esquecendo-se do segundo). 
 
Conheçamos as principais disposições da parte geral do tema: 
 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I - apelação; 
II - agravo de instrumento; 
III - agravo interno; 
IV - embargos de declaração; 
V - recurso ordinário; 
VI - recurso especial; 
VII - recurso extraordinário; 
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX - embargos de divergência. 
 
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido 
diverso. 
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata pro-
dução de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a pro-
babilidade de provimento do recurso. 
 
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, 
como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida 
à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto proces-
sual. 
 
Art. 997. Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais. 
§ 1
o
 Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro. 
§ 2
o
 O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste 
quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ain-
da, o seguinte: 
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe 
para responder; 
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível. 
 
Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do 
recurso. 
 
 
 
 
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3 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido 
reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos. 
 
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. 
 
Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. 
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vonta-
de de recorrer. 
 
Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso. 
 
Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advo-
gados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. 
§ 1
o
 Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão. 
§ 2
o
 Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão 
proferida anteriormente à citação. 
§ 3
o
 No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de 
organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial. 
§ 4
o
 Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposi-
ção a data de postagem. 
§ 5
o
 Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 
(quinze) dias. 
§ 6
o
 O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso. 
 
Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advo-
gado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da 
parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação. 
 
Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus 
interesses. 
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um devedor aproveitará aos outros 
quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns. 
 
Art. 1.006. Certificado o trânsito em julgado, com menção expressa da data de sua ocorrência, o escrivão ou o 
chefe de secretaria, independentemente de despacho, providenciará a baixa dos autos ao juízo de origem, no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, 
o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. 
§ 1
o
 São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério 
Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que 
gozam de isenção legal. 
§ 2
o
 A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorren-
te, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. 
§ 3
o
 É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos. 
§ 4
o
 O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive por-
te de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, 
sob pena de deserção. 
§ 5
o
 É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de re-
torno, no recolhimento realizado na forma do § 4
o
. 
§ 6
o
 Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, 
fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo. 
§ 7
o
 O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao 
relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cin-
co) dias. 
 
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recur-
so. 
 
 
 
 
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4 
ESTUDEMOS A APELAÇÃO 
Da sentença cabeapelação. 
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumen-
to, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta 
contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
Se as questões referidas no artigo 1009 § 1
o
 forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, 
em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. 
 
De acordo com o artigo 1010, a apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 
 - os nomes e a qualificação das partes; 
- a exposição do fato e do direito; 
- as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
- o pedido de nova decisão. 
O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. 
Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. 
Após as formalidades previstas, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de 
admissibilidade. 
 
Vejamos algumas disposições: 
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: 
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V; 
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegia-
do. 
 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1
o
 Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
§ 2
o
 Nos casos do § 1
o
, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a 
sentença. 
§ 3
o
 O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1
o
 poderá ser formulado por requerimento 
dirigido ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator desig-
nado para seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4
o
 Nas hipóteses do § 1
o
, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a 
probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou 
de difícil reparação. 
 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
§ 1
o
 Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no 
processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2
o
 Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação 
devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
§ 3
o
 Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito 
quando: 
I - reformar sentença fundada no art. 485; 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; 
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§ 4
o
 Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o 
mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. 
§ 5
o
 O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. 
 
 
 
 
 
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5 
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte 
provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. 
 
ESTRUTURA DA PEÇA: 
 
OBSERVAÇÕES ACERCA DA APELAÇÃO: 
 
 O preparo será realizado no momento da interposição do recurso. Entretanto se for efetuado no último dia do 
prazo, depois do expediente bancário, será lícito ao recorrente comprová-lo no 1º dia útil subsequente ao da refe-
rida interposição. Vide súmula 484, STJ. De acordo com o art. 1007, § 4
o
 o recorrente que não comprovar, no ato 
de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na 
pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 
 O Ministério Público tem ampla legitimidade recursal. Poderá recorrer como fiscal da lei ainda que o autor e o 
réu não recorram. Súmula 99, STJ. 
 É também indispensável preencher o requisito de admissibilidade intitulado cabimento, o qual serve para identi-
ficar o recurso adequado ao enunciado da FGV. 
 Das sentenças terminativas ou definitivas será cabível apelação. Vale ressaltar que a sentença proferida 
nos Juizados Especiais será atacável por Recurso Inominado, no prazo de 10 dias e a competência será 
das Turmas Recursais. 
 
