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caso 6 benardo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE DIREITO 
DA__​ ​VARA​ ​CÍVEL ​ ​DA​ ​COMARCA ​ ​DE​ ​DOURADOS/MS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BERNARDO​, brasileiro, solteiro, (profissão), portador da carteira de identidade nº 
xxxxxxxxxxxxx, expedida pelo xxx, inscrita no CPF/MS sob o nº xxxxxxxxxxxxx 
endereço eletrônico xxxxxxxx@xxxxx.com, domicílio, residente ​Dourados/MS na rua 
de Oliveira 000​, por seu advogado, com endereço profissional Rua Azzolini 111, vem a 
este​ ​juízo,​ ​propor: 
 
 
AÇÃO​ ​INDENIZATÓRIA​ ​DE​ ​REPARAÇÃO​ ​DE​ ​PERDAS​ ​E ​ ​DANOS 
Pelo procedimento comum, em face de ​SAMUEL​, brasileiro, solteiro,(profissão), 
portador da carteira de identidade nºxxxxxxxxxxxxxx, expedida pelo xxx, inscrita no 
CPF/MS sob o nº xxxxxxxxxxxx, endereço eletrônico xxxxx@xxxxx.com, domicílio, 
residente rua Diamantes, n° 123, Campo Grande/MS, pelos fatos e fundamentos 
jurídicos​ ​que​ ​passa​ ​a​ ​expor. 
 
DOS ​ ​FATOS 
A parte ré realizou um contrato de comodato por escrito com Bernardo, autor do 
processo em questão, tendo como objetivo da avença o cavalo de nome “Tufão”, 
espécie​ ​manga-larga,​ ​o​ ​qual​ ​foi​ ​avaliado​ ​em​ ​R$ ​ ​10.000,00​ ​(dez​ ​mil​ ​reais). 
Foi firmado que o bem seria restituído, conforme contrato celebrado no dia 2 de outubro 
de 2016. Porém até o mês de janeiro de 2017 não foi realizado a devolução por Samuel, 
sendo constatado a desídia do mesmo para restituir o equino conforme contrato. Houve 
um forte temporal no local onde permanecia o animal, causando a sua morte em 
decorrência da altura atingida pela água, bem como a sua força. Sendo assim, 
permaneceu o inadimplemento, ao qual se requer perdas e danos, conforme artigos 
394,395,397​ ​e​ ​399​ ​do​ ​Código​ ​Civil ​ ​Brasileiro,​ ​que​ ​dispõe​ ​sobre​ ​caso: 
 
Art. 394​. ​Considera-se em mora o devedor que não efetuar o 
pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e 
forma​ ​que​ ​a ​ ​lei​ ​ou​ ​a​ ​convenção​ ​estabelecer. 
Art. 395​. ​Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora 
der causa, mais juros, atualização dos valores monetários 
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários​ ​de​ ​advogado. 
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil 
ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas 
e​ ​danos. 
Art. 397. ​O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no 
seu​ ​termo,​ ​constitui​ ​de​ ​pleno​ ​direito​ ​em​ ​mora​ ​o​ ​devedor. 
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui 
mediante​ ​interpelação​ ​judicial​ ​ou​ ​extrajudicial. 
 
 
 
Dos​ ​Fundamentos: 
O autor, com o interesse de ser indenizado pelo negócio jurídico realizado com o réu, 
vem por meio de uma ação de indenizatória de reparação de perdas e danos, visando a 
restituição pelo ocorrido, tendo como base no art. 394, 395, 397 e 399 do Código Civil 
Brasileiro, ​ ​que​ ​dispõe​ ​sobre​ ​o ​ ​negócio​ ​jurídico​ ​praticado​ ​pelo​ ​devedor: 
 
Art. 394​. ​Considera-se em mora o devedor que não efetuar o 
pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e 
forma​ ​que​ ​a ​ ​lei​ ​ou​ ​a​ ​convenção​ ​estabelecer. 
 
