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AS CIDADES INTELIGENTES E A MODALIDADE URBANA TRANSPORTES I RENATO GIANOLLA CAROLINA HAUBT SALVADOR – 140628 AS CIDADES INTELIGENTES E A MODALIDADE URBANA - Conceito de Smart Cities A definição e conceito sobre Smart Cities é muito recente, mas hoje se tornou um tema fundamental nas discussões para visar uma sociedade com maior qualidade de vida. Segundo a União Europeia Smart Cities (cidades inteligentes, tradução literária) são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, matérias, serviços e financiamento para aumentar o desenvolvimento econômico e com isso o IDH. Esses fluxos de interação são considerados inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para dar resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade. Podemos analisar 10 dimensões quem indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. As soluções inteligentes para as cidades são dadas a partir de uma análise para apresentar um planejamento em relação às questões de mobilidade urbana, energia, tecnologia e inovação; sociedade inteligente e participativa, resiliência e segurança; ambiente sustentável; governança e economia. As soluções devem focar em aspectos que resultem em melhorias das condições de habitação, saúde e educação, no campo das ações sociais, bem como na oferta de infraestrutura e de serviços prestados pelos governos locais. - Mobilidade Urbana A mobilidade urbana é afetada pelo crescimento desordenado das cidades. Muitos problemas dos centros urbanos atualmente são ocasionados pelo aumento do número de automóveis nas ruas. O crescimento acelerado das cidades, alto número de migração da área rural para a urbana, saturação viária, a grande emissão de poluentes e pouco incentivo ao transporte coletivo são apenas alguns desses transtornos. O conceito de Smart Cities na mobilidade urbana pode resolver com êxito grande parte dos problemas enfrentados hoje em dia, com o avanço da tecnologia podemos usar aplicativos para ajudar e auxiliar, como, nos horários e locais exatos dos transportes públicos, coletas, trânsito, entre outros. Songdo, na Coreia do Sul, é referência em planejamento urbano. A cidade está se desenvolvendo em torno de um aeroporto. O projeto de criação começou em 2003, mas começou a ser executado com mais rapidez em 2009, quando um programa de estímulos de investimento foi lançado pelo governo local. O slogan de Songdo é “A três horas e meia de um terço da população mundial”. O jornal britânico The Guardian a classificou como a primeira cidade inteligente do mundo. Ainda em fase de construção, Songdo deve ser concluída em 2018, segundo estimativas oficiais. Desde 2011, no entanto, o lugar já vem sendo povoado. Em 2013, a população era de 67 000 habitantes. A expectativa é que até 2020 sejam 250 000 moradores. O planejamento levou em consideração várias opções de mobilidade e a disseminação de espaços verdes. Sensores subterrâneos detectam as condições de tráfego e reprogramam os semáforos sempre que necessário. Um lago e um canal abastecidos com água do mar mantêm a umidade sem sacrificar a água potável e também são usados como via de transporte para táxis aquáticos. Há, ainda, 25 quilômetros de ciclovias para os adeptos do transporte sobre duas rodas. Um sistema pneumático de gestão de resíduos se espalha por toda a cidade – o que praticamente elimina a necessidade de coleta de lixo e alivia o trânsito. Em Bucheon, na Coreia do Sul, o monitoramento da circulação de veículos era feito via circuitos fechados de vídeo assistidos de uma central, o que dava uma margem de erro de 50% na interpretação de dados como quantidade de veículos nas ruas. Em 2011, a cidade de 900 mil habitantes entrou no Smarter Cities Challenge, programa da IBM que, desde 2010, investe US$ 50 milhões por ano em 100 propostas de cidades inteligentes do mundo todo, atuando em parceria com as autoridades locais. Juntamente com a empresa, a prefeitura da cidade sul-coreana criou um sistema de trânsito que reúne três principais tecnologias: prever onde haverá engarrafamentos até dez minutos antes que eles aconteçam, alterar o tempo dos semáforos de acordo com a movimentação das vias e enviar alertas em tempo real aos motoristas via letreiros nas ruas e também por um aplicativo para smartphone sugerindo as melhores (e desaconselhando as piores) rotas dentro da cidade. Em atuação desde fevereiro, o sistema melhorou a coleta das informações, agora 12 vezes mais rápida, permitindo dados mais precisos sobre a situação do trânsito. “Se há um acidente, policiais e socorristas são alertados na hora, antes mesmo de um motorista ter que pegar o telefone para ligar para a emergência”, afirma Cezar Taurion, gerente de Novas Tecnologias da IBM Brasil. E O BRASIL NESSA? Conheça cinco projetos de inteligência urbana em nosso país PORTO ALEGRE, este ano recebeu investimento da IBM via projeto Smarter Cities Challenge para criar um sistema de análise de dados que embasará as decisões sobre obras demandadas pelo Orçamento Participativo. A cidade também instalou 85 mil pontos de luz automatizados, que reduzem a potência das lâmpadas em até 20% quando não há pessoas passando. BELO HORIZONTE, com foco na Copa 2014, o Sebrae-MG lançou em 2012 o projeto Smart City BH para estimular pequenos negócios de soluções digitais para mobilidade urbana e turismo. Acesso online a informações sobre os jogos da Copa e a criação de uma central telefônica com informações em tempo real sobre localização e rotas de ônibus são duas das propostas. BARUERI (SP), a AES Eletropaulo acaba de anunciar que está investindo R$ 70 milhões para, até 2015, instalar medidores inteligentes de energia para 60 mil clientes, começando agora por 2.100 famílias de baixa renda e expandindo para comércio, indústria, edifícios públicos e outras residências. Os consumidores poderão acompanhar seus gastos diários com energia. BÚZIOS (RJ), 222 medidores de energia elétrica foram instalados em residências para monitorar o consumo em tempo real. Os moradores podem injetar na rede a energia excedente que produzem com placas solares e ganhar crédito na conta. A meta é chegar a 10 mil medidores até o fim de 2014. RIO DE JANEIRO, o Centro de Operações Rio, implementado pela prefeitura em 2010, monitora via 700 câmeras e radares o que acontece em ruas e favelas da cidade e faz reforço policial onde necessário, além de prever enchentes (com cruzamentos de dados de previsões meteorológicas) e captar informações sobre o trânsito em tempo real na cidade. - Conclusão Sobre a mobilidade nas cidades inteligentes temos como enfoque principal tudo o que temos como negativo deve deixar de existir: congestionamentos, emissões de gases do efeito estufa, mortes no trânsito e infraestrutura urbana organizada para o carro. Afinal, a cidade inteligente visa à melhor qualidade de vida, seja por meio da qualidade do ar ou de um sistema de transporte coletivo sob demanda que atenda aos interesses de toda a população urbana. O resultado de qualquer movimento de melhoria dessa ordem tem impacto direto na economia, no aspecto social e na qualidade de vida de uma cidade. Assim, podemos definir que a mobilidade, se tratada de maneira adequada, um futuro melhor para nós, sendo assim, mais cidades inclusivas, acessíveis e conectadas com e para as pessoas.- Bibliografia http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT338454-17773,00.html http://fgvprojetos.fgv.br/noticias/o-que-e-uma-cidade-inteligente http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/cadernos_fgvprojetos_smart_cities_bilingue- final-web.pdf http://humanae.esuda.com.br/index.php/humanae/article/view/478/150 https://exame.abril.com.br/tecnologia/conheca-3-cidades-inteligentes-pelo-mundo/ http://envolverde.cartacapital.com.br/smart-cities-a-tecnologia-em-favor-da-mobilidade/
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