A) Definição: É o recurso da sentença, tanto terminativa, quanto definitiva; será cabível recurso de apelação. Esta 
peça será construída em duas etapas: Folha de apresentação – endereçada ao juízo a quo (1º grau) – e Folha das 
razões – endereçada ao juízo ad quem (tribunal competente - TJ ou TRF). 
 
B) Fundamentação legal: artigos 1009 e ss. do CPC. 
 
1ª passo: Endereçamento na folha de apresentação 
 
A apelação será interposta no juízo a quo (aquele que proferiu a sentença). Ele não fará mais o primeiro juízo de 
admissibilidade do recurso. Irá receber o recurso, intimar o apelado para, querendo oferecer contrarrazões e envi-
ará o recurso para o tribunal. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ... (esses da-
dos estarão no enunciado). 
 
2ª passo: qualificação das partes 
 
Tratamento: apelante e apelado. 
 
APELANTE, já devidamente qualificado no processo Nº acima mencionado, vem, por intermédio de seu advogado 
devidamente constituído pelo instrumento procuratório anexo, com endereço profissional (ENDEREÇO COMPLE-
TO), interpor APELAÇÃO com base no art. 1009, CPC, em desfavor do apelado, também já devidamente qualifi-
cado, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados. 
 
3ª passo: demais pontos da construção da folha de apresentação da apelação 
 
Destaca-se, desde logo, que a apelação é tempestiva e encontra-se devidamente preparada, conforme guias ane-
xas. 
Requer a intimação do apelado para, querendo, apresentar suas contrarrazões e ainda, o conhecimento da apela-
ção, seu recebimento no duplo efeito, conforme art. 1012, CPC e a remessa dos autos ao Tribunal competente. 
 
4º passo: Encerramento da folha de apresentação 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado 
OAB 
 
 
 
 
 
 
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6 
5ª passo: Endereçamento das razões da apelação 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUS-
TIÇA DO ESTADO DE... 
 
6ª passo: Cabeçalho das razões da apelação 
 
APELANTE: 
APELADO: 
PROCESSO ORIGINÁRIO: 
 
7ªpasso: Do preenchimento dos requisitos de admissibilidade; 
 
O presente recurso é tempestivo, uma vez que apresentado dentro do prazo legal previsto no artigo 1003, pará-
grafo 5º do CPC, qual seja, 15 dias. Assim, tendo sido intimado da r. sentença no dia X, começando a contagem 
no dia Y, é tempestivo o presente recurso apresentado na presente data. A apelação encontra-se devidamente 
preparada, conforme faz prova as guias de recolhimento em anexo, cumprindo o determinado no art. 1007 do 
mesmo diploma legal. Da mesma forma, a parte recorrente é legítima, já que foi vencidana presente demanda 
consoante preceito do art. 996 do CPC. Neste sentido, a apelação em tela é cabível, visto que preenchidos seu 
requisitos de admissibilidade. Por fim, há interesse no presente recurso, já que a parte recorrente foi vencida na 
instância inferior. Pelo exposto, estando demonstrados todos os requisitos para admissibilidade do presente re-
curso, requer seja o mesmo conhecido para ao final, dar-lhe provimento. 
 
8ª passo: Da existência de interlocutórias não agraváveis de imediato. 
 
As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumen-
to, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta 
contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
Se as questões referidas forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) 
dias, manifestar-se a respeito delas. 
 
* Requeira seu julgamento preliminarmente; 
 
9ª passo: Do resumo da decisão; 
 
10º passo: Do mérito / Dos fundamentos da apelação: 
 
* Indicar arts. e/ou súmulas aplicáveis ao caso 
 
11º passo: Pedidos 
 
Pedir: *Reforma: Erro no mérito; 
*Invalidação: Erro procedimental; 
 
DOS PEDIDOS: 
 
Ante o exposto, requer a admissibilidade do presente recurso e o seu provimento a fim de... 
Requer ainda a condenação da parte apelada no pagamento de custas e honorários advocatícios. 
 
12ª passo: Encerramento 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local, dia, mês e ano. 
Advogado 
OAB 
 
 
 
 
 
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7 
 DEVERES DE CLASSE: 
“46.ª Vara Cível – processo n° 000.111.222-3 
 
Vistos, etc. Proposta ação de cobrança, por José Pedro contra João Paulo, com o objetivo de receber R$ 
32.000,00 (trinta e dois mil reais), o réu, citado, apresentou tempestiva contestação, aduzindo, em preliminar de 
ilegitimidade passiva de parte, que ele nada devia, pois não era sua a assinatura no documento juntado pelo autor 
para fundamentar o pedido inicial. Em réplica, o autor sustentou que a assinatura é do réu e requereu prova peri-
cial. 
Observo, realmente, que a assinatura aposta no referido documento é completamente diferente da assinatura do 
réu no instrumento de mandato de fl. s., razão pela qual entendo que a primeira é nitidamente falsa. 
Diante desse fato, desnecessária qualquer prova, acolho a preliminar arguida, extinguindo o processo, sem reso-
lução do mérito, nos termos do artigo 485 do Código de Processo Civil. O Autor arcará com as custas do processo 
e com o pagamento de honorários sucumbenciais de 10% (dez por cento) do valor da causa. Publique-se e intime-
se”. 
 