 
Art. 395​. ​Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora 
der causa, mais juros, atualização dos valores monetários 
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários​ ​de​ ​advogado. 
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil 
ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas 
e​ ​danos. 
Art. 397. ​O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no 
seu​ ​termo,​ ​constitui​ ​de​ ​pleno​ ​direito​ ​em​ ​mora​ ​o​ ​devedor. 
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui 
mediante​ ​interpelação​ ​judicial​ ​ou​ ​extrajudicial. 
Art. 399. ​O devedor em mora responde pela impossibilidade da 
prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito 
ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se 
provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando 
a​ ​obrigação ​ ​fosse​ ​oportunamente​ ​desempenhada. 
 
 
Cabe salientar que nossos Tribunais têm proferido decisões favoráveis, conforme 
jurisprudência​ ​em​ ​anexo: 
 
​ ​​TJ-RS​ ​-​ ​Recurso​ ​Cível​ ​71004087425​ ​RS​ ​(TJ-RS) 
Data​ ​de​ ​publicação:​ ​26/09/2013 
Ementa: Morte de equino. Danos materiais e morais. 1. A 
sentença corretamente determinou que a absolvição por 
insuficiência probatória não produz efeitos civis, 
notadamente quando a imputação e maus tratos ao animal. 
Incontroverso que o autor não cuidou do cavalo do 
demandado, surge o dever de indenizar quanto aos danos 
materiais e morais causados, adequadamente fixados em R$ 
2.500,00 e R$ 2.800,00, respectivamente. 2. O cavalo 
encontrava-se em terreno baldio e não na propriedade do 
demandado, não estando, portanto, na propriedade onde 
deverias estar sendo cuidado e tratado. 3. Danos materiais 
que se sustentam ante a prova produzida, não sendo 
incompatíveis com o valor de equino. 4. Danos morais 
adequadamente fixados ante a natural relação que se 
estabelece entre o cavalo e seu proprietário, ainda que não 
tenha sido efetivamente comprovado que aquele cavalo era 
utilizado pela APAE local. A situação de encontrar equino de 
sua propriedade se debatendo após maus tratos já autoriza a 
indenização por situação que ultrapassa, em muito, mero 
desgosto na criação de animal. Sentença confirmada por seus 
próprios fundamentos. Recurso Provido. (Recurso Cível Nº 
71004087425, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas 
Recursais, Relator: Carlos Francisco Gross, Julgado em 
24/09/2013). 
 
 
DO​ ​PEDIDO: 
 
Diante do exposto, é claro o dano causado pelo negócio jurídico e o direito a 
indenização. 
Requer​ ​o​ ​autor​ ​requer​ ​ao​ ​juízo: 
 
a) Da opção do autor pela audiência de conciliação ou mediação. Conforme 334 
NCPC. 
b) A reparação do dano sofrido acrescido de indenização por perdas e danos, juros 
e​ ​correção​ ​monetária​ ​em​ ​decorrência​ ​do​ ​inadimplemento​ ​do​ ​devedor 
c) A​ ​citação​ ​do​ ​réu​ ​no​ ​endereço​ ​acima​ ​citado. 
d) A​ ​condenação ​ ​dos​ ​réu​ ​no ​ ​pagamento​ ​dos​ ​ônus​ ​sucumbenciais​ ​. 
e) Seja julgado procedente o pedido de indenização e reparação das perdas e danos 
gerado​ ​pelo​ ​negócio​ ​jurídico​ ​celebrado​ ​entre​ ​as​ ​partes. 
 
DAS​ ​PROVAS 
Requer​ ​a​ ​produção​ ​de​ ​prova​ ​documental,​ ​testemunhal​ ​e​ ​o​ ​depoimento​ ​pessoal​ ​do​ ​réu. 
 
 
VALOR​ ​DA​ ​CAUSA 
Dá-se​ ​à​ ​causa​ ​o​ ​valor​ ​de​ ​R$​ ​10.000​ ​(dez​ ​mil​ ​reais). 
Em​ ​razão​ ​de​ ​Bernardo 
Termos​ ​em​ ​que, 
Pede​ ​deferimento. 
 
 
Dourados/​ ​MS,​ ​30​ ​agosto​ ​de​ ​2017. 
.​ ​Gabriele​ ​Souza 
OAB​ ​xxxxx​ ​MS 
​ ​Keytty​ ​Martins 
OAB​ ​xxxxx​ ​MS

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