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Resumo APS

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A matéria veiculada pela revista exame no site da editora abril coloca em pauta problemas graves, que não estão sendo devidamente ignorados pelas autoridades nacionais e, que afrontam diretamente três pilares fundamentais a qualquer sociedade civilizada, como o estado de direito, o estado social e o estado econômico.
Estado de direito:
Aqui identificamos uma grave afronta aos direitos humanos, mais precisamente ao direito a dignidade humana. A pratica de tortura apontada no estudo é uma clara violação ao tratado de direitos humanos no qual o pais e signatário.
O art. 5º, inciso XLIX, da CF, diz ...” é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;”, no entanto o que é relatado é uma ofensa direta a esse direito.
Estado social:
Vemos a ausência bem como a indiferença do estado, bandidos através de facções ou, agentes criminosos que deveriam representar o estado, se apropriam do poder a aplicam regras próprias certos da impunidade;
Estado econômico;
Altos custos com o sistema carcerário, investimentos sem controle e nenhum resultado pratico no que se espera, indisciplina no cumprimento dos projetos e total falta de capacidade em gerir os recursos públicos destinados a esse fim. A ma gestão do recurso publico tem como resultado o quadro atual, onde, o Estado desorganizado tenta combater o crime organizado. 
Devemos ver o interesse da ONU neste tema como uma coisa positiva e, grande oportunidade para buscar melhorias, uma vez que avanços nesta matéria podem trazer ao pais uma significativa melhora em sua imagem, alem de possíveis reduções de custos e melhor qualidade do sistema penitenciário.
De forma geral as prisões são lembradas apenas quando há rebeliões, massacres, fugas, etc., Do contrário o público em geral, não estão interessados em saber o que se passa no interior dos estabelecimentos prisionais. 
A matéria em questão, aponta de forma dura a impunidade aos relatos de tortura e violência encontrado nas instituições carcerárias e ignorado pela sociedade e governo à muito tempo. O resultado final não poderia ser outro senão a violência desmedida dentro dos presídios que, em tese, deveria ser a “instituição” onde as pessoas ficam reclusas para receberem medidas sociais de recuperação deste cidadão que um dia ira retornar a sociedade.
A vistoria de um órgão imparcial com objetivos de expor o problema e, propor ações de melhorias, através política sociais e melhorias no processo de gestão, deveria representar grande ajuda no processo de melhorias, mas, de alguma forma não surtem efeito. O descaso as recomendações fica evidente na afirmação feita na matéria como podemos ver:
... .“O Brasil precisa enfrentar a crise do sistema prisional, que vem de longa data, através de políticas públicas e legislação em linha com os padrões internacionais”, afirmou.
Podemos identificar pela matéria que o sistema penitenciário é falho e desumano, e recuperar o preso é uma tarefa impossível pela precariedade das condições nos presídios e penitenciárias conforme mostra a reportagem.
O Sistema penitenciário está doente e dificilmente vai se recuperar se continuar como está. O indivíduo que está preso vai retornar a sociedade um dia, pois não existe pena de prisão perpétua nem de morte. É necessário trabalhar com o sistema prisional sabendo que o preso irá retornar a sociedade. É importante que tenhamos um sistema digno capas de recuperar e reintegrar o preso ao invés de potencializar sua ascensão ao mundo do crime. 
Fato gravíssimo apontado pelo relatório é a manutenção da pratica de tortura aplicada por agentes que representam o estado. A Constituição Federal Brasileira teve a preocupação de firmar que o Estado proporcionasse a dignidade para todos os indivíduos, em seu em seu art. 1°, III, a dignidade da pessoa humana como um de seus fundamentos. Aqui podemos perceber a preocupação em conceder uma condição normativa ao princípio da dignidade humana, como um dos alicerces do Estado Democrático de Direito.
Itens críticos relatados como; (i) superlotação; (ii) mas condições de detenção; (iii) ausência de assistência médica aos presos; (iv) falta de acesso à educação; (v) violência generalizada entre detento; ; (vi) falta de supervisão adequada dos presos, são ingredientes perfeitos para afronta aos direitos humanos, são reflexo da falta de interesse do governo em buscar uma postura adequada na solução do problema.
Independentemente da gravidade do crime praticado por essas pessoas, elas não deixam de ser seres humanos e devem ter assegurados à proteção de seus direitos humanos. O mesmo estado que impôs sacões ao preso, não pode impor sanções cruéis e nem tampouco pode ignorar abusos dos agentes que atuam em nome do estado.
Contamos com presídios em colapso. Por inúmeras vezes são noticiadas rebeliões com o objetivo de reivindicar melhores condições. Não há projetos de re-socialização ou educação do preso, o inverso de tudo isso é, mais violência dos agentes contra os presos, violência de preso contra preso, falta de saúde, de uniformes, equipamentos adequados e de comida.
Nosso país tem demonstrado interesse em seguir os tratados de direitos humanos frente à Comunidade Internacional, prova disso e estamos abertos a auditoria de órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos, mas infelizmente, as soluções tem ficado no campo teórico com projetos e iniciativas. Os projetos precisam ser implementados, medidos e acompanhados de perto. 
No que tange aos presídios o objetivo ressocializar não é atingido, por isso, discussões no sentido de buscar alternativas como a privatização dos presídios, isso é muito pouco como solução. 
Tratar a superlotação em condições desumanas, eliminar a ocorrência de violências, cometidas pelos próprios presos e, ou, agentes do estado, poderia criar um ambiente menos favorável à reincidência. 
É importante que o Brasil se posicione de forma seria e organizada para extinguir a tortura e, de forma definitiva pare de violar, bem como pare de ignorar a violações aos direitos humanos dos presos, garantindo assim, que o período de reclusão do preso, seja usado para recuperação.

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