QUESTÃO: Como Advogado da parte vencida, interponha o recurso cabível. 
 
Recurso de apelação. Petição de interposição do recurso dirigida ao Juiz de Direito da 46ª Vara Cível, requerendo 
o seu recebimento, processamento e encaminhamento ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Nas razões recursais 
pleitear a anulação da sentença por cerceamento de defesa, caracterizado pela negativa ao autor do direito à 
produção da prova pericial, que fora tempestivamente requerida com o objetivo de comprovar a veracidade da 
assinatura tida como falsa. Somente a prova grafotécnica poderia, com certeza, concluir pela falsidade ou não da 
assinatura. O pedido de provimento do recurso para o fim de anular a decisão e determinar a produção da prova 
grafotécnica deve ser expresso. 
 
DE CASA: 
 
Em janeiro de 2005, Antônio da Silva Júnior, 7 anos, voltava da escola para casa, caminhando por uma estrada 
de terra da região rural onde morava, quando foi atingindo pelo coice de um cavalo que estava em um terre-
no à margem da estrada. O golpe causa sérios danos à saúde do menino, cujo tratamento se revela longo e 
custoso. 
 
Em ação de reparação por danos patrimoniais e morais, movida em janeiro de 2009 contra o proprietário do 
cavalo, o juiz profere sentença julgando improcedente a demanda, ao argumento de que Walter Costa, pro-
prietário do animal, “empregou o cuidado devido, pois mantinha o cavalo amarrado a uma árvore no terreno, 
evidenciando-se a ausência de culpa, especialmente em uma zona rural onde é comum a existência de cava-
los”. Além disso, o juiz argumenta que já teria ocorrido a prescrição trienal da ação de reparação, quer no 
que tange aos danos morais, quer no que tange aos danos patrimoniais, já que a lesão ocorreu em 2005 e a 
ação somente foi proposta em 2009.’ Como advogado contratado pela mãe da vítima, Isabel da Silva, elabore a 
peça processual cabível. 
 
GABARITO COMENTADO 
 
Além dos aspectos fundamentais do recurso de apelação (requisitos objetivos e subjetivos, bem como obser-
vância das formalidades do Art. 1010 do CPC), o candidato deve prever, corretamente, a representação do 
incapaz na petição de interposição e nas razões do recurso. Deve dirigir o recurso ao juízo competente, men-
cionar o nome das partes e descrever os fatos. 
 
Não deve atribuir valor a causa ou protestar pela produção de provas, eis que não se trata de uma petição inici-
al. Não deve requerer a citação, pelos mesmos motivos, mas a intimação para, querendo, apresentar as con-
trarrazões. 
Também não é cabível a menção à revelia do apelado, caso não responda ao recurso. Igualmente, devem ser 
explorados os pontos de direito substancial. 
 
 
 
 
 
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8 
Assim, deve esclarecer que a responsabilidade por fato do animal é objetiva no CC de 2002, que eliminou 
a excludente relativa ao emprego do “cuidado devido” pelo proprietário ou detentor (Art. 936), de modo que a 
ausência de culpa é irrelevante para a caracterização da responsabilidade do réu no caso concreto. Quanto à 
prescrição, o candidato deve esclarecer que não corre contra os absolutamente incapazes (Art. 198, I) do 
CC. Tais circunstâncias devem ser explicadas na peça recursal, observados os fatos descritos no enunciado e 
indicados os dispositivos legais pertinentes. Não basta repetir as mesmas palavras do enunciado ou apenas 
indicar o dispositivo legal sem qualquer fundamento ou justificação para sua aplicação. A ideia é que o 
candidato demonstre capacidade de argumentação, conhecimento do direito pátrio e concatenação de ideias. 
 
Deve formular adequadamente os pedidos, solicitando o conhecimento e provimento, mencionando danos materi-
ais e morais, justificadamente, pedindo a inversão do ônus da sucumbência, fixação de honorários, intimação do 
Ministério Público